segunda-feira, 30 de junho de 2008

Brasileirão 2008 - 20%



Passadas oito rodadas, é hora de mais uma análise do Campeonato Brasileiro 2008. Ao final do post, a seleção da rodada.

Melhores: Grêmio, Vitória, Portuguesa e São Paulo
Piores: Fluminense, Santos, Goiás e Sport

O Flamengo chega à liderança isolada após dividí-la por quatro rodadas ora com Cruzeiro, ora com Grêmio. O time de Caio Junior conseguiu uma importante vitória sobre o Sport em Recife, derrubando uma invencibilidade de 22 jogos dos pernambucanos. Juan tem sido fundamental com suas assistências e o time tem o melhor ataque até agora, com 18 gols.

O Grêmio, vice-líder, foi o que mais pontou desde a primeira análise, na quarta rodada: fez dez de doze pontos possíveis, feito também alcançado por Vitória, graças a um toque de bola envolvente e bons resultados em casa; pela Portuguesa, que venceu duas em casa e uma fora e parece ter conseguido corrigir seus problemas defensivos; e pelo São Paulo, que aos poucos reencontra seu jogo coletivo, apoiado em três pilares: André Dias tem sido mais consistente do que o costume na zaga, Jorge Wagner segue importante no meio-campo e, Borges, decisivo no ataque. Na próxima análise, deverá estar já entre os líderes, brigando com o Palmeiras, que finalmente correspondeu às expectativas. Destaque para Martinez e Alex Mineiro, artilheiro com 6 gols.

As piores performances do período foram de Fluminense e Santos, com dois pontos, e Goiás e Sport, com três. Em que pese a decisão na Libertadores, para a qual o time carioca está totalmente focado, os resultados santistas preocupam - uma vitória em oito jogos. Além do mais, preocupa o fato de ter perdido em casa para o Goiás, dando ao verde esmeraldino seus únicos três pontos do período. O Sport mostrou ser frágil fora de casa e acabou derrotado pelo até aqui excelente time do Flamengo.

Comparando com as oito primeiras rodadas do Brasileirão 2007, vemos que o Fla tem um ponto a menos que tinha o Botafogo, então único invicto da competição. A vantagem era mais cômoda: cinco pontos para Goiás (que brigaria para não cair) e Paraná (rebaixado). Percebe-se em 2007 um equilíbrio maior na distribuição dos pontos, já que entre o São Paulo, 4º, e o Palmeiras, 12º, a diferença era de apenas três. Hoje, as mesmas posições (Palmeiras 4º e Atlético-PR 12º) são separadas por sete pontos. Fruto da campanha do Fluminense, que deu mais pontos aos outros que o América-RN, lanterna à época com quatro.

O BR-07 tinha 228 gols, contra 202 do atual. Josiel, do Paraná, era artilheiro com nove. Alex Mineiro tinha os mesmos seis, mas pelo Atlético-PR.

8ª rodada

Melhor ataque
2007: Botafogo (20 gols)
2008: Flamengo (18)

Melhor defesa
2007: São Paulo (2)
2008: Grêmio (4)

Pior ataque
2007: Grêmio (5)
2008: Fluminense (4)

Pior defesa
2007: Náutico (19)
2008: Figueirense (20)

Gols e média
2007: 228 (2,92)
2008: 202 (2,52)

Artilheiros
2007: Josiel (PAR) - 9
2008: Alex Mineiro (PAL) e Guilherme (CRU) - 6

Seleção da rodada

Fábio Costa (SAN): Salvou o Peixe da derrota com três grandes defesas.

Élder Granja (PAL): Bem no apoio, sofreu o pênalti do primeiro gol.
Renato Silva (BOT): Muita vontade e disposição, ganhou quase todas as divididas.
Bruno Rodrigo (POR): Seguro, anulou o ataque santista e ainda foi à frente.
Juan (FLA): Duas assistências, mais uma vez importantíssimo no ataque.

Pierre (PAL): Mais uma atuação firme, o eficiente ladrão de bolas de costume.
Rafael Carioca (GRE): Entrou e mudou a história do clássico, ditando o ritmo gremista.
Carlinhos Paraíba (COT): Procurou o jogo o tempo todo e cobrou o escanteio que originou o gol de empate.
Alex Teixeira (VAS): Dois gols em onze minutos, suficiente para que o time controlasse o jogo.

Borges (SAP): Meio sumido no primeiro tempo, um gigante no segundo.
Obina (FLA): Mostrou que tem estrela e marcou os dois gols da difícil vitória em Recife.

Técnico: Caio Junior (FLA): Ousou no segundo tempo e foi premiado com o gol no final.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Conheça a seleção - Níger

Texto publicado originalmente na Trivela.

Historicamente, a população africana tem sofrido com as graves dificuldades sociais, políticas e econômicas. Assim, o futebol – teorias de ‘ópio do povo’ à parte – tem sido, ao lado das tradições locais, uma das poucas fontes de alegria. Alegria que se difunde com mais intensidade na África setentrional, seja nas localidades predominantemente islâmicas, como Egito, Marrocos e Argélia, seja no limiar da África subsaariana, berço das maiores potências futebolísticas atuais do continente, como Nigéria, Gana, Camarões e Costa do Marfim.

Entretanto, nem mesmo na quente África o sol parece brilhar para todos. Ou ainda: brilha tanto que inibe o crescimento de tudo que é vivo. Assim é em Níger, país sem saídas para o mar do tamanho do Estado do Pará, e cujas terras estão localizadas quase em sua totalidade no Deserto do Saara. Não surpreende, portanto, que o futebol não se desenvolva em um lugar onde até nascer grama é difícil.

Passado próspero, futuro incerto

Se, atualmente, dois terços do território nigerino fazem parte do mais cruel deserto do mundo, pinturas datadas de 10 mil a.C. mostram abundante vida selvagem no local, povoado inicialmente pelo Império Songai, uma das mais poderosas dinastias da história africana.

Nos últimos séculos, o grupo étnico de nômades conhecido como tuaregues adotou a região como ponto de fixação. São eles o único povo que parece não se incomodar em viver no deserto. Talvez por isso recebam esse nome: em árabe, ‘Tuareg’ significa ‘abandonados pelos deuses’. Em sua própria língua, preferem chamar-se de ‘os livres’. E é na língua deles que o país foi batizado, seguindo o nome da única fonte de vida da região: o rio Níger, ou gher n gherem, ‘rio dos rios’.

Colônia da França a partir de 1922, Níger nunca recebeu a mesma atenção que outros territórios da África Ocidental Francesa, exatamente por seus escassos recursos naturais. Com a independência conquistada no final da década de 1950, os militares assumiram a força política do país e castigaram-no com infindáveis conflitos com os tuaregues.

Após diversos golpes de Estado e tentativas fracassadas de abertura democrática, uma nova Constituição foi aprovada em 1999 e o país pôde finalmente realizar eleições presidenciais e municipais. Contudo, conflitos étnicos e recentes rebeliões orquestradas pelos tuaregues, que demandam maior participação nos lucros da exportação de urânio (maior fonte de renda do país), ameaçam interromper o progresso nigerino.

Futebol no deserto

Como costuma acontecer nas nações de cultura islâmica, o futebol tem sua parcela de importância na cultura de Níger. Trazido pelos colonizadores franceses, acabou por não se desenvolver a contento pelo mesmo tipo de bloqueio econômico que sofreu o país. Ainda assim, empolgados pela fundação da Confederação Africana em 1957 e da disputa das primeiras edições da Copa Africana de Nações, os nigerinos organizaram uma seleção nacional antes mesmo de fundar uma federação local. Assim, em 11 de abril de 1963, Níger disputou sua primeira partida contra os vizinhos da Nigéria, em Dacar, capital do Senegal. A derrota por 1 a 0 foi um resultado digno diante de adversários que haviam se organizado 20 anos antes.

Foi só em 1967 que se fundou a Federação Nigerina de Futebol (Fenifoot), um ano após a disputa da primeira liga nacional, que teve o Secteur 6, da capital Niamey, como primeiro campeão – feito que repetiria nas cinco temporadas seguintes. Até 1973, o campeonato foi essencialmente amador, disputado apenas na capital e com times divididos por regiões. De fato, ‘Secteur 6’ é o equivalente a ‘setor 6’ e, em 1973, antes da reestruturação, o vizinho ‘Secteur 7’ sagrou-se campeão.

A partir de 1974, com um golpe de Estado que reformulou o país, os times ganharam novos nomes e a liga ganhou ares mais profissionais, com a designação do campeão nacional para participar das competições africanas de clubes. O plano de evolução do futebol passava também pelas primeiras tentativas dos Mena (gazelas) de participarem da fase final da Copa Africana de Nações, bem como de sua estréia a nível mundial nas eliminatórias para a Copa de 1978.

Quase lá... e de volta outra vez

A primeira partida de eliminatórias disputada pelos nigerinos aconteceu em 7 de março de 1976, em Serra Leoa. Uma acachapante derrota por 5 a 1 praticamente dizimou as chances de avanço, mas nem por isso a vitória por 2 a 1 em Niamey não foi comemorada. A falta de experiência internacional pesava, pois não só a constante falta de dinheiro impedia a seleção de jogar muitas partidas, como também a excluía dos qualificatórios para as competições continentais.

Ainda assim, enquanto o Olympic FC (herdeiro dos títulos do Secteur 6) comandava o futebol local, os Mena partiram para uma aventura que quase os levou à Copa da Espanha. Na primeira fase, empate sem gols diante da Somália em casa e um pênalti perdido por Moussa Dari a um minuto do fim. O gol fora de casa do atacante Moussa Kanfideni, um dos principais jogadores da história do país, garantiu a vaga na segunda fase com o empate por 1 a 1.

O adversário seria a forte seleção do Togo que, como cabeça-de-chave, não participara da etapa inicial. A derrota em casa por 1 a 0 parecia sepultar as chances de classificação, mas a equipe laranja, branca e verde surpreendeu vencendo em Lomé por 2 a 1, com o gol salvador sendo marcado por Mamane Ali, aos 37 do segundo tempo.

Para o confronto com a fortíssima Argélia na fase semifinal, a equipe tinha um novo técnico: saía Adamou Bako, entrava Labo Chipraou. Tudo porque já corria o ano de 1981 e o novo presidente da federação queria alguém de sua confiança no comando. Contudo, os Mena não demonstraram resistência e foram goleados por 4 a 0, gols de Madjer, Belloumi (2) e Kourichi. Os dois primeiros, aliás, marcaram os gols da surpreendente vitória argelina sobre a Alemanha Ocidental na primeira rodada daquela Copa. Ficou o consolo, ao menos, de ter se despedido das eliminatórias com uma dignificante vitória por 1 a 0 – a única derrota imposta à Argélia no período.

De lá para cá, entretanto, o futebol nigerino parece ter mais regredido do que evoluído. Campanhas desanimadoras e intermitentes (de 1982 até hoje, Níger sequer participou das eliminatórias em quatro edições) fizeram com que o embalo se perdesse e o desenvolvimento estagnasse. De fato, na empreitada para 2010 foram quatro derrotas nos quatro primeiros jogos, acabando logo com as chances de classificação. Aliado às terríveis condições financeiras, o fato de o país ter passado por décadas politicamente muito turbulentas fez com que o esporte não fosse considerado item importante.

Não à toa, ainda hoje poucos atletas atuam fora do país e o campeonato nacional concentra-se quase totalmente na capital –apenas duas equipes de outras cidades foram campeãs: Jangorzo, de Maradi, em 1983, e Espoir, de Zinder, em 1984, numa das épocas em que Niamey mais sofreu com a guerra civil. Não bastasse isso, nos últimos anos a federação local tem sofrido ameaças constantes de suspensão por parte da Fifa por causa da ingerência do governo no futebol.

Esforços têm sido feitos para reverter esse quadro. No final de 2007, Zidane viajou ao país como embaixador da ONU para visitar programas pela redução da pobreza. Na oportunidade, conheceu os centros de treinamento recém-inaugurados, onde a Fenifoot treina e educa futuros jogadores com apoio econômico da Fifa.

Amadou Diallo, presidente da federação e ex-integrante daquela seleção da década de 1980, inscreveu o país como candidato a sede do Campeonato Africano sub-20 de 2009. "É na categoria juvenil que o Níger deve investir mais se quiser construir um futebol tão competitivo quanto o das outras nações", declarou. A escolha de Ruanda como sede foi desapontadora, mas o país conseguiu classificar sua equipe sub-20 para a fase final pela primeira vez. Sinal de que Diallo pode estar certo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Os melhores da 7ª rodada

Da série "não custa nada perguntar": por que Ronaldinho concedeu entrevista exclusiva ao Esporte Espetacular e colocou a Globo em seu jatinho, mas não respondia às perguntas de André Plihal na saída do Mineirão?

Enquanto convido à reflexão, apresento os melhores da sétima rodada do Campeonato Brasileiro:

André Luís (POR) – Fechou o gol, realizando grandes defesas.

Leonardo Moura (FLA) – Uma assistência e participação direta em outro gol do Fla.
Thiago Heleno (CRU) – Um gigante na defesa. Se antecipou e desarmou com precisão.
Ernando (GOI) – Anulou Kleber Pereira.
Jadílson (CRU) – Muito empenho e velocidade, como de costume.

Fabrício (CRU) – Excelente partida, marcou e ainda distribuiu o jogo.
Martinez (PAL) – O dono do meio-de-campo: coordenou o time.
Roger (GRE) – Sofreu um dos pênaltis, causou uma expulsão e infernizou a defesa atleticana.
Carlinhos Paraíba (COT) – Todas as jogadas do Coxa passaram por seus pés.

Iarley (GOI) – Aproveitou as chances que teve e fez dois gols.
Weldon (CRU) – O melhor na vitória sobre o Figueirense, fez dois gols de oportunismo.

Técnico: Hélio dos Anjos (GOI) – Não poderia ter estreado melhor. O time jogou concentrado e explorou as deficiências santistas.

sábado, 21 de junho de 2008

O começo de Dunga*

Há 25 anos, Brasil conquistava seu primeiro mundial sub-20

* Publicado originalmente no Olheiros.

Falar bem de Dunga no momento parece pouco apropriado, seja pela situação periclitante da equipe principal, seja pela horrenda forma como a seleção olímpica se prepara (?) para as Olimpíadas. Soterrado por críticas, o selecionador brasileiro não deve ter se lembrado, mas em uma semana tão turbulenta teve ao menos um motivo para comemorar: na última quinta-feira, comemorou-se o jubileu de prata da primeira conquista brasileira de um mundial sub-20.

O México sediou a quarta edição do campeonato, que serviu também como um teste para a Copa do Mundo que o país organizaria em três anos. A torcida continuava apaixonada: foi a maior média de público da história dos sub-20. A Alemanha, então atual campeã, não se classificara e o favoritismo ficou com brasileiros e argentinos. O Brasil, até então, tinha conseguido apenas um terceiro lugar, em 77.

Treinada por Jair Pereira, a equipe canarinho conseguiu um resultado animador no sul-americano que serviu de qualificatório: seis vitórias e apenas um empate. O grupo da primeira fase, apesar de contar com a União Soviética, não assustava. Em Guadalajara, diante de uma torcida mexicana ávida por uma reprise dos shows de 70, o empate em 1 a 1 com a Holanda na estréia foi decepcionante. A equipe laranja – que tinha um tal de Van Basten – saiu na frente com Mario Been, mas Geovani empatou a treze minutos do fim.

Revelado pela Desportiva capixaba, Geovani chegou ao Vasco ainda em 83. O “Pequeno Príncipe”, como ficou conhecido em São Januário, era o principal nome daquela seleção. Habilidoso e excelente cobrador de faltas, exercia uma forte liderança sobre o grupo e impressionava com sua facilidade em ler o jogo. Era o cérebro do time que jogava num empolgante 4-3-3, com Mauricinho (também do Vasco) e Paulinho Carioca (Fluminense) como pontas, ágeis e habilidosos dribladores.

Na segunda partida, uma convincente vitória por 3 a 0 sobre a fraca seleção nigeriana. A única mudança foi a entrada de Gilmar Popoca no lugar do volante Régis, da Ponte Preta, deixando o time mais ofensivo e jogando ao lado de Geovani. Exímios lançadores, ambos municiavam os pontas que alimentavam Marinho Rã, parrudo centro-avante da Portuguesa que aproveitava de sua força – estranhamente desproporcional à idade de um sub-20 – para ganhar dos defensores adversários. E foram exatamente de Gilmar, Geovani e Marinho os gols daquela vitória.

Contra os soviéticos, uma partida mais truncada. Agapov marcou contra e Geovani, sempre ele, fizeram os gols brasileiros – Litovchenko descontou. O adversário das quartas seria a Tchecoslováquia, segunda colocada do grupo da Argentina. Aquela foi a melhor exibição brasileira na competição: apesar do gol tcheco a seis minutos, o Brasil marcou três gols ainda na primeira etapa. Dunga, único volante da equipe, marcava incansavelmente no meio-de-campo e ainda encontrou tempo para correr até o ataque e empatar.

O gol da virada veio com um baiano franzino, que até então havia sido reserva de Marinho Rã: Bebeto fez um dos seus primeiros gols com a camisa amarela. Geovani, duas vezes, completou o placar. Na semifinal, a surpreendente Coréia do Sul, que eliminara o Uruguai na prorrogação daquela que foi a melhor partida daquele mundial. Mais uma vez a defesa brasileira foi vazada primeiro. O goleiro Hugo (Flamengo) tinha à sua frente o técnico Boni e o rebatedor Guto. A lateral-direita era ocupada por Heitor, à época considerado o sucessor de Leandro no Flamengo, enquanto a esquerda tinha Jorginho, ainda do América (que só virou lateral-direito quando se transferiu para o Flamengo).

O empate veio com Gilmar e a virada, com Marinho, que havia entrado poucos minutos antes. A final, contra os rivais argentinos que haviam vencido todos os jogos até então e sofrido apenas um gol. Seus destaques eram Roberto Zarate e Jorge Luís Gabrich, além de contarem também com o goleiro Islas e o zagueiro Basualdo. Uma final tensa, brigada, em que o bom futebol das duas equipes acabou sendo ofuscado. As 110 mil pessoas que compareceram ao estádio Azteca viram Giovani, eleito o melhor jogador do torneio, marcar de pênalti, aos 39 do primeiro tempo, seu sexto gol, o que fez dele também o artilheiro.

Um título mais que merecido daquele que foi o melhor sub-20 do Brasil – e porque não do mundo – até hoje. Uma equipe envolvente, que tinha ainda Brigatti, apontado como sucessor de Waldir Perez e Carlos, mas que acabou virando reserva de Sérgio Guedes, e Adalberto, promissor lateral-esquerdo do Flamengo considerado o substituto natural de Junior, mas que nunca mais foi o mesmo após quebrar a perna.

Uma seleção que, se só rendeu dois nomes ao time que perderia a final olímpica um ano depois – Dunga e Gilmar –, teve quatro representantes na equipe de Seul e ajudou a formar a espinha dorsal da seleção campeã mundial em 94, com Jorginho, Bebeto e Dunga. E enquanto o capitão do tetra busca a classificação para disputar o hexa, que ele tenha tempo para lembrar daquele time de 25 anos atrás. E ainda: que possa tirar alguma lição de quando era apenas um garoto.

* Fotos: www.miltonneves.com.br / Colaboraram: André Rocha e Mauro Beting

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Seleção da 6ª rodada

Como acompanhei quase nada do Brasileirão neste final de semana, segue apenas a seleção da rodada com os respectivos comentários.

Victor (GRE) – Uma série de defesas difíceis quando o jogo ainda estava aberto.

Coelho (ATM) – Uma assistência e um gol.
Miranda (SP) – Mais uma partida excelente. Não teve participação nos dois pênaltis.
Henrique (PAL) – Sem culpa no pênalti, marcou um gol e foi bem na defesa.
Leandro (PAL) – Participou de dois gols na segunda etapa.

Gavilan (POR) – Estreou bem, anulando os meias do Atlético-PR.
Pierre (PAL) – O carrapato de sempre, ainda deu uma assistência.
Diego Souza (PAL) – Brilhou com uma bela assistência e um bonito gol.
Valdivia (PAL) – Comandou a goleada palmeirense com dribles, passes e um gol.

Borges (SP) – A maneira como marcou os dois gols mostrou que esteve ligado o tempo todo no jogo.
Marcel (GRE) – Muita disposição e dois gols na estréia.

Técnico: Muricy Ramalho (SP) – Escalou bem e mexeu melhor ainda.

domingo, 15 de junho de 2008

O fim de um ciclo


Costumo observar, nos jogos em que comento na Azul Celeste, a vontade de cada equipe dentro da partida. Em tempos de qualidade técnica rarefeita, disposição, garra e fibra podem transformar uma equipe limitada em um time campeão. Mais uma vez, o que se viu foi um Brasil apático, carrancudo, que adquiriu a fisionomia de seu selecionador (porque Dunga não é técnico).

O Paraguai brigou, lutou e se entregou porque aquele era de fato um jogo importante para eles. Obviamente, toda a análise que faço leva em consideração apenas o que aconteceu até o segundo gol. A partir daí, o pouco de tática que já existia deu lugar a uma desenfreada e desmiolada pressão.

- Sempre disse e continuo afirmando que a conquista da Copa América deu a Dunga uma falsa impressão não só de que ele tinha um time em mãos, mas também de que, ainda em 2007, ele já tinha o time para 2010. Pior ainda, o fez acreditar que uma equipe sem Kaká e Ronaldinho é não só normal como preferível - daí, problemas físicos à parte, a irritante insistência de Dunga em menosprezar a ausência dos dois.

- Todos criticamos ferozmente Galvão Bueno, mas concordo com quase tudo que ele disse neste domingo. Não se pode aceitar uma seleção brasileira que jogue defensivamente, ou ainda, que seja exageradamente defensiva como foi no primeiro tempo. Quiçá o Brasil pudesse unir sua qualidade ofensiva com uma consistência defensiva. Mas sem extremos. Se antes a defesa era o ponto forte, nem mesmo a química entre Juan e Lúcio restou.

- O semblante de Dunga, antes e depois do jogo, permaneceu inalterado. Do que só se pode concluir que ou ele não tem de fato idéia do cargo que ocupa, ou simplesmente não tem capacidade para sequer fingir que o ocupa. A imagem de Jorginho, sempre ao lado dele, mostrou para quem ainda tinha dúvidas quem é a verdadeira cabeça pensante da seleção - ou pelo menos a que pensa mais.

- Anderson foi novamente um monstro de garra e determinação. Ele tem técnica, personalidade e consciência tática impressionante. Quem dera o Manchester levasse todos os nossos meninos. Sua titularidade é imprescindível e mais - a cada dia ganha força a opinião de que ele tem qualidades para ser um jogador muito mais completo e importante que Pato.

- O que são Gilberto e Maicon?

Por isso e por muito mais, creio que estejamos à frente do fim de um ciclo. Mesmo que Dunga não seja demitido após a partida de quarta-feira, vejo que qualquer que seja a colaboração que ele possa dar à seleção, já o fez (ou não). Qualquer insistência nele será por pura ignorância ou falta de opção melhor. Zico? Não seria o melhor momento para ele, em razão dos que lá estão.

O que leva o Brasil a ser mais ameaçado do que foi em 90, ou em 94. É hora dos jogadores, dentro de campo, chamarem a responsabilidade e decidirem. Porque fora dele, parece não haver ninguém.

Como parecia ser em 94, com parreira. Que ao menos o final seja parecido.

sábado, 14 de junho de 2008

Eliminatórias - 5ª rodada

Para saber mais sobre as eliminatórias da Copa, acesse o Febre Mundialista.

Brasil e Paraguai se enfrentam em situações bastante diferentes amanhã, no Defensores del Chaco. Os albirrojos são a melhor equipe das eliminatórias (melhores ataque e defesa), tendo empatado na estréia e vencido as outras três. O Brasil, com duas vitórias e dois empates, balança na terceira colocação.

Só quem não parece balançar é Dunga, que conta - sabe-se lá por quais razões - com o total apoio de Ricardo Teixeira. A derrota para a Venezuela foi minimizada e Dunga dá preocupantes sinais de tranqüilidade. A conquista da Copa América foi prejudicial à seleção, pois fez com que o selecionador acreditasse que não precisa de Kaká e Ronaldinho para montar a equipe.

Até por isso, entra em campo com um meio extremamente cauteloso, com Gilberto Silva, Mineiro e Josué. A insistência em deixar Lucas de fora é irritante, assim como a teimosia com Gilberto. Em que pese a má trajetória dos paraguaios em amistosos este ano (três empate em cinco jogos, com derrotas para Honduras e África do Sul), o Brasil não vence em Assunção há 23 anos.

Nas Eliminatórias para 2006: Paraguai 0x0 Brasil (31/03/04)
Palpite: empate

Uruguai x Venezuela

Os venezuelanos têm seu melhor início em Eliminatórias de toda a história, comprovando a evolução do futebol no país. Não bastasse isso, a motivação nunca esteve maior, após a vitória sobre o Brasil. Uruguaios, por outro lado, apostam em Luís Suarez (sobre quem falei recentemente no Olheiros) e nos bons resultados recentes em amistosos (vitória sobre a Turquia e empate com a Noruega) para voltar à zona de classificação.

Eliminatórias/06: Uruguai 0x3 Venezuela (Urdaneta, Gonzales e Arango - 31/03/04)
Palpite: Uruguai

Argentina x Equador

O futebol equatoriano vive em festa pela classificação da LDU às finais da Libertadores. A principal esperança por um bom resultado em Buenos Aires é Joffre Guerron, destaque da equipe de Quito e sondado por grandes clubes europeus. A Argentina tem o retorno de Riquelme e Verón em nome da experiência e da qualidade no meio-campo.

Eliminatórias/06: Argentina 1x0 Equador (Crespo, 30/03/04)
Palpite: Argentina

Peru x Colômbia

A seleção peruana terá muitas dificuldades para bater a forte defesa colombiana, que até aqui não levou gol fora de casa. Jose del Solar não poderá contar com Farfán, Pizarro, Acasiete e Mendoza, todos suspensos. Los Cafeteros podem ter um ataque bastante conhecido dos brasileiros: Perea já foi confirmado pelo técnico Jorge Luis Pinto e Falcão García, do River Plate, pode ser escalado. O bom Rodallega briga pela vaga.

Eliminatórias/06: Peru 0x2 Colômbia (Grisales, Oviedo - 30/03/04)
Palpite: Colômbia

Bolívia x Chile

Por mais que Evo Morales faça campanha, nem mesmo a altitude tem resolvido para a seleção boliviana nestas eliminatórias. A falta de experiência internacional fica clara nas partidas da equipe, claramente a pior do continente. O Chile, em ascensão após momentos bastante difíceis, tem uma equipe remendada pelas ausências dos contundidos Cristian Alvarez, Matias Fernandez, além de Alexis Sanchez e Humberto Suazo, que ainda têm chance de jogar. Arturo Vidal e Luis Jimenez ficaram de fora da convocação e Valdivia, Rodrigo Tello, Jorge Vargas, Pablo Contreras e Reinaldo Navia não estão mais suspensos, mas não foram chamados por Bielsa.

Eliminatórias/06: Bolívia 0x2 Chile (Villaroel, Gonzalez - 31/03/04)
Palpite: Chile

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Euro pode ter decisão por pênaltis na primeira fase

Parece estranho, mas está no regulamento e a chance de acontecer é grande. Se Turquia e República Tcheca empatarem na última rodada do Grupo A, ficarão absolutamente iguais em pontos, saldo e gols marcados e sofridos.

Aí, passa a valer o artigo 7.08 do regulamento da Euro: se duas equipes que se enfrentarem na última rodada da fase de grupos terminarem completamente empatadas ao final do jogo, a decisão da vaga será feita por pênaltis. A regra não vale, obviamente, se outra equipe também empatar nos critérios ou se a igualdade acontecer entre equipes que se enfrentaram na primeira rodada, por exemplo.

Uma boa sacada para definir uma situação estranha, mas que pode acontecer. Será que se algo parecido acontecesse por aqui, numa Copa São Paulo, por exemplo, isto estaria no regulamento? Dificlmente.

Em tempo: Infelizmente, é normal que a imprensa de cada estado dê mais ênfase aos clubes que cobre diariamente. Entretanto, uma emissora de televisão que se propõe NACIONAL não pode fazer o que fez na transmissão de ontem. Colocar letra do grito da torcida na tela, ignorar agressões e questionar decisões da arbitragem foram alguns dos expedientes da Globo na noite de ontem. LAMENTÁVEL! Para a emissora, não foi o Sport que venceu. Foi o Corinthians que perdeu.

Até quando?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Brasileirão ainda vive!

Não, o Brasileirão não parou neste final de semana. Com amistoso da seleção na sexta-feira e Eurocopa no sábado e no domingo, o campeonato poderia passar desapercebido. Mas ciente da concorrência, tratou de apresentar logo três goleadas e a rodada com mais gols até aqui.

Eis os nomes da rodada:

Tiago (VAS) – Salvou o Vasco de uma goleada, pegou um pênalti e viu a atuação ser premiada com uma lambança de Wilson Souza de Mendonça.

Patrício (POR) – Não teve uma grande atuação durante toda a partida, mas deu passe para dois gols.
André Dias (SAP) – Não perdeu nenhuma dividida e ainda fez um golaço.
Wendell (VIT) – Anulou Kleber Pereira e ainda teve tempo de levar perigo no ataque nas bolas aéreas.
Jadílson (CRU) – Aproveitou a avenida que foi Wagner Diniz e criou inúmera chances de perigo.

Joílson (SAP) – Melhor jogador da goleada são-paulina, mesmo atuando improvisado como volante.
Alan Bahia (ATP) – Dois gols e uma excelente atuação na goleada sobre o Goiás
Hugo (SAP) – Apareceu para o jogo e foi muito bem, marcando dois gols.
Marcinho (FLA) – Três gols e uma assistência. Melhor atuação de um jogador no campeonato até aqui.

Perea (GRE) – O dono do jogo no Olímpico. Quando a fase é boa, até de bico entra.
Souza (FLA) – Não foi um primor, mas mostrou oportunismo e fez dois gols.

Técnico: Nelsinho Baptista (SPO): Mesmo com os reservas, aplicou uma forte marcação que surpreendeu o time do Palmeiras

sábado, 7 de junho de 2008

Por que não?

Se era para fazer amistosos sempre na Europa, por que não aproveitar a preparação das seleções européias para a Euro e jogar contra Itália, Espanha ou Holanda?

Se era para NÃO fazer amistosos na Europa, por que não trazer a seleção para o Brasil, para perto da torcida, e jogar contra quem quer que fosse, mas PERTO da torcida?

Perguntar não ofende.

Quem quiser, que responda.

Até porque, como de costume, quem deve responder a tudo é quem mais se cala.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O melhor


O Fluminense conseguiu o que não conseguiram o Cruzeiro de Raul e Nelinho; o Flamengo de Júnior e Zinho; o Vasco de Juninho e Romário; o Santos de Diego e Robinho; e o Grêmio de Lucas e Diego Souza.

O Fluminense, de Dodô, Thiago Neves, Conca, Washington, Cícero, Arouca e Thiago Silva é o melhor da América - independente do resultado contra a LDU.

Hora de respeitar este time.

Hora de respeitar DEMAIS Renato Gaúcho, escrachado pela imprensa paulista por suas condutas como jogador. Mas que já fez um excelente trabalho com um Vasco limitadíssimo. E que provou mais uma vez o seu valor.

Hoje, quem é torcedor do Fluminense se orgulhou de vestir esta camisa. E quem não é, passou a querer ser.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Brasileirão 2008: 10%

Pedindo desculpas aos amigos pela demora nas atualizações, pois estive fora o final de semana todo, deixo a seleção da rodada, sempre aberta aos pitacos. Convido ainda para acessarem minha coluna semanal no Olheiros, em que falo sobre a lei do "6+5" e sua influência nas transações de jogadores, além do Febre Mundialista, com tudo sobre as Eliminatórias da Copa.

Logo abaixo, a primeira de dez análises do Campeonato Brasileiro, da mesma maneira que fiz no ano passado.

Fernando Henrique (FLU): Não fosse o pênalti cometido, teria tido uma atuação perfeita.

Coelho (ATM): Incisivo, abriu o placar no Mineirão com um belo gol de falta.

Miranda (SAP): Sólido na defesa, ainda levou perigo quando foi ao ataque.
Renato (IPA): Firme na marcação, marcou o primeiro gol do Ipatinga na Série A.
Juan (FLA): Mais ofensivo no novo esquema de Caio Junior, sofreu o pênalti da vitória.

Rodrigo Souto (SAN): Ultimamente, tem sido o único lúcido no time santista.
Ramires (CRU): Correu o campo todo e ainda salvou o Cruzeiro da derrota.
Michael (COT): Principal articulador da equipe, foi premiado com o gol.
Marques (ATM): Aqui improvisado como meia, jogou com muita vontade e reviveu bons tempos.

Jean (VAS): Entrou no intervalo e marcou os dois gols da virada vascaína.
Felipe (NAU): Marcou dois na goleada sobre o Botafogo, um deles um golaço.

Técnico: Caio Júnior (FLA): Mudou o já tradicional sistema de jogo de Joel e se deu bem, acertando também nas substituições.

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Sonolento. Nenhuma palavra define melhor este início de Brasileirão. Se "equilibrado" é outro verbete bastante utilizado, só o é graças à baixíssima qualidade apresentada até aqui pelas equipes. Os números comprovam: 89 gols em 40 jogos, contra 121 da 4ª rodada de 2007. Média de 2,22 e de apenas 1,6 no último final de semana. Não bastasse isso, quinze partidas terminaram empatadas, sendo nove em 1 a 1 e cinco em 0 a 0. Apenas o Náutico ainda não empatou, um dado curioso.

Curiosamente, o BR-08 vinha sendo apontado como o possivelmente mais equilibrado da era dos pontos corridos graças não ao baixo nível técnico, mas ao alto número de equipes qualificadas: São Paulo, Palmeiras, Internacional, Cruzeiro, Flamengo e Fluminense eram os canditatos. Entretanto, o que tem se visto até aqui é uma realidade bem diferente: jogos fracos e pouca emoção.


Cruzeiro e Flamengo, eliminados da Libertadores, puderam focar o Nacional desde o início e lideram com os mesmo 10 pontos que o Botafogo tinha na temporada passada. A Raposa é o time mais consistente até aqui, com melhores ataque e defesa, mas Marcelo Moreno foi embora e pode ser só o começo. Já o Flamengo atuou apenas uma vez fora de casa e pegou Fluminense e Santos com times reservas. Caio Júnior vai dando sua cara à equipe e só o tempo vai dizer se isso é bom ou não.

Ao Náutico, surpresa do campeonato, um aviso: na quarta rodada de 2007, o Paraná tinha os mesmos 9 pontos e acabou rebaixado. Manter o aproveitamento em casa é fundamental. Já o Vasco, curiosamente, também aparecia na quarta colocação (o único a repetir posição). Lopes tem armado muito mal o time, mas tem tido sorte com as atuações ora de Edmundo, ora de Leandro Amaral, ora de Jean.


O Grêmio não figurava entre os mais badalados, mas mais uma vez Celso Roth consegue dar consistência defensiva e o time foi o último a sofrer gols. O Palmeiras, favorito, não conseguiu ainda convencer e teve atuações decepcionantes, reflexo da queda vertiginosa de produção de Valdivia. A sétima posição do Atlético-MG pode ser enganadora, pois venceu a primeira somente agora, após três empates. Time interessante, por outro lado, é o Coritiba, que apesar da oitava colocação tem em Michael um dos destaques do campeonato até agora. Caso Dorival Junior vá mesmo para o Inter, a química pode ser quebrada.

E por falar em trocas de técnicos, já foram sete: Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Internacional, Náutico e Santos. Só um (Ney Franco) foi demitido, é verdade, mas é um número altíssimo. Assim como é alta a irregularidade do Furacão, de fulminante no Paranaense para insosso no Brasileirão. O Sport não pode ser analisado ainda por estar na final da Copa do Brasil, mas Figueirense e Vitória já demonstraram grandes poderes ofensivos e grandes problemas defensivos. Promessa de emoções para as torcidas.

Chamam a atenção as campanhas de Inter e São Paulo até aqui. Se o Tricolor sofre com a eliminação da Libertadores e com a pressão (sem contar os desfalques e o elenco reduzido), a má fase do Inter é inexplicável pelo grupo que possui. Preocupa também o Botafogo, que apostou alto ao contratar Geninho, de personalidade bastante diferente da de Cuca, que vai assumir um Santos ainda turbulento pela passagem de Leão. O primeiro tem menos chances de sucesso que o segundo.

E por fim, luz vermelha acesa já para Ipatinga, Goiás e Portuguesa. Em quatro rodadas, a Lusa tem um ponto a menos do que tinha o América-RN em 2007. A defesa sofreu quase três gols por jogo e preocupa - e muito.

Destaques: Michael, meia do Coritiba, e o time todo do Cruzeiro.

Perebas: A defesa da Lusa e o zagueiro André Luís, do Botafogo, que fez um baita papelão.