terça-feira, 29 de julho de 2008

A primeira vez a gente nunca esquece

A última sexta-feira marcou quinze anos da data mais importante da história do futebol boliviano, e uma das mais embaraçosas do futebol brasileiro. No dia 25 de julho de 1993, a Bolívia infligia ao Brasil sua primeira derrota na história das Eliminatórias, fazendo dois a zero na altitude de La Paz.

Relembre esta partida no Febre Mundialista.

Futebol Alpino e melhores da rodada

Na coluna de hoje da Trivela, a apresentação da Super Liga Suíça, e os nove times que tentam destronar o todo-poderoso FC Basel.

Abaixo, a seleção da 15ª rodada:

Wilson (FIG) – Após tomar sete gols em casa, se recuperou fechando a meta contra o Atlético-PR.
Felipe (GRE) – Ousado, foi muito perigoso mesmo com o gramado em péssimas condições.
Renato Silva (BOT) – Ótima atuação. Seguro e firme nos desarmes, salvou um gol em cima da linha.
Durval (SPO) – Incansável, marcou e ainda teve tempo de atacar, fazendo o gol da vitória.
Carlinhos (CRU) – Deu muito trabalho para a zaga nos contra-golpes. Fez o cruzamento do segundo gol.

Fabrício (CRU) – Eficiente na marcação e nos passes, ainda fez um gol de falta.
Rafael Carioca (GRE) – Novamente importantíssimo na marcação e na saída de bola. Excelente jogador.
Wagner (CRU) – Ditou o ritmo do jogo com seus passes. Marcou acertando um belo chute.
Hugo (SAP) – Fez um gol, participou de outro e ainda salvou um gol certo em cima da linha.

Maikon Leite (SAN) – Infernizou a defesa do Vasco e sofreu três pênaltis.
Dagoberto (SAP) – Um gol e participação decisiva nos outros dois. Cresceu muito de produção.

Técnico: Dorival Júnior (COT): Na rodada passada, mexeu bem demais na equipe. Agora, soube conciliar os desfalques e conseguiu uma excelente vitória.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Festa dos atacantes

Rodada boa para os atacantes: foram 34 gols em 10 jogos, a maior média do campeonato, ao lado da 6ª rodada. Entretanto, quatro jogos contribuíram com 24 gols, mostrando que na maioria dos jogos a rede anda balançando pouco (foram três 1 a 0 neste meio de semana).

Oito jogadores marcaram mais de um gol, um recorde no ano. E só um não é atacante: Marquinho (VIT), Edmundo (VAS), Nilmar (INT), Washington (FLU), Diogo (POR), além do lateral-esquerdo Leandro (PAL), intruso na lista, fizeram dois gols cada. A dupla do Grêmio, Perea e Reinaldo, guardou três vezes cada um.

A seleção da rodada:

Sérgio (POR): Sofreu dois gols irregulares. Defendeu as duas cobranças de Ibson, garantindo o empate.

Paulo Sérgio (GRE): Sempre bem no apoio, foi dele a jogada do primeiro gol.
Pereira (GRE): Eficiente nos desarmes e na bola aérea, segurou o ataque do Figueira.
Ernando (GOI): Firme na marcação, se desdobrou para compensar a expulsão de Júlio César.
Leandro (PAL): Destaque do clássico, fez dois gols, um dele um golaço de falta.

Giñazu (INT): Um monstro no meio, correndo e marcando o campo todo.
Rafael Carioca (GRE): Grudou em Cleiton Xavier e foi fundamental nas saídas de bola.
Carlinhos Paraíba (COT): Todas as jogadas do Coxa passam por seus pés. Fez um merecido gol da vitória.
Diego Souza (PAL): Brigou muito, ganhou quase todas as divididas e ainda deu um passe para gol.

Nilmar (INT): O dono da noite no Beira Rio. Velocidade, posicionamento e oportunismo.
Perea (GRE): Em noite de gala, fez três gols, assim como seu companheiro Reinaldo, mas foi mais decisivo por ter aberto o placar.

Técnico: Celso Roth (GRE): Suas equipes sempre marcam a saída de bola do rival. Deu mais do que certo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

BINDÃO

Difícil dizer qualquer coisa numa hora dessas. Perder um pai, um avô, são coisas tristes mas que fazem parte da vida.

Não dá para se acostumar com a idéia de perder um amigo da nossa idade, uma das pessoas de maior coração que já conheci, sempre alegre e disposto a ajudar a todos.

Bindão, você vai estar sempre na nossa memória. Hoje, o mundo fica bem menos alegre, inteligente, e bondoso.

Descansa em paz, amigo!

terça-feira, 22 de julho de 2008

A arrogância dos fracos

É comportamento comum aos presidentes, dirigentes e técnicos de quase todos os clubes da primeira e da segunda divisão brasileira: a cada novo campeonato, seja ela estadual, nacional ou internacional, o discurso se repete. "Somos grandes. Entramos em todas as competições para sermos campeões". O último exemplo foi o de Espinoza, que apontou como meta da Portuguesa a vaga na Libertadores.

Não é preciso acompanhar tanto assim o futebol - e no caso de Espinoza, espera-se que ele acompanhe o mínimo - para saber que um elenco como o da Portuguesa não tem condições de disputar tal colocação. Mas ele é só um exemplo.

Por que os clubes, ainda que tenham se modernizado nos últimos anos, mantêm essa arrogante idéia provinciana de que o título em todas as competições é obrigação? No futebol brasileiro de hoje, tal exigência só pode ser feita ao São Paulo, talvez.

Por que não realizar administrações enxutas, sob o princípio básico de arrecadar mais do que gastar, priorizando o saneamento financeiro em detrimento do futebol, para aí sim, com a casa em ordem, investir na formação de equipes competitivas, que com o tempo acabam por trazer dividendos?

Óbvio que o planejamento no futebol não pode ser tão rígido, afinal a produtividade depende de seres humanos - que podem ou não render o esperado, diferente de uma linha de produção.

Mas para quê enganar o torcedor, dizendo que a intenção é montar um elenco que dispute títulos, se a realidade não é essa? Com expectativas altas, não concretizá-las causa descontentamento, demissões seguidas de treinadores e o ciclo se fecha.

Clubes europeus tradicionais, quando em momentos de crise, reduzem o plantel e dão mais atenção à parte financeira, traçando metas modestas como escapar do rebaixamento ou terminar o campeonato na metade superior da tabela.

Reconhecer suas limitações não é defeito - pelo contrário, é virtude e o primeiro passo para solucionar os problemas. Talvez o desgastado discurso sirva como "prestação de contas" para com o torcedor, já que no Brasil um terceiro lugar dificilmente é comemorado.

Hora não só dos dirigentes mudarem de mentalidade, mas também os torcedores. Afinal, sem infra-estrutura e condição financeira, o futebol sequer pode existir.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Seleção da 13ª rodada e mais...

Na coluna desta semana no Olheiros, a proposta de Platini de proibir as transferências de jogadores menores de 18 anos. Ainda, na seção Fique de Olho, um perfil de Batuhan Karadeniz, jovem atacante do Besiktas que é mais uma promessa turca.

A seleção da 13ª rodada (a pior até agora para encontrar destaques!):

Galatto (ATP): Sem culpa no gol, defendeu um pênalti e garantiu a vitória.

Paulo Sérgio (GRE): Fez o gol da importante vitória sobre o Cruzeiro.
Anderson Martins (VIT): Absoluto na grande área, não deu espaço aos atacantes.
Alex Silva (SAP): Eficiente na marcação e na cobertura, ainda salvou um gol em cima.
Jorge Wagner (SAP): O melhor no que sabe fazer: lançamentos e cruzamentos precisos.

Rafael Carioca (GRE): Bem nos desarmes e nos passes, deu a assistência a Paulo Sérgio.
Adriano (SAN): Firme na marcação, ainda salvou um gol certo.
Rodriguinho (IPA): Destaque da goleada sobre a Portuguesa. Fez dois gols.
Petkovic (ATM): Saiu do banco para marcar um gol e dar uma assistência.

Alex Terra (GOI): Levou a melhor sobre a zaga palmeireinse o jogo todo, marcando dois gols.
Marquinhos (VIT): Outra grande exibição, deu o passe para Dinei.

Técnico: Vagner Mancini (VIT): Armou um time com muita movimentação, que confundiu o Flamengo, e conseguiu um resultado importantíssimo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Brasileirão - 30%

Passadas doze rodadas, é hora de mais uma análise do Campeonato Brasileiro 2008. Ao final do post, a seleção da rodada.

Melhores: Figueirense e Internacional
Piores: Ipatinga, Santos e Atlético-MG

Figueirense e Internacional foram as equipes que mais evoluíram desde a última análise do Campeonato Brasileiro, a quatro rodadas. Ambas somaram dez pontos, acumulando três vitórias e um empate: o Figueira venceu duas em casa e, fora, empatou com o Palmeiras e venceu o Ipatinga. Já o Colorado fez valer a boa seqüência em casa e venceu as três no Beira-Rio, empatando com o Atlético-PR na Arena. Por tudo isso, o alvinegro subiu da 13ª para a 7ª colocação, enquanto o Inter foi de 14° para 8°. Manter a ascensão é o desafio de ambos.

Por outro lado, quem menos pontuou no período foram Ipatinga, Santos e Atlético-MG: todos marcaram apenas dois pontos, empatando dois jogos e perdendo duas vezes. Até por isso, o Ipatinga é o lanterna com 7 pontos e o Santos (time que não vence há mais tempo, desde a segunda rodada), o vice-lanterna, com 8. O Galo, que acumula incríveis seis empates em doze rodadas, é o primeiro fora da zona de rebaixamento.

Classificação em foco

Após abrir cinco pontos, o Flamengo voltou a ter dois de vantagem para o segundo colocado - desta vez o Cruzeiro, antes o Grêmio. Após uma boa ascensão do Vitória, dois tropeços do time baiano deixaram a zona de classificação para a Libertadores com os mesmos quatro times: Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras.

Quem mais ameaça o G-4 é o São Paulo, que após empatar em casa com o fraco Ipatinga e perder fora para o Náutico, venceu o clássico diante do Palmeiras e conseguiu o melhor resultado do campeonato até agora, batendo o Vitória em pleno Barradão.

O Náutico segue caindo: da 6ª para a 9ª colocação, de técnico novo após a saída de Leandro Machado, demitido pela derrota em casa no clássico. A Portuguesa, depois de uma boa seqüência, fez apenas três pontos e foi quem mais caiu no período (8° para 14°), colocando o cargo de Benazzi em risco.

O Botafogo perdeu Geninho e melhorou com Ney Franco, agora em 12°. Quem também se afastou momentaneamente da zona de rebaixamento foi o Sport, graças a duas vitórias. O Goiás ainda sofre e o Fluminense vai demonstrando que pode brigar na parte de cima, se recuperando do trauma pós-Libertadores com duas vitórias. Vasco, Coritiba e Atlético-PR são as equipes mais irregulares do campeonato, e se mantêm no bolo intermediário, ora com grandes atuações, ora com resultados ruins.

Comparação

Em comparação com a 12ª rodada do Brasileirão do ano passado, o Flamengo tem dois pontos a mais que o então líder Botafogo (26 a 24). O equilíbrio era muito maior em 2007: do Goiás, vice-líder, ao Fluminense, 12° colocado, a diferença era de apenas três pontos. Hoje, as mesmas posições são separadas por nove pontos. A exigência para estar no G-4 hoje é maior: 19 pontos do São Paulo, 4º colocado em 2007, contra 21 atualmente do Palmeiras.

Na zona de rebaixamento, os números são bastante parecidos: o Ipatinga tem os mesmos sete pontos que o Náutico, lanterna naquele momento. A campanha também é quase idêntica: 1V / 4E / 7D, com 11 gols pró (13 do Náutico) e 25 contra (26 do Timbu). Se por um lado os números animam, mostrando que ainda dá para se salvar, eles também assustam: o América de Natal tinha os mesmos sete pontos e só estava na frente pelos critérios de desempate. Abrindo o G(menos)4, o Goiás tem hoje os mesmos 11 pontos do Juventude.

12ª rodada - Números 2007 vs. 2008:

Melhor ataque
2007: Cruzeiro (27 gols)
2008: Flamengo (25)

Melhor defesa
2007: São Paulo (4)
2008: Grêmio (10)

Pior ataque
2007: América-RN e São Paulo (9)
2008: Santos (9)

Pior defesa
2007: Náutico (26)
2008: Ipatinga (25)

Seleção da rodada

Rogério Ceni (SAP): Duas defesas dificílimas no mesmo lance, quando ainda estava 1 a 0, garantiram a vitória Tricolor.

Thiaguinho (BOT): Jogou como ala e participou diretamente nos quatro gols do Botafogo.
Felipe (COT): O melhor do trio defensivo que parou o ataque rubro-negro
Durval (SPO): Mais uma vez com muita garra, fez os gols que garantiram o empate.
Leandro (PAL): Duas assistências fundamentais para a vitória.

Sandro Silva (PAL): Substituiu Pierre à altura, com muita disposição, marcação e menos faltas que o titular.
Hernanes (SAP): Comandou o Tricolor, auxiliando na marcação e dando saída de bola com qualidade ao time.
Marquinho (FIG): Três assistências na vitória do Figueira sobre o Santos.
Jorge Henrique (BOT): Aqui improvisado na meia, se movimentou muito e fez dois gols.

Kleber (PAL): Infernizou a defesa do Fluminense e fez valer a força física para marcar dois gols de cabeça.
Edu Salles (FIG): Fez dois gols no primeiro tempo e matou a reação santista.

Técnico: Muricy Ramalho (SAP): Mesmo com vários desfalques importantes, conseguiu anular todas as peças do Vitória e conquistou um resultado improvável e importantíssimo.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Seleção da 11ª rodada

Convido a todos a acompanharem, a partir de amanhã, a coluna quinzenal Futebol Alpino, na Trivela, trazendo tudo sobre o futebol na Áustria e na Suíça. Abaixo, a seleção da 11ª rodada:

Magrão (SPO): Fez no mínimo três defesas difíceis e garantiu a vitória no clássico.

Rafael (FLU): Teve atuação mais defensiva, mas mostrou estrela ao marcar o gol de empate.
Fábio Luciano (FLA): Firme como sempre, ainda apareceu no ataque para marcar.
André Dias (SAP): Grande partida, comandando a defesa. Teve tempo para fazer um gol.
Jorge Wagner (SAP): Mais uma vez bem na lateral, ótimos passes e duas assistências.

Fabrício (CRU): Eficiente na marcação, ainda serviu de garçom para Ramires no último minuto.
Hernanes (SAP): A qualidade de sempre, marcando e armando.
Ibson (FLA): Grande atuação, mostrou sua importância para o time. Marcou de pênalti.
Cleiton Xavier (FIG): O mais lúcido em um jogo fraco, fez um golaço de falta.

Kleber Pereira (SAN): Entrou no segundo tempo e foi fundamental, empatando o jogo com dois belos gols.
Marcel (GRE): Em noite de gala, comandou a vitória gremista.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Seleção da 10ª rodada

Tiago (VAS): Três defesas difíceis quando o jogo ainda estava 0 a 0.

Fabinho Capixaba (PAL): O mais lúcido palmeirense em campo, originou a jogada do gol de empate.
Índio (INT): Em um jogo duro e muito disputado, foi o mais brigador e não desgrudou de Iarley.
Marcos (ATM): Brigador, marcou sem cansar e foi premiado com o gol de empate.
Marcelo Cordeiro (VIT): Apoiou muito e fez dois, um deles um golaço.

Charles (CRU): O golaço colocou o Cruzeiro de volta no jogo.
William Magrão (GRE): Sacrificou-se em nome do time e fez boa partida.
Marquinhos: (VIT): Não marcou, mas teve participação decisiva em todos os gols do Vitória.
Ramon (VIT): Três gols, ainda que dois de pênalti, mas uma grande atuação.

Jean (VAS): Jogou com vontade os 90 minutos e foi recompensado com um gol em jogada de Wagner Diniz.
Hugo (COT): Mostrou oportunismo e bom posicionamento, marcando dois gols.

Técnico: Vagner Mancini (VIT): Montou o time de forma a aproveitar o máximo da capacidade de seus jogadores e tem sido recompensado.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Explosivo como dinamite


Quarta-feira de muita festa em São Januário. Roberto Dinamite fez história ao ver, pela primeira vez como presidente, o time pelo qual marcou época jogar no mesmo gramado onde ele fez história. Antes do jogo, sorvete para os torcedores e sorteio de camisas. Durante, um primeiro tempo em que o time negou fogo e um segundo em que foi explosivo.

Antônio Lopes manteve o esquema que quase deu certo contra o Figueirense, mas a atuação vascaína na primeira etapa deu força ao chavão de que um time repleto de jogadores de frente não é necessariamente ofensivo. Edmundo e Leandro Amaral pareciam deslocados e desconfortáveis, sem conseguir encontrar o posicionamento correto.

Sem ligação da defesa para o ataque, o Vasco foi facilmente envolvido pelo rápido toque de bola do Sport. Nelsinho Baptista não tinha um homem de referência na área e mandou a equipe se movimentar, chegando velozmente com Luciano Henrique, Diogo, Carlinhos Bala e Fumagalli, que obrigou Tiago a fazer duas grandes defesas.

Jean era o mais voluntarioso vascaíno e quase marcou aos dezoito, arrancando do meio de campo e errando a finalização após cruzamento de Edmundo, que ao final do primeiro tempo recuou e melhorou, colocando os companheiros na cara do gol. O gol vascaíno, aliás, surgiu de um bom passe do atacante, que a defesa cortou e Morais emendou de primeira, pegando Magrão adiantado. Aos 35 minutos, era o primeiro arremate cruzmaltino no jogo.

Na volta do intervalo, o Sport voltou com Enílton no lugar de Sandro Goiano e sem Eduardo Baptista, preparador físico e filho de Nelsinho, expulsou ao bater boca com Antônio Lopes sobre a arbitragem. Lopes também não voltou para o segundo tempo, mas não precisou: o rubro-negro perdeu em movimentação com um homem fixo e o Vasco ganhou em marcação.

Logo aos nove, o esforçado Pablo foi finalmente recompensado e, após quinze partidas com a camisa vascaína, marcou seu primeiro gol em linda jogada individual. O garoto pode errar muitas vezes, mas não se omite e é o que mais acredita em um time quase sempre apático.

Após o gol, o Vasco se acomodou e o Sport avançou, mas além de um chute de Carlinhos Bala no travessão, nada fez. Os cruzmaltinos aproveitaram dois contra-ataques e mataram o jogo, com Jean marcando seu merecido gol pelo que brigou, e Edmundo em tabela com Leandro Amaral. Festa nas arquibancadas. Se o time tem defeitos, ao menos há muitos vascaínos voltando a ser vascaínos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Brasileirão 9ª rodada - seleção e pitacos

Flamengo líder como nunca, impressionantes oito times separados por apenas um ponto e novamente poucos gols. Assim foi a 9ª rodada do Brasileirão, que chega à metade do primeiro turno. Até agosto, serão mais dez rodadas em 33 dias - um jogo a cada três dias. Não à toa, julho costuma ser o verdadeiro mês da definição no BR. Conseguirá o Flamengo se manter? O Grêmio vai começar a cair? E Santos e Fluminense, irão se recuperar? É esperar pra ver.

A seleção da rodada:

Marcos (PAL): Sem culpa no gol, defendeu um pênalti e fez milagres.

Leonardo Moura (FLA): Correu muito, levou perigo e ainda deixou o seu.
Renato Silva (BOT): Mais uma atuação muito segura.
Antônio Carlos (ATP): Ganhou todas as divididas contra o ataque santista.
Juan (FLA): A eficiência e qualidade de sempre no ataque.

Alan Bahia (ATP): Firme na marcação, fez gol e acertou o travessão com uma bomba.
Túlio (BOT): Muito participativo, marcou e foi ao ataque, deixando o seu.
Cleiton Xavier (FIG): Perdeu um pênalti mas se redimiu, marcando duas vezes.
Taison (INT): Veloz, jogou muito e criou várias chances pela direita.

Marquinhos (VIT): Grande jogada no gol-relâmpago. Perigoso o jogo todo.
Alex (INT): Jogou no ataque. Atuação de gala e dois golaços, além de converter um pênalti.

Técnico: Tite (INT): Soube administrar os desfalques e anular os pontos fortes do Coritiba.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

1958: eram os deuses brasileiros


Se os deuses do futebol são brasileiros, ao menos nos idos de 1950 havia pouca gente que tivesse tal crença. Numa época em que a derrota do Maracanazzo doía fundo, os brasileiros eram acometidos pelo rodriguiano complexo de vira-latas: éramos os piores em tudo. Não havíamos nascido para o sucesso.

Obra do acaso ou dos deuses sem seguidores, os números das camisas brasileiras para a Copa de 58 foram distribuídos aleatoriamente pelo uruguaio Lorenzo Vilizzio, membro do comitê organizador. O goleiro Gilmar ficou com a 3. Nilton Santos levou a 12 e Vavá, a 20. Pelé, ainda desconhecido, ganhou a dez.

Passaram a conhecê-lo na vitória sobre o País de Gales. O gol do menino que saiu chorando de campo fez sorrir quem há muito havia desistido de se emocionar com o escrete. Na final contra os suecos, um dilema: qual uniforme vestir? Afinal, os donos da casa também fardavam o amarelo.

Voltar ao branco de 50 era derrota na certa, nem precisavam entrar em campo. Foi então que o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, profetizou: “usemos o azul, cor do manto de Nossa Senhora Aparecida. Elas não nos falhará”. E não falhou. Assim como foram certeiros Vavá, Pelé e Zagallo. 5 a 2.

Campeões do mundo! Os brasileiros voltaram a acreditar em si. Graças ao manto de Nossa Senhora. Graças aos deuses do futebol. E graças a Ele, Pelé, Deus brasileiro recém-nascido nos gramados suecos. Amém.