sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Brasinternacional


Não há como negar a excelente fase de Nilmar, nem deixar de comemorar sua plena recuperação após duas contusões delicadíssimas que teriam feito muitos jamais voltarem - e que já fez Ronaldo deixar de ser Ronaldo.

Contudo, não há como não perceber a preferência de Dunga por jogadores vindos do Sul e, especialmente, do Inter. Renan, apesar de ter feito uma Olimpíada quase perfeita, era menos cotado que Diego Alves para ser titular da seleção que esteve em Pequim.

A insistência com Rafael Sobis, que há muito tempo não joga o que jogava no Inter - talvez, desde que tenha saído - já passou de teimosia para se tornar algo efetivamente irritante. Sobis não fez nada de produtivo durante todo o tempo em que foi convocado.

Pato, este sim, merecia uma atenção maior de Dunga. Parece, entretanto, que a preferência que ele tem pelo Inter encontra oposto no Milan: a maneira como trata Kaká, Ronaldinho e Pato só não é mais ríspida do que a postura que tem adotado perante a Globo - que aliás extrapolou, especialmente no jornal O Globo seguinte à derrota para a Argentina, na campanha pela queda do treinador.

Pode não ser nada, apenas uma preferência pela proximidade e vivência. Mas não custa nada perguntar o porquê. E nem desconfiar que esta é mais uma atitude de alguém que não tem capacidade para ser o técnico da seleção brasileira - mas também não tem culpa de ter sido o escolhido.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Opostos que não se atraem

Confira a íntegra na coluna Futebol Alpino, da Trivela.

Ao final da edição 2007/08 da Swiss Super League, duas campanhas chamaram a atenção – mais até do que a excelente performance do Young Boys, impulsionado pelas grandes atuações de Hakan Yakin: FC Aarau e FC Luzern, clubes bastante modestos, brigaram até as últimas rodadas por uma vaga nas copas européias e terminaram com números bem parecidos.

Pouco mais de três meses depois, a situação de ambos é bem diferente. Enquanto um perdeu vários jogadores graças à boa campanha, outro veio com um orçamento recorde para se consolidar entre as principais forças; enquanto um é vice-líder e único invicto passadas sete rodadas, outro amarga seis derrotas, um empate e o pior início de campeonato dos últimos vinte anos.

Agora responda: qual clube se encaixa em cada situação? O provável seria que aquele que investiu esteja na ponta, enquanto que o que perdeu peças importantes sofra as conseqüências. Mas, também na Suíça, onde normalmente reina o equilíbrio, o futebol prega das suas: ao mesmo tempo em que o Aarau, apesar das baixas, é a sensação do primeiro turno, o Luzern, que investiu pesado para os padrões do clube, pena na lanterna a cinco pontos do penúltimo colocado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Seleções - 21ª e 22ª rodada

Peço desculpas pela ausência nos blogs dos amigos e até aqui mesmo - só tenho postado as seleções. Tentarei compensar nas próximas semanas.

21ª rodada

Edson (ATM): Foi decisivo ao defender pênalti cobrado por Iarley.

Carlinhos (FLU): Bem no apoio, cruzou na medida para o gol de cabeça de Washington.
Índio (INT): Firme na defesa e ainda fez dois gols de cabeça. Grande partida.
Fábio Luciano (FLA): Jogou com seriedade e não errou.
Juan (FLA): Responsável pelas duas jogadas que resultaram em gols do Flamengo.

Aírton (FLA): Grata surpresa, foi bem na cobertura e nos desarmes.
Túlio (BOT): Subindo demais de produção, bem na marcação e nas subidas ao ataque.
João Henrique (COT): Efetivo durante todo o jogo, foi premiado com o terceiro gol.
Alex (INT): Fez um golaço, apareceu em todo o campo e orientou o time.

Washington (FLU): Fez os três da vitória do Flu, dois de falta e um de cabeça. Um artilheiro nato.
Borges (SAP): Mostrou que está recuperado e foi fundamental na virada tricolor.

Cuca (FLU): Ousou na armação da equipe e foi recompensado com grande atuação de Washington.

22ª rodada

Victor (GRE) – Fez duas grandes defesas e salvou o time da derrota.

Rodrigo Heffner (COT) – Esperto no lance do primeiro gol, cruzou bem.
Rodrigo (SAP) – Apesar da desatenção da zaga, jogou sério e fez um gol para compensar as falhas.
Marcelo Batatais (VIT) – Fez um golaço de bicicleta que deu a vitória ao time.
Leandro (PAL) – Sempre bem no ataque, cruzou para dois gols.

Jean (SAP) – Vai se firmando aos poucos. Eficiente nos desarmes, cruzou para o gol de Rodrigo.
Serginho (ATM) – Objetivo, fez jogadas de efeito e marcou um golaço.
Carlos Alberto (BOT) – O melhor em campo no clássico. Buscou o jogo a todo momento.
Marlos (COT) – Veloz e habilidoso, deu muito trabalho à desatenta zaga são-paulina, além de mostrar oportunismo na cobrança de lateral.

Nilmar (INT) – Grande primeiro tempo, deu uma aula de determinação a qualquer atacante no lance do gol do Inter.
Kléber Pereira (SAN) – Mostrou que basta ser abastecido para marcar gols bonitos e importantes.

Tita (VAS) – Apesar de ser extremamente defensivo, conseguiu poupar Madson e ainda arrancar um empate contra um time bem melhor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Seleção da 20ª rodada

Fábio (CRU): Duas defesas providenciais quando o Vitória pressionava, buscando o empate.

Leonardo Moura (FLA): Salvou o Flamengo na Vila, marcando os dois gols no empate.
Eduardo Luiz (VAS): O mais seguro da ainda atrapalhada zaga vascaína, subiu para marcar o terceiro gol e afundar o Inter.
Rever (GRE): Anulou o ataque são-paulino pelo seu lado do campo, sempre bem nas antecipações.
Nei (ATP): Sempre presente no ataque, quase marcou em três oportunidades.

Rafael Carioca (GRE): Muita garra, brigou lealmente pela bola e ganhou a maioria das divididas.
Túlio (BOT): O único volante de marcação jogando fora de casa, teve bastante trabalho e se saiu muito bem.
Ferreira (ATP): O principal armador da equipe, fez um gol e deu passe para outro.
Evandro (PAL): Movimentou-se bastante e fez um belo cruzamento para o gol de Alex Mineiro.

Pedro Oldoni (ATP): Desencantou e fez três na goleada sobre o Ipatinga.
Kleber Pereira (SAN): Mais uma vez, fez sua parte – faltou o resto do time ajudar.

Ney Franco (BOT): Montou um esquema diferente, com três jogadores ofensivos no meio, e foi recompensado com mais uma vitória e a chegada ao G-4.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Brasileirão - 50%


Chegamos ao final do primeiro turno do campeonato brasileiro, e é hora de uma análise mais aprofundada. Em 190 jogos, as redes balançaram 519 vezes (média de 2,73 gols por partida, a segunda desde o início dos pontos corridos - perde apenas para os 2,63 de 2006). Foram 119 de cabeça, 24 de falta, 61 de pênalti e 47 de fora da área. 75 cartões vermelhos foram mostrados, um a cada quatro jogos. Já o amarelo foi aplicado 1075 vezes, média de 5,6 por partida.

A média de público vem confirmando o crescimento e, com 15.538, fica atrás apenas dos 17.255 do ano passado (sempre desde 2003). Os mandantes têm ampla vantagem: 113 vitórias, contra 44 empates e apenas 33 vitórias dos visitantes.

Foram quatro líderes diferentes: o Náutico, apenas na segunda rodada; o Cruzeiro, na 3ª e na 4ª; o Flamengo, com dez, o maior número (1ª e 4ª a 13ª); e o Grêmio, campeão do turno, líder há seis rodadas. Por outro lado, o Fluminense foi quem mais esteve na zona de rebaixamento: dezoito rodadas (só não esteve na primeira). O Ipatinga ficou entre os quatro piores em 16 rodadas.

Em comparação com 2007, o campeonato está mais equilibrado, apesar de a campanha do Grêmio ser a melhor de um líder do turno desde 2003 - fez 41 pontos contra 40 do São Paulo no ano passado. Entretanto, a diferença de pontos do líder para o lanterna é de 25, contra 30 na última edição. Além disso, três pontos separam o Palmeiras, 3º lugar, do Botafogo, 8º - no ano passado, as mesmas colocações eram divididas por cinco pontos. Os pontos estão mais distribuídos entre os clubes, como mostra a zona de rebaixamento: o Ipatinga, lanterna, estaria em 18ª com os mesmos 16 pontos.

Os maiores destaques do início do campeonato foram Flamengo, Cruzeiro, Grêmio e Náutico, que brigaram pelas primeiras posições. Fluminense, São Paulo e Santos, disputando a Libertadores, começaram mal. A partir da 6ª rodada, o Vitória começou a subir e o Náutico a descer.

Empurrado pelo veterano Ramon e pela revelação Marquinhos, o time baiano venceu quatro partidas seguidas e despontou. Ao mesmo tempo, o Flamengo abria cinco pontos sobre o vice-líder Cruzeiro, graças principalmente ao grande futebol apresentado por Marcinho, Ibson e Juan. Ao mesmo tempo, o Santos não conseguia melhorar de produção apesar da chegada de Cuca, e o Fluminense sofria com a traumática perda da final da Libertadores em casa. O Sport, campeão da Copa do Brasil, parecia também perder o foco.

Com a venda de Marcinho, Renato Augusto e Souza, o Flamengo começou a cair vertiginosamente de produção. Enquanto isso, Palmeiras e São Paulo se estabilizavam na competição e o Grêmio, na 9ª rodada, perderia sua última partida no 1º turno. Após empates fora e vitórias em casa, o tricolor assumiu a liderança na 14ª rodada com uma impressionante goleada por 7 a 1 no Figueirense, em pleno Orlando Scarpelli. Quem também era goleado era o Atlético-MG, por 4 a 0 para o Botafogo, chegando à zona de rebaixamento e agravando a crise.

O Internacional, apontado por muitos como candidato ao título, permaneceu irregular todo o turno, alternando grandes vitórias como os 2 a 0 sobre o São Paulo com resultados muito ruins, como derrotas para o Ipatinga fora e o Santos em casa. Já o Coritiba, com a volta de Keirrison, foi quem mais subiu na reta final, ao lado do Botafogo, que após rondar as últimas posições com Geninho, melhorou absurdamente com a chegada de Ney Franco.

O Grêmio se consolidou na liderança, vencendo em casa e fora. Mesmo sem Ramires, na seleção olímpica, o Cruzeiro fez boas exibições graças a Fabrício, Wagner e Guilherme, e terminou o turno na segunda posição. O Palmeiras terminou em terceiro graças a melhor campanha dentro de casa e o São Paulo fechou o G4 com uma campanha consistente, apesar de alguns percalços.

Vitória, Coritiba e Botafogo terminam o turno em alta, ao contrário de Atlético-PR, que jamais superou a 10ª colocação, Portuguesa, com uma defesa muito frágil, e Náutico. O Goiás, que brigava para não cair, melhorou com a chegada de Hélio dos Anjos e o Figueirense, após a goleada em casa, diminuiu o ritmo. Quem terminou o turno mais fragilizado foi o Vasco, que apesar da goleada por 6 a 1 sobre o Atlético-MG, sofreu três goleadas seguidas fora de casa (5x2 para o Santos, 4x0 para o São Paulo e 5x0 para o Vitória), encerrando com a pior defesa e na zona do descenso - sem contar os inúmeros problemas internos.

Abaixo, números do primeiro turno, bem como a seleção do torneio até aqui.

Gols
2007 - 520 marcados (média de 2,81, com cinco jogos adiados por causa do Pan)
2008 - 519 (média de 2,73)

Artilheiros
2007 - Josiel (PAR): 12 gols
2008 - Alex Mineiro (PAL) e Kléber Pereira (SAN): 11 gols

Melhor ataque
2007 - Cruzeiro (40 gols)
2008 - São Paulo (33)

Melhor defesa
2007 - São Paulo (7)
2008 - Cruzeiro (12)

Pior ataque
2007 - América-RN (16)
2008 - Atlético-PR (17)

Pior defesa
2007 - América-RN (42)
2008 - Portuguesa e Vasco (39)

Seleção do primeiro turno

Victor (GRE): Remanescente da passagem de Vagner Mancini pelo Olímpico, atuou em todos os 19 jogos e só sofreu gol em nove deles, mantendo a média de 0,63 gol sofrido por partida.

Paulo Sérgio (GRE): Posição mais carente do campeonato. Entra por ter feito um bom número de assistências: cinco, além de um gol importante contra o Cruzeiro.

André Dias (SAP): Impressionante sua recuperação, ele que era considerado o zagueiro mais fraco do São Paulo. Com os problemas físicos de Miranda e a ausência de Alex Silva pela seleção, transformou-se em um líder.

Léo (GRE): Zagueiro-revelação do campeonato, merece a menção tanto quanto Rever e Pereira, seus companheiros de trio de zaga. Mas pelo potencial e pelas atuações firmes, é o escolhido.

Juan (FLA): Fundamental na primeira metade do turno, caiu de produção assim como o restante do time do Flamengo. Ainda assim, é o líder de assistências e o único jogador lúcido do Fla nas últimas partidas.

Fabrício (CRU): Subiu muito de produção na reta final do turno, fazendo gols importantes além da já antes presente liderança e eficiência na marcação, nos desarmes e nas coberturas.

Rafael Carioca (GRE): Outra grande revelação do Grêmio, faz ao lado de William Magrão uma jovem e competente dupla de volantes que sabem jogar muito bem, ao melhor estilo da moda atual. É o segredo do sucesso do Grêmio.

Marquinhos (VIT): O craque do primeiro turno. Desconhecido, atuou com maestria pela meia-esquerda do interessante esquema de Vagner Mancini. Sua habilidade e velocidade foram mortais aos adversários, além de ter marcado gols importantíssimos e dado seis assistências.

Wagner (CRU): Menos regular que Marquinhos, foi quando ele voltou a jogar bem que o Cruzeiro cresceu. Chamou a responsabilidade em jogos cruciais e tem abastecido Guilherme com lindas bolas, também marcando seus gols.

Nilmar (INT): Apesar da campanha irregular do Inter, aparece na vice-artilharia com dez gols. O mais importante, entretanto, é a entrega em todos os jogos, combinando velocidade, habilidade e garra e transformando-as em grandes atuações.

Alex Mineiro (PAL): Artilheiro ao lado de Kléber Pereira, foi bem mais consistente que o rival santista - além de ter marcado menos gols de pênalti. Talvez o melhor camisa nove de ofício do campeonato.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Seleção da 19ª rodada

Já atrasado, a última seleção do primeiro turno. Ainda esta semana, uma análise completa das primeiras 19 rodadas do Brasileirão.

Marcos (PAL): Sem culpa no gol, fez duas defesas dificílimas no primeiro tempo. Se dependesse só dele, o Palmeiras teria arrancado um empate.

Paulo Sérgio (GRE): Bem no apoio, participou de várias jogadas de perigo.
Rodrigo (SAP): Não cometeu o pênalti. Ainda assim, fez um golaço de falta para compensar.
Leonardo Silva (VIT): Não teve trabalho. Orientou a defesa e a saída para o meio.
Marcelo Cordeiro (VIT): Uma assistência, foi sempre perigoso no apoio.

Zé Luís (SAP): Foi mais um zagueiro, mas fechou bem o lado direito e fez um gol importante.
Jaílton (FLA): Tem atuado mais recuado, como zagueiro, mas fez o importante gol da vitória no fim do jogo.
Leandro Domingues (VIT): Entrou no segundo tempo e infernizou a já cansada defesa vascaína, marcando um gol.
Ramon (VIT): O maestro do time, comandando o ataque com sua experiência. Ainda fez um belo gol de oportunismo.

Keirrison (COT): Mais dois gols, já é o vice-artilheiro. Impressionante como evolui a cada rodada.
Reinaldo (GRE): Fez dois na goleada sobre o Atlético.

Celso Roth (GRE): Outra goleada fora de casa, graças principalmente à forma como monta a equipe.

sábado, 9 de agosto de 2008

Grêmio e Cruzeiro brigam pelo título do 1º turno

Apenas Grêmio e Cruzeiro ainda brigam pelo título do primeiro turno. Ambos jogam fora de casa na 19ª rodada: os gaúchos visitam o Atlético-MG, enquanto os mineiros vão a São Paulo pegar a Portuguesa. Dois adversários em mau momento. Quem será que vai aproveitar melhor? Será que a torcida cruzeirense irá vibrar com uma vitória atleticana? Motivo há: desde 2003, o campeão do primeiro turno sempre acabou vencendo o Brasileirão no final do ano.

Abaixo, a seleção da 18ª rodada:

Fábio (CRU): Pegou um pênalti quando ainda estava um a zero e fez defesas milagrosas.

Thiaguinho (BOT): Ajudou na marcação e ainda subiu para marcar o gol da vitória.
Luiz Alberto (FLU): Grudou em André Lima e ainda ofereceu cobertura eficiente aos laterais.
Leandro Almeida (ATM): Eficiente nas roubadas de bola, não teve culpa nos gols e grudou em Kleber Pereira.
Jadílson (CRU): O garçom do time, um lindo cruzamento para o gol de Gérson Magrão.

Túlio (BOT): Fez um golaço, participou do segundo e ainda salvou um do Figueira.
Sandro Silva (PAL): Fôlego na marcação, marcou um belo gol no final.
Gérson Magrão (CRU): Jogou quase como um terceiro atacante, apareceu bem para marcar.
Valdívia (PAL): O melhor do jogo, brigou, criou grandes jogadas e mostrou oportunismo no gol.

Washington (FLU): Incansável, fez os três gols da virada do Flu sobre o São Paulo.
Iarley (GOI): Decidiu o jogo na base da velocidade e do oportunismo.

Técnico: Ney Franco (BOT): O Botafogo é outro desde sua chegada. Mesmo com a expulsão de Carlos Alberto, conseguiu segurar a vitória com suas alterações inteligentes.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fonte

Uma das relações mais delicadas da vida de um jornalista é com sua fonte. Mais até do que com o público que lê, vê ou ouve suas notícias. A fonte é como um namoro: precisa ser conquistada, tratada com cuidado, pois uma vez perdida a confiança, jamais é recuperada.

Mas e num caso como esse?

"Lulinha pode ser trocado por Morais. A diretoria corintiana estaria analisado a possibilidade de envolver o jovem meia numa troca por empréstimo com o jogador do Vasco. A informação surgiu hoje no Rio de Janeiro". - divulgou uma rádio paulista.

"O meia Morais pode estar deixando São Januário. O destino seria o Corinthians, e Morais seria envolvido numa troca com Lulinha, revelação do Parque São Jorge. As especulações começaram hoje em São Paulo e chegaram até o Rio de Janeiro. - afirmou uma rádio carioca.

Informações desencontradas, despreparo, falta de tempo e de responsabilidade para apuração. Os motivos são muitos, mas é fato que a imprensa esportiva brasileira, que reclama tanto de profissionalismo dos clubes de futebol, é tão amadora quanto.

Por isso mesmo, os empresários, inteligentes, usam jornais, rádios e tevês para valorizarem seus jogadores e colocá-los no holofote.

Não duvido que esta possível troca seja mais uma brincadeira de mau gosto.

Ao invés do jornalista escolher suas fontes, parece mais apropriado a fonte começar a escolher os jornalistas.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A rodada dos visitantes

Marcas do equilíbrio: seis dos dez jogos da 17ª rodada do Brasileirão terminaram com vitória dos visitantes, o recorde do campeonato. Afirmação para Cruzeiro, Botafogo e Palmeiras, recuperação para Coritiba, Figueirense e Internacional. Abaixo, a seleção da rodada, com a colaboração do amigo Dassler Marques, do Papo de Craque:

Rogério Ceni (SAP): Pouco exigido, voltou a marcar de falta e ainda fez um de pênalti.

Elder Granja (PAL): Melhor partida no ano. Dois gols e uma assistência.
Thiago Heleno (CRU): Eficiente nos desarmes, segurou as investidas rubro-negras.
Sorondo (INT): Firme na marcação, anulou Dodô e ainda perseguiu Conca.
Júlio César (GOI): Dois gols na goleada sobre a Portuguesa.

William Magrão (GRE): Volante que marca bem e sai com a bola melhor ainda. Premiado com um gol.
Túlio (BOT): Jogando mais livre com o novo esquema de Ney Franco, foi ao ataque com perigo e marcou seu terceiro gol em dois jogos.
Valdívia (PAL): Criticado no meio de semana, respondeu com grande atuação e dois gols.
Romerito (GOI): Ditou o ritmo do jogo com seus passes e ainda marcou um na goleada sobre a Lusa.

Nilmar (INT): Mais uma vez letal, combinou velocidade, habilidade e ótimos chutes.
Keirrison (COT): Três gols e uma atuação perfeita. Tem melhorado a cada jogo.

Técnico: Adílson Baptista (CRU): Armou bem o time e aproveitou os espaços dados pelo esquema de Caio Júnior para conseguir a virada sobre o Flamengo.

sábado, 2 de agosto de 2008

Quem será o campeão do primeiro turno?


A três rodadas do final do primeiro turno, chegamos a 40% do campeonato disputado e é hora de outra análise do Brasileirão 2008. Grêmio, Cruzeiro, Vitória, Flamengo, Palmeiras ou São Paulo: quem será o campeão do primeiro turno? A história dos pontos corridos mostra que quem termina a primeira perna na frente, acabou campeão. Por isto, a próxima semana pode mostrar a tendência.

Melhores: Grêmio, Vitória, Santos e Sport.
Piores: Náutico, Figueirense e Flamengo.

O Grêmio foi o melhor time das últimas quatro rodadas: o único que não perdeu, acumulando três vitórias (duas fora de casa) e um empate. O tricolor gaúcho aplicou a maior goleada do campeonato no Figueirense em pleno Orlando Scarpelli e assumiu a liderança. Vitória, Santos e Sport fizeram nove de doze pontos possíveis, emplacando três vitórias. O Leão subiu seis posições, a melhor evolução, enquanto o alvinegro praiano continua na zona de rebaixamento, mostrando quão complicada era sua situação.

Já o Flamengo, que perdeu Renato Augusto, Marcinho e Souza, não vence há quatro jogos. Foram apenas dois pontos, retrospecto igual ao do Figueira, goleado por 7 a 1, e melhor apenas que o do Náutico, que somou apenas um ponto, caindo da 9ª para a 15ª posição - a maior queda do período.

A média de gols tem melhorado e chega pela primeira vez à marca de 2,71 (ainda assim, a segunda pior desde 2003). A 14ª teve 35 gols, melhor até agora, graças às goleadas de Grêmio e Botafogo e ao empate em 3 a 3 no clássico carioca. A briga pela artilharia também esquentou: Alex Mineiro e Kléber Pereira, típicos camisa nove, aparecem empatados com dez gols, enquanto Guilherme tem nove e Cleiton Xavier, oito.

Equilíbrio em cima

Comparando com a 16ª rodada do Brasileirão 2007, há mais equilíbrio no topo da tabela - mais times brigam pela ponta. No ano passado, Botafogo e São Paulo polarizavam a disputa com 31 pontos cada, cinco a mais que o Vasco, terceiro colocado. Hoje, se o Grêmio tem campanha melhor, com 32, outras seis equipes aparecem logo abaixo, com o São Paulo fechando o primeiro bloco com 27 pontos.

Em 2007, o equilíbrio estava na parte do meio da tabela: dois pontos separavam o Cruzeiro, 6º, do Sport, 14º. Hoje, já há um bloco intermediário (Sport, 7º, 24 a Figueireinse, 11º, 21) e um inferior, que começa no Vasco e vai até o Goiás. O potencial dessas equipes tem sido demonstrada dentro de campo e, além de Santos e Fluminense, é difícil dizer que algum outro irá subir muito.

16ª rodada - Números 2007 vs. 2008:

Melhor ataque
2007: Botafogo (35 gols)
2008: Vasco (30)

Melhor defesa
2007: São Paulo (7)
2008: Grêmio (12)

Pior ataque
2007: América-RN e Grêmio (14)
2008: Atlético-PR (15)

Pior defesa
2007: América-RN (32)
2008: Portuguesa (32)

Seleção da 16ª rodada:

Wilson (FIG): Sem culpa no gol de Hugo, fez duas defesas providenciais à queima-roupa.

Wagner Diniz (VAS): Melhor partida no ano. Dois gols e uma assistência.
Fernando Eller (SAN): Bem demais na marcação, roubou várias bolas.
Marcelo (SAN): Não se confundiu com o posicionamento e foi perfeito na antecipação aos atacantes colorados.
Leandro (PAL): Sempre presente no ataque, foi bem nos cruzamentos e levou Jaílton à loucura.

Túlio (BOT): Fez dois belos gols, dando a vitória ao Botafogo.
Sandro Silva (PAL): Bem na cobertura e ainda teve tempo para fazer o gol da vitória.
Marquinhos (VIT): Um gol e uma assistência. O melhor jogador do campeonato até aqui.
Wagner (CRU): Mais um gol, agora mostrando muito entrosamento com Guilherme.

Jonas (POR): Muita vontade, foi recompensado com dois golaços de fora da área.
Guilherme (CRU): Dois gols e uma assistência. Voltou a jogar bem.

Técnico: Cuca (SAN): Escalou a equipe com três zagueiros e conseguiu uma impensável e importantíssima vitória no Beira-Rio.