quarta-feira, 24 de junho de 2009

Férias!




Merecidas, desejadas, quem as não precisa?

Saio em recesso matrimonial e retorno em um mês, se Deus quiser, desposado e renovado.

Pode ser que pinte uma ou outra postagem até lá, mas elas já ficam desde já rarefeitas e desprogramadas.

Que Dunga não acredite ter, um ano antes da Copa, o time perfeito montado.

Que o brasileiro classificado para as finais da Libertadores traga de volta a taça
ao país (meu palpite? Grêmio!)

Que o campeão da Copa do Brasil não abdique do Brasileiro, afinal Corinthians e Inter têm times muito bons para deixarem de desfilá-los nos gramados daqui.

E que o espírito de porco da nova gripe não nos pegue em Buenos Aires.

até breve!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ranking Olheiros - Segunda edição


Foram recordes de visitas, comentários, críticas, elogios, sugestões. Repercussão em sites, blogs, TV e rádios. O Ranking Olheiros do futebol de base brasileiro foi um sucesso em sua primeira edição. Mais do que cravar quem tinha a melhor base, nossa intenção foi cumprida: promover o debate sobre o trabalho de formação de garotos no país. Um mês depois, apresentamos a segunda edição, com cinco competições disputadas e três novos times aparecendo, graças aos desempenhos nos estaduais de base.

Houve mudanças no Top Ten: apesar do vexame da briga e expulsão do campeonato, o Corinthians chegou às quartas-de-final do Mundialito Sub-18, realizado na Espanha, e somou mais doze pontos, ultrapassando o Santos e conquistando o sexto lugar. O São Paulo, semifinalista, ganhou vinte pontos e se manteve na terceira colocação.

Quem saiu dos dez mais foi o Atlético-MG, após ser eliminado na primeira fase da Spax Cup. Com a realização da edição 2009 do torneio, os pontos acumulados com o bicampeonato em 2007 e 2008 tiveram seus pesos diminuídos, conforme os critérios do ranking. Assim, o Galo perdeu pontos e foi ultrapassado pelo América-MG.

Os maiores pontuadores da segunda edição vieram dos campeonatos estaduais de base, que já terminaram em quatro estados: Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. O Vitória, campeão baiano, subiu duas posições e aparece em 15º. O Fluminense de Feira de Santana´, vice, também subiu duas e está em 29º. O Colo Colo, eliminado na semifinal, subiu 38 posições com os 20 pontos acumulados e aparece em 34º, enquanto o Vitória da Conquista, estreando no Ranking, está em 48º. Já o Bahia, fora das semifinais deste ano, despencou: perdeu 16,4 pontos e caiu da 16ª para a 30ª posição.

No Rio, duas caras novas: o Tigres, campeão com campanha surpreendente, somou 40 pontos e aparece em 32º lugar. E o Boavista, quarto lugar, também estreia, com 16 pontos na 65ª posição. O Vasco, vice-campeão, somou 28 pontos e subiu do 38º para o 25º lugar, enquanto o Madureira, terceiro colocado, ganhou 16 e foi da 30ª para a 21ª colocação.

Já em Pernambuco, o segundo título do Náutico em três anos garantiu ao Timbu mais 40 pontos e dez posições, assumindo o 16º posto. O Sport subiu um lugar (agora em 14º), graças ao vice-campeonato. O Santa Cruz se recuperou com a terceira colocação e deixa o 83º lugar, subindo para o 37º - a maior ascensão do período. Finalmente, o Porto de Caruaru comprovou o bom trabalho com o quarto lugar e se manteve na 19ª colocação geral. O estado tem agora três times no Top 20.

As outras modificações foram reflexo de desvalorização de pontuações anteriores, nos campeonatos terminados no último mês. Esta edição do ranking serve também para adequação e pequenas correções, como a confirmação do título potiguar pelo ABC em 2008. Vale lembrar que os times empatados em pontos aparecem todos na mesma colocação, relacionados em ordem alfabética.

Outra novidade são as setinhas que indicam quantas posições o time subiu ou desceu em relação à primeira edição, além da estrela para os novatos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Rothulado


Poucas pessoas despertam tantas reações diferentes no mundo do futebol sem serem polêmicas ou explosivas como Celso Roth. O treinador é adorado por todas as torcidas, menos por aquela em cujo clube está trabalhando no momento, a ponto de ser motivo de chacota dos adversários toda vez que é anunciado em um novo time.

Títulos são obrigatórios para a (sobre)vida de qualquer técnico ou jogador, e Roth não os conquista desde 2000, quando venceu a Copa do Nordeste pelo Sport. Mas não há como negar que, nos últimos anos - especialmente com o advento dos pontos corridos -, ele tem acabado com o rótulo de treinador excessivamente defensivo que ainda insistem em lhe imputar.

Em 2004, fez excelente campanha com o Goiás de Paulo Baier e Alex Dias, terminando o Brasileirão na 6ª posição, a sete pontos da zona da Libertadores. No ano seguinte, assumiu o Botafogo em agosto e fez a melhor campanha do clube desde o título de 95, terminando em nono lugar.

Após as duas boas campanhas, foi demitido. Ficou um ano e quatro meses parado, até assumir o Vasco no lugar de Renato Gaúcho. No Brasileirão, levou o time carioca à liderança pela única vez em toda a história dos pontos corridos, na quinta rodada. Terminou o primeiro turno em quarto lugar (com um jogo a menos), na zona da Libertadores. Com a queda de produção no segundo turno, acabou demitido e o Vasco terminou o ano em 12º lugar.

No Grêmio, fez um trabalho ainda melhor e por pouco não foi campeão brasileiro, liderando o maior número de rodadas da temporada (deixou a ponta a seis jogos do fim) e levando um time desacreditado ao vice-campeonato. Neste ano, abriu mão do Estadual para traçar uma campanha sólida na Libertadores, mas acabou pagando caro pela escolha.

Agora, no Atlético, desenvolve o mesmo trabalho dos outros clubes: recuperou a auto-estima ferida após a goleada na final do Mineiro, immpôs um sistema de jogo de marcação sufocante e contra-ataques mortais. Quando sai na frente, dificilmente o Galo sofre a virada. Na sexta rodada, assume a liderança com o clube pela primeira vez desde que os pontos corridos foram introduzidos.

Falta a Roth encontrar a consistência adequada em todo o ano. A queda de produção de seus times no segundo turno é evidência histórica. Embora seja difícil conseguir fazer isso com o Atlético neste ano, também parecia improvável em 2008 com o Grêmio. Se conseguir, acabará de vez com o rótulo e provará que tem, sim, qualidade. Basta deixá-lo trabalhar.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Sinal vermelho...e verde


O futebol paranaense não vive um bom momento no Brasileirão. Seus dois representantes dividem a lanterna do campeonato após cinco rodadas, e a ameaça de um campeonato nacional sem times do estado pela primeira vez desde 1990, se ainda parece longe, ao menos está mais palpável do que em outros momentos.

Se goleadas em casa são um dos fatores que apontam um time candidato ao descenso, ambos já sofreram deste mal: o Coxa perdeu por 4 a 2 para o Santo André e 3 a 1 para o Goiás, times que não aparecem entre os favoritos em nenhuma lista. As derrotas do Atlético foram mais contundentes: 2 a 0 para o Vitória, 3 a 2 para o Náutico e a última, um 4 a 0 para o Atlético-MG que derrubou Geninho.

Curiosamente, se o Coritiba pode parecer mais frágil pela campanha no Estadual, é justamente o campeão paranaense Atlético o mais ameaçado. A escolha da Arena como sede da Copa obriga uma concentração total de investimentos na conclusão do estádio, e muitos times grandes de outros países passaram por isso (Saint Ettiene, na França, e Borussia Dortmund, Colônia e Kaiserslautern, na Alemanha, são exemplos).

Já no ano passado o Furacão soprou com ventos menos fortes e escapou na última rodada. Agora, foca ainda menos no time e tem lançado os garotos vice-campeões da Copa São Paulo para tentarem dar conta do recado.

Todos estes são ingredientes comuns a muitas receitas de insucesso ao longo dos últimos Brasileiros. Apenas a título de comparação, os únicos times que conseguiram se safar de começos tão ruins foram Palmeiras, em 2006, e Fluminense, em 2008. Nos dois casos, os times estavam concentrados em disputas continentais e recuperaram os pontos perdidos ao final da Libertadores.

Pode ser o caso do Coritiba, que tem bons nomes e só precisa de melhores ajustes. Mas não parece ser o caso do Atlético, que se cair, pode dar início a uma bola de neve com a queda das receitas, influenciando no andamento das obras.

No momento, o sinal está vermelho para os clubes paranaenses - até mesmo para aquele que sequer aceita esta cor em seu estádio.

sábado, 6 de junho de 2009

Eliminatórias

Austrália, Japão, Coreia do Sul, Holanda e Inglaterra devem ser as primeiras seleções a carimbarem o passaporte para a Copa de 2010, provavelmente neste final de semana. Com o retorno das Eliminatórias neste final de semana, dezenas de jogos movimentam os quatro cantos do Planeta Bola.

Saiba de tudo o que acontece rumo a Copa da África do Sul no
Febre Mundialista. Resultados, classificação, próximos jogos e notícias, além de posts especiais com a História das Copas, grandes craques e muito mais.

Confira!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Caindo de pé


22min55s, segundo tempo. Carlos Alberto deixa o campo alegando cãibras, para a entrada de Enrico – que só foi visto em campo neste momento.

Nos dois minutos seguintes, o Corinthians faz, em três lances, mais do que o Vasco fez em toda a partida.

Fim de pressão vascaína? Nem um pouco. Como previsto, o empate no Maracanã foi melhor para o Vasco que uma possível vitória - o Corinthians aguardou e deu jogo, e se tivesse perdido iria para cima como um furacão e seria imparável.

Há tempos o Vasco não foi tão Vasco – jogando de igual para igual com os grandes, pressionando, se impondo –, e o Corinthians tão Corinthians – sofrido, com garra, luta e entrega.

Há tempos um jogo sem gols não significava tanto para os protagonistas e suas histórias.

Dorival errou, sim, ao sacar Pimpão e apostar em Edgar contra uma defesa entrosada nas bolas aéreas, e depois ao tirar Léo Lima para dar velocidade ao jogo com Fernandinho, corrigindo a substituição anterior.

O torcedor vascaíno pode reclamar de um pênalti não dado em Elton, que teve a camisa puxada no bololô da área.

Mas não pode reclamar do brio deste time, formado muito antes do que se imaginava, e que recuperou sua dignidade.

O Vasco deu o seu máximo hoje. No momento, não é o suficiente para bater o Corinthians.

Mas quantas equipes vão enfrentar o alvinegro paulista por duas vezes neste ano e não perder nenhuma?

O Gigante da Colina caiu de pé, por ora.

Mas nunca esteve tão perto de se reerguer – desta vez, definitivamente.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Brasileirão 2009: 10%


Passadas as quatro primeiras das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro, é hora de voltarmos às nossas tradicionais análises pontuais da competição, destacando o que de melhor e pior aconteceu nessas rodadas iniciais que ninguém dá muita importância, mas que no final acabam fazendo falta.

Se a palavra que definiu as rodadas iniciais do BR'08 foi "sonolento", a deste ano pode ser "estranho". Afinal, por conta das fases agudas de Libertadores e Copa do Brasil, metade dos times começou o campeonato se lixando pra ele e deixando aquele ar de primeira segunda-feira depois das férias, quando nada é muito sério, nunca iremos nos lembrar e tudo pode ser deixado para depois.

Um número impressionante de empates deu a tônica na primeira quinzena: foram dez em vinte jogos, exatamente a metade. Ao final da segunda rodada, apenas oito times haviam conquistado uma vitória. Os resquícios deste começo no tranco são sentidos na parte de baixo da tabela: seis equipes ainda não venceram, contra quatro no ano passado, duas em 2006 e ZERO em 2007.

Pela primeira vez desde 2006, também, um time chega à nossa primeira análise com 100% de aproveitamento. Mesmo focado na Copa do Brasil, onde é favorito, o Inter venceu duas partidas fora de casa - uma delas contra o também favorito Corinthians - e desponta desde já como o time a ser batido. Os outros líderes (Vitória, Santos, Náutico e Atlético-MG) parecem o ser apenas por estarem focados apenas no Brasileirão. Vale lembrar, entretanto, que foi assim que o Grêmio, como quem não quer nada, disputou o título até o final.

A Série A ainda não engrenou também pelo fato de termos três times muito diferentes neste ano - Avaí e Santo André não disputam a primeira divisão desde a década de 70 e o Barueri é estreante -, o que deixa muita gente desnorteada sobre o verdadeiro nível do campeonato. Como podemos ver nos números, entretanto, a expectativa é de um campeonato bem equilibrado.

Como trata-se de um sprint inicial, pouco podemos analisar nos times, que vieram do embalo dos estaduais e ainda se voltam às copas, servindo este período, portanto, mais de base de comparação para nossa próxima análise do que qualquer outra coisa.

Algumas certezas, porém, parecem bastante claras: o Atlético-PR possui um time bastante limitado que, com as atenções voltadas para a Copa de 2014, correm sério risco de rebaixamento; da mesma forma, o Botafogo possui um elenco limitado e pode sofrer mais que o esperado; os caçulas Santo André e Barueri, por outro lado, se não são times de qualidade dificultam demais a vida dos peixes grandes e não vão apenas fazer figuração como se pensa.

Abaixo os números das quatro rodadas iniciais.

Destaques: campanha do Internacional, Pedrão, atacante do Barueri, que marca gol até sentado, e Felipe, bom atacante que comprova a vocação do Goiás para fazer artilheiros

Perebas: a defesa do Coritiba, que tomou sete gols em casa em dois jogos, e o destempero do Fluminense, que já teve três jogadores expulsos

4ª rodada

Melhor ataque
2009: Santos (11 gols)
2008: Cruzeiro (8)
2007: Botafogo (10)
2006: Cruzeiro, Ponte Preta e São Paulo (8)

Melhor defesa
2009: Internacional (1 gol)
2008: Cruzeiro (1)
2007: Corinthians e São Paulo (1)
2006: Santos (1)

Pior ataque
2009: Botafogo, Corinthians e Fluminense (3 gols)
2008: Fluminense (1)
2007: América-RN, Grêmio e São Paulo (3)
2006: Botafogo e Santa Cruz (1)

Pior defesa
2009: Coritiba (11 gols)
2008: Portuguesa (11)
2007: Cruzeiro (10)
2006: Palmeiras (13)

Gols e média
2009: 107 (2,67)
2008: 89 (2,22)
2007: 121 (3,02)
2006: 102 (2,55)

Artilheiros
2009: Marcelinho Paraíba (Coritiba) e Felipe (Goiás) - 4 gols
2008: Guilherme (Cruzeiro), Diogo (Portuguesa) e Kléber Pereira (Santos) - 3 gols
2007: Josiel (Paraná) - 5 gols
2006: Pedro Oldoni (Atlético-PR) e Wagner (Cruzeiro) - 4 gols

Números inéditos
Série de vitórias atual: Internacional (4)
Série invicta atual: Atlético-MG, Internacional, Náutico, Santos (4)
Série de derrotas atual: Atlético-PR (2)
Série sem vencer: Atlético-PR, Avaí, Barueri, Botafogo, Coritiba e Sport (4)