terça-feira, 29 de junho de 2010

Nos pênaltis, Paraguai bate Japão e avança às quartas de final


O Paraguai alcançou a melhor campanha de sua história na Copa do Mundo ao classificar-se às quartas de final, após bater o Japão nos pênaltis por 5 a 3 em um encontro sem muita inspiração no estádio Loftus Versfeld, em Pretória. Após um empate sem gols nos 90 minutos e na prorrogação, os paraguaios foram mais eficazes na disputa de penalidades e, contando com a cobrança no travessão de Komano, colocam quatro sul-americanos nas quartas - a melhor participação sul-americana na história dos Mundiais.

Primeiro tempo
Como esperado, o jogo foi muito equilibrado e estudado no primeiro tempo. As duas equipes primaram na primeira fase pela defesa, esperando o erro do adversário para marcar nos contra-ataques, e assim poucas chances foram criadas.

O Paraguai tinha mais posse de bola, mas produzia pouco, e a principal chegada foi em linda girada de Lucas Barrios dentro da área, para chute bloqueado. O Japão chegava na velocidade e nas bolas paradas, com mais perigo. Em contra-golpe rápido, Matsui acertou um lindo chute no travessão, e mais tarde Honda teve grande chance, mas ao invés de passar para Okubo, livre pela esquerda, preferiu chutar à direita do gol de Villar.

Segundo tempo
Mais preocupadas em não sofrer gol do que em marcar, as duas equipes voltaram cautelosas para a segunda etapa, e a disputa no meio-campo se intensificou. As defesas levavam vantagem, ao ponto de Alcaraz, Da Silva, Nakazawa e Túlio Tanaka, duplas de zaga, serem os destaques do jogo.

Com o passar do tempo, os dois treinadores lançaram atacantes em suas equipes, mas os reservas pouco produziram e, com o fim do jogo próximo, a espera pela prorrogação ficou evidente.

Prorrogação e pênaltis
Entretanto, os trinta minutos extras pouco trouxeram de emoção à partida. Paraguaios e japoneses passaram a apostar mais nas bolas paradas, lançando a bola na área tanto em escanteios como também em faltas, mesmo mais à distância da área. Foram poucas as finalizações certas, e em 120 minutos o Paraguai acertou seis chutes à meta, e o Japão cinco.

Na disputa de pênaltis, o Paraguai mostrou eficiência ao acertar as cobranças com Barreto, Lucas Barrios, Riveros, Valdez e Cardozo. Endo, Hasebe e Honda anotaram para o Japão, mas o pênalti cobrado no travessão pelo lateral Komano fez os japoneses voltarem mais cedo para casa e os paraguaios comemorarem a classificação, sabendo que terão um grande desafio pela frente, sejam espanhóis ou portugueses os adversários das quartas de final.

""Paraguai 0 (5) x (3) 0 Japão""

29/06/10 - Loftus Versfeld (Oitavas de final)
Frank de Bleckeere (BEL)

Paraguai
Villar; Bonet, Da Silva, Alcaraz e Morel; Vera, Ortigoza (Barreto, 30’ST) e Riveros; Santa Cruz (Cardozo, 4’PT PR), Barrios e Benitez (Valdez, 15’ST).

Japão
Kawashima; Komano, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe (Kengo Nakamura, 36’ST); Matsui (Okazaki, 20’ST), Hasebe, Endo e Okubo (Tamada, int PR); Honda

Amarelos: Riveros (P); Nagatomo, Matsui, Endo e Honda (J)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil joga mal e empata com Portugal em 0 a 0


A seleção brasileira não jogou bem e mostrou sentir a falta de Kaká, Robinho e Elano no empate sem gols com Portugal no encerramento do Grupo G. Foram dois tempos distintos, com jogo mais aberto e muita briga na primeira etapa, e jogo ruim brasileiro no segundo, numa partida que não pode ser considerada de "compadres", mas que classificou as duas equipes.

Primeiro tempo
Cauteloso e demonstrando respeito, Carlos Queiroz modificou o sistema de jogo português, escalando a equipe no 4-1-4-1, sacando os centro-avantes e apostando nos contra-ataques. O Brasil, então, teve mais posse de bola e chegava mais, mas não conseguia finalizar com perigo.

As principais jogadas de perigo eram criadas por Maicon e Daniel Alves, pela direita, ao passo que Júlio Baptista estava escondido em campo. Nilmar, se movimentando bastante, deu opção para o ataque, mas foi pouco acionado. Do lado de Portugal, a aposta residia nas bolas lançadas em profundidade para Cristiano Ronaldo, isolado no ataque, mas oscilando pelos dois lados.

Aos poucos, a partida começou a ficar nervosa, e as entradas duras deram o tom do jogo. Foram sete cartões amarelos em 45 minutos, e Felipe Melo, visivelmente desconcentrado, por pouco não foi expulso e acabou substituído por Josué ainda antes do intervalo.

Segundo tempo
A postura portuguesa mudou na segunda etapa, e o time europeu foi para a frente, pressionando a saída de bola brasileira e dominando a partida. Simão e Pedro mendes entraram, e por pouco Raul Meireles não abriu o placar.

Após os 25 minutos, Portugal voltou a recuar, marcando atrás da linha da bola e esperando o erro brasileiro. Com todo o meio-campo marcado, cabia a Lúcio e Gilberto Silva carregar a bola para o ataque, mas sem sucesso. Sem opções no banco e com Robinho visivelmente com problemas físicos, Dunga não promoveu alterações até os 30 minutos e o time se rendeu à marcação adversária.

No final, entraram Ramires e Grafite e o Brasil passou a dominar novamente, mas o jogo ficou cadenciado. Lúcio ainda cabeceou para defesa de Eduardo aos 43, e a partida se arrastou até o final, com ambos classificados e esperando o resultado do Grupo H. Mais que isso, fica a certeza que o Brasil depende demais de seus titulares.

""Portugal 0x0 Brasil""

25/06/10 - Moses Mabhida (Grupo G)
Benito Archundia (MEX)

Portugal
Eduardo; Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes, 19'ST); Duda (Simão, 9’ST), Tiago, Raul Meireles (Miguel Veloso, 39'ST) e Danny; Cristiano Ronaldo

Brasil
Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva e Felipe Melo (Josué, 44’PT); Daniel Alves, Júlio Baptista (Ramires, 37'ST) e Nilmar; Luís Fabiano (Grafite, 40'ST)

Amarelos: Fábio Coentrão, Pepe, Duda, Tiago (P); Juan, Felipe Melo e Luís Fabiano (J)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Com dois golaços de falta, Japão vence Dinamarca e confirma classificação


Com dois belos gols de falta, o Japão continuou surpreendendo na África do Sul e venceu a Dinamarca por 2 a 0, garantindo a classificação em segundo lugar no Grupo E. Esta é a segunda vez que os japoneses avançam para as oitavas de final, repetindo o feito de 2002, quando foram anfitriões. Por outro lado, é a primeira vez, nas quatro participações dinamarquesas, que o time europeu é eliminado ainda na fase de grupos da Copa.

Primeiro tempo
O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos, já que o Japão jogava pelo empate e manteve sua postura defensiva, num 4-1-4-1 muito bem disposto taticamente em campo. A Dinamarca, que também tem na defesa e no contra-ataque seus pontos fortes, viu-se obrigada a partir para cima desde o início, e acabou dando espaços exatamente para o contragolpe japonês.

Foi assim que o time de Takeshi Okada chegou aos dois gols, sofrendo faltas próximas à grande área em jogadas de velocidade. Aos 17, linda cobrança de falta de pé esquerdo de Honda na ponta esquerda da grande área, entrando no lado direito do gol de Soerensen. A Dinamarca acusou o golpe e não conseguia mais chegar, até que levou o segundo: outra bela cobrança de falta, desta vez próxima à meia lua, chutada de direita por Endo, no canto esquerdo de Soerensen.

Segundo tempo
Mesmo precisando marcar três gols para virar o jogo e se classificar, a Dinamarca não mostrou em nenhum momento ser capaz de alcançar tal feito. O técnico Morten Olsen bem que tentou, sacando o zagueiro Kroeldrup para a entrada do atacante Soren Larsen, mas de nada adiantou.

Os torcedores dinamarqueses presentes no estádio em Rustemburgo até se animaram com o pênalti infantil cometido por Hasebe, que Tomasson cobrou para defesa de Kawashima e gol de Tomasson no rebote. Mas, em linda jogada de Okubo e Honda, os japoneses ampliaram com Okazaki e carimbaram o passaporte para as oitavas de final, em que enfrentam o Paraguai, em um jogo improvável antes do início da Copa. Uma classificação merecida, de uma equipe consistente na defesa e rápida e habilidosa no ataque.

""Dinamarca 1x3 Japão""

24/06/10 - Royal Bafokeng (Grupo E)
Jerome Damon (AFS)

Dinamarca
Soerensen; Jacobsen, Agger, Kroeldrup (Soren Larsen, 11’ST) Simon Poulsen; Cristian Poulsen e Jorgensen (Jakob Poulsen, 34’PT); Rommedahl, Tomasson e Kahlenberg (Eriksen, 18’ST); Bendtner

Japão
Kawashima; Komano, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe; Matsui (Okazaki, 29'ST) Endo (Inamoto, 46'ST) e Okubo (Konno, 43'ST); Honda

Gols: Honda (J) aos 17/1ºT e Endo (J) aos 30/1ºT; Tomasson (D) aos 36/2ºT e Okazaki (J) aos 42/2ºT
Amarelos: Kroeldrup, Christian Poulsen e Bendtner (D); Nagatomo e Endo (J)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

No sufoco, Inglaterra vence Eslovênia por 1 a 0 e se classifica


Foi com garra, emoção e drama, mas a Inglaterra se classificou para as oitavas de final ao vencer a Eslovênia por 1 a 0 nesta terça-feira, em Port Elizabeth. O English Team atacou até conseguir o gol, e depois tentou controlar a partida, passando sufoco nos minutos finais.

Primeiro tempo
Precisando do resultado, a Inglaterra começou pressionando, mas apesar do domínio não conseguia levar perigo ao gol adversário. A Eslovênia se fechava e apostava no contra-ataque, puxado principalmente por Birsa, que quase marcou em duas oportunidades.

O gol salvador saiu aos 23 minutos. Em jogada trabalhada pela direita, Milner cruzou e Defoe se antecipou ao zagueiro para desviar de direita, na linha da pequena área. A torcida inglesa explodiu de alívio. Antes do intervalo, Handanovic mostrou ser talvez o principal jogador esloveno ao fazer duas defesas incríveis no mesmo lance, em finalizações de Rooney e Gerrard.

Segundo tempo
Mostrando claramente respeitar o adversário, a Inglaterra voltou do intervalo buscando o gol, mas se preocupando demasiadamente com os perigosos contra-ataques adversários. O domínio territorial permaneceu, mas poucas chances efetivas foram criadas. Na oportunidade mais clara, Rooney recebeu lançamento em posição legal, sozinho, mas se atrapalhou e finalizou na trave.

Com o passar o tempo, Capello recuou o time, tentando garantir a vitória da classificação. Para isso, tirou Rooney e lançou Joe Cole, e a Eslovênia, querendo o empate para assegurar de vez a qualificação histórica (já que no outro jogo, um gol dos Estados Unidos eliminaria os europeus), partiu para cima, levando muito perigo em lances de bola parada.

Nos últimos minutos, a Inglaterra fez de tudo para segurar a bola e, finalmente, pôde comemorar a classificação no apito final. Pior para a Eslovênia, que lamentou a eliminação já no final, com o gol nos acréscimos de Donovan.

Eslovênia 0x1 Inglaterra

23/06/10 - Nelson Mandela Bay (Grupo C)
Wolfgang Stark (ALE)

Eslovênia
Handanovic; Brecko, Suler, Cesar e Jokic; Birsa, Radosavljevic, Koren e Kirm (Matavz, 34'ST); Ljubijankic (Dedic, 17'ST) e Novakovic

Inglaterra
James; Glen Johnson, Terry, Upson e Ashley Cole; Milner, Lampard, Barry e Gerrard; Defoe (Heskey, 41'ST) e Rooney (Joe Cole, 27'ST)

Gol: Defoe (I) aos 23/1ºT
Amarelos: Birsa, Jokic e Dedic (E); Glen Johnson (I)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Chile consegue furar a retranca e vence a Suíça por 1 a 0


Foram necessários 75 minutos para que o Chile conseguisse furar a retranca suíça e vencer por 1 a 0, ficando muito próximo à classificação para as oitavas de final. O jogo entra para a história pelo fato de a Suíça ter ficado 556 minutos sem sofrer gol - a maior invencibilidade da história dos Mundiais.

Primeiro tempo
Como esperado, o Chile começou pressionando, especialmente nas jogadas de velocidade de seu trio de ataque, jogando pelos lados. A Suíça marcava, como sempre, e buscava sair nos contra-ataques.

Os ataques chilenos paravam na linha de impedimento suíça, e no total foram nove impedimentos marcados contra o time sul-americano. Após a expulsão de Behrami, que no mesmo lance desferiu cotoveladas em dois adversários, a pressão apenas se intensificou, e as melhores jogadas vinham pelo lado esquerdo, em cruzamentos de Beausejour, que quase se transformaram em gol em finalizações de Sanchez e Suazo.

Segundo tempo
Na segunda etapa, o panorama não se alterou: Chile atacando e Suíça defendendo. Sabendo que precisava do resultado, porque ainda irá enfrentar a Espanha, o técnico Marcelo Bielsa lançou Valdivia e Mark González no intervalo, e o time melhorou.

Aos 22 minutos, a Suíça bateu o recorde que pertencia à Itália de 1986-1990 e completou 551 minutos sem sofrer gol - compreendendo o final da partida contra a Espanha, pelas oitavas de final da Copa de 94, toda a participação na Copa de 2006 e estes dois jogos de 2010. Porém, a invencibilidade foi quebrada aos 30: Valdívia dá lindo passe em profundidade para Paredes, que dribla o goleiro e cruza na pequena área, para Mark Gonzalez cabecear sozinho.

A partir daí, a Suíça se lançou desesperada ao ataque e deu mais chances para o Chile ampliar, mas o time sul-americano esbarrou na própria falta de qualidade para finalizar - assim como aconteceu contra Honduras. A vitória quase garante a classificação, mas o saldo de gols pode acabar sendo decisivo na última rodada - vitória angustiante, portanto. Ainda assim, o grupo H segue aberto e emocionante.

Chile 1x0 Suíça

21/06/10 - Nelson Mandela Bay (Grupo H)
Khalil Al Ghamdi (ARA)

Chile
Bravo; Medel, Ponce e Jara; Isla, Carmona e Vidal (Mark Gonzalez, int); Matias Fernandez (Paredes, 20’ST); Alexis Sanchez, Suazo (Valdivia, int) e Beausejour.

Suíça
Benaglio; Lichtsteiner, Van Bergen, Grichting e Ziegler; Behrami, Huggel, Inler e Fernandes (Bunjaku, 32’ST); Nkufo (Derdiyok, 23’ST) e Frei (Barnetta, 42’PT).

Gol: Mark González (C) aos 30/2ºT
Amarelos: Medel, Ponce, Carmona, Matias Fernandez, Valdivia e Suazo (C); Inler, Nkufo, Barnetta (S)
Vermelho: Behrami (S)

sábado, 19 de junho de 2010

Em mais um jogo fraco, Holanda bate Japão por 1 a 0

Sem brilhar e novamente sem encantar, como havia feito nos amistosos preparatórios, a Holanda fez o suficiente para vencer o Japão por 1 a 0, em Durban, e encaminhar sua classificação como primeira colocada do Grupo E. A partida teve poucas chances de emoção e, caso Camarões e Dinamarca empatem mais cedo, os holandeses serão os primeiros matematicamente garantidos nas oitavas de final.

Primeiro tempo
A forte marcação, tônica desta Copa do Mundo, deu as caras novamente no Moses Mabhida. Modificado da vitória sobre Camarões, o Japão apresentou uma postura tática claramente defensiva, como era de se esperar, com Abe à frente da linha de quatro defensores e apenas Honda no comando do ataque.

A Holanda trocava passes mas não conseguia criar chances ou mesmo finalizar de fora da área, e apesar dos 69% de posse de bola na primeira etapa, pouco fez. De fato, a principal chance foi japonesa, com Matsui, em chute para fácil defesa de Sketelenburg. Os japoneses apostavam na rápida saída pela esquerda, com Okubo, mas esbarravam na marcação de Van Bommel e De Jong.

Segundo tempo
O roteiro não é novo neste Mundial: o gol da vitória holandesa saiu antes dos dez minutos da etapa complementar. A Holanda voltou mais incisiva, alçando mais bolas na área e chutando de fora. E foi na junção das duas coisas que veio o gol: bola levantada na área, Túlio Tanaka tira de cabeça e Van Persie toca para Sneijder, que manda uma bomba de fora da área. O camisa nove ainda fez um movimento com a mão em direção à bola, mas nem pela TV houve certeza do toque.

Depois do gol, esperava-se que o Japão se lançasse para cima e o jogo melhorasse, mas isso não aconteceu. Elia, que havia entrado muito bem contra a Dinamarca, teve participação discreta e o veterano Nakamura, lançado por Okada na metade do segundo tempo, não melhorou o futebol japonês. Assim, a partida se arrastou até o final.

A Laranja Mecânica continua rendendo pouco suco até agora, aparentemente deixando de lado o estilo vistoso de outros Mundiais para apostar numa abordagem de mais resultado e menos espetáculo. A Holanda mostrou sentir muita falta de Robben e o Japão, que venceu na primeira rodada, não pode reclamar, já que a derrota era esperada e, se houver um empate entre dinamarqueses e camaroneses, entra jogando por um empate na última rodada para garantir uma classificação que seria heróica, dado o futebol apresentado.

Holanda 1x0 Japão

19/06/10 - Moses Mabhida (Grupo E)
Hector Baldassi (ARG)

Holanda
Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel e de Jong; Kuyt, Sneijder (Afellay, 38’ST) e Van der Vaart (Elia, 27’ST); Van Persie (Huntelaar, 43’ST)

Japão
Kawashima; Komano, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe; Matsui (Nakamura, 19’ST), Hasebe (Okazaki, 32’ST), Endo e Okubo (Tamada, 32’ST); Honda

Gol: Sneijder (H) aos 8min do ST
Amarelo: Van der Wiel (H)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem criatividade, Inglaterra esbarra na Argélia e empata em 0 a 0


Não foi dessa vez que a Inglaterra venceu seu primeiro jogo na Copa de 2010: sem criatividade e imaginação, o English Team não saiu do zero com a frágil, porém resoluta seleção argelina na Cidade do Cabo. Com este resultado, todas as equipes do Grupo C chegam à última rodada com chances de classificação.

Primeiro tempo
A Inglaterra começou o jogo de maneira nervosa, errando muitos passes e dando a possibilidade dos argelinos dominarem mais a bola - ao final da primeira etapa, os africanos estiveram com a Jabulani nos pés durante 51% do tempo. Não à toa, o primeiro chute a gol inglês aconteceu apenas aos 29 minutos.

Os erros de passe permaneceram durante os 45 minutos iniciais, graças principalmente às atuações abaixo da média de Gerrard e Lampard. Por outro lado, a Argélia ameaçava constantemente com Ziani e Matmour, enfiado no meio da dupla de zaga.

Segundo tempo
Na volta do intervalo, o time inglês melhorou e começou a dominar a partida, mas sem objetividade. Rooney, irreconhecível, e Heskey, que errava o pouco que tentava, não conseguiam prender a bola no ataque ou mesmo finalizar e o jogo seguia arrastado, com a Argélia se arriscando menos e jogando claramente pelo empate.

As entradas de Wright-Phillips e Crouch deram mais ímpeto ao time de Fabio Capello, porém o último toque era sempre impreciso e nas poucas finalizações, o goleiro Mbholi foi pouco exigido. A pressão aumentou com o passar do tempo, mas uma inspirada Argélia, personalizada pelo volante Yebda, conseguiu segurar um empate histórico que a deixa com chances na última rodada - terá que vencer os Estados Unidos e torcer por uma vitória eslovena ou um empate na outra partida. Já a Inglaterra precisará fazer algo que não conseguiu até agora - vencer - para seguir no Mundial.

Inglaterra 0x0 Argélia

18/06/10 - Green Point (Grupo C)
Rashvan Irmatov (UZB)

Inglaterra
James; Glen Johnson, Carragher, Terry e Ashley Cole; Lennon (Wright-Phillips, 18’ST), Lampard, Barry (Crouch, 39’ST) e Gerrard / Heskey (Defoe, 29’ST) e Rooney

Argélia
Mbholi; Bougherra, Halliche e Yahia; Kadir, Yebda (Mesbah, 44’ST), Lacen e Belhadj; Boudebouz (Abdoun, 29’ST) e Ziani (Guedioura, 35’ST); Matmour

Amarelos: Carragher (I); Lacen (A)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Grécia marca seu primeiro gol em Copas e vira sobre a Nigéria


A Grécia fez história em um dos jogos mais emocionantes da Copa, ao vencer a Nigéria por 2 a 1 na primeira virada deste Mundial. O jogo começou devagar, mas após o gol nigeriano e a expulsão de Kaita, a retrancada Grécia mostrou que joga melhor atacando, e criou inúmeras chances até marcar seu primeiro gol em Copas e conquistar sua primeira vitória.

Primeiro tempo
O jogo começou como se esperava, com as equipes se estudando e criando poucas oportunidades. Aos 16, a Nigéria abriu o placar em cobrança de falta de Uche, que passou por todo mundo e entrou. A partir daí, a Grécia, postada num 3-4-1-2 que privilegiava o contra-ataque, teve que se lançar à frente, e era de se imaginar que os africanos matassem o jogo.

O lance capital da partida aconteceu aos 33 minutos do primeiro tempo: em uma dividida na lateral, Kaita deu uma solada em Torosidis e foi expulso. Com isso, a Grécia cresceu e passou a dominar a partida, chegando ao empate aos 44, em chute forte de Salpingidis.

Segundo tempo
Na segunda etapa, a Grécia, com um homem a mais, foi para cima e pressionou. O jogo ganhou em movimentação e em um minuto cada equipe perdeu uma grande chance: Gekas cabeceou para linda defesa de Enyeama, novamente o destaque do time nigeriano, e no contra-ataque Obasi perdeu sozinho, sem goleiro.

A pressão grega se intensificou até que Enyeama não suportou: após a cobrança de escanteio, Tziolis chutou forte de fora da área, o goleiro rebateu e Torosidis apareceu para completar para o gol. A Nigéria, sem forças para reagir, por pouco ainda não sofreu o terceiro. Tristeza para os africanos, que possuem grande população no país, e alegria para os gregos, que marcaram seu primeiro gol em Copas e por tabela ainda venceram sua primeira partida.

As duas equipes chegam com chances de classificação na próxima rodada, e podemos ter um empate triplo com três pontos: basta que a Nigéria vença a Coreia do Sul e a Grécia perca para a Argentina, para que o classificado saia no saldo de gols.

Grécia 2x1 Nigéria

17/06/10 - Free State Stadium (Grupo B)
Oscar Ruiz (COL)

Grécia
Tzorvas; Sokratis (Samaras, 37/1ºT), Papadopoulos e Kyrgiakos; Vyntra, Tziolis, Katsouranis e Torosidis; Karagounis; Salpingidis e Gekas (Ninis, 34/2ºT)

Nigéria
Enyeama; Odiah, Yobo, Shittu e Taiwo (Echiejile, 10/2ºT (Afolabi, 32/2ºT)); Kaita, Haruna, Etuhu e Uche; Odemwingie (Obasi, int) e Yakubu

Gols: Uche (N) aos 16/1ºT, Salpingidis (G) aos 44/1ºT e Torosidis (G) aos 36/2ºT)
Amarelos: Sokratis, Samaras, Tziolis e Gekas (G); Obasi (N)
Vermelho: Kaita (N)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A primeira zebra da Copa: Espanha perde para a Suíça por 1 a 0

Em jogo emocionante, a Espanha perdeu para a Suíça por 1 a 0 e demonstrou mais uma vez enorme dificuldade em jogar com o favoritismo em Copas do Mundo. Esta foi apenas a segunda derrota espanhola desde a Eurocopa de 2008, outra em momento decisivo. A Suíça adotou uma postura defensiva e foi premiada com um gol em bola dividida, que era o que queria o técnico Ottmar Hitzfeld.

Primeiro tempo
Como esperado, a Suíça montou-se sobre seu 4-4-2 defensivo e esperou a Espanha, sem dar espaços. Os espanhóis, que já têm o hábito de tocar a bola, chegaram a ter 83% de posse, sem conseguir chegar - o primeiro chute, despretensioso, foi dado aos 19 por David Villa.

Dentro de sua proposta tática, a Suíça aparecia bem postada na defesa, buscava o contra-ataque e, principalmente, bolas paradas, nos escanteios. A Fúria, por sua vez, conseguiu finalizar mais na parte final, mas no total foram apenas três chutes com direção ao gol, e o momento de mais perigo foi uma falta na meia-lua que Villa, sumido entre os zagueiros, bateu na barreira.

Segundo tempo

Logo no início, Benaglio lançou rápido a bola alta, Derdyiok recebeu em triangulação e dividiu com Casillas. A bola sobrou limpa para Fernandes fazer o gol da vitória, que transformou a partida em uma das mais emocionantes: chances dos dois lados, oportunidades e até bomba no travessão, em chutaço de Xabi Alonso.

Com as entradas de Fernando Torres e Jesus Navas, a Espanha mudou para um 4-4-2 e foi com tudo para cima, dando ainda mais espaço para os contra-ataques, puxados sempre por Inler, Barnetta e Derdyiok pelo lado direito. O camisa 19 suíço quase ampilou em grande jogada, e a Espanha pressionou nos minutos finais, sem sucesso.

Espanha 0x1 Suíça

16/06/10 - Moses Mabhida (Grupo H)
Howard Webb (ING)

Espanha
Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevilla; Xabi Alonso e Busquets; David Silva, Xavi e Iniesta; David Villa

Suíça
Benaglio; Lichtsteiner, Senderos (Van Bergen, 35/1ºT), Grichting e Ziegler; Barnetta, Inler, Huggel e Fernandes; Derdiyok e Nkufo

Gol: Fernandes (S) aos 7/2ºT
Amarelos: Grichting, Benaglio e Ziegler (S)

Chile mostra futebol ofensivo e vence Honduras por 1 a 0

Com um fuebol vistoso e ofensivo, ao melhor estilo de seu treinador Marcelo Bielsa, o Chile estreou com vitória no Grupo H, ao bater Honduras por 1 a 0. O gol que valeu o primeiro triunfo chileno em estreia de um Mundial desde 62 foi de Beausejour, aos 34 do primeiro tempo, em bela triangulação que culminou o cruzamento de Isla.

Primeiro tempo

O Chile começou pressionando, girando a bola com Alexis Sanchez, Matías Fernandez e Valdívia, escalando no comando de ataque no lugar do lesionado Suazo. Honduras marcava duro, mas dava espaços e saía principalmente pela direita, com Alvarez, sempre procurando Pavon, o homem de referência. A marcação chilena não era eficaz na intermediária e dava a oportuni
dade de chutes de fora da área, que o ataque hondurenho tentou por três vezes na primeira etapa.

Contudo, o domínio era total da equipe chilena, que detinha mais de 60% da posse de bola e chegava com facilidade, graças à velocidade e habilidade dos jogadores. Aos 34, o gol saiu em uma jogada bem trabalhada, em que Valdivia tocou para Isla na direita, que avançou à linha de fundo e cruzou rasteiro para pequena área, onde encontrou Beausejour para completar.

Após o gol, o time sul-americano continuo pressionando e quase ampliou em linda jogada em que, numa triangulação, Valdivia tocou de calcanhar e deixou dois livres na cara do gol, mas a zaga chegou antes.

Segundo tempo

A segunda etapa começou da mesma forma, com o Chile pressionando e criando ainda mais jogadas, e Honduras tendo dificuldades para ameaçar. Aos 15, Pavon sentiu contusão e foi substituído, e praticamente acabou com as chances de empate dos Catrachos.

O Chile quase ampliou aos 19. Vidal tocou de cabeça para a pequena área e Ponce, sozinho, cabeceou à queima roupa, para defesa incrível de Valladares. A partir da metade do segundo tempo, o ritmo chileno diminuiu e o jogo ficou mais cadenciado, já que Honduras tocava a bola mas não conseguia criar.

Uma ótima exibição chilena, destoando do restante das equipes desta Copa, exageradamente defensivas. Faltou, entretanto, mais objetividade para matar o jogo, que acabou tornando-se dramático em seu final.

Honduras 0x1 Chile

16/06/10 - Mbombela (Grupo H)
Eddy Maillet (SEY)

Honduras
Valladares; Mendoza, Chavez, Figueroa e Izaguirre; Guevarra (Thomas, 21/2°T) e Palacios; Alvarez, Nuñez (Martinez, 33/2ºT) e Espinoza; Pavon (Welcome, 15/2ºT)

Chile
Bravo; Ponce, Medel e Vidal (Contreras, 36/2°T); Isla, Millar (Jara, 7/2ºT), Carmona e Beausejour; Sanchez, Valdivia (Mark González, 42/2ºT) e Fernandez

Gols: Beausejour (C) aos 34/1ºT
Amarelos: Palacios (H); Carmona, Fernandez (C)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Com gols de cabeça duvidosos, Nova Zelândia e Eslováquia empatam em 1 a 1

Nova Zelândia e Eslováquia empataram em 1 a 1 com dois gols de cabeça em posições duvidosas, em Rustenburg. As equipes fizeram um jogo movimentado com diversas oportunidades de gol, mas a clara deficiência técnica impediu que a partida tivesse um nível melhor e também um vencedor.

Primeiro Tempo
O jogo começou aberto, como era de se esperar, afinal as duas equipes consideravam esta partida fundamental para pontuar, antes de enfrentarem as duas forças da chave. A Nova Zelândia, postada no 3-4-3 em que jogou durante todas as Eliminatórias e amistosos, apostava nos avanços dos alas e as bolas aéreas, e foi assim que levou perigo logo no início, com cabeçada de Killen defendida por Mucha.

A Eslováquia, time mais técnico, buscava a saída com toque de bola rápido, especialmente pelo lado esquerdo, com Cech, Hamsik e Jendrisek. Com triangulações e passes de primeira, conseguiu ultrapassar a frágil marcação no meio, com uma linha de quatro neozelandeses.

Contudo, após um início veloz, o jogo ficou mais cadenciado, especialmente pela opção eslovaca em começar também a alçar bolas na área. Ainda assim, os europeus apresentavam maior qualidade, especialmente com Hamsik, que quase marcou em duas oportunidades, com chutes de fora da área.

Segundo tempo

Repetindo uma tônica que tem seguido neste Mundial, a Eslováquia marcou logo no início do segundo tempo. Após troca de passes pela direita, Sestak cruzou da direita e Vittek, ligeiramente adiantado, cabeceou para abrir o placar.

Após o gol, a Nova Zelândia deteve maior posse de bola, mas não conseguia armar as jogadas pelos lados como queria, para jogar a bola na área. A Eslováquia, por outro lado, continuava saindo com velocidade, levando muito perigo principalmente com Vittek, enfiado na área e que desperdiçou duas boas chances com a bola no pé. O jogo permaneceu desta forma até o fim, até que nos acréscimos os neozelandeses finalmente conseguiram a bola aérea que tanto queria, e Reid empatou para a festa dos kiwis, em boa jogada de Smeltz. Empate justo, e sinal de que as duas equipes terão dificuldades para avançar à segunda fase.


Nova Zelândia 1x1 Eslováquia

15/06/10 - Royal Bafokeng (Grupo F)
Jerome Damon (AFS)

Nova Zelândia
Paston; Reid, Nelsen e Smith; Bertos, Elliott, Vicelich (Christie, 33/2ºT) e Lochhead; Killen (Wood, 27/2ºT), Fallon e Smeltz

Eslováquia
Mucha; Zabavnik, Durica, Skrtel e Cech; Weiss (Kucka, 46/2ºT), Strba, Hamsik e Jendrisek; Vittek (Stoch, 39/2ºT) e Sestak (Holosko, 36/2ºT)

Gols: Vittek (E) aos 5/2ºT e Reid (N) aos 48/2ºT)
Amarelos: Lochhead e Reid (N); Strba (E)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Em outro jogo fraco, Japão bate Camarões por 1 a 0

A Copa do Mundo definitivamente ainda não engrenou. Em outra partida de nível técnico sofrido, muita disputa no meio-campo mas poucas chances claras de gol ou mesmo finalizações decentes, o Japão foi mais eficaz em sua estratégia de jogo e, segurando-se na defesa para apostar nos contra-ataques, venceu Camarões por 1 a 0, pelo Grupo E.

Primeiro tempo

Aplicado taticamente e bem disposto defensivamente num 4-4-2, o Japão dava poucos espaços para Camarões, que detinha maior posse de bola e tentava chegar com mais frequência. Faltava, entretanto, qualidade no meio-campo formado por três volantes de Paul Le Guen, ao passo que Samuel Eto"

O jogo japonês se deu pelo lado direito, com Matsui. Era ele o alvo de todos os passes de saída de bola do time, que aproveitava os erros de passe dos camaroneses para aplicar velocidade ao ataque. Em uma destas escapadas, Matsui conseguiu efetuar o cruzamento para a área. A bola passou por todo mundo e encontrou Honda, desmarcado na pequena área, que apenas chutou para abrir o placar.

Segundo tempo

Com o gol, o posicionamento japonês na defesa apenas se intensificou, e mesmo sem criatividade no meio-campo, Camarões conseguiu chegar com mais intensidade, especialmente nos minutos iniciais da segunda etapa, graças a um Samuel Eto'o mais presente. Entretanto, o ritmo de jogo era ditado pela equipe asiática, que trocava pases e fazia o tempo passar.

Buscando a tão ausente criatividade, o técnico Paul Le Guen lançou Emana no meio, e ele até conseguiu oferecer mais presença ofensiva ao time camaronês. Enquanto isso, Takeshi Okada tirou Matsui, o melhor japonês em campo, e colocou Okazaki, atacante, para tentar matar o jogo no contra-ataque. Mbia ainda acertou um belo chute no travessão, contudo, a partida se arrastou até o fim sem os africanos conseguirem de fato ameaçar o gol de Kawashima.

Foi mais um jogo de morno para frio nas geladas tardes e noites sul-africanas, conferindo à Copa até o momento a horrível média de 1,6 gols por partida. E mesmo a Dinamarca, que foi muito mal na preparação e mostrou pouco poder de fogo contra a Holanda, ainda pode se classificar neste grupo.

Japão 1x0 Camarões

14/06/10 - Free State Stadium (Grupo E)
Olegário Benquerença (POR)

Japão
Kawashima; Komano, Nakazawa, Tanaka e Nagatomo; Matsui (Okazaki, 24/2ºT), Hasebe (Inamoto, 43/2ºT), Abe e Endo; Honda e Okubo (Yano, 37/2°T)

Camarões
Souleymanou; Mbia, N’Kolou, Bassong e Assou Ekotto; Makoun (Geremi, 30/2ºT), Matip (Emana, 18/2ºT) e Eyong; Eto’o, Webo e Choupo-Moting (Idrissou, 30/2ºT)

Gols: Honda (JAP), aos 38/1ºT)
Amarelos: N'Kolou e Ekotto (C); Abe (J)

Com gol contra incrível, Holanda vence Dinamarca

A Holanda venceu a Dinamarca por 2 a 0 no estádio Soccer City, em Joanesburgo, na estreia das duas equipes pelo Grupo E. O jogo foi bastante movimentado e com muitas alternativas, ainda que tenham tido poucas finalizações perigosas e chances reais de gol. Após o incrível gol contra marcado por Simon Poulsen no início do segundo tempo, a partida ficou mais aberta e interessante.

Primeiro tempo

Sem Robben, contundido, a Holanda controlou o jogo desde o início, apostando nas jogadas pelos lados, com Van der Vaart e Kuyt. Entretanto, quem aparecia mais era Van Persie, que isolado no ataque voltava para buscar a bola.

A marcação dinamarquesa era forte: a equipe de Morten Olsen, que atuou de maneira ofensiva durante todas as Eliminatórias, surpreendeu ao atuar em um 4-1-4-1, bloqueando o meio e as pontas e apostando nos contra-ataques, que não vieram. Sem Tomasson, machucado, e Bendtner, visivelmente longe dos 100% devido à uma lesão ainda não curada na virilha, o time dinamarquês pouco produziu na primeira etapa.

Segundo tempo

A segunda etapa nem bem havia iniciado e a Holanda abriu o placar. Van Persie acreditou numa bola enfiada, dividiu com o goleiro e saiu da área para cruzar da esquerda. O lateral esquerdo Simon Poulsen tentou tirar, mas com uma cabeçada torta acabou fazendo contra. A bola ainda desviou nas costas de Agger antes de entrar.

A partir daí, o jogo ficou mais aberto e a Dinamarca saiu mais para o ataque, especialmente com Rommedahl, bastante aberto pela direita. Entretanto, quem criou as melhores oportunidades foi o time holandês, que teve mais espaço nos contra-ataques e melhorou sensivelmente, especialmente após a entrada de Elia pela ponta esquerda, no lugar de Van der Vaart. A entrada do garoto melhorou também o jogo de Sneijder, que vinha tendo dificuldades para fazer a bola circular.

Aos 40, Elia mostrou ser uma ótima alternativa para o time de Bert Van Makwijk ao receber belo passe em profundidade de Sneijder, para avançar na área e chutar na saída de Soerensen. A bola bateu na trave e Kuyt, que chegava na pequena área, apenas completou.

Vitória tranquila, já que o time dinamarquês não ameaçou em nenhum momento, mas ligeiramente frustrante, pelo que a Holanda apresentou nos amistosos. Resta saber o quanto Robben acrescentará quando retornar de lesão.

Holanda 2x0 Dinamarca

14/06/10 - Soccer City (Grupo E)
Stephane Lannoy (FRA)

Holanda
Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, Sneijder e de Jong (de Zeeuw, 43'ST); Kuyt, Van Persie (Affelay, 32'ST) e Van der Vaart (Elia, 22'ST)

Dinamarca
Soerensen; Jacobsen, Agger, Kjaer e Simon Poulsen; Cristian Poulsen; Rommedahl, Jorgensen, Kahlenberg (Eriksen, 28'ST) e Enevoldsen (Gronkjaer, 11'ST); Bendtner (Beckmann, 17'ST)

Gols: Simon Poulsen (DIN, contra), a 1/2ºT e Kuyt (HOL) aos 40/2ºT)
Amarelos: De Jong, Van Persie (H); Kjaer (D)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em jogo feio, Uruguai e França não saem do zero

Uruguai e França repetiram o placar do encontro da Copa de 2002 (quando ambos foram eliminados na primeira fase) e empataram sem gols no belíssimo estádio Green Point, na Cidade do Cabo. O jogo foi feio, sem emoção e com pouquíssimas chances de gol, disputado fisicamente no meio-campo. As atuações das duas equipes preocuparam os torcedores e mostraram que a procura de ambas durante a preparação por um jogador diferenciado para a criação das jogadas não deu resultado. Com isso, o Grupo A termina a primeira rodada completamente aberto.

Primeiro tempo

Com duas equipes recheadas de jogadores no meio-campo, o jogo foi de poucas chances no primeiro tempo. A França dominou a posse de bola na primeira metade, mas foram pouco os lances de perigo devido à dificuldade em penetrar a defesa uruguaia.

Ribéry e Govou, abertos pelos lados, bloqueavam as subidas dos laterais sul-americanos, municiadores da dupla de ataque Celeste, e a partida se arrastou sem muita emoção, com Forlán e Anelka tentando conduzir a bola, já que seus companheiros não a levavam até eles. O equilíbrio ficou marcado também nas estatísticas: ao final, o Uruguai é quem teve mais posse de bola, com 52%.

Segundo tempo

Sem conseguir descobrir alternativas para criar, o Uruguai não ameaçava o gol de Lloris, ao passo que a França começou a arriscar chutes de fora da área. O fato é que a Celeste, desenhada para atuar no contra-ataque, não teve oportunidade de encaixar um sequer, já que os franceses tocavam a bola até encontrar espaços, e possuíam jogadores bloqueando o meio-campo.

Com a entrada de Lodeiro no lugar de González, que pouco fez, o Uruguai conseguiu tocar mais a bola no meio-campo, passando a dominar as ações. Logo, Henry entrou no lugar de Anelka, que até vinha bem, e não de Govou, sumido em campo. O veterano, contudo, pouco fez, assim como todos.

A permanência de Lodeiro em campo durou apenas 18 minutos. Com uma falta criminosa em Sagna, o meia do Ajax levou o segundo amarelo e foi expulso, fazendo com que o time de Oscar Tabarez passasse a apenas se defender, por mais que a França não tenha conseguido levar muito perigo.

Uruguai 0x0 França

11/06/10 - Green Point (Grupo A)
Yuichi Nishimura (JAP)

Uruguai
Muslera; Victorino, Lugano e Godín; axi Pereira, Arévalo, Diego Pérez (Eguren, 42’ST) e Álvaro Pereira; González (Lodeiro, 18’ST); Forlan e Suárez (Abreu, 29’ST)

França
Lloris; Sagna, Gallas, Abidal e Evra; Toulalan e Diaby; Gourcuff (Malouda, 30’ST); Govou (Gignac, 40’ST), Anelka (Henry, 27’ST) e Ribéry

Gols:
Amarelos: Victorino, Lodeiro (U); Evra, Ribéry, Toulalan (F)
Vermelho: Lodeiro (U), aos 35/2ºT

Na abertura da Copa, África do Sul e México empatam em jogo equilibrado

Em um jogo emocionante mais pelo clima de festa do que pela própria partida, África do Sul e México empataram na abertura da Copa de 2010. O México pressionou nos primeiros 15 minutos, na base da velocidade. A África do Sul equilibrou e era melhor no final do primeiro tempo. Após o gol, no início da segunda etapa, o time de Parreira recuou e permitiu o empate em uma falha defensiva na bola aérea.

Primeiro tempo

O México começou a partida de maneira eletrizante, pressionando e apostando na velocidade e nos avanços de Giovani dos Santos, aberto pela direita. Gio quase abriu o placar aos dois minutos, aproveitando o rebote e chutando para desvio da defesa.

Os mexicanos chegaram a ter 65% de posse de bola nos quinze minutos iniciais, em que a dona da casa sentiu a pressão e errava demais na saída, não conseguindo manter a posse da bola, principal característica do time de parreira. O time de Javier Aguirre adiantava a marcação e apostava nos desarmes e contra-ataques, ao passo que a África do Sul se defendia com duas linhas de quatro e dependia de Pienaar, aberto pela direita, para desafogar o meio-campo, com Mphela isolado.

Acertando a marcação, os anfitriões equilibraram o jogo e começaram a ameaçar o gol do estabanado Oscar Pérez, que por pouco não entregou um gol de bandeja. Tshabalala, inicialmente muito preso, passou a apoiar mais pelo lado esquerdo e o time tocava melhor a bola, graças a saída melhor oferecida por Dikgacoi. O México teve ainda um gol bem anulado por impedimento, e Franco perdeu uma ou duas chances que Hernandez, estranhamente no banco, talvez não desperdiçaria.

Segundo tempo

Percebendo as dificuldades do lateral esquerdo Thwala com os avanços de Giovani dos Santos, Parreira lançou Masilela, o titular da posição, já no intervalo. De fato, o setor esquerdo da defesa sul-africana foi o calcanhar de Aquiles do time na primeira etapa.

E foi exatamente por ali que saiu o primeiro gol da Copa: utilizando-se exatamente da arma mexicana, a África do Sul puxou letal contra-ataque pelo meio, com lindo passe em profundidade de Mphela para Tshabalala, que invadiu a área e tocou na saída de Perez.

Depois do gol, o México se perdeu e não conseguia mais criar jogadas de perigo, muito menos atacar em velocidade. Aguirre lançou o meia Guardado no lugar de Aguilar, passando Osório para a lateral direita, recuando Márquez para defesa e tentando melhorar a qualidade do meio-campo. Pouco depois, tirou Vela, que pouco fez, para tentar mudar a partida com o veterano Blanco.

A vitória parcial fez o time de Parreira se resguardar mais, e aos poucos o México aumentou a pressão. Se não conseguia marcar por mérito próprio, acabou chegando ao gol graças a uma falha da frágil zaga sul-africana. Após a cobrança de escanteio pela esquerda, Guardado cruzou na área, a defesa sul-africana errou a linha de impedimento, Rafael Márquez matou no peito e fuzilou.

Com o placar igual, os times pouco arriscaram, aparentemente satisfeitos com o resultado. A dona da casa ainda quase marcou, com outra ótima reposição do bom goleiro Khune encontrando Mphela no contra-ataque, mas o atacante chutou na trave. Para a África do Sul, fica a certeza de que o time de fato evoluiu, mas ainda possui falhas, como as apresentadas hoje, que podem custar a classificação. Apesar da festa, ficou o gosto de que a vitória poderia ter acontecido.

África do Sul 1x1 México

11/06/10 - Soccer City (Grupo A)
Rashvan Irmatov (USB)

África do Sul
Khune; Gaxa, Mokoena, Khumalo e Thwala (Masilela, int); Letsholonyane e Dikgacoi; Modise, Pienaar (Parker, 38/2ºT) e Tshabalala; Mphela

México
Pérez; Aguilar (Guardado, 11/2ºT), Osório, Rodríguez e Salcido; Juarez, Márquez e Torrado; Giovani dos Santos, Franco (Hernandez, 28/2ºT) e Vela (24/2ºT)

Gols: Tshabalala (A) aos 10/2ºT e Rafael Márquez (M) aos 34/2ºT
Amarelos:
Dikgacoi, Masilela (A); Juarez, Torrado (M)