terça-feira, 7 de dezembro de 2010

E se o Brasileirão 2010 fosse decidido no mata-mata?

Como seria? Confira: repetimos a brincadeira feita nos últimos anos e simulamos os jogos entre os oito primeiros colocados. A regra é simples: pega-se a classificação final do campeonato e arranja-se os oito primeiros na chave, da mesma forma que acontecia até 2002: 1º x 8º, 2º x 7º e assim por diante. Para sabermos os resultados, basta pegar os placares do primeiro e do segundo turno. Em caso de empate, prevalece a melhor campanha.

Quartas de final

Fluminense (1º) x Santos (8º)

Santos 0x1 Fluminense
Fluminense 0x3 Santos

O primeiro confronto já resulta em uma baita surpresa. Campeão nos pontos corridos com a melhor defesa e menor número de derrotas, o Fluminense seria eliminado pelo oitavo colocado Santos já de cara. Com grande campanha na primeira fase e jogando por dois resultados iguais, o Flu parecia virtualmente classificado ao vencer por 1 a 0 em plena Vila Belmiro, graças ao gol de Alan. Mas, em noite inspirada de Zé Eduardo, que marcou três, o Peixe venceu em pleno Engenhão e repetia o feito de 2002, quando eliminou o São Paulo nas quartas de final após se classificar em oitavo.

Cruzeiro (2º) x Internacional (7º)

Internacional 1x2 Cruzeiro
Cruzeiro 1x0 Internacional

Focado na disputa da Libertadores e do Mundial de Clubes, o Inter daria-se ao luxo de mandar um time misto para a partida de ida no Beira Rio, acabando derrotado por 2 a 1, com gols de Kleber, que depois acabaria indo para o Palmeiras. Podendo até perder por um gol de diferença, a Raposa administraria a vantagem no jogo de volta, vencendo por 1 a 0, gol de Éverton.

Corinthians (3º) x Botafogo (6º)

Botafogo 2x2 Corinthians
Corinthians 1x1 Botafogo

Na busca pelo título nacional no ano do centenário, o Corinthians contaria com a estrela de Bruno César e com uma pitada de sorte para passar pelo Botafogo. Na primeira partida, no Engenhão, o camisa 10 corintiano abrira o placar, mas a equipe sofreria a virada no segundo tempo, graças a Renato Cajá e Lúcio Flávio. O empate viria no último lance, numa jogada improvável: escanteio de Defederico, cabeçada de Paulo André. Na volta, Pacaembu lotado para testenhumar a classificação, que aconteceria mesmo com um empate. A festa parecia garantida com o golaço de Bruno César logo a três minutos, mas graças ao gol de cabeça de Loco Abreu, aos 26, o jogo ganhou contornos dramáticos. O Corinthians foi para cima tentando assegurar a vantagem, mas o Botafogo se fechava na retranca e apostava nos contra ataques. Ao final, classificação suada, no melhor estilo corintiano.

Grêmio (4º) x Atlético-PR (5º)

Atlético-PR 1x1 Grêmio
Grêmio 3x1 Atlético-PR

Duas equipes que terminaram a etapa de pontos corridos em grande fase, Atlético-PR e Grêmio protagonizaram dois jogos distintos. Na Arena da Baixada, cada equipe dominou um tempo e o empate foi consequência natural: 1 a 1, com gols de Maikon Leite e Vilson. Na volta, o Grêmio, empurrado pela torcida, nem precisou dos gols do artilheiro Jonas para vencer por 3 a 1 numa partida nervosa, com pênaltis para os dois lados. Neuton abriria o placar, mas Paulo Baier empataria logo em seguida, de pênalti, para desespero da torcida gremista. No segundo tempo, entretanto, Douglas e Diego concretizariam a classificação às semifinais.

Semifinais

Grêmio (4º) x Santos (8º)

Grêmio 1x2 Santos
Santos 0x0 Grêmio

O Santos continuaria surpreendendo a todos ao eliminar o Grêmio com uma vitória em pleno estádio Olímpico. Liderado por Neymar, que marcou um gol e perdeu pênalti, o Peixe venceria por 2 a 1 graças a um gol de Rodriguinho aos 48 do segundo tempo. Até então herói da campanha, Jonas tornaria-se vilão com a expulsão no jogo de volta, minando as chances de virada gremista, que por causa da atuação de Victor não deixou a Vila Belmiro com uma goleada.

Cruzeiro (2º) x Corinthians (3º)

Cruzeiro 1x0 Corinthians
Corinthians 1x0 Cruzeiro

Muita polêmica, reclamações dos dois lados, protestos contra a arbitragem e cruel eliminação corintiana. A semifinal teve emoção do início ao fim: em Uberlândia, a Raposa abriria o placar logo aos três minutos, com um chute de Montillo que Júlio Céar não alcançaria. Três minutos depois, pênalti polêmico marcado para o Corinthians, mas Fábio defenderia a cobrança de Bruno César. No segundo tempo, foi a vez dos corintianos reclamarem suposto pênalti não marcado no meia. No jogo de volta, com Ronaldo em campo e a Fiel lotando o Pacaembu, o Cruzeiro surpreendeu no início jogando no ataque, ao contrário do que se imaginava, pela vantagem de poder até mesmo perder por um gol de diferença. A partida seguiu nervosa, com as duas equipes criando chances, até que aos 43 minutos do segundo tempo o árbitro Sandro Meira Ricci, curiosamente o mesmo do jogo de ida, marcou pênalti de Gil em Ronaldo, para desespero de Cuca. O Fenômeno converteu a cobrança, mas era tarde demais. O Cruzeiro faria a final contra o Santos.

A decisão

Cruzeiro (2º) x Santos (8º)

Cruzeiro 0x0 Santos
Santos 4x1 Cruzeiro

A final envolvia os dois primeiros campeões da era dos pontos corridos, e teria duas partidas bastante distintas: no Mineirão, mesmo jogando em casa, o Cruzeiro seria bombardeado pelo ataque santista, o melhor da temporada, tendo de se esforçar para segurar o empate. Na Vila, entretanto, a tática não daria resultado e a vantagem da melhor campanha seria pulverizada. Com um segundo tempo perfeito, o Santos marcaria quatro gols com Edu Dracena, Alex Sandro, Marcel e Neymar, coroando um ano perfeito e conquistando a tríplice coroa, feito alcançado até então somente pelo Cruzeiro. Festa para Neymar, o melhor do Brasil em 2010.

2 comentários:

Fernando disse...

Só muda o jogo da Final, pois foi na Arena Barueri !! Abraço

Rodrigo Caetano disse...

Muito interessante sua coluna, pensei em plagiá-la...hehehe.

acesse meu Futblog

www.rodrigocaetano.blogspot.com

Abraços.