Não pode o torcedor vascaíno culpar Edmundo pela dolorosa desclassificação em casa, após tamanha epifania ao final do jogo. Afinal, não fosse ele, o Vasco sequer teria chegado às penalidades. Talvez não devesse realmente bater o pênalti. Mas como barrar o animalesco atacante? Nem mesmo Lopes, quem melhor se dá com ele, delega tal poder.
Em seu retorno a São Januário, Magrão cobrou a conta de ter sido o anti-herói do gol mil: sua defesa aos 14 minutos, em cabeçada de Leandro Amaral, valeu mais que muitos gols de peladas contabilizados por Romário. Quiseram as indefiníveis forças ocultas do futebol que ele fosse vazado em mais quatro pênaltis, no gol oposto. Mas, agora, não só ele converteu o seu como viu a bola de Edmundo voar para bem longe, para encontrar talvez aquela isolada na final do Mundial Interclubes.
O jogo
Nem parecia que era o Vasco quem precisava da vitória. Desde o início, o Sport jogou adiantado, tocou a bola e conteve a esperada pressão inicial cruzmaltina, que sequer existiu. Os vascaínos erravam a saída de bola a não criavam.
Com César Lucena no lugar de Romerito, Nelsinho Baptista liberou os laterais e compactou a equipe. Igor colou em Leandro Amaral e impediu que o atacante recebesse em profundidade, como sempre faz muito bem. Morais, sumido, obrigou Edmundo a recuar para armar o jogo e o Vasco parecia tão perdido quanto Antônio Lopes à beira do campo, gritando sem muita convicção.
Com Wagner Diniz preso, a equipe da casa afunilava o jogo pelo meio e não achava espaços para finalizar. Faltou, acima de tudo, movimentação para vencer a bem postada – porém alta e lenta - defesa do Sport.
Acima de tudo, faltou espírito de entrega para o Vasco no primeiro tempo. Para cada vascaíno na arquibancada, havia pelo menos um rubro-negro em campo, correndo, lutando e se doando.
Lopes fez no intervalo o que deveria ter feito antes do jogo começar. Recuou Jonílson e avançou os laterais, mas mesmo assim o Vasco não produzia. Bem fechado, o Sport só daria chances em chutes de fora da área ou em bolas paradas. Assim, Magrão fez defesa monumental em cabeçada de Leandro Amaral, após cobrança do rápido Madson, que deu novo ânimo à equipe.
Da mesma forma, cinco minutos depois Leandro Bomfim, apagado como de costume, cobrou falta na cabeça de Leandro Amaral, na pequena área, reacender a chama cruzmaltina.
Contudo, a nau parecia afundar quando Luizão foi expulso infantilmente. Pior que o zagueiro, só Lopes, que sacou Madson para a entrada de Rodrigo Antônio, preocupado em recompor o sistema defensivo em um jogo que precisava atacar.
O Sport, percebendo que era temido pelo Vasco, foi ao ataque e Enílton, o causador da expulsão de Luizão, foi parado pela trave.
Quando a esperança já havia se esvaecido, o último suspiro saiu dos pés de Pablo, que muito tentou e nada acertou durante toda a noite. Ou quase nada, pois a única bola que Magrão não segurou, Edmundo fez dois a zero.
O resto é história. Que durmam os jogadores do Sport, extasiados após classificação mais que merecida. Que durma Edmundo, nesse eterno jogo de herói e vilão instantâneo.
Em seu retorno a São Januário, Magrão cobrou a conta de ter sido o anti-herói do gol mil: sua defesa aos 14 minutos, em cabeçada de Leandro Amaral, valeu mais que muitos gols de peladas contabilizados por Romário. Quiseram as indefiníveis forças ocultas do futebol que ele fosse vazado em mais quatro pênaltis, no gol oposto. Mas, agora, não só ele converteu o seu como viu a bola de Edmundo voar para bem longe, para encontrar talvez aquela isolada na final do Mundial Interclubes.
O jogo
Nem parecia que era o Vasco quem precisava da vitória. Desde o início, o Sport jogou adiantado, tocou a bola e conteve a esperada pressão inicial cruzmaltina, que sequer existiu. Os vascaínos erravam a saída de bola a não criavam.
Com César Lucena no lugar de Romerito, Nelsinho Baptista liberou os laterais e compactou a equipe. Igor colou em Leandro Amaral e impediu que o atacante recebesse em profundidade, como sempre faz muito bem. Morais, sumido, obrigou Edmundo a recuar para armar o jogo e o Vasco parecia tão perdido quanto Antônio Lopes à beira do campo, gritando sem muita convicção.
Com Wagner Diniz preso, a equipe da casa afunilava o jogo pelo meio e não achava espaços para finalizar. Faltou, acima de tudo, movimentação para vencer a bem postada – porém alta e lenta - defesa do Sport.
Acima de tudo, faltou espírito de entrega para o Vasco no primeiro tempo. Para cada vascaíno na arquibancada, havia pelo menos um rubro-negro em campo, correndo, lutando e se doando.
Lopes fez no intervalo o que deveria ter feito antes do jogo começar. Recuou Jonílson e avançou os laterais, mas mesmo assim o Vasco não produzia. Bem fechado, o Sport só daria chances em chutes de fora da área ou em bolas paradas. Assim, Magrão fez defesa monumental em cabeçada de Leandro Amaral, após cobrança do rápido Madson, que deu novo ânimo à equipe.
Da mesma forma, cinco minutos depois Leandro Bomfim, apagado como de costume, cobrou falta na cabeça de Leandro Amaral, na pequena área, reacender a chama cruzmaltina.
Contudo, a nau parecia afundar quando Luizão foi expulso infantilmente. Pior que o zagueiro, só Lopes, que sacou Madson para a entrada de Rodrigo Antônio, preocupado em recompor o sistema defensivo em um jogo que precisava atacar.
O Sport, percebendo que era temido pelo Vasco, foi ao ataque e Enílton, o causador da expulsão de Luizão, foi parado pela trave.
Quando a esperança já havia se esvaecido, o último suspiro saiu dos pés de Pablo, que muito tentou e nada acertou durante toda a noite. Ou quase nada, pois a única bola que Magrão não segurou, Edmundo fez dois a zero.
O resto é história. Que durmam os jogadores do Sport, extasiados após classificação mais que merecida. Que durma Edmundo, nesse eterno jogo de herói e vilão instantâneo.
3 comentários:
Pôr a culpa em Edmundo seria injusto. O animal mesmo com a idade avançada ainda rende e muito no time do Vasco. Agora inegável que o penâlti foi muito mal batido. Estilo Roberto Baggio na Copa de 1994.
Só espero que a vitória não suba às cabeças dos jogadores do Sport.
Engraçado que era olhar para o Edmundo para saber que ele iria errar. Complicado impedí-lo, mas, ao mesmo tempo, complicado deixá-lo cobrar.
Abraços!
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