segunda-feira, 31 de maio de 2010

Apresentação das seleções - Austrália


Após uma ausência de 32 anos, a Austrália voltou com muita disposição na Copa de 2006. Após eliminar o Uruguai na repescagem, o país continuou surpreendendo a todos e chegou às oitavas de final, sendo eliminado pela Itália com um gol no último minuto. Agora sob o comando do holandês Pim Verbeek, a seleção australiana conta com vários remanescentes da Alemanha em um grupo calejado e experiente para tentar repetir o feito.

Diferentemente de quatro anos atrás, quando se classificou pela Oceania depois de uma repescagem dramática contra o Uruguai, a preparação dos australianos desta vez foi bem diferente, com uma longa campanha de um lado a outro da Ásia.

O caminho à África do Sul
Os australianos impressionaram nas 14 partidas das Eliminatórias asiáticas, superando algumas das melhores seleções do continente e terminando no topo do Grupo 1. O país se tornou, assim, um dos primeiros a garantir vaga na África do Sul 2010. A Austrália também terminou em primeiro na fase anterior, à frente do Catar, da China e do campeão asiático Iraque, apesar de perder jogos para os dois últimos. A etapa final foi um triunfo da astúcia tática de Pim Verbeek: os australianos permaneceram invictos por oito partidas, totalizando cinco pontos a mais que o Japão e deixando Bahrein, Catar e Uzebquistão para trás.

As estrelas
Tim Cahill se tornou um talismã para a seleção australiana, marcando muitos gols graças ao seu senso de posicionamento e a uma excepcional habilidade no jogo aéreo. Harry Kewell, do Galatasaray, proporciona uma fonte de inspiração no lado esquerdo, enquanto Brett Emerton tem um papel igualmente importante na lateral oposta.

No meio-campo, a subestimada dupla formada por Vince Grella e Jason Culina mostra entrosamento e eficiência. O atual plantel é famoso pelas habilidades defensivas, com destaque para o zagueiro Lucas Neill e o goleiro Mark Schwarzer. A Austrália levou apenas quatro gols nas Eliminatórias, incluindo sete partidas seguidas sem tomar nenhum.

O técnico
Após um longo período como aprendiz de Guus Hiddink, Pim Verbeek saiu da sombra do seu mentor para conduzir a Coreia do Sul à Copa Asiática das Nações de 2007 e depois assumir o comando da Austrália em dezembro do mesmo ano, logo antes do início das Eliminatórias. Verbeek trouxe um enfoque pragmático para o selecionado, com base em uma defesa sólida, mas também na habilidade de partir ao ataque pelos flancos.

Extremamente respeitado pelos jogadores, Verbeek infundiu um forte senso de equipe em um grupo já motivado e concentrado. "Temos que chegar lá e ir melhor do que na última vez. Acho que você precisa de objetivos na vida, e os jogadores têm que fazer o mesmo. Queremos chegar mais longe do que fomos na última Copa do Mundo e faremos o possível para alcançar essa meta", disse.

Participações anteriores
A Austrália apareceu no cenário mundial apenas duas vezes, mas agora está compensando o tempo perdido com sua segunda classificação consecutiva. Após a estreia em 1974, quando uma seleção de amadores foi eliminada honrosamente na primeira fase, o país louco por esportes teve de esperar mais 32 anos para um retorno. A volta à Alemanha foi um sucesso, e a Austrália terminou em segundo lugar no seu grupo, atrás somente do Brasil e à frente de Croácia e Japão. A Itália precisou de um pênalti nos acréscimos do confronto com os australianos nas oitavas-de-final para prosseguir rumo ao título.

Números
- O goleiro Mark Schwarzer bateu um recorde nacional quando a seleção se manteve sete jogos sem tomar gols nas eliminatórias,

- Brett Emerton e Tim Cahill dividiram a artilharia da seleção com quatro gols cada.

Time-base
Schwarzer; Neill, Moore, Cahill, Culina; Wilkshire, Kennedy (Chipperfield), Kewell, Grella (Carney); Holman, Bresciano.

Jogos
13/06 - 15h30 - Alemanha x Austrália (Moses Mabhida)
19/06 - 11h - Gana x Austrália (Royal Bafokeng)
23/06 - 15h30 - Austrália x Sérvia (Mbombela)

Lista provisória de convocados

Goleiros
Mark Schwarzer (Fulham/ING)
Adam Federici (Reading/ING)
Brad Jones (Middlesbrough/ING)

Defensores
Scott Chipperfield (Basel/SUI)
David Carney (Twente/HOL)
Lucas Neill (Galatasaray/TUR)
Michael Beauchamp (Al Jazira/EAU)
Shane Lowry (Aston Villa/ING)
Craig Moore (sem clube)
Mark Milligan (JEF United/JAP)
Rhys Williams (Middlesbrough/ING)
Luke Wilkshire (Dinamo Moscow/RUS)

Meias
Mark Bresciano (Palermo/ITA)
Tim Cahill (Everton/ING)
Jason Culina (Gold Coast United)
Brett Emerton (Blackburn Rovers/ING)
Richard Garcia (Hull City/ING)
Vince Grella (Blackburn Rovers/ING)
James Holland (AZ Alkmaar/HOL)
Brett Holman (AZ Alkmaar/HOL)
Mile Jedinak (Antalyaspor/TUR)
Tommy Oar (Utrecht/HOL)
Carl Valeri (Sassuolo/ITA)
Dario Vidosic (Nuremberg/ALE)

Atacantes
Josh Kennedy (Nagoya Grampus/JAP)
Harry Kewell (Galatasaray/TUR)
Nikita Rukavytsya (Twente/HOL)

Apresentação das seleções - Alemanha

A tricampeã mundial Alemanha viaja à África do Sul na condição de eterna favorita, mas cheia de dúvidas: a seleção comandada pelo técnico Joachim Löw, após uma Copa de 2006 renovadora e uma Euro 2008 excelente, perdeu vários jogadores importantes por contusão e tem, com um elenco jovem, a dura missão de viver à expectativa e à fama do futebol alemão.

A jovem equipe (apenas três atletas têm mais de 30 anos) combina disciplina tática e habilidade ofensiva pouco comum ao país. Os jogadores, muitos deles em sua primeira Copa, estarão motivados pela excelente campanha que fizeram nas Eliminatórias. Mas as últimas semanas têm sido desastrosas: depois do goleiro titular René Adler e do capitão Michael Ballack, que sofreu uma lesão no tornozelo, o substituto do camisa 13, Christian Träsch, e o polivalente Heiko Westermann também se machucaram e estão fora do Mundial.

As esperanças da seleção alemã - que também perdeu o meio-campista Simon Rolfes -, então, estarão nas costas de Miroslav Klose e sua já conhecida capacidade de crescer quando chega a Copa do Mundo, e da geração que estreou no último Mundial, como Philipp Lahm, Bastian Schweinsteiger e Lukas Podolski.

Com um grupo traiçoeiro (Austrália e Gana avançaram às oitavas de final em 2006 e são as melhores de seus continentes, e a Sérvia tem uma geração tão talentosa quanto perigosa), existem até mesmo dúvida quanto às chances dos baleados alemães passarem de fase - algo que, se não acontecesse, seria inédito.

O caminho à África do Sul
Com uma eficiência impressionante e muita combatividade, embora na maior parte das vezes sem muito brilho, os comandados de Löw se classificaram sem maiores problemas no Grupo 4 das Eliminatórias europeias. As únicas partidas que a Alemanha não venceu foram contra a Finlândia, que mostrou ser um osso duro de roer. Em Helsinque, os finlandeses ficaram três vezes em vantagem no placar, mas os alemães empataram em 3 a 3 graças a três gols de Klose. O jogo de volta em Hamburgo também terminou empatado, dessa vez por 1 a 1 com um gol salvador de Podolski no último minuto. Mas o segundo jogo foi apenas para cumprir tabela, pois a Alemanha já havia garantido a primeira colocação do grupo. Contra País de Gales, Azerbaijão e Liechtenstein os alemães tiveram 100% de aproveitamento.

Entretanto, foi nos duelos contra a principal concorrente do grupo, a Rússia, que a Alemanha comprovou a sua qualidade. Na partida de ida, em Dortmund, os alemães venceram por 2 a 1 e fizeram a sua melhor apresentação. Na penúltima rodada, em Moscou, os tricampeões mundiais conseguiram mais uma vitória crucial por 1 a 0 com um gol de Klose logo no início da partida. Foi a primeira derrota da Rússia em casa em toda a história das Eliminatórias. O renomado técnico da seleção russa, o holandês Guus Hiddink, falou após a derrota sobre a famosa força do futebol alemão e apontou a seleção germânica como uma das candidatas ao título na África do Sul.

As estrelas
Michael Ballack, jogador de 33 anos do Chelsea, era o capitão e tido como grande líder da Alemanha. Agora que o meio-campista está fora de ação, com uma lesão nos ligamentos do tornozelo, boa parte da responsabilidade está com Miroslav Klose, também é um dos líderes do selecionado, apesar de ser um tanto quanto reservado. O centroavante do Bayern de Munique já marcou 48 gols em 93 jogos pela seleção e é o terceiro maior artilheiro da história do país, atrás apenas do inesquecível Gerd Müller (68 gols) e de Joachim Streif (55 gols), que atuava pela Alemanha Oriental.

Resta saber se Philipp Lahm, eleito capitão, e Bastian Schweinsteiger, ambos do Bayern, e Lukas Podolski, que voltou recentemente para o Colônia, já estão maduros o suficiente para assumirem o papel que se espera deles. Schweinsteiger, em especial, terá ainda mais trabalho para controlar o meio-campo sem a presença de Ballack.

“A Alemanha conquistou muitos títulos no passado e essas conquistas inspiram as novas gerações. Basta nos lembrarmos do retrospecto da Alemanha nas grandes competições. Fomos campeões mundiais em 1954, 1974 e 1990 e campeões europeus em 1972, 1980 e 1996, além de também termos sido vice-campeões em várias ocasiões. De certa forma, aprendemos desde a infância que a Alemanha é sempre capaz de chegar à final. Certamente estamos entre os países com chances de brigar pelo título. Após ficarmos na terceira colocação na última Copa do Mundo e sermos vice-campeões europeus, o objetivo agora é chegar à final e conquistar a taça”, disse um resoluto Lahm, tentando mostrar-se à altura do desafio de capitanear uma das principais seleções do mundo.

O técnico
Já faz um bom tempo que Joachim Löw se libertou da sombra de Jürgen Klinsmann, de quem foi assistente técnico na última Copa – mas que era considerado o mentor da equipe que encantou atuando em casa. Quando assumiu o cargo em 26 de julho de 2006, o treinador, considerado um verdadeiro estrategista, estabeleceu como objetivos o título da Euro 2008 e a continuidade da filosofia de futebol ofensivo defendida por Klinsmann - mas até agora ele não conseguiu atingir nenhum dos dois, pelo menos não completamente. Entretanto, Löw conquistou o respeito dos jogadores e da imprensa graças à sua calma, simpatia e imparcialidade. "É preciso ser muito detalhista para ser bem-sucedido na nossa profissão", declarou o técnico, que fez carreira como atacante do Freiburg e é até hoje o maior artilheiro da história do clube.

Participações anteriores
- A Alemanha não só foi três vezes campeã mundial, em 1954, 1974 e 1990, como também chegaram a sete finais da Copa. É o país que chegou mais vezes à final, ao lado do Brasil – mas perdeu quatro delas.

- Os alemães estiveram presentes em todas as edições do maior evento do futebol mundial, exceto em 1930 e 1950, ocasiões em que não disputaram as Eliminatórias.

- A Alemanha precisou decidir quatro confrontos em mundiais nas cobranças de pênaltis e venceu os quatro.

Time-base
Neuer; Boateng, Mertesacker, Friedrich, Lahm; Khedira e Kroos; Trochowski, Özil e Podolski; Klose

Jogos
13/06 - 15h30 - Alemanha x Austrália (Moses Mabhida)
18/06 - 08h30 - Alemanha x Sérvia (Nelson Mandela Bay)
23/06 - 15h30 - Gana x Alemanha (Soccer City)

Lista provisória de convocados

Goleiros
Hans-Joerg Butt - Bayern Munich
Tim Wiese - Werder Bremen
Manuel Neuer - Schalke 04

Defensores
Arne Friedrich - Hertha Berlin
Dennis Aogo - Hamburger SV
Holger Badstuber - Bayern Munich
Andreas Beck - Hoffenheim
Jerome Boateng - Hamburger SV
Phillip Lahm - Bayern Munich
Per Mertesacker - Werder Bremen
Serdar Tasci - Stuttgart

Meiocampistas
Marcell Jansen - Hamburger SV
Sami Khedira - Stuttgart
Toni Kroos - Bayern Munich
Marko Marin - Werder Bremen
Mesut Ozil - Werder Bremen
Bastian Schweinsteiger - Bayern Munich
Piotr Trochowski - Hamburger SV

Atacantes
Cacau - Stuttgart
Mario Gomez - Bayern Munich
Thomas Mueller - Bayern Munich
Miroslav Klose - Bayern Munich
Stefan Kiessling - Bayer Leverkusen
Lukas Podolski - Koln

Apresentação das seleções - Eslovênia

Com uma população de apenas dois milhões de pessoas, a pequena Eslovênia teve que brigar com adversários muito maiores para assegurar uma vaga na Copa do Mundo. Quando se leva em conta que a equipe superou Polônia, República Tcheca e, para completar, Rússia (com seus 142 milhões de habitantes) e conquistou um lugar na África do Sul, o feito se transforma quase em um milagre.

A participação no torneio de 2010 será apenas a segunda do jovem futebol esloveno na história do maior evento do planeta, mas a seleção está determinada a levar adiante a dura batalha contra o improvável e surpreender mais uma vez no momento em que estiver diante dos melhores do mundo.

O caminho à África do Sul
Quando as chaves das eliminatórias europeias foram sorteadas, muitos previram que o Grupo 3 seria dominado por República Tcheca e Polônia, duas seleções que haviam se classificado tanto para a Alemanha em 2006 como para a Euro 2008. Mas, com o passar dos jogos, as favoritas acabaram virando meras coadjuvantes da arrebatadora disputa entre a dupla Eslovênia e Eslováquia.

O sucesso esloveno se baseou em uma defesa que foi indiscutivelmente a melhor de toda a zona europeia. É verdade que nas estatísticas a Holanda aparece com um número menor de gols sofridos, mas a seleção de Bert van Marwijck disputou dois jogos a menos do que a Eslovênia, que só foi vazada quatro vezes em dez jogos na fase de grupos. Além disso, a surpreendente equipe do técnico Matjaz Kek só viu a liderança e a consequente vaga direta escaparem na última rodada, quando a mesma Eslováquia que os eslovenos tinham batido tanto em casa quanto fora conquistou uma inesperada vitória por 1 a 0 contra a Polônia no campo adversário.

Apesar da impressionante força demonstrada pela Eslovênia, era evidente a satisfação da Rússia com a definição da repescagem. O atacante Alexander Kerzhakov, por exemplo, estava entre os que descreveram o sorteio como "favorável" à seleção de Guus Hiddink. Mas eles estavam enganados. No primeiro jogo, em Moscou, tudo parecia correr conforme o roteiro esperado quando a Rússia abriu dois gols de vantagem, mas os visitantes se recusaram a esmorecer e apimentaram a partida de volta com o gol de Nejc Pecnik, diminuindo o placar a apenas dois minutos do fim. Com o palco montado e os ingredientes de um grande confronto à mão, a Eslovênia se superou com uma atuação memorável em Mirabor, onde o gol solitário de Zlatko Dedic provocou uma das maiores zebras dos últimos anos em eliminatórias.

As estrelas
O elenco da Eslovênia não é o melhor lugar para se procurar por grandes astros do futebol. Mas, embora o sucesso da seleção tenha sido construído na força do grupo e no espírito coletivo, o técnico Kek não pode reclamar da falta de talentos individuais. Sem dúvida, o mais conhecido deles é o atacante do Colônia, Milivoje Novakovic, que fez cinco gols nas eliminatórias e que, aos 30 anos, se aproxima da Copa no auge da forma. O goleador, nascido na capital Ljubljana, é uma das três peças que compõem a espinha dorsal da Eslovênia. Ele, o goleiro Samir Handanovic e o talentoso meia e capitão Robert Koren formam o triunvirato da seleção.

“Para um país pequeno como o nosso, a classificação para a Copa do Mundo é uma conquista incrível. Antes do início das eliminatórias, ninguém dava nada por essa jovem seleção. Mas agora os jogadores e todo o país estão orgulhosos do nosso sucesso. Queremos mostrar que, sendo um país pequeno como somos, podemos competir com os melhores”, disse um empolgado Novakovic.

O técnico
Conhecido mais pela capacidade de liderança do que por algum grande talento natural, Matjaz Kek já havia passado dos 30 anos quando venceu o seu primeiro e único jogo pela seleção da Eslovênia, em 1992. Foi no Maribor, clube pelo qual conquistou três títulos consecutivos já nos últimos anos da carreira como jogador, que ele teve a primeira chance como técnico, em 2000.

Após um período de seis anos de relativo sucesso, Kek foi trabalhar na Federação Eslovena de Futebol, inicialmente como responsável pelas seleções sub-15 e sub-16. Em janeiro de 2007, porém, foi promovido a treinador da equipe principal e, desde então, superou todas as expectativas ao conduzir a modesta seleção de volta ao maior evento do futebol mundial. Como disse o próprio Kek após vencer o duelo com a Rússia: "A Eslovênia realizou um sonho."

Participação anterior
Tendo em vista que a Eslovênia só conquistou a independência da Iugoslávia em 1991, a história do futebol esloveno é menor do que a da maioria dos adversários na África do Sul 2010. Por outro lado, o país pode se orgulhar de ter se classificado para a Copa do Mundo já na segunda tentativa, quando a seleção comandada pelo técnico Srecko Katanec derrotou adversários como Suíça e, ironicamente, Iugoslávia, para garantir uma vaga em 2002.

Infelizmente, contudo, os estreantes não foram tão bem quanto esperavam. O astro do time, Zlatko Zahovic, foi mandado de volta para casa devido a uma briga com Katanec após a derrota no primeiro jogo, e a seleção acabou perdendo os outros dois compromissos da fase de grupos.

Time-base
Handanovic; Brecko, Suler, Cesar, Jokic; Radosavljevic, Koren, Birsa, Kirm; Dedic e Novakovic

Jogos
13/06 - 08h30 - Argélia x Eslovênia (Peter Mokaba)
18/06 - 11h - Eslovênia x Estados Unidos (Ellis Park)
23/06 - 11h - Eslovênia x Inglaterra (Nelson Mandela Bay)

Lista provisória de convocados

Goleiros
Samir Handanovic - Udinese (ITA)
Jasmin Handanovic - Mantova (ITA)
Aleksandr Seliga - Sparta Praga (RTC)

Defensores
Miso Brecko - Colônia (ALE)
Marko Suler - Gent (BEL)
Matej Mavric - Koblenz (ALE)
Bostjan Cesar - Grenoble (FRA)
Branko Ilic - Lokomotiv Moscow (RUS)
Bojan Jokic - Chievo (ITA)
Dejan Kelhar - Brugge (BEL)
Elvedin Dzinic - Maribor
Suad Filekovic - Maribor

Midfielders
Robert Koren - West Bromwich Albion (ING)
Rene Krhin - Inter (ITA)
Valter Birsa - Auxerre (FRA)
Aleksandr Radosavljevic - Larissa (GRE)
Andraz Kirm - Wisla Krakow (POL)
Andrej Komac - Maccabi Tel Aviv (ISR)
Mirnes Sisic - PAS Giannina (ITA)
Darjan Matic - Rapid Bucharest (BUL)
Dalibor Stevanovic - Vitesse (HOL)

Atacantes
Zlatko Dedic - Bochum (ALE)
Milivoje Novakovic - Colônia (ALE)
Zlatan Ljubijankic - Gent (BEL)
Tim Matavz - Groningen (HOL)
Nejc Pecnik - Nacional (POR)

domingo, 30 de maio de 2010

Apresentação das seleções - Argélia


Foi preciso esperar 24 anos para rever a Argélia na Copa do Mundo. Desde a participação no México em 1986, o país brilhou na conquista da Copa das Nações Africanas em 1990 e enfrentou então um longo e complicado período de renovação antes de iniciar a volta por cima. Hoje, a seleção se apresenta novamente como uma das forças do futebol mundial e tem a ambição de transformar 2010 em um momento histórico para a nação.

O caminho à África do Sul
Até bater o Egito por 1 a 0 no histórico jogo-desempate do dia 18 de novembro, em Cartum, no Sudão, a Argélia havia mostrado grande irregularidade nas eliminatórias africanas. Embora tenha vencido todas as seis partidas em casa na segunda e na terceira fases, a seleção teve desempenho bem inferior longe dos seus domínios, acumulando três derrotas, dois empates e apenas uma vitória.

Os altos e baixos por pouco não comprometeram o sonho do país, que superou a segunda fase com apenas um ponto a mais que Gâmbia e Senegal. Na sequência, deixou para trás Zâmbia e Ruanda e terminou empatado em todos os critérios com o Egito, precisando do jogo extra em campo neutro para enfim assegurar a vaga.

A classificação foi efusivamente comemorada pelos fanáticos torcedores, especialmente após as fraquíssimas campanhas das eliminatórias de 2002 e 2006, em que quase terminaram na lanterna de seus grupos. “A classificação fez com que o país retornasse com força ao cenário mundial. É uma felicidade incrível e uma honra ser um dos responsáveis por isso. Fico emocionado ao ver a alegria que demos ao nosso povo. É um ótimo exemplo para a juventude do país", disse o técnico Rabah Saâdane.

As estrelas
Autor do gol da classificação, Antar Yahia é um dos pilares da defesa argelina. Ele compõe o setor com Madjid Bougherra, Nadir Belhadj, de experiência no futebol inglês e com o goleiro Lounes Gaouaoui, que tem realizado disputa interessante pelo posto de titular com Fawzi Chaouchi. Mas é certamente no meio-campo que estão os maiores destaques da seleção. Além do capitão Yazid Mansouri, conhecido como implacável marcador, Karim Ziani participa ativamente da criação e da chegada no ataque. Mourad Meghni, da Lazio, é a grande ausência, machucado.

O técnico
Depois de uma modesta carreira como jogador na Argélia e na França, Rabah Saâdane logo se tornou treinador e teve como primeiro cargo a direção das categorias de base do país. Mais tarde, ele participou da comissão técnica que classificou a seleção principal para a Copa de 1982. Já em 1986, Saâdane chegou ao México como treinador, mas acabou pagando um preço alto pelo fraco desempenho dos argelinos.

Nos anos que se seguiram, voltou ao comando em três ocasiões, em 1999, entre 2003 e 2004 e, finalmente, em 2007, seguindo na função até o momento. Nos clubes que dirigiu, destacou-se pela conquista da Liga dos Campeões da África com o Raja Casablanca, em 1989, e da Liga dos Campões Árabes com o Sétif, em 2007.

Participações anteriores
A participação na África do Sul será apenas a terceira na história da Argélia. No entanto, a seleção nunca conseguiu superar a primeira fase. Em 1982, obteve vitórias históricas sobre a Alemanha Ocidental por 2 a 1 e sobre o Chile por 3 a 2, mas a derrota de 2 a 0 para a Áustria acabou tirando as chances de classificação nos critérios de desempate. Quatro anos mais tarde, a campanha foi pior, com um empate em 1 a 1 com a Irlanda do Norte e derrotas para o Brasil por 1 a 0 e para a Espanha por 3 a 0.

Time-base
Chaouchi; Bougherra, Yahia, Halliche, Belhadj; Mansouri, Yebda, Guedioura, Ziani; Saifi, Ghezzal.

Jogos
13/06 - 08h30 - Argélia x Eslovênia (Peter Mokaba)
18/06 - 15h30 - Inglaterra x Argélia (Green Point)
23/06 - 11h - Estados Unidos x Argélia (Loftus Versfeld)

Lista provisória de convocados

Goleiros

Lounes Gaouaoui (ASO Chlef)
Faouzi Chaouchi (Entente Setif)
Mohamed Lamine Zemmamouche (MC Alger)
M'bohi Rais Ouheb (Slavia Sofia-Bul)

Defensores
Abdelkader Laifaoui (Entente Setif)
Madjid Bougherra (Rangers-Esc)
Carl Medjani (Ajaccio-Fra)
Rafik Halliche (Nacional Madeira-Por)
Anther Yahia (Bochum-Ale)
Habib Belaid (Boulogne-Fra
Nadir Belhadj (Portsmouth-Ing)
Djamel Mesbah (Lecce-Ita
Hocine Metref (ES Setif)
Mohamed Meftah (JS Kabylie)

Meiocampistas
Hassan Yebda (Portsmouth-Ing)
Medhi Lacen (Racing Santander-Esp)
Yazid Mansouri (Lorient-Fra)
Adlene Guedioura (Wolverhampton-Ing)
Riad Boudebouz (Sochaux-Fra)
Djamel Abdoun (Nantes-Fra)
Fouad Kadir (Valenciennes-Fra)
Karim Ziani (Wolfsburg-Ale)
Karim Matmour (Borussia Moenchengladbach-Ale)
Lazhar Hadj Aissa (ES Setif)
Khaled Lemmouchia (ES Setif)

Atacantes
Abdelkader Ghezzal (Siena-Ita)
Rafik Djebbour (AEK Athens-Gre)
Rafik Saifi (Istres-France)
Amri Chadli (Kaiserslautern-Ale)

Apresentação das seleções - Estados Unidos

Com a eficiência de costume no continente, os Estados Unidos se classificaram para a Copa do Mundo ao terminarem em primeiro lugar no hexagonal final das eliminatórias da Concacaf. Com um trabalho estruturado liderado por Bob Bradley, a seleção norte-americana teve poucos momentos de angústia na caminhada rumo à maior competição do futebol mundial.


Com uma base de jogadores que atuam nos mais importantes palcos do planeta somada a uma jovem geração, os americanos tentarão manter o excelente nível apresentado na Copa das Confederações, quando surpreenderam o mundo ao ficarem com o segundo lugar. Um grupo com o pior dos europeus e o pior dos africanos pode ajudar nesta tentativa.

O caminho à África do Sul
Depois de marcarem nove gols e não sofrerem nenhum contra a modesta seleção de Barbados na fase preliminar, os Estados Unidos acabaram ficando no Grupo 1, ao lado de Trinidad e Tobago, Cuba e Guatemala. Mantendo a superioridade, os americanos não tropeçaram e venceram cinco dos seis confrontos, perdendo apenas para os trinitinos em Port of Spain, quando já estavam classificados para a fase seguinte.

Os EUA começaram o hexagonal final da melhor forma possível, vencendo o rival México por 2 a 0. Então veio o empate em dois gols em San Salvador, seguido da fácil vitória sobre Trinidad e Tobago (3 x 0) e da derrota diante da Costa Rica em San José (3 x 1), que marcou o pior momento dos americanos na competição. Depois desse resultado, os comandados de Bob Bradley perderam apenas uma vez, no imponente Estádio Azteca (2 x 1), e agarraram a vaga com um triunfo histórico em um dos estádios que mais apresenta dificuldades na região, o Olímpico de San Pedro Sula, onde venceram Honduras por 3 x 2 em um jogo inesquecível.

As estrelas
Há vários anos a seleção dos Estados Unidos e o nome de Landon Donovan estão diretamente ligados. Desde muito jovem, o armador do Los Angeles Galaxy fez as suas melhores apresentações com a camisa americana. Não restam dúvidas de que ele será um jogador muito importante na África do Sul. Ao lado dele estarão Oguchi Onyewu, que após surgir com cartaz caiu de produção, mas ainda será importante por sua experiência internacional, Michael Bradley, o jovem Jozy Altidore, Clint Dempsey e o goleiro Tim Howard.

O técnico
Quando Bob Bradley chegou à seleção, assumiu como técnico interino. Contudo, mostrou que merecia permanentemente o cargo depois de atingir a marca de dez jogos sem derrotas. Se ainda restava alguma dúvida, ela foi eliminada com a grande atuação do país na Copa das Confederações, quando os americanos eliminaram a favorita Espanha na semifinal e mediram forças com Brasil, perdendo pelo apertado placar de 3 a 2 em uma final memorável.

Participações anteriores
- Os Estados Unidos se classificaram para nove edições da Copa, sendo a segunda seleção da CONCACAF com mais participações, atrás apenas do México.

- A melhor posição alcançada pelos americanos foi no Uruguai em 1930, quando foram eliminados nas semifinais.

- A edição da África do Sul será a sexta participação consecutiva do país na maior competição do futebol mundial, sendo que na Alemanha os EUA foram eliminados já na primeira fase.

Números
- Na Copa das Confederações, os EUA foram os responsáveis por quebrar a série invicta da Espanha. Com a vitória americana por 2 a 0, a maior invencibilidade da história ficou em 35 jogos, marca que os espanhóis dividem com o Brasil.

- Os EUA detinham a impressionante marca de 58 jogos sem perder para países da América do Norte, América Central e Caribe como mandante. A série foi interrompida em julho de 2009, quando o México derrotou os americanos por 5 a 0 na final da Copa Ouro.
- O artilheiro americano nas eliminatórias foi Jozy Altidore, que marcou seis vezes na campanha.

Time-base
Howard; Bocanegra, Cherundolo, Onyewu, Bornstein; Feilhaber, Bradley, Holden; Donovan; Casey, Altidore.

Jogos
12/06 – 15h30 – Inglaterra x Estados Unidos (Royal Bafokeng)
18/06 – 11h – Eslovênia x Estados Unidos (Ellis Park)
23/06 – 11h – Estados Unidos x Argélia (Loftus Versfeld)

Lista final de convocados

Goleiros

Brad Guzan (Aston Villa)
Tim Howard (Everton)
Marcus Hahnemann (Wolverhampton)

Defensores
Carlos Bocanegra (Rennes)
Jonathan Bornstein (Chivas)
Steve Cherundolo (Hannover)
Jay DeMerit (Watford)
Clarence Goodson (IK Start)
Oguchi Onyewu (Milan)
Jonathan Spector (West Ham United)

Meias
DaMarcus Beasley (Rangers)
Michael Bradley (Borussia Monchengladbach)
Ricardo Clark (Eintracht Frankfurt)
Clint Dempsey (Fulham)
Landon Donovan (Los Angeles Galaxy)
Maurice Edu (Rangers)
Benny Feilhaber (Aarhus)
Stuart Holden (Bolton)
Jose Torres (Pachuca)

Atacantes
Jozy Altidore (Villarreal)
Edson Buddle (Los Angeles Galaxy)
Robbie Findley (Real Salt Lake)
Herculez Gomez (Puebla)