Uma final inesperada, mas merecida. Inter e Bayern de Munique tiveram temporadas perfeitas em seus países, conquistando a liga e a copa nacional, mas há muito não iam tão longe no cenário europeu. Quando estes dois verdadeiros titãs do futebol internacional se enfrentarem neste sábado em Madri, mais do que a Tríplice Coroa estará em jogo – a reafirmação perante os poderosos rivais do continente, como Barcelona e Manchester United, é o que valerá.
Muito da razão pela qual il nerazzuri e die Roten foram tão longe após tanto tempo está no banco de reservas: José Mourinho e Louis van Gaal, dois dos técnicos mais vencedores da última década, mostraram que a aplicação tática, o estudo minucioso do adversário e a força psicológica são fatores que não podem ser deixados de lado neste nível de futebol.
Coroação completa
A Inter tem sido a força dominante do futebol italiano desde o meio da década, mas apesar da supremacia na Série A, aumentada recentemente com o pentacampeonato, o sucesso continental tem sido modesto. Esta é a primeira final de Liga dos Campeões desde 1965, e nos últimos anos o melhor que a equipe de La Pinetita consegui foi uma semifinal em 2002/03 – que terminou de forma dramática, com a eliminação e posterior título do rival Milan.
O caminho para a final não foi nada fácil. Sorteada ao lado do Barcelona na primeira fase, a Inter só se classificou para as oitavas na última rodada, vencendo o Rubin Kazan. O empate em casa com o Dínamo de Kiev quase custou a eliminação, e a derrota para o Barça fora de casa por 2 a 0 com um banho de bola provaria-se fundamental para o crescimento do time.
A verdadeira Inter só apareceu no mata-mata. Logo nas oitavas, um encontro mortal contra o Chelsea fez Mourinho apresentar suas credenciais: uma vitória por 2 a 1 em casa parecia um resultado frágil, mas novo triunfo por 1 a 0 como visitante, com atuações soberbas de Samuel e Zanetti, mostrou que os nerazzuri eram de fato candidatos ao título. Nas quartas, contra o CSKA, os confrontos não foram tão fáceis como se imaginava, mas ainda assim vieram duas vitórias por 1 a 0, contando com um golaço de falta de Sneijder.
Veio então a semifinal, num aguardado duelo contra o mesmo Barcelona da primeira fase. Após uma exibição de gala de Messi, que marcou os quatro gols da goleada sobre o Arsenal, imaginava-se um jogo épico. A superioridade interista, entretanto, fez-se prevalecer no primeiro jogo, com uma vitória maíscula por 3 a 1, comandada novamente por Sneijder e Milito, após saírem atrás no placar. Na volta, apesar de toda a pressão, o Barça só marcou um gol em outra atuação impecável do time de Mourinho, que aproveitou os duelos da primeira fase para entender os espanhóis e descobrir como anulá-los.
Próximo da conquista, Mourinho pode chegar ao seu segundo título europeu após levar o Porto à glória em 2004, e pode muito bem ficar ali mesmo no Santiago Bernabéu para a próxima temporada, já que a aproximação com o Real é iminente.
Começo lento, grande reta final
A temporada 2009/10 não tem sido tão fácil para o Bayern como pode parecer. No primeiro turno da Bundesliga, o time do recém-chegado Louis van Gaal lutou para permanecer nas primeiras posições, ganhando apenas cinco de treze jogos. Na Champions League, as coisas também nao iam muito bem, com derrota em casa para o Bordeaux e empate sem gols com a Juventus. A classificação só veio na última partida, com uma goleada incrível sobre uma decadente Juve por 4 a 1, fora de casa.
Nas oitavas, muita controvérsia: um gol claramente impedido de Klose garantiu a classificação diante da Fiorentina no placar agregado, e já começava a brilhar a estrela de Robben, outro holandês dispensado do Real Madri.
Robben foi o heroi novamente nas quartas contra o poderoso Manchester United, que havia destroçado o Milan. O placar de 2 a 1 em casa parecia pouco, e realmente era quando os Diabos Vermelhos abriram 3 a 0 no primeiro tempo em Old Trafford. Entretanto, Olic apareceu e, sem desistir da jogada, diminuiu o placar, e Robben (de novo!) fez o gol que garantiria novo avanço no critério do gol fora de casa.
A semifinal contra o Lyon se provaria um passeio, com vitória apertada de 1 a 0 no Allianz Arena e goleada de 3 a 0 na França, com direito a hat-trick de Olic. Confiantes após os 4 a 0 aplicados recentemente sobre o Werder Bremen na final da Copa da Alemanha, os comandados de van Gaal parecem prontos para levar o Bayern de novo ao topo após a conquista de 2001.
O jogo
José Mourinho não poderá contar com a opção de Davide Santon, que tem sofrido com diversas leções. Ivan Cordoba também é dúvida, ao passo que Sneijder chegou a ser substituído nas últimas partidas do Calcio por seguidas cãibras, ainda que esteja confirmado.
Desfalque certo é Thiago Motta, suspenso por ter sido expulso contra o Barça. O Inter deverá atuar no 4-3-3, com a maior interrogação sendo a escalação de Balotelli ou Pandev no ataque. Outra opção seria manter Eto’o e Milito e reforçar o meio
Pelos lados do Bayern, o furor é grande devido à suspensão de Franck Ribery, que teve recurso negado na UEFA e na Corte Arbitrária do Esporte. Em seu lugar, o limitado Hamit Altintop deve aparecer pelo lado esquerdo. Sem problemas de contusão, Louis van Gaal terá todos os outros jogadores à disposição, permanecendo a dúvida sobre Badstuber ou Diego Contento na lateral esquerda.
Uefa Champions League – Final
Sábado, 22/05 – 15h45
Santiago Bernabeu
Árbitro: Howard Webb (ING)
Bayern: Butt; Lahm, Van Buyten, Demichelis e Badstuber; Robben, Schweinsteiger, Van Bommel e Altintop; Müller e Olic
Inter: Júlio César; Maicon, Samuel, Lúcio e Zanetti; Stankovic, Sneijder e Cambiasso; Eto’o, Milito e Pandev (Balotelli)
Muito da razão pela qual il nerazzuri e die Roten foram tão longe após tanto tempo está no banco de reservas: José Mourinho e Louis van Gaal, dois dos técnicos mais vencedores da última década, mostraram que a aplicação tática, o estudo minucioso do adversário e a força psicológica são fatores que não podem ser deixados de lado neste nível de futebol.
Coroação completa
A Inter tem sido a força dominante do futebol italiano desde o meio da década, mas apesar da supremacia na Série A, aumentada recentemente com o pentacampeonato, o sucesso continental tem sido modesto. Esta é a primeira final de Liga dos Campeões desde 1965, e nos últimos anos o melhor que a equipe de La Pinetita consegui foi uma semifinal em 2002/03 – que terminou de forma dramática, com a eliminação e posterior título do rival Milan.
O caminho para a final não foi nada fácil. Sorteada ao lado do Barcelona na primeira fase, a Inter só se classificou para as oitavas na última rodada, vencendo o Rubin Kazan. O empate em casa com o Dínamo de Kiev quase custou a eliminação, e a derrota para o Barça fora de casa por 2 a 0 com um banho de bola provaria-se fundamental para o crescimento do time.
A verdadeira Inter só apareceu no mata-mata. Logo nas oitavas, um encontro mortal contra o Chelsea fez Mourinho apresentar suas credenciais: uma vitória por 2 a 1 em casa parecia um resultado frágil, mas novo triunfo por 1 a 0 como visitante, com atuações soberbas de Samuel e Zanetti, mostrou que os nerazzuri eram de fato candidatos ao título. Nas quartas, contra o CSKA, os confrontos não foram tão fáceis como se imaginava, mas ainda assim vieram duas vitórias por 1 a 0, contando com um golaço de falta de Sneijder.
Veio então a semifinal, num aguardado duelo contra o mesmo Barcelona da primeira fase. Após uma exibição de gala de Messi, que marcou os quatro gols da goleada sobre o Arsenal, imaginava-se um jogo épico. A superioridade interista, entretanto, fez-se prevalecer no primeiro jogo, com uma vitória maíscula por 3 a 1, comandada novamente por Sneijder e Milito, após saírem atrás no placar. Na volta, apesar de toda a pressão, o Barça só marcou um gol em outra atuação impecável do time de Mourinho, que aproveitou os duelos da primeira fase para entender os espanhóis e descobrir como anulá-los.
Próximo da conquista, Mourinho pode chegar ao seu segundo título europeu após levar o Porto à glória em 2004, e pode muito bem ficar ali mesmo no Santiago Bernabéu para a próxima temporada, já que a aproximação com o Real é iminente.
Começo lento, grande reta final
A temporada 2009/10 não tem sido tão fácil para o Bayern como pode parecer. No primeiro turno da Bundesliga, o time do recém-chegado Louis van Gaal lutou para permanecer nas primeiras posições, ganhando apenas cinco de treze jogos. Na Champions League, as coisas também nao iam muito bem, com derrota em casa para o Bordeaux e empate sem gols com a Juventus. A classificação só veio na última partida, com uma goleada incrível sobre uma decadente Juve por 4 a 1, fora de casa.
Nas oitavas, muita controvérsia: um gol claramente impedido de Klose garantiu a classificação diante da Fiorentina no placar agregado, e já começava a brilhar a estrela de Robben, outro holandês dispensado do Real Madri.
Robben foi o heroi novamente nas quartas contra o poderoso Manchester United, que havia destroçado o Milan. O placar de 2 a 1 em casa parecia pouco, e realmente era quando os Diabos Vermelhos abriram 3 a 0 no primeiro tempo em Old Trafford. Entretanto, Olic apareceu e, sem desistir da jogada, diminuiu o placar, e Robben (de novo!) fez o gol que garantiria novo avanço no critério do gol fora de casa.
A semifinal contra o Lyon se provaria um passeio, com vitória apertada de 1 a 0 no Allianz Arena e goleada de 3 a 0 na França, com direito a hat-trick de Olic. Confiantes após os 4 a 0 aplicados recentemente sobre o Werder Bremen na final da Copa da Alemanha, os comandados de van Gaal parecem prontos para levar o Bayern de novo ao topo após a conquista de 2001.
O jogo
José Mourinho não poderá contar com a opção de Davide Santon, que tem sofrido com diversas leções. Ivan Cordoba também é dúvida, ao passo que Sneijder chegou a ser substituído nas últimas partidas do Calcio por seguidas cãibras, ainda que esteja confirmado.
Desfalque certo é Thiago Motta, suspenso por ter sido expulso contra o Barça. O Inter deverá atuar no 4-3-3, com a maior interrogação sendo a escalação de Balotelli ou Pandev no ataque. Outra opção seria manter Eto’o e Milito e reforçar o meio
Pelos lados do Bayern, o furor é grande devido à suspensão de Franck Ribery, que teve recurso negado na UEFA e na Corte Arbitrária do Esporte. Em seu lugar, o limitado Hamit Altintop deve aparecer pelo lado esquerdo. Sem problemas de contusão, Louis van Gaal terá todos os outros jogadores à disposição, permanecendo a dúvida sobre Badstuber ou Diego Contento na lateral esquerda.
Uefa Champions League – Final
Sábado, 22/05 – 15h45
Santiago Bernabeu
Árbitro: Howard Webb (ING)
Bayern: Butt; Lahm, Van Buyten, Demichelis e Badstuber; Robben, Schweinsteiger, Van Bommel e Altintop; Müller e Olic
Inter: Júlio César; Maicon, Samuel, Lúcio e Zanetti; Stankovic, Sneijder e Cambiasso; Eto’o, Milito e Pandev (Balotelli)
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