Certas coisas nunca saem de moda na Argentina. O tango e o churrasco são algumas delas. O futebol é a principal e seu maior expoente só poderia ser Maradona, considerado pelos argentinos um deus. Diego não desgrudava da bola desde muito pequeno e precisava usar de sua habilidade para enfrentar os adversários, que eram maiores e mais fortes que ele, nas peladas de seu bairro.
O técnico Francis Cornejo, das divisões de base do Argentino Juniors, sabia que Maradona era habilidoso, mas não tinha certeza se possuía idade suficiente para jogar pela equipe principal. Com 15 anos, Dieguito porvou ter capacidade e estreou no time principal. Sua habilidade monstruosa logo chamou a atenção de todos e a pressão popular para sua convocação para a Copa de 78 foi grande, mas o técnico César Luis Menotti deixou-o de fora por considerá-lo muito novo.
Marcando 116 gols em 166 jogos pelo Argentinos, Maradona transferiu-se para o Boca Juniors em 81, onde pouco jogou, mas onde mais foi ídolo. O Boca era o clube que ele torcia quando menino e o título argentino conquistado com a ajuda de Diego foi o primeiro de sua carreira. Na Copa de 82, já era o titular da camisa 10 e, apesar de ter marcado dois gols, só conseguiu levar a Argentina à segunda fase.
Após a Copa, transferiu-se para o Barcelona, onde marcou 38 gols em 58 jogos. Em 84, foi comprado pelo modesto Nápoli, da Itália, e muitos apostavam que em um time tão limitado, Maradona sumiria. Entretanto, mostrou que era um craque e levou a equipe do sul da Itália ao título nacional pela primeira vez em sua história em 1987. Mas seu momento mais mágico foi um ano antes.
Em 86, no México, Maradona estava no auge de sua forma. Carregou a Argentina nas costas e deu a ela de presente o campeonato mundial, marcando cinco gols. Os dois mais famosos, contra a Inglaterra: no primeiro, carregou a bola desde a intermediária e driblou cinco oponentes para marcar o gol mais bonito da história das Copas. No segundo, usou a "mão de Deus" para assegurar a vitória que garantiu o time na semifinal. Sempre gerando controvérsia, Maradona era o típico caso de "ame-o ou deixe-o". E essa relação de amor e ódio sempre pontuou sua vida e sua carreira.
Ainda em 87, foi campeão da Copa da Itália e, em 89, levou o time napolitano à conquista da Copa da UEFA. Em 90, conquistou o scudetto mais uma vez, fazendo uma parceria infernal com o atacante brasileiro Careca. Na Itália, sede da Copa de 90, Maradona não marcou nenhum gol mas era o dono do time, exercendo total liderança dentro de campo. A Argentina perdeu a final para a Alemanha, mas fato é que os anos áureos de "El Pibe" renderam à Argentina muitas glórias.
Já não tão em forma como antigamente, Diego saiu do Nápoli em 91, após marcar 115 gols em 259 jogos. Seu destino? O Sevilha, time mediano da Espanha. Em uma temporada, marcou apenas sete gols. Muito já se falava, mas foi nessa época, quando tinha por volta de 32 anos, que os boatos de que Maradona se drogava ganharam força. Em 93, voltou à Argentina para jogar no Newell's Old Boys, pelo qual atuou em apenas cinco partidas. Visivelmente fora de forma, foi convocado para a Copa dos Estados Unidos, em 94, e foi aí que o maior escândalo aconteceu. Após o jogo contra a Grécia, na primeira fase, o teste antidoping de Maradona deu positivo para nandrolona, substância existente na cocaína. Maradona foi expulso do Mundial e se despediu das Copas pela porta dos fundos, de forma melancólica.
O vício e a gritante falta de condicionamento físico não o impediram ainda de atuar pelo Boca de 95 a 97 onde, em suas duas passagens, marcou 35 gols em 71 jogos. Encerrou a carreira aos 37 anos visivelmente fora de forma e maltratado pela droga. Viveu então uma briga contra o vício, chegando a pesar mais de 100 quilos. Após estar internado em clínicas de recuperação, voltou a emagrecer e recebeu a oferta de um cargo no Boca Juniors. Agora técnico da seleção, colocará sua popularidade à prova, comandando uma Argentina que oscilou demais nas Eliminatórias e por pouco não ficou de fora, mas que demonstrou sua força ao vencer a Alemanha na casa do adversário em amistoso recente. Maradona é sempre assim: polêmico, mas adorado.
Nome: Diego Armando Maradona
Data de nascimento: 30/10/1960
Local: Villa Fiorito, Buenos Aires, Argentina
Carreira
Em clubes:
1976 - 1981: Argentinos Juniors
1981 - 1982: Boca Juniors
1982 - 1984: Barcelona
1984 - 1991: Napoli
1992 - 1993: Seville
1993 - 1994: Newell's Old Boys
1995 - 1997: Boca Juniors
Na seleção:
34 gols em 91 jogos (sendo 2 na Copa de 82 e 5 na de 86; é o segundo maior artilheiro da seleção, atrás apenas de batistuta)
Títulos:
1981: Campeão argentino
1987: Campeão italiano
1987: Campeão da Copa da Itália
1989: Campeão da Copa da UEFA
1990: Campeão italiano
O técnico Francis Cornejo, das divisões de base do Argentino Juniors, sabia que Maradona era habilidoso, mas não tinha certeza se possuía idade suficiente para jogar pela equipe principal. Com 15 anos, Dieguito porvou ter capacidade e estreou no time principal. Sua habilidade monstruosa logo chamou a atenção de todos e a pressão popular para sua convocação para a Copa de 78 foi grande, mas o técnico César Luis Menotti deixou-o de fora por considerá-lo muito novo.
Marcando 116 gols em 166 jogos pelo Argentinos, Maradona transferiu-se para o Boca Juniors em 81, onde pouco jogou, mas onde mais foi ídolo. O Boca era o clube que ele torcia quando menino e o título argentino conquistado com a ajuda de Diego foi o primeiro de sua carreira. Na Copa de 82, já era o titular da camisa 10 e, apesar de ter marcado dois gols, só conseguiu levar a Argentina à segunda fase.
Após a Copa, transferiu-se para o Barcelona, onde marcou 38 gols em 58 jogos. Em 84, foi comprado pelo modesto Nápoli, da Itália, e muitos apostavam que em um time tão limitado, Maradona sumiria. Entretanto, mostrou que era um craque e levou a equipe do sul da Itália ao título nacional pela primeira vez em sua história em 1987. Mas seu momento mais mágico foi um ano antes.
Em 86, no México, Maradona estava no auge de sua forma. Carregou a Argentina nas costas e deu a ela de presente o campeonato mundial, marcando cinco gols. Os dois mais famosos, contra a Inglaterra: no primeiro, carregou a bola desde a intermediária e driblou cinco oponentes para marcar o gol mais bonito da história das Copas. No segundo, usou a "mão de Deus" para assegurar a vitória que garantiu o time na semifinal. Sempre gerando controvérsia, Maradona era o típico caso de "ame-o ou deixe-o". E essa relação de amor e ódio sempre pontuou sua vida e sua carreira.
Ainda em 87, foi campeão da Copa da Itália e, em 89, levou o time napolitano à conquista da Copa da UEFA. Em 90, conquistou o scudetto mais uma vez, fazendo uma parceria infernal com o atacante brasileiro Careca. Na Itália, sede da Copa de 90, Maradona não marcou nenhum gol mas era o dono do time, exercendo total liderança dentro de campo. A Argentina perdeu a final para a Alemanha, mas fato é que os anos áureos de "El Pibe" renderam à Argentina muitas glórias.
Já não tão em forma como antigamente, Diego saiu do Nápoli em 91, após marcar 115 gols em 259 jogos. Seu destino? O Sevilha, time mediano da Espanha. Em uma temporada, marcou apenas sete gols. Muito já se falava, mas foi nessa época, quando tinha por volta de 32 anos, que os boatos de que Maradona se drogava ganharam força. Em 93, voltou à Argentina para jogar no Newell's Old Boys, pelo qual atuou em apenas cinco partidas. Visivelmente fora de forma, foi convocado para a Copa dos Estados Unidos, em 94, e foi aí que o maior escândalo aconteceu. Após o jogo contra a Grécia, na primeira fase, o teste antidoping de Maradona deu positivo para nandrolona, substância existente na cocaína. Maradona foi expulso do Mundial e se despediu das Copas pela porta dos fundos, de forma melancólica.
O vício e a gritante falta de condicionamento físico não o impediram ainda de atuar pelo Boca de 95 a 97 onde, em suas duas passagens, marcou 35 gols em 71 jogos. Encerrou a carreira aos 37 anos visivelmente fora de forma e maltratado pela droga. Viveu então uma briga contra o vício, chegando a pesar mais de 100 quilos. Após estar internado em clínicas de recuperação, voltou a emagrecer e recebeu a oferta de um cargo no Boca Juniors. Agora técnico da seleção, colocará sua popularidade à prova, comandando uma Argentina que oscilou demais nas Eliminatórias e por pouco não ficou de fora, mas que demonstrou sua força ao vencer a Alemanha na casa do adversário em amistoso recente. Maradona é sempre assim: polêmico, mas adorado.
Nome: Diego Armando Maradona
Data de nascimento: 30/10/1960
Local: Villa Fiorito, Buenos Aires, Argentina
Carreira
Em clubes:
1976 - 1981: Argentinos Juniors
1981 - 1982: Boca Juniors
1982 - 1984: Barcelona
1984 - 1991: Napoli
1992 - 1993: Seville
1993 - 1994: Newell's Old Boys
1995 - 1997: Boca Juniors
Na seleção:
34 gols em 91 jogos (sendo 2 na Copa de 82 e 5 na de 86; é o segundo maior artilheiro da seleção, atrás apenas de batistuta)
Títulos:
1981: Campeão argentino
1987: Campeão italiano
1987: Campeão da Copa da Itália
1989: Campeão da Copa da UEFA
1990: Campeão italiano
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