Vítima de doença cardíaca, Zac Herold abandona futebol antes de virar profissional
O sonho de muitos garotos de se tornarem jogadores profissionais de futebol, com todo o glamour e fama dos gramados, acaba às vezes antes mesmo de começar: barrados em peneiras, dispensados de divisões de base ou até mesmo enganados por falsos empresários. Para Zac Herold, entretanto, o adeus precoce foi por um motivo literalmente de vida ou morte.
Publicado no Olheiros
O promissor zagueiro de 17 anos, recentemente selecionado pelo Toronto FC na segunda rodada do draft da Major League Soccer, viu sua trajetória ser interrompida praticamente antes mesmo de ter começado. Durante as avaliações físicas e médicas feitas pelo clube na pré-temporada, Zac foi diagnosticado com uma grave doença cardíaca, que acomete aproximadamente uma em cada quinhentas pessoas no mundo – a cardiomiopatia hipertrófica.
A doença é caracterizada por um espessamento anormal de parte do músculo do coração, causando insuficiência cardíaca. Esta é a causa mais comum de morte súbita entre atletas jovens, por ser passível de diagnóstico apenas com exames complexos e não apresentar sintomas.
As pessoas que possuem esta doença podem desenvolver um ritmo irregular de batimentos cardíacos, que se torna fatal quando na prática de esportes de alta performance ou mesmo exercícios prolongados. A cardiomiopatia hipertrófica foi responsável, entre outras, pelas mortes do camaronês Marc-Viven Foe, do jogador russo de hóquei Alexei Cherepanov e pelo capitão do Boston Celtics, Reggiew Lewis.
Zac, que chegou a descartar o interesse do alemão Colônia para jogar a MLS, lida com a situação com maturidade, para um garoto de 17 anos. “Anunciar minha aposentadoria do futebol nesta idade é algo que nunca imaginei que aconteceria. Mas sou grato ao Dr. Smith e a todos os especialistas que me trataram nos últimos meses. É uma notícia muito dura de receber, mas sei que é a melhor decisão para minha vida”, falou ao site oficial do Toronto FC.
Apesar do tom triste com o qual a notícia foi recebida, algumas críticas não foram poupadas ao diretor de futebol do clube, Mo Johnston. Afinal, exames médicos são feitos em todos os atletas antes do draft. Mas como os exames preliminares são mais simples e não apresentam a profundidade do problema, e como Zac não possuía histórico familiar de doenças cardíacas (um forte indicador de probabilidade), o clube canadense decidiu apostar no garoto.
“Ele é atlético, rápido e um dos jovens mais promissores de sua geração”, disse Johnston após o draft, realizado em janeiro. Fruto das escolinhas da federação norte-americana espalhadas pelo país, Zac participou da Copa Chivas com a seleção sub 20 dos Estados Unidos no começo do ano, foi destaque e não apresentou qualquer problema de saúde – o que mostra quão traiçoeira pode ser esta doença, pois mesmo com os médicos da US Soccer, nada foi detectado. De fato, como se desenvolve ao final da adolescência, sequer poderia ser notada quando o zagueiro era mais jovem.
Neste sábado, antes da partida entre Toronto FC e NEw England Revoluiton, Zac foi homenageado pelo clube e pela torcida, que lamentou profundamente a perda. Mas que certamente comemorou a sobrevivência de um ser humano que tem ainda toda a vida pela frente.
Publicado no Olheiros
O promissor zagueiro de 17 anos, recentemente selecionado pelo Toronto FC na segunda rodada do draft da Major League Soccer, viu sua trajetória ser interrompida praticamente antes mesmo de ter começado. Durante as avaliações físicas e médicas feitas pelo clube na pré-temporada, Zac foi diagnosticado com uma grave doença cardíaca, que acomete aproximadamente uma em cada quinhentas pessoas no mundo – a cardiomiopatia hipertrófica.
A doença é caracterizada por um espessamento anormal de parte do músculo do coração, causando insuficiência cardíaca. Esta é a causa mais comum de morte súbita entre atletas jovens, por ser passível de diagnóstico apenas com exames complexos e não apresentar sintomas.
As pessoas que possuem esta doença podem desenvolver um ritmo irregular de batimentos cardíacos, que se torna fatal quando na prática de esportes de alta performance ou mesmo exercícios prolongados. A cardiomiopatia hipertrófica foi responsável, entre outras, pelas mortes do camaronês Marc-Viven Foe, do jogador russo de hóquei Alexei Cherepanov e pelo capitão do Boston Celtics, Reggiew Lewis.
Zac, que chegou a descartar o interesse do alemão Colônia para jogar a MLS, lida com a situação com maturidade, para um garoto de 17 anos. “Anunciar minha aposentadoria do futebol nesta idade é algo que nunca imaginei que aconteceria. Mas sou grato ao Dr. Smith e a todos os especialistas que me trataram nos últimos meses. É uma notícia muito dura de receber, mas sei que é a melhor decisão para minha vida”, falou ao site oficial do Toronto FC.
Apesar do tom triste com o qual a notícia foi recebida, algumas críticas não foram poupadas ao diretor de futebol do clube, Mo Johnston. Afinal, exames médicos são feitos em todos os atletas antes do draft. Mas como os exames preliminares são mais simples e não apresentam a profundidade do problema, e como Zac não possuía histórico familiar de doenças cardíacas (um forte indicador de probabilidade), o clube canadense decidiu apostar no garoto.
“Ele é atlético, rápido e um dos jovens mais promissores de sua geração”, disse Johnston após o draft, realizado em janeiro. Fruto das escolinhas da federação norte-americana espalhadas pelo país, Zac participou da Copa Chivas com a seleção sub 20 dos Estados Unidos no começo do ano, foi destaque e não apresentou qualquer problema de saúde – o que mostra quão traiçoeira pode ser esta doença, pois mesmo com os médicos da US Soccer, nada foi detectado. De fato, como se desenvolve ao final da adolescência, sequer poderia ser notada quando o zagueiro era mais jovem.
Neste sábado, antes da partida entre Toronto FC e NEw England Revoluiton, Zac foi homenageado pelo clube e pela torcida, que lamentou profundamente a perda. Mas que certamente comemorou a sobrevivência de um ser humano que tem ainda toda a vida pela frente.
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