quinta-feira, 8 de maio de 2008

Achando o caminho


Postado também no Blag do Mauro Beting.

Comemorou muito o torcedor vascaíno que lotou São Januário pela primeira vez no ano. E tem motivos para tanto. O Vasco venceu bem demais o ótimo Corinthians de Alagoas, que mostrou ter eliminado com méritos Atlético-PR e Juventude em suas melhores fases. Não poderia, portanto, ser considerado mais uma surpresa em fase tão avançada da competição.

Ainda assim, o time de Gilmar Batista surpreendeu ao de Antônio Lopes por não se intimidar, adiantando a marcação da saída de bola no campo adversário com três – e às vezes até quatro – homens. Não à toa, com dois minutos já estava na frente.

Após linha de impedimento bisonha da zaga vascaína, o ótimo Reinaldo Alagoano fuzilou de esquerda, sem deixar a bola quicar. O centro-avante, um dos artilheiros da Copa do Brasil, mostrou ser diferenciado e fez interessante dupla com Fábio Neves, este muito oportunista e habilidoso. Dificilmente ambos continuarão em Maceió por muito tempo.

O Vasco não se encontrava, mas achou um gol aos 21, com Jota se atrapalhando após desvio de cabeça de Leandro Amaral. O atacante, reestreando na equipe, foi bem acolhido pela torcida e demonstrou falta de ritmo, mas muita vontade. Esta foi, aliás, a tônica do jogo na primeira etapa: um ritmo alucinante das duas equipes. Aos 36, o sempre veloz Wagner Diniz lançou Edmundo para virar o placar.

Os motivos para a efusiva comemoração vascaína começaram a aparecer no segundo tempo. O Vasco voltou com o mesmo pique. O Corinthians, não. Batista recuou o volante Du para auxiliar Rogerinho na marcação a Wagner Diniz. Esqueceu-se do outro ala, uma novidade de Lopes para a partida: o franzino Madson, que retornara de empréstimo para ser titular. Ótima aposta a do delegado. Com ele, o time tem agora dois alas extremamente velozes. Dele, o passe para o gol de Morais.

A boa postura tática alagoana se desfez com o terceiro gol. A equipe foi ao ataque de forma desordenada e deu espaços para os contra-ataques vascaínos. Edmundo, novamente em noite inspirada, parecia ter em Leandro Amaral companheiro de longa data. Ambos fecharam a noite com um gol cada, servindo e sendo servidos.

Leandro Amaral voltou jogando o que sabe. Edmundo fez dois, é o artilheiro da Copa do Brasil e jogou como há muito não jogava. E Madson pode fazer com Wagner Diniz a mais veloz dupla de alas do futebol brasileiro.

Realmente, há motivos para o torcedor vascaíno comemorar. Entretanto, há ressalvas: os espaços para contra-ataques são grandes, Leandro Bomfim não dá combate algum e o físico de Edmundo não deve agüentar a maratona que se avizinha.

Se Lopes resolveu alguns problemas, encontrou outros. Mas menores que os anteriores.

Em tempo: Difícil explicar o que aconteceu ao Flamengo. Talvez o antigo bordão de que no futebol tudo é possível. Só não é possível entender como um time entra em campo e deixa a alma no vestiário.

Por fim, lamentável o espaço dado ao caso Isabella Nardoni. Que os culpados paguem, mas que a imprensa aprenda seu verdadeiro papel.

4 comentários:

Rodrigo Paradella disse...

E ae?

Vou botar o seu link lá então...

Quanto à ausência do Morais, foi consenso entre os autores do Blog que ele foi ainda mais inconstante que o Lúcio Flávio. Fora isso, o Botafogo, com grande ajuda do Lúcio, foi campeão da Taça Rio, já o Vasco não ganhou um clássico sequer. E ae? Concorda agora? ahah

Abraço, Maurício!

Rodrigo Paradella disse...

Quanto ao Flamengo, tenho certeza que o motivo foi a total apatia demonstrada pelo time, mesmo nos momentos em que tentou reagir.

Parece que havia um clima de festa inacabada pelo Carioca e de festa antecipada pela classificação, tanto que o time olhava quase que tonto a tentativa da torcida de levantar o time.

Abraço!

Sidarta Martins disse...

A imprensa gosta de sangue...rs.. Infelizmente.

Quanto ao Flamengo, talvez a crise tenha se dado em função do envolvimento do traveco e o Ronaldinho.

Unknown disse...

Ola..gostei muito do seu blog.Visite o meu.
Sou uma apaixonada por futebol...