quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vitória anunciada



Uma vitória anunciada, pela forma como o Cruzeiro adiantou a marcação logo no início e dificultou a já complicada saída de bola cruzmaltina.

Um placar que poderia ter sido mais elástico se Adílson Batista soltasse mais o time, e se o time soltasse mais o pé nos chutes, especialmente quando Edmundo vestiu a camisa 1.

Um jogo de futebol sonolento, mas de momentos ímpares, como a expulsão de Tiago a quinze minutos do fim – e Tita já havia errada e precipitadamente feito as duas substituições restantes no intervalo, expondo a equipe a uma situação impensável exatamente no momento em que poderia ter empatado, pouco depois do gol de André.

No primeiro tempo, sem Jadílson, Ramires foi quem avançou mais pela esquerda e aproveitou o espaço deixado por Wagner Diniz. Do outro lado, Jajá aproveitava a insegurança de Edu e criava boas chances. Com Alex Teixeira e Madson muito abertos pelos lados, Edmundo via-se obrigado a voltar para compor o meio e deixar isolado o já deslocado Alan Kardec, que simplesmente não participa do jogo.

Em cinco minutos, o Cruzeiro recebeu de graça a vitória que teimava em não buscar, por mais fácil que estivesse: Wagner Diniz saiu machucado aos 23, após sofrer duas faltas duras no campo defensivo. Em seguida, Jonílson fez falta duríssima por trás e foi merecidamente expulso. Na cobrança, Cintra viu intenção de Mateus em tocar a mão com a bola e assinalou pênalti, desta vez bem batido por Guilherme.

Nem deu tempo para Tita montar as duas linhas de quatro que tinha em mente, recuando de vez Edmundo para o meio: Jajá aproveitou os espaços dados por Marquinho e encontrou Ramires, que driblou Tiago e ampliou.

Com duas mudanças no intervalo, o técnico vascaíno colocou Serginho para cobrir o espaço deixado pela saída de Joílson e puxou Madson para a ala esquerda, promovendo a estréia de André em uma espécie de 3-4-1-1, com Edmundo tentando alimentar Alan Kardec. Pouco adiantou, pois o Cruzeiro mesmo sem querer jogar, não era incomodado.

Madson, incansável, buscou o jogo e sofreu a falta que cobrou muito bem na cabeça de André, que diminuiu. O Vasco chegou a acreditar, mas após a inevitável expulsão de Tiago, Guilherme ampliou novamente de pênalti, maltratando o goleiro Edmundo com uma paradinha. Então, os cariocas abdiaram do jogo e foram respeitados pelo time mineiro, que não chutou.

Talvez em respeito a Edmundo, que chamou novamente a responsabilidade e assumiu o posto de goleiro. Talvez por saber que o Vasco não é seu adversário real, por não ter um time à altura dos duelos que as equipes já travaram no passado.

Talvez porque era uma vitória anunciada.

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