É comportamento comum aos presidentes, dirigentes e técnicos de quase todos os clubes da primeira e da segunda divisão brasileira: a cada novo campeonato, seja ela estadual, nacional ou internacional, o discurso se repete. "Somos grandes. Entramos em todas as competições para sermos campeões". O último exemplo foi o de Espinoza, que apontou como meta da Portuguesa a vaga na Libertadores.
Não é preciso acompanhar tanto assim o futebol - e no caso de Espinoza, espera-se que ele acompanhe o mínimo - para saber que um elenco como o da Portuguesa não tem condições de disputar tal colocação. Mas ele é só um exemplo.
Por que os clubes, ainda que tenham se modernizado nos últimos anos, mantêm essa arrogante idéia provinciana de que o título em todas as competições é obrigação? No futebol brasileiro de hoje, tal exigência só pode ser feita ao São Paulo, talvez.
Por que não realizar administrações enxutas, sob o princípio básico de arrecadar mais do que gastar, priorizando o saneamento financeiro em detrimento do futebol, para aí sim, com a casa em ordem, investir na formação de equipes competitivas, que com o tempo acabam por trazer dividendos?
Óbvio que o planejamento no futebol não pode ser tão rígido, afinal a produtividade depende de seres humanos - que podem ou não render o esperado, diferente de uma linha de produção.
Mas para quê enganar o torcedor, dizendo que a intenção é montar um elenco que dispute títulos, se a realidade não é essa? Com expectativas altas, não concretizá-las causa descontentamento, demissões seguidas de treinadores e o ciclo se fecha.
Clubes europeus tradicionais, quando em momentos de crise, reduzem o plantel e dão mais atenção à parte financeira, traçando metas modestas como escapar do rebaixamento ou terminar o campeonato na metade superior da tabela.
Reconhecer suas limitações não é defeito - pelo contrário, é virtude e o primeiro passo para solucionar os problemas. Talvez o desgastado discurso sirva como "prestação de contas" para com o torcedor, já que no Brasil um terceiro lugar dificilmente é comemorado.
Hora não só dos dirigentes mudarem de mentalidade, mas também os torcedores. Afinal, sem infra-estrutura e condição financeira, o futebol sequer pode existir.
Não é preciso acompanhar tanto assim o futebol - e no caso de Espinoza, espera-se que ele acompanhe o mínimo - para saber que um elenco como o da Portuguesa não tem condições de disputar tal colocação. Mas ele é só um exemplo.
Por que os clubes, ainda que tenham se modernizado nos últimos anos, mantêm essa arrogante idéia provinciana de que o título em todas as competições é obrigação? No futebol brasileiro de hoje, tal exigência só pode ser feita ao São Paulo, talvez.
Por que não realizar administrações enxutas, sob o princípio básico de arrecadar mais do que gastar, priorizando o saneamento financeiro em detrimento do futebol, para aí sim, com a casa em ordem, investir na formação de equipes competitivas, que com o tempo acabam por trazer dividendos?
Óbvio que o planejamento no futebol não pode ser tão rígido, afinal a produtividade depende de seres humanos - que podem ou não render o esperado, diferente de uma linha de produção.
Mas para quê enganar o torcedor, dizendo que a intenção é montar um elenco que dispute títulos, se a realidade não é essa? Com expectativas altas, não concretizá-las causa descontentamento, demissões seguidas de treinadores e o ciclo se fecha.
Clubes europeus tradicionais, quando em momentos de crise, reduzem o plantel e dão mais atenção à parte financeira, traçando metas modestas como escapar do rebaixamento ou terminar o campeonato na metade superior da tabela.
Reconhecer suas limitações não é defeito - pelo contrário, é virtude e o primeiro passo para solucionar os problemas. Talvez o desgastado discurso sirva como "prestação de contas" para com o torcedor, já que no Brasil um terceiro lugar dificilmente é comemorado.
Hora não só dos dirigentes mudarem de mentalidade, mas também os torcedores. Afinal, sem infra-estrutura e condição financeira, o futebol sequer pode existir.
Um comentário:
Maurício, falou tudo.
Os caras fazem o discurso dos objetivos só pra manter legitimidade junto ao torcedor e evitar o esvaziamento dos estádios.
O saneamento das finanças é o primeiro passo mesmo. E para isso tem q vender jogadores.
Agora, há sim uma margem de manobra para montar times razoáveis, tendo em vista a fraqueza dos times. Um exemplo é o Grêmio, que montou um time competitivo para os padrões do Brasil sem fazer grandes investimentos.
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