quinta-feira, 10 de julho de 2008

Explosivo como dinamite


Quarta-feira de muita festa em São Januário. Roberto Dinamite fez história ao ver, pela primeira vez como presidente, o time pelo qual marcou época jogar no mesmo gramado onde ele fez história. Antes do jogo, sorvete para os torcedores e sorteio de camisas. Durante, um primeiro tempo em que o time negou fogo e um segundo em que foi explosivo.

Antônio Lopes manteve o esquema que quase deu certo contra o Figueirense, mas a atuação vascaína na primeira etapa deu força ao chavão de que um time repleto de jogadores de frente não é necessariamente ofensivo. Edmundo e Leandro Amaral pareciam deslocados e desconfortáveis, sem conseguir encontrar o posicionamento correto.

Sem ligação da defesa para o ataque, o Vasco foi facilmente envolvido pelo rápido toque de bola do Sport. Nelsinho Baptista não tinha um homem de referência na área e mandou a equipe se movimentar, chegando velozmente com Luciano Henrique, Diogo, Carlinhos Bala e Fumagalli, que obrigou Tiago a fazer duas grandes defesas.

Jean era o mais voluntarioso vascaíno e quase marcou aos dezoito, arrancando do meio de campo e errando a finalização após cruzamento de Edmundo, que ao final do primeiro tempo recuou e melhorou, colocando os companheiros na cara do gol. O gol vascaíno, aliás, surgiu de um bom passe do atacante, que a defesa cortou e Morais emendou de primeira, pegando Magrão adiantado. Aos 35 minutos, era o primeiro arremate cruzmaltino no jogo.

Na volta do intervalo, o Sport voltou com Enílton no lugar de Sandro Goiano e sem Eduardo Baptista, preparador físico e filho de Nelsinho, expulsou ao bater boca com Antônio Lopes sobre a arbitragem. Lopes também não voltou para o segundo tempo, mas não precisou: o rubro-negro perdeu em movimentação com um homem fixo e o Vasco ganhou em marcação.

Logo aos nove, o esforçado Pablo foi finalmente recompensado e, após quinze partidas com a camisa vascaína, marcou seu primeiro gol em linda jogada individual. O garoto pode errar muitas vezes, mas não se omite e é o que mais acredita em um time quase sempre apático.

Após o gol, o Vasco se acomodou e o Sport avançou, mas além de um chute de Carlinhos Bala no travessão, nada fez. Os cruzmaltinos aproveitaram dois contra-ataques e mataram o jogo, com Jean marcando seu merecido gol pelo que brigou, e Edmundo em tabela com Leandro Amaral. Festa nas arquibancadas. Se o time tem defeitos, ao menos há muitos vascaínos voltando a ser vascaínos.

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