Impressionante a capacidade da seleção brasileira, historicamente, de perder quando dela muito se espera e de vencer quando nela não mais se acredita. Basta ver como foram quatro de suas conquistas mundiais - 62 foi exceção e, curiosamente, é o time menos lembrado, talvez até por isso.
Irrita-me profundamente, entretanto, a burrice egocêntrica da maioria das análises, que jamais valorizam o adversário. Quando o Brasil perde, é porque errou e NUNCA porque o oponente foi superior. Quando vence, é porque é o melhor futebol do mundo e NUNCA porque o adversário pode ter errado.
Mas foi isso o que aconteceu. O Brasil venceu porque o Chile errou.
Errou ao ser ofensivo demais, ao acreditar na vitória. Tivesse sido mais cauteloso, armado uma defesa mais sólida, teria ganho. Parece estranho - e é.
Basta ver qual a principal dificuldade da seleção brasileira: adversários que jogam fechados, retraídos. Ultrapassar duas linhas de quatro é tarefa mais difícil do que fazer Ronaldo emagrecer ou Ronaldinho reencontrar seu futebol.
Por isso, o Chile errou. O Brasil não evoluiu. Dunga não acordou. O 4-2-3-1 é, sim, a melhor forma de se montar o time com as peças atuais - e tem dado os melhores resultados. Mas só funciona porque o time continua jogando no contra-ataque, esperando o adversário. Foi assim até surgir a falta e a cabeçada de Luís Fabiano.
Por isso, imagino dificuldades maiores contra a Bolívia, em casa, do que contra o Chile fora. Por mais frágeis que sejam, os bolivianos terão até Evo Morales em campo, se defendendo.
Eventualmente, o Brasil acaba ganhando. Mas duas vitórias não podem mascarar os problemas.
Abaixo, a seleção da estranhíssima 24ª rodada do Brasileirão.
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Vanderlei (COT): Impressionante como pega este goleiro. Segunda grande exibição seguida, salvou o Coritiba de uma goleada. Sem culpa no gol.
Thiaguinho (BOT): Ótima descoberta de Ney Franco, se afirmou e fez um golaço.
Índio (INT): Não desgrudou de Washington e ainda atrapalhou a vida de Jonas.
Durval (SPO): Bem na marcação, ainda encontrou espaços para subir e marcar um gol.
Triguinho (BOT): Fundamental na defesa, salvou dois gols em cima da linha.
Andrade (SPO): Eficiente na cobertura, nos desarmes e nos chutes de longa distância.
Ramires (CRU): Sem Jadílson, jogou mais livre e subiu mais ao ataque, driblando Tiago e fazendo um belo gol.
Romerito (GOI): O cérebro e o pulmão do time do Goiás, a melhor equipe do segundo turno do Brasileirão.
Ibson (FLA): Voltou a jogar como vinha jogando no primeiro turno, mas agora um pouco mais recuado. Ótimas ligações defesa-ataque, fez a bola girar o tempo todo.
Kléber Pereira (SAN): Mostrou que basta a bola chegar, que ele faz sua parte. Mais dois gols, a artilharia e o Santos fora da zona do rebaixamento.
Roger (SPO): Calou o Parque Antarctica com dois gols de oportunismo. Belo retorno após ser humilhado pelos palmeirenses.
Nelsinho Baptista (SPO): Mostrou que tem estrela com este time do Sport e aprontou outra, anulando as peças do Palmeiras.
Irrita-me profundamente, entretanto, a burrice egocêntrica da maioria das análises, que jamais valorizam o adversário. Quando o Brasil perde, é porque errou e NUNCA porque o oponente foi superior. Quando vence, é porque é o melhor futebol do mundo e NUNCA porque o adversário pode ter errado.
Mas foi isso o que aconteceu. O Brasil venceu porque o Chile errou.
Errou ao ser ofensivo demais, ao acreditar na vitória. Tivesse sido mais cauteloso, armado uma defesa mais sólida, teria ganho. Parece estranho - e é.
Basta ver qual a principal dificuldade da seleção brasileira: adversários que jogam fechados, retraídos. Ultrapassar duas linhas de quatro é tarefa mais difícil do que fazer Ronaldo emagrecer ou Ronaldinho reencontrar seu futebol.
Por isso, o Chile errou. O Brasil não evoluiu. Dunga não acordou. O 4-2-3-1 é, sim, a melhor forma de se montar o time com as peças atuais - e tem dado os melhores resultados. Mas só funciona porque o time continua jogando no contra-ataque, esperando o adversário. Foi assim até surgir a falta e a cabeçada de Luís Fabiano.
Por isso, imagino dificuldades maiores contra a Bolívia, em casa, do que contra o Chile fora. Por mais frágeis que sejam, os bolivianos terão até Evo Morales em campo, se defendendo.
Eventualmente, o Brasil acaba ganhando. Mas duas vitórias não podem mascarar os problemas.
Abaixo, a seleção da estranhíssima 24ª rodada do Brasileirão.
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Vanderlei (COT): Impressionante como pega este goleiro. Segunda grande exibição seguida, salvou o Coritiba de uma goleada. Sem culpa no gol.
Thiaguinho (BOT): Ótima descoberta de Ney Franco, se afirmou e fez um golaço.
Índio (INT): Não desgrudou de Washington e ainda atrapalhou a vida de Jonas.
Durval (SPO): Bem na marcação, ainda encontrou espaços para subir e marcar um gol.
Triguinho (BOT): Fundamental na defesa, salvou dois gols em cima da linha.
Andrade (SPO): Eficiente na cobertura, nos desarmes e nos chutes de longa distância.
Ramires (CRU): Sem Jadílson, jogou mais livre e subiu mais ao ataque, driblando Tiago e fazendo um belo gol.
Romerito (GOI): O cérebro e o pulmão do time do Goiás, a melhor equipe do segundo turno do Brasileirão.
Ibson (FLA): Voltou a jogar como vinha jogando no primeiro turno, mas agora um pouco mais recuado. Ótimas ligações defesa-ataque, fez a bola girar o tempo todo.
Kléber Pereira (SAN): Mostrou que basta a bola chegar, que ele faz sua parte. Mais dois gols, a artilharia e o Santos fora da zona do rebaixamento.
Roger (SPO): Calou o Parque Antarctica com dois gols de oportunismo. Belo retorno após ser humilhado pelos palmeirenses.
Nelsinho Baptista (SPO): Mostrou que tem estrela com este time do Sport e aprontou outra, anulando as peças do Palmeiras.
2 comentários:
O 4-2-3-1 é o melhor esquema para o futebol moderno.
O Brasil tem a capacidade de ter nos seus bastidores pessoas que não tem um pingo de dignidade, e que usam de pessoas que queiram ou não queiram não, são apenas meros fantoches vide Dunga.Grande Abraço mauricio, o Pitacos esta voltando com tudo, em Outubro novidades.Passe por lá.
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