terça-feira, 14 de agosto de 2007

Mundial Sub-17 - Coréia do Sul 2007 - Introdução


Passada a euforia argentina por outra conquista no Mundial Sub-20, os olhos cada vez mais atentos ao futebol de base voltam-se para a Coréia do Sul, sede da categoria mais jovem organizada pela Fifa: o Mundial Sub-17. Assim como no Mundial Sub-20, apresento a partir de hoje o Sub-17 e suas seleções. A introdução de hoje faz parte também de um especial da Trivela, com o qual tive o prazer de colaborar. A partir de amanhã, os grupos.

Os coreanos sediam a 12ª edição do campeonato, que tem como maior vencedor a seleção brasileira, com três conquistas (Egito 97, Nova Zelândia 99 e Finlândia 2003). Nigerianos e ganeses levantaram o caneco duas vezes nas primeiras edições e o México é o atual campeão, após derrotar o Brasil no Peru, em 2005. Aquele time mexicano foi a base da equipe que chegou até às quartas-de-final do Sub-20 deste ano no Canadá, impulsionada pelo garoto-prodígio Giovanni dos Santos, que já começa a aparecer no Barcelona. A ausência do campeão será uma das mais sentidas na Coréia: após uma campanha pífia nas eliminatórias, ficou atrás de Haiti e Honduras. Uma baita zebra.

As zebras, aliás, são tão comuns em um campeonato com essa média de idade que, muitas vezes, a surpresa é não haver surpresas. Burkina Faso em 2001, Omã em 95, Catar em 91 e Bahrein em 89 são exemplos de semifinalistas que não eram nem um pouco cotados em suas edições. Por isso, atenção Brasil, Argentina e Espanha, principais favoritos: muito cuidado com franco-atiradores como Síria, Tadjiquistão e, claro, Haiti e Honduras.

Quem já vingou e quem ficou pelo caminho

Difícil apontar promessa concretizadas das duas últimas edições, afinal muitos desses jogadores são, ainda, extremamente jovens. Atletas como Anderson, Freddy Adu e Giovanni dos Santos já estão na Europa, mas continuam em processo de amadurecimento.

Um que já parece realidade mais sólida é Cesc Fabregas, artilheiro em 2003 na campanha do vice-campeonato espanhol. Eleito melhor jogador do torneio, já é um dos principais nomes do Arsenal e disputou a Copa de 2006. Outro que apareceu recentemente é o francês Florent Sinama-Pongolle, artilheiro em 2001 com nove gols, recorde do torneio. Campeão com a França em Trinidad & Tobago, foi contratado pelo Liverpool e emprestado ao Recreativo Huelva, o que coloca um ponto de interrogação em sua seqüência.

Talvez o principal jogador a ter disputado um Sub-17 tenha sido Ronaldinho Gaúcho em 97, quando o Brasil conquistou seu primeiro título na categoria. Ainda que não tenha sido a estrela do torneio, evoluiu muito mais que o espanhol Sérgio e o brasileiro Fábio Pinto, eleitos os dois melhores da competição. Buffon e Totti, campeões mundiais em 2006, saíram da safra de 93, que rendeu também Kanu à Nigéria. Fernando Redondo apareceu na primeira edição, em 85, e Luís Figo surgiu na campanha portuguesa de 89.

Por outro lado, uma maldição paira sobre os eleitos da Fifa como melhor jogador de cada edição: de todos, o único que conseguiu algum destaque foi o norte-americano Landon Donovan, craque de 99. Veja se você se lembra dos outros: William Oliveira (Brasil, 85); Phillip Osundo (Nigéria, 87); James Will (Escócia, 89); Nii Odartey Lamptey (Gana, 91); Daniel Addo (Gana, 93); Mohamed Kathiri (Omã, 95); Sérgio (Espanha, 97).

Fórmula de disputa

Pela primeira vez, 24 seleções disputam o torneio, que até 2005 contava com 16 equipes. O regulamento é o mesmo do Sub-20: os dois melhores de cada grupo, além dos quatro melhores terceiros colocados, avançam para as oitavas-de-final. A partir daí, é mata-mata até a final, que acontece em Seul, no mesmo estádio da abertura da Copa de 2002.

2 comentários:

Gerson Sicca disse...

Com a profissionalização precoce, alguns dos melhores acabam nem vestindo a camisa de seleções sub-17, passando logo para a categoria principal.
O Fabregas tem jogado bem no Arsenal. E o Fábio Pinto, no início, parecia q iria vingar, mas não deu em nada.

Dassler Marques disse...

é nóis na fita poio!

cada dia mais pedófilos
heiuaheiuaheuiah

abraço!