quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Copa do Mundo de Futebol Feminino - China 2007 [parte 3 de 4]

Grupo C

Noruega


Uma das tradicionais forças do futebol feminino, a Noruega já conquistou todos os principais títulos em disputa: a Copa de 95, as Olimpíadas de 2000 e o europeu em duas oportunidades. A eliminação nas quartas-de-final em 2003 levantou algumas dúvidas sobre a seqüência do trabalho e a chegada de Bjarne Berntsen ao comando promoveu uma mudança no estilo de jogo das norueguesas: saem os lançamentos e as bolas aéreas, entra um futebol de mais passe e movimentação. A renovação também chega em forma de novos talentos, como Isabell Herlovsen e Stine Frantzen, que tentarão solucionar o principal problema da equipe: o deficitário ataque, que em um recente torneio preparatório para o Mundial, não marcou um gol sequer em três partidas.

Austrália

Assim como no masculino, a seleção feminina da Austrália participou de algumas Copas do Mundo com o desconfiado olhar de que só conseguiu a vaga graças à fragilidade dos adversários da Oceania. Mas na primeira disputa de eliminatórias pela AFC, as "Matildas" desbancaram as forças do continente e carimbaram o passaporte. Tom Sermanni tem em mãos um time forte fisicamente e com algum talento. A ausência de uma liga feminina nacional é determinante para frear a evolução do esporte no país, mas a participação nesta Copa certamente servirá de aprendizado.

Canadá

Tentando sair detrás das sombras das eternas rivais norte-americanas, as canadenses chegam à Copa da China com boas perspectivas. Repetir o feito de quatro anos atrás, quando chegou às semifinais, é o desejo do treinador Even Pellerud, ex-jogador na fria Noruega. As características de seu time são as mesmas dele próprio quando jogador: força física e velocidade na saída para o ataque. As esperanças de, quem sabe, melhorar a colocação de 2003 residem na goleadora Christine Sinclair, que alcançou a impressionante marca de 56 tentos em 88 jogos aos 23 anos de idade. No que lhe falta em habilidade, compensa com força e poder de finalização. Esperança de vitórias para um país que começa a se apaixonar pelo futebol.

Gana

A história de Gana é parecida com a do Canadá: as "rainhas negras" buscam espaço e tentam desbancar a Nigéria, primeira força do continente africano. No último Mundial, conseguiram: venceram a Austrália (adversárias novamente) por 2 a 1, enquanto as nigerianas sequer marcaram gols. O grupo é difícil e as chances de classificação não são boas, mas se as ganesas conseguirem adquirir experiência e melhorarem seu jogo para desbancar as nigerianas, o técnico Isaac Paha certamente se dará por satisfeito. Olho em Adjoa Bayor, veterana de duas Copas, eleita melhor jogadora africana em 2003 e com experiências na liga feminina norte-americana.

Palpite do Grupo C: Noruega avança. Canadá é grande favorito à segunda vaga, mas tanto Austrália quanto Gana podem, porque não, surpreender.

2 comentários:

Gerson Sicca disse...

Maurício, és uma fonte inesgotável de informação. Tá muito bom o blog.

Expedito Paz disse...

Depois da primeira rodada, boto mais fé nas Matildas australianas que no Canadá...