Faço questão de abordar tal assunto hoje, antes da final entre Brasil e Alemanha na Copa do Mundo de futebol feminino. Afinal, antes do início do Mundial pouco se falava. Agora, com a classificação para a primeira final de Copa da história do futebol feminino brasileiro, e com a fenomenal campanha da seleção, este deve ser o principal assunto na mídia.
Qualquer que seja o resultado, é preciso que fique claro que estas meninas são vencedoras. Afinal, se Alemanha, Estados Unidos e os países da Escandinávia são as maiores potências do futebol feminino, é porque houve investimento muito, mas muito pesado nos últimos vinte anos.
E quanto investimento houve no Brasil para o desenvolvimento do futebol feminino? Como vai o campeonato nacional? (Que campeonato!?) Qual incentivo essas meninas tiveram para seguir numa carreira que, ao contrário do futebol masculino, oferece pouca - ou nenhuma - perspectiva?
Talvez o problema esteja exatamente na interminável comparação. Por que o vôlei agrada tanto no masculino quanto no feminino? Por que o basquete do Pan teve mais destaque com Janete & cia. do que com os homens? Por que só no futebol as mulheres não têm destaque? Num país multicultural e multiracial, como pode perdurar preconceito tão forte por tanto tempo?
A própria FIFA faz pouco caso, afinal as regras do futebol são das poucas que não mudam de um para outro gênero. Por que a bola e o gol têm que ser do mesmo tamanho? As goleiras normalmente são mais baixas que os goleiros, e ninguém vê isso?
Por que não adicionar a estrela do título mundial feminino no distintivo da CBF? Afinal, a sigla não significa Confederação Brasileira de Futebol? Não há distinção, pelo menos na teoria.
De qualquer forma, essas meninas são vencedoras e o Brasil prova, ao criar nos terrões craques como Marta, que é, sim, o país do futebol. E lembra porque é, ainda, o país da desigualdade.
Qualquer que seja o resultado, é preciso que fique claro que estas meninas são vencedoras. Afinal, se Alemanha, Estados Unidos e os países da Escandinávia são as maiores potências do futebol feminino, é porque houve investimento muito, mas muito pesado nos últimos vinte anos.
E quanto investimento houve no Brasil para o desenvolvimento do futebol feminino? Como vai o campeonato nacional? (Que campeonato!?) Qual incentivo essas meninas tiveram para seguir numa carreira que, ao contrário do futebol masculino, oferece pouca - ou nenhuma - perspectiva?
Talvez o problema esteja exatamente na interminável comparação. Por que o vôlei agrada tanto no masculino quanto no feminino? Por que o basquete do Pan teve mais destaque com Janete & cia. do que com os homens? Por que só no futebol as mulheres não têm destaque? Num país multicultural e multiracial, como pode perdurar preconceito tão forte por tanto tempo?
A própria FIFA faz pouco caso, afinal as regras do futebol são das poucas que não mudam de um para outro gênero. Por que a bola e o gol têm que ser do mesmo tamanho? As goleiras normalmente são mais baixas que os goleiros, e ninguém vê isso?
Por que não adicionar a estrela do título mundial feminino no distintivo da CBF? Afinal, a sigla não significa Confederação Brasileira de Futebol? Não há distinção, pelo menos na teoria.
De qualquer forma, essas meninas são vencedoras e o Brasil prova, ao criar nos terrões craques como Marta, que é, sim, o país do futebol. E lembra porque é, ainda, o país da desigualdade.
4 comentários:
Se o titulo vier, a estrela terá que aparecer. Pelo visto as coisas vão começar a melhorar, esta vindo por ai a Primeira Copa do brasil no futebol feminino!Abraço
Sou contra a estrela caso a seleção feminina leve a Copa.
Se os subs não ganham estrela ao vencerem suas respectivas Copas, a seleção feminina também não tem porque ganhar.
Na minha opinião, a questão é outra: cada seleção deveria ter camisa própria, com as estrelas correspondentes aos títulos de suas categorias.
Ou seja, a camisa do sub-17 somente com as estrelas dos títulos do sub-17, a camisa do sub-20 somente com as estrelas dos títulos do sub-20, a camisa do feminino somente com as estrelas dos títulos do feminino... e assim por diante.
rodamos...
Eu era contra a estrela.
Mas, de verdade, sou contra mesmo à administração da CBF.
Eu quero é ver esta Copa do Brasil de Futebol Feminino.
Se tiver jogo na Fonte Nova, eu vou.
Afinal, na Seleção, são duas baianas: Elaine e Formiga.
Abraço.
http://blogdomarcelosantana.futebolbaiano.net
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