Grupo D
Brasil
A sempre árdua caminhada do futebol feminino brasileiro começou difícil já no sorteio: enfrentam as chinesas, donas da casa, e um rejuvenescido time dinamarquês. Como por aqui qualquer coisa que não seja o título é considerada uma derrota, a pressão sobre estas meninas é enorme - ainda mais depois da conquista do título pan-americano (o que, convenhamos, não é grande coisa dado o nível das adversárias). Talvez por isso a derrota para a Argentina no sul-americano tenha sido boa, afinal as meninas do Brasil têm limitações, como quaisquer outras. Marta é a melhor do mundo, Kátia vem muito bem e a experiência de Pretinha e Formiga fará muito bem a jovens revelações como Cristiane e Daniela. É uma grande chance de fazermos história. Mas que as cobranças não venham exageradas se essas garotas não trouxerem o título, porque com o (quase nenhum) apoio que elas recebem aqui, a única coisa que deveriam ouvir de nós é um sincero pedido de desculpas e um enorme agradecimento, afinal elas cumprem excepcionalmente bem a árdua tarefa de vestir a amarelinha que pesa demais - ainda mais quando se é o país do futebol. Ainda mais quando se é o país do futebol machista.
China
É bom abrir o olho com as chinesas - e não é trocadilho. Uma das melhores equipes na década de 90, a China passou por um profundo processo de reformulação nos últimos anos preparando-se exatamente para este momento, quando voltam a sediar a Copa do Mundo feminina após 16 anos da primeira edição. Sun Wen não está mais no time, e as "rosas de aço" apostam em talentosas jovens como a atacante Ma Xiaoxu e a goleira Zhang Yanru para voltar aos seus melhores dias. Xiaoxu, aliás, foi eleita a melhor jogadora da Ásia na temporada passada e terminou como artilheira e melhor jogadora do Mundial Sub-20, que a China perdeu para a Coréia do Norte. Alguns dos talentos daquela equipe foram alçados ao time principal, mas os resultados de 2007 não são muito animadores - tanto que a sueca Marika Domanski-Lyfors, contratada em março, admitiu que teria muito trabalho pela frente. Um ponto de interrogação sobre as donas-da-casa, ainda que de uma coisa não se possa duvidar: força, elas têm.
Dinamarca
Presença constante nas primeiras edições da Copa do Mundo, a Dinamarca tinha uma boa geração que sempre incomodava as favoritas. Entretanto, pouco sobrou daquele time e hoje o que se vê é uma equipe renovada, após a ausência do último Mundial. Katrine Pedersen, Anne Dot Eggers Nielsen e Meret Pedersen formam um trio experiente que serve de base para a ainda indefinida equipe de Kenneth Heiner-Moller, um jovem treinador de 35 anos que assumiu a equipe apenas em julho. A qualidade reside no ataque, e é assim que as dinamarquesas pretendem seguir o legado de suas antecessoras: incomodar as favoritas.
Nova Zelândia
A Nova Zelândia assumiu, em todos os aspectos, o papel da Austrália: reina suprema na Oceania e, sempre que chegar a um evento importante, será vista com disconfiança por não possuir adversários à altura. Tanto isso ainda é verdade que, pelo menos por enquanto, as neozelandesas serão apenas meras figurantes. As primeiras participações em cada um dos torneios de ponta servirá de aprendizado para que gerações futuras possam evoluir, assim como fez exatamente a...Austrália. Dito tudo isto, vale lembrar que no Mundial Sub-20 do ano passado, elas arrancaram um inesperado empate das brasileiras (0x0). Se há destaques na equipe Kiwi, estas são a veterana atacante Wendi Henderson e as defensoras Jackman e Rebecca Smith. De resto, muita vontade e pouca técnica na equipe com menor média de idade desta Copa do Mundo.
Palpite do Grupo D: Brasil e China. A Dinamarca tem chances, ainda que poucas, de surpreender.
Seguindo os palpites, as quartas-de-final ficariam assim:
Alemanha x Suécia
Noruega x China
EUA x China
Brasil x Canadá
Mas vale lembrar que palpites são dados para serem contestados!
Brasil
A sempre árdua caminhada do futebol feminino brasileiro começou difícil já no sorteio: enfrentam as chinesas, donas da casa, e um rejuvenescido time dinamarquês. Como por aqui qualquer coisa que não seja o título é considerada uma derrota, a pressão sobre estas meninas é enorme - ainda mais depois da conquista do título pan-americano (o que, convenhamos, não é grande coisa dado o nível das adversárias). Talvez por isso a derrota para a Argentina no sul-americano tenha sido boa, afinal as meninas do Brasil têm limitações, como quaisquer outras. Marta é a melhor do mundo, Kátia vem muito bem e a experiência de Pretinha e Formiga fará muito bem a jovens revelações como Cristiane e Daniela. É uma grande chance de fazermos história. Mas que as cobranças não venham exageradas se essas garotas não trouxerem o título, porque com o (quase nenhum) apoio que elas recebem aqui, a única coisa que deveriam ouvir de nós é um sincero pedido de desculpas e um enorme agradecimento, afinal elas cumprem excepcionalmente bem a árdua tarefa de vestir a amarelinha que pesa demais - ainda mais quando se é o país do futebol. Ainda mais quando se é o país do futebol machista.
China
É bom abrir o olho com as chinesas - e não é trocadilho. Uma das melhores equipes na década de 90, a China passou por um profundo processo de reformulação nos últimos anos preparando-se exatamente para este momento, quando voltam a sediar a Copa do Mundo feminina após 16 anos da primeira edição. Sun Wen não está mais no time, e as "rosas de aço" apostam em talentosas jovens como a atacante Ma Xiaoxu e a goleira Zhang Yanru para voltar aos seus melhores dias. Xiaoxu, aliás, foi eleita a melhor jogadora da Ásia na temporada passada e terminou como artilheira e melhor jogadora do Mundial Sub-20, que a China perdeu para a Coréia do Norte. Alguns dos talentos daquela equipe foram alçados ao time principal, mas os resultados de 2007 não são muito animadores - tanto que a sueca Marika Domanski-Lyfors, contratada em março, admitiu que teria muito trabalho pela frente. Um ponto de interrogação sobre as donas-da-casa, ainda que de uma coisa não se possa duvidar: força, elas têm.
Dinamarca
Presença constante nas primeiras edições da Copa do Mundo, a Dinamarca tinha uma boa geração que sempre incomodava as favoritas. Entretanto, pouco sobrou daquele time e hoje o que se vê é uma equipe renovada, após a ausência do último Mundial. Katrine Pedersen, Anne Dot Eggers Nielsen e Meret Pedersen formam um trio experiente que serve de base para a ainda indefinida equipe de Kenneth Heiner-Moller, um jovem treinador de 35 anos que assumiu a equipe apenas em julho. A qualidade reside no ataque, e é assim que as dinamarquesas pretendem seguir o legado de suas antecessoras: incomodar as favoritas.
Nova Zelândia
A Nova Zelândia assumiu, em todos os aspectos, o papel da Austrália: reina suprema na Oceania e, sempre que chegar a um evento importante, será vista com disconfiança por não possuir adversários à altura. Tanto isso ainda é verdade que, pelo menos por enquanto, as neozelandesas serão apenas meras figurantes. As primeiras participações em cada um dos torneios de ponta servirá de aprendizado para que gerações futuras possam evoluir, assim como fez exatamente a...Austrália. Dito tudo isto, vale lembrar que no Mundial Sub-20 do ano passado, elas arrancaram um inesperado empate das brasileiras (0x0). Se há destaques na equipe Kiwi, estas são a veterana atacante Wendi Henderson e as defensoras Jackman e Rebecca Smith. De resto, muita vontade e pouca técnica na equipe com menor média de idade desta Copa do Mundo.
Palpite do Grupo D: Brasil e China. A Dinamarca tem chances, ainda que poucas, de surpreender.
Seguindo os palpites, as quartas-de-final ficariam assim:
Alemanha x Suécia
Noruega x China
EUA x China
Brasil x Canadá
Mas vale lembrar que palpites são dados para serem contestados!
5 comentários:
Eu sou declarado não-entusiasta do futebol feminino. Mas se tem Brasil na parada, estarei torcendo!
Show de bola, hein, Maurício!
Após madrugar durante algumas semanas para acompanhar o Mundial Sub-17, creio que não farei o mesmo pela Copa do Mundo de futebol feminino. Ainda assim, espero ter tempo de acompanhar a seleção brasileira.
Abraço!
É um absurdo como o CBF trata do futebol feminino.
Abraços,
A China passou um sufoco danado pra ganhar da Dinamarca... fez 2x0, deixou empatar e só fez o terceiro na bacia das almas. O Brasil, apesar do adversário fraco, começou bem; mas deu pra ver como vão jogar contra as brasileiras: marcação ferrenha em cima da Marta, o que pode abrir espaço pras outras.
ora viva!
quero felicitar pelo excelente trabalho...sim senhor!
directamente de portugal uma apaixonada por futebol, sobretudo feminino...abraço!
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