Posto, hoje, coluna publicada originalmente no Olheiros, na sexta-feira. Convido a todos a acessarem o site.
Conquistas seguidas do São Paulo dificultam acesso de atletas vindos da base
Conquistas seguidas do São Paulo dificultam acesso de atletas vindos da base
Quem está no topo, quer permanecer no topo e, para isso, busca sempre se reforçar. O raciocínio é simples e se aplica, com perfeição, ao São Paulo. Tão logo Rogério Ceni abaixou a taça na quarta-feira, o discurso passou a ser apenas um: “precisamos nos reforçar”. Repetir o insucesso continental dos últimos dois anos é algo impensável no Morumbi e a diretoria já se manifestou: vai atender os pedidos de Muricy.
Para um clube que fatura 120 milhões de reais por ano, reforçar o elenco chega a ser um exercício assaz divertido. Afinal, buscar jogadores com o caixa no vermelho não é lá uma das tarefas mais agradáveis. E até por isso, o São Paulo busca soluções para seus poucos problemas sem perceber que elas podem estar ali, bem embaixo do nariz. Literalmente.
A vida dos garotos que esperam por uma chance no time principal não tem sido fácil. Ao invés de olhar para as bases, o Tricolor sai às compras – o que tem sido uma constante na política de negociações do clube, que compra jogadores até então medianos e vende por cifras excelentes (casos de Ilsinho, Josué e Cicinho, entre tantos outros). Como isso dá retorno para o cofre, continua como está. O caso de Denílson, negociado com o Arsenal antes mesmo de se firmar no time titular, é exceção.
Em meio às trocas no elenco, o outrora chamado expressinho fez uma campanha excelente na Copa São Paulo e só caiu na final diante do ótimo Cruzeiro nos pênaltis. Daquele time, Breno foi um dos poucos que subiu, mas Sérgio Motta, Flávio e Serginho poderiam muito bem ter ganhado uma chance e feito o mesmo sucesso do zagueiro, que provavelmente será eleito a revelação do campeonato.
Até Fabiano, que não começou no clube e estreou apenas porque Ceni estava contundido e Bosco suspenso. Quando jogou, mostrou que tem qualidade. Assim, o São Paulo vai seguindo o caminho inverso de outros clubes brasileiros que, por falta de dinheiro, apostam quase tudo nas bases. Mas enquanto lá o clima é tumultuado e a pressão, constante, cá no Morumbi o ambiente é perfeito para se lançar novos talentos. O São Paulo gaba-se de ter estrutura e grandes times na base, mas não tem sabido se aproveitar deles. Saber mesclar esses talentos com os reforços (necessários sim, e bem-vindos, porque não), é a equação a ser solucionada.
Relembrar é viver
Em fevereiro de 1987, dois anos antes do nascimento de Breno, o Tricolor conquistava o bicampeonato brasileiro na final contra o Guarani. O time, comandado por Pepe, tinha os garotos Silas, Müller e Sidney, entre outros, que ficaram conhecidos como os “menudos do Morumbi”.
Mas o trabalho havia começado em 84, com uma reformulação imposta por Cilinho, que promoveu vários jogadores da base e recuperou Careca. O time mudou muito no ano seguinte, mas a semente plantada por Cilinho foi o embrião da equipe que disputou três finais seguidas do campeonato brasileiro, vencendo em 91 e abrindo as portas rumo a Tóquio.
Para um clube que fatura 120 milhões de reais por ano, reforçar o elenco chega a ser um exercício assaz divertido. Afinal, buscar jogadores com o caixa no vermelho não é lá uma das tarefas mais agradáveis. E até por isso, o São Paulo busca soluções para seus poucos problemas sem perceber que elas podem estar ali, bem embaixo do nariz. Literalmente.
A vida dos garotos que esperam por uma chance no time principal não tem sido fácil. Ao invés de olhar para as bases, o Tricolor sai às compras – o que tem sido uma constante na política de negociações do clube, que compra jogadores até então medianos e vende por cifras excelentes (casos de Ilsinho, Josué e Cicinho, entre tantos outros). Como isso dá retorno para o cofre, continua como está. O caso de Denílson, negociado com o Arsenal antes mesmo de se firmar no time titular, é exceção.
Em meio às trocas no elenco, o outrora chamado expressinho fez uma campanha excelente na Copa São Paulo e só caiu na final diante do ótimo Cruzeiro nos pênaltis. Daquele time, Breno foi um dos poucos que subiu, mas Sérgio Motta, Flávio e Serginho poderiam muito bem ter ganhado uma chance e feito o mesmo sucesso do zagueiro, que provavelmente será eleito a revelação do campeonato.
Até Fabiano, que não começou no clube e estreou apenas porque Ceni estava contundido e Bosco suspenso. Quando jogou, mostrou que tem qualidade. Assim, o São Paulo vai seguindo o caminho inverso de outros clubes brasileiros que, por falta de dinheiro, apostam quase tudo nas bases. Mas enquanto lá o clima é tumultuado e a pressão, constante, cá no Morumbi o ambiente é perfeito para se lançar novos talentos. O São Paulo gaba-se de ter estrutura e grandes times na base, mas não tem sabido se aproveitar deles. Saber mesclar esses talentos com os reforços (necessários sim, e bem-vindos, porque não), é a equação a ser solucionada.
Relembrar é viver
Em fevereiro de 1987, dois anos antes do nascimento de Breno, o Tricolor conquistava o bicampeonato brasileiro na final contra o Guarani. O time, comandado por Pepe, tinha os garotos Silas, Müller e Sidney, entre outros, que ficaram conhecidos como os “menudos do Morumbi”.
Mas o trabalho havia começado em 84, com uma reformulação imposta por Cilinho, que promoveu vários jogadores da base e recuperou Careca. O time mudou muito no ano seguinte, mas a semente plantada por Cilinho foi o embrião da equipe que disputou três finais seguidas do campeonato brasileiro, vencendo em 91 e abrindo as portas rumo a Tóquio.
Um comentário:
Creio se o São Paulo ultilizar mais "Brenos" em 2008, é certeza de mais dinheiro no caixa... O SPFC tem uma estrutura exemplar e tem obrigação de fazer bonito. Ate porque todo mundo quer jogar no SPFC.
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