quarta-feira, 20 de maio de 2009

Copa...do Brasil??


Luiz Adriano, Jadson e Naldo marcaram os gols da decisão da última Copa da Uefa da história. É a primeira vez que jogadores de um mesmo país que não os representados pelos finalistas (no caso, Alemanha e Ucrânia) monopolizam a tábua de escore.

O Shakhtar Donetsk foi campeão com méritos. Jogou melhor que o Bremen, soube aproveitar as falhas defensivas do adversário e as ausências importantes de Mertesacker e Diego.

Mas vale o mérito do misterioso e excêntrico Rinat Akhmetov, bilionário fã do futebol brasileiro que pagou caro até demais por jogadores apenas promissores como Fernandinho e Brandão - que saiu no início do ano. Investimento que se paga - ainda que não inteiramente - agora.

Têm sido normal as legiões brasileiras nos últimos campeões europeus, conforme a tabela abaixo, apenas dos últimos três anos, mostra. A diferença do Shakhtar para o Milan ou o Barcelona, que também tinham cinco dos nossos no elenco, é que no time ucraniano todos são titulares e jogaram a decisão.

Vendo por este ponto de vista, os gols de Jadson e Luiz Adriano não são mais tão dignos de comemoração.

Confira os brasileiros presentes nos últimos campeões europeus:

2008/09
Shakhtar Donetsk - 5 (Fernandinho, Jadson, Ilsinho, Luiz Adriano e Willian)

2007/08
Manchester United - UCL - 1 (Anderson)
Zenit St. Petersburg - Uefa - 0

2006/07
Milan - UCL - 5 (Dida, Cafu, Serginho, Kaká e Ricardo Oliveira)
Sevilla - Uefa - 4 (Daniel Alves, Adriano, Renato e Luís Fabiano)

2005/06
Barcelona - UCL - 5 (Belletti, Sylvinho, Thiago Motta, Edmilson e Ronaldinho Gaúcho) 
Sevilla - Uefa - 4 (Daniel Alves, Adriano, Renato e Luís Fabiano)

Um comentário:

Filipe Lima disse...

É impossível não constatar que os brasileiros estão, aos poucos, caminhando para equipes de segundo escalão da Europa.

Ao contrário da maioria, não vejo isso como sinal de queda de qualidade do futebol do Brasil. Creio, somente, que as grandes equipes conseguem enxergar melhor os talentos de regiões que, em outras épocas, eram praticamente ignoradas.

É a democracia internacional no futebol!

Abraços!