A análise da temporada dos dez melhores clubes da Série B 2009, com números, estatísticas e o quê deu certo ou errado em cada campanha. Confira na íntegra o texto publicado na coluna da Trivela, e reproduzido parcialmente aqui no blog:
Vasco
Colocação final: Campeão, com 76 pontos
Técnico: Dorival Junior (da 1ª à 38ª rodada)
Maior vitória: Vasco 4x0 Ipatinga (19ª rodada)
Maior derrota: Paraná 3x1 Vasco (4ª rodada)
Maior série de vitórias: 4 (da 23ª à 26ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (37ª e 38ª rodada)
Maior série invicta: 9 (da 28ª à 36ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 4ª à 9ª rodada)
Principal jogador: Carlos Alberto (meia)
Decepção: Aloísio (atacante)
Artilheiro: Élton, 17 gols
O torcedor comemorou, soltou o grito de campeão, declarou amor ao clube e aplaudiu Dinamite no Maracanã lotado. Mas o Vasco não fez mais que a obrigação ao voltar à primeira divisão com o título da Série A. Afinal, dos grandes que caíram recentemente apenas o Botafogo não conseguiu tal façanha, mas isto porque caiu junto ao Palmeiras. Após um Estadual promissor e uma participação positiva na Copa do Brasil, o time-base do primeiro semestre se desfez por contusões e o baque da Segundona foi sentido, com o acúmulo de cinco empates seguidos e seis partidas sem vitória. Mas a subida de garotos como Souza, o entrosamento entre Carlos Alberto e Alex Teixeira e os gols de Élton garantiram ao Vasco um segundo turno impecável, em alguns momentos igualando a campanha corintiana em 2008. A equipe termina o ano com a melhor defesa e uma base montada, mas um alerta: o elenco não é forte o suficiente para a Série A e com as saídas de Dorival Junior (confirmada) e Élton (muito provável), o trabalho pode ter que recomeçar do zero.
Guarani
Colocação final: Vice-campeão, com 69 pontos
Técnico: Vadão (da 1ª à 38ª rodada)
Maior vitória: Guarani 3x0 Campinense (22ª rodada)
Maior derrota: Juventude 4x1 Guarani (19ª rodada) e Atlético-GO 4x1 Guarani (34ª rodada)
Maior série de vitórias: 5 (da 1ª à 5ª rodada)
Maior série de derrotas: 3 (da 14ª à 16ª rodada)
Maior série invicta: 11 (da 1ª à 11ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 11ª à 16ª rodada)
Principal jogador: Walter Minhoca (meia)
Decepção: Adriano Gabiru (meia)
Artilheiro: Ricardo Xavier, 14 gols
Nenhum time mereceu mais o acesso que o Guarani: o Bugre conseguiu a proeza de manter-se no G-4 durante as 38 rodadas do campeonato, caindo no máximo para a quarta colocação durante uma queda de produção no final do primeiro turno que somou seis jogos sem vitória. Mas a gordura acumulada no início surpreendente, com oito vitórias em dez partidas, garantiu a Vadão o respaldo para encaminhar o clube campineiro de volta à elite. Após o rebaixamento no Paulistão, o acesso era muito improvável, e mesmo sem honrar a tradição de aproveitar jogadores da base nos melhores momentos de sua história, o Guarani conseguiu, impulsionado por nomes como Walter Minhoca, Ricardo Xavier e Fabinho, um vice-campeonato surpreendente. Resta saber como montar uma base para disputar a A-2 do Paulista e, em seguida, a Série A do Brasileiro.
Ceará
Colocação final: 3º lugar (promovido), com 68 pontos
Técnico: Zé Teodoro (1ª e 2ª rodada), Edmundo Silveira (interino, 3ª) e Paulo César Gusmão (a partir da 4ª)
Maior vitória: América-RN 1x5 Ceará (19ª rodada)
Maior derrota: Atlético-GO 4x1 Ceará (35ª rodada)
Maior série de vitórias: 5 (da 10ª à 14ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (2ª e 3ª rodada)
Maior série invicta: 11 (da 6ª à 16ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 1ª à 6ª rodada)
Principal jogador: Geraldo (meia)
Decepção: Sérgio Alves (atacante)
Artilheiro: Geraldo, 13 gols
O Ceará não estava cotado entre os candidatos ao acesso no início do campeonato. Vivendo uma fase de reestruturação, o clube alvinegro quase caiu no ano passado e planejava se manter na Série B neste ano, para então investir em 2010. Mas a conquista do tri estadual pelo Fortaleza foi a melhor coisa que aconteceu ao Vovô: colocou a mão no bolso, trouxe PC Gusmão e nomes de peso como Mota e Wellington Amorim e, principalmente, passou a pagar em dia. Foi a motivação necessária para o grupo que, de lanterna na sexta rodada, sofreu apenas uma derrota em 17 partidas (a melhor sequência do campeonato) e chegou ao G-4 na 16ª rodada, para não mais sair. Os destaques foram o meia Geraldo, o atacante Mota e a torcida, dona da segunda maior média de público – 22.617, menor apenas que a do Vasco. Se conseguir equacionar as contas, o Vozão já dá o primeiro passo para surpreender novamente em 2010.
Atlético-GO
Colocação final: 4º lugar (promovido), com 65 pontos
Técnico: Mauro Fernandes (até a 27ª rodada) e Artur Neto (a partir da 28ª)
Maior vitória: Atlético-GO 5x0 Paraná (10ª rodada)
Maior derrota: Duque de Caxias 5x1 Atlético-GO (33ª rodada)
Maior série de vitórias: 4 (da 12ª à 15ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (29ª e 30ª rodada)
Maior série invicta: 5 (da 6ª à 10ª rodada)
Maior série sem vencer: 3 (da 3ª à 5ª e da 21ª à 23ª rodada)
Principal jogador: Robston (volante)
Decepção: Anaílson (atacante)
Artilheiro: Marcão, 14 gols
Nos últimos anos, tem sido comum o chamado “efeito elevador”: clubes que engatam mais de um acesso ou rebaixamento seguido, como foram os casos de América-RN, Vitória e Santa Cruz. O mais novo a vestir a carapuça é o Atlético-GO, que chegou à Série B com pinta de azarão mas, desde o início, adotando o discurso da briga pela vaga. E foi assim em todas as 38 rodadas: apesar da pouca presença de público, um time muito forte dentro de casa (melhor campanha como mandante, com apenas uma derrota) e um ataque fulminante. Foram ao todo 73, marcados por 19 jogadores diferentes. Marcão, artilheiro da Série C passada, foi novamente o goleador, e na melhor sequência, foram 26 gols anotados em 10 jogos de invencibilidade. Mesmo com um segundo turno pior, culminando com a saída de Mauro Fernandes e até mesmo a ameaça de não subir, três goleadas seguidas no Serra Dourada – duas delas contra Guarani e Ceará – selaram o acesso do Dragão, de volta após 23 anos.
Vasco
Colocação final: Campeão, com 76 pontos
Técnico: Dorival Junior (da 1ª à 38ª rodada)
Maior vitória: Vasco 4x0 Ipatinga (19ª rodada)
Maior derrota: Paraná 3x1 Vasco (4ª rodada)
Maior série de vitórias: 4 (da 23ª à 26ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (37ª e 38ª rodada)
Maior série invicta: 9 (da 28ª à 36ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 4ª à 9ª rodada)
Principal jogador: Carlos Alberto (meia)
Decepção: Aloísio (atacante)
Artilheiro: Élton, 17 gols
O torcedor comemorou, soltou o grito de campeão, declarou amor ao clube e aplaudiu Dinamite no Maracanã lotado. Mas o Vasco não fez mais que a obrigação ao voltar à primeira divisão com o título da Série A. Afinal, dos grandes que caíram recentemente apenas o Botafogo não conseguiu tal façanha, mas isto porque caiu junto ao Palmeiras. Após um Estadual promissor e uma participação positiva na Copa do Brasil, o time-base do primeiro semestre se desfez por contusões e o baque da Segundona foi sentido, com o acúmulo de cinco empates seguidos e seis partidas sem vitória. Mas a subida de garotos como Souza, o entrosamento entre Carlos Alberto e Alex Teixeira e os gols de Élton garantiram ao Vasco um segundo turno impecável, em alguns momentos igualando a campanha corintiana em 2008. A equipe termina o ano com a melhor defesa e uma base montada, mas um alerta: o elenco não é forte o suficiente para a Série A e com as saídas de Dorival Junior (confirmada) e Élton (muito provável), o trabalho pode ter que recomeçar do zero.
Guarani
Colocação final: Vice-campeão, com 69 pontos
Técnico: Vadão (da 1ª à 38ª rodada)
Maior vitória: Guarani 3x0 Campinense (22ª rodada)
Maior derrota: Juventude 4x1 Guarani (19ª rodada) e Atlético-GO 4x1 Guarani (34ª rodada)
Maior série de vitórias: 5 (da 1ª à 5ª rodada)
Maior série de derrotas: 3 (da 14ª à 16ª rodada)
Maior série invicta: 11 (da 1ª à 11ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 11ª à 16ª rodada)
Principal jogador: Walter Minhoca (meia)
Decepção: Adriano Gabiru (meia)
Artilheiro: Ricardo Xavier, 14 gols
Nenhum time mereceu mais o acesso que o Guarani: o Bugre conseguiu a proeza de manter-se no G-4 durante as 38 rodadas do campeonato, caindo no máximo para a quarta colocação durante uma queda de produção no final do primeiro turno que somou seis jogos sem vitória. Mas a gordura acumulada no início surpreendente, com oito vitórias em dez partidas, garantiu a Vadão o respaldo para encaminhar o clube campineiro de volta à elite. Após o rebaixamento no Paulistão, o acesso era muito improvável, e mesmo sem honrar a tradição de aproveitar jogadores da base nos melhores momentos de sua história, o Guarani conseguiu, impulsionado por nomes como Walter Minhoca, Ricardo Xavier e Fabinho, um vice-campeonato surpreendente. Resta saber como montar uma base para disputar a A-2 do Paulista e, em seguida, a Série A do Brasileiro.
Ceará
Colocação final: 3º lugar (promovido), com 68 pontos
Técnico: Zé Teodoro (1ª e 2ª rodada), Edmundo Silveira (interino, 3ª) e Paulo César Gusmão (a partir da 4ª)
Maior vitória: América-RN 1x5 Ceará (19ª rodada)
Maior derrota: Atlético-GO 4x1 Ceará (35ª rodada)
Maior série de vitórias: 5 (da 10ª à 14ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (2ª e 3ª rodada)
Maior série invicta: 11 (da 6ª à 16ª rodada)
Maior série sem vencer: 6 (da 1ª à 6ª rodada)
Principal jogador: Geraldo (meia)
Decepção: Sérgio Alves (atacante)
Artilheiro: Geraldo, 13 gols
O Ceará não estava cotado entre os candidatos ao acesso no início do campeonato. Vivendo uma fase de reestruturação, o clube alvinegro quase caiu no ano passado e planejava se manter na Série B neste ano, para então investir em 2010. Mas a conquista do tri estadual pelo Fortaleza foi a melhor coisa que aconteceu ao Vovô: colocou a mão no bolso, trouxe PC Gusmão e nomes de peso como Mota e Wellington Amorim e, principalmente, passou a pagar em dia. Foi a motivação necessária para o grupo que, de lanterna na sexta rodada, sofreu apenas uma derrota em 17 partidas (a melhor sequência do campeonato) e chegou ao G-4 na 16ª rodada, para não mais sair. Os destaques foram o meia Geraldo, o atacante Mota e a torcida, dona da segunda maior média de público – 22.617, menor apenas que a do Vasco. Se conseguir equacionar as contas, o Vozão já dá o primeiro passo para surpreender novamente em 2010.
Atlético-GO
Colocação final: 4º lugar (promovido), com 65 pontos
Técnico: Mauro Fernandes (até a 27ª rodada) e Artur Neto (a partir da 28ª)
Maior vitória: Atlético-GO 5x0 Paraná (10ª rodada)
Maior derrota: Duque de Caxias 5x1 Atlético-GO (33ª rodada)
Maior série de vitórias: 4 (da 12ª à 15ª rodada)
Maior série de derrotas: 2 (29ª e 30ª rodada)
Maior série invicta: 5 (da 6ª à 10ª rodada)
Maior série sem vencer: 3 (da 3ª à 5ª e da 21ª à 23ª rodada)
Principal jogador: Robston (volante)
Decepção: Anaílson (atacante)
Artilheiro: Marcão, 14 gols
Nos últimos anos, tem sido comum o chamado “efeito elevador”: clubes que engatam mais de um acesso ou rebaixamento seguido, como foram os casos de América-RN, Vitória e Santa Cruz. O mais novo a vestir a carapuça é o Atlético-GO, que chegou à Série B com pinta de azarão mas, desde o início, adotando o discurso da briga pela vaga. E foi assim em todas as 38 rodadas: apesar da pouca presença de público, um time muito forte dentro de casa (melhor campanha como mandante, com apenas uma derrota) e um ataque fulminante. Foram ao todo 73, marcados por 19 jogadores diferentes. Marcão, artilheiro da Série C passada, foi novamente o goleador, e na melhor sequência, foram 26 gols anotados em 10 jogos de invencibilidade. Mesmo com um segundo turno pior, culminando com a saída de Mauro Fernandes e até mesmo a ameaça de não subir, três goleadas seguidas no Serra Dourada – duas delas contra Guarani e Ceará – selaram o acesso do Dragão, de volta após 23 anos.
Um comentário:
Gostei do acesso de Atlético-GO e Ceará.
E é sempre bom ver clubes com história como Vasco e Guarani de volta à elite.
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