quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Conheça os estádios onde o Brasil vai jogar na Copa de 2010

Ellis Park, Soccer City e Durban Stadium. Serão estes os palcos dos três jogos do Brasil na primeira fase da Copa de 2010 – e que não sejam os únicos, espera o torcedor. Aquecendo as turbinas (afinal, a África é logo ali), apresentamos os três estádios nos quais a seleção irá escrever mais um capítulo de sua grande história nos Mundiais:

15/06 Brasil x Coreia do Norte - Ellis Park

Os jogadores não poderão reclamar da falta de reconhecimento do gramado na estreia. Afinal, o Brasil jogou a semifinal e a decisão da Copa das Confederações no Ellis Park. As lembranças são boas: vitórias sobre África do Sul e Estados Unidos e o bicampeonato assegurado. Mas antes disso, o Brasil já havia pisado no estádio em duas oportunidades: em 1996, num amistoso de preparação da seleção olímpica que ficou mais marcado pelo aviãozinho de Zagallo que pelo resultado (3 a 2). E um ano depois, aí sim com a seleção principal, outro amistoso e a vitória por 2 a 1.

O Ellis Park será um dos estádios mais antigos a serem utilizados em uma Copa do Mundo: foi inaugurado em 1928, então exclusivamente para o rugby, esporte muito popular no país. Mas das arquibancadas originais não restou nada, já que em 1982 houve uma demolição e reconstrução completa. O nome é uma referência a JD Ellis, vereador de Joanesburgo que aprovou o uso de um terreno equivalente a cinco campos de futebol para abrigar o estádio –lá a política impera também.

Localizado no centro da cidade, recebeu diversas reformas e mais arquibancadas, aumentando a capacidade de 57 para 62 mil lugares. Sede do Orlando Pirates, um dos times de futebol mais populares do país, foi palco também da conquista sul-africana na Copa do Mundo de Rugby que sediou em 1995, o maior momento esportivo da nação. Recebeu também instalações de ponta para a imprensa, piscinas de hidromassagem, camarotes de luxo, melhor acesso para deficientes físicos e um “excelente sistema audiovisual para manter o público informado”, afirmam os entusiasmados construtores.

20/06 Brasil x Costa do Marfim - Soccer City

Do tradicional ao moderno. Na segunda partida da primeira fase, o Brasil nem muda de cidade e salta oitenta anos no tempo, saindo do antigo Ellis Park e indo direto para o Soccer City, sede da abertura e da final da Copa e um dos estádios mais impressionantes do mundo. Última das sedes do Mundial a ficar pronta, a arena lembra muito, em seu exterior, a Allianz Arena de Munique, circundada por painéis que escondem a arquibancada. A ideia, segundo os construtores, foi fazer com que a redoma lembrasse o calabash, um famoso pote de cerâmica do artesanato local.

Com capacidade para 94.700 pessoas, o Soccer City foi construído no local do antigo FNB Stadium, erguido em 1987. A estrutura do primeiro lance de arquibancadas foi aproveitada, construídos novos lances e reformado todo o setor de imprensa, alimentação e sanitários, além da cobertura e do painel em volta de todo o estádio. O lugar foi palco da maior conquista futebolística da África do Sul: a vitória sobre a Tunísia por 2 a 0 em 1996, na decisão da Copa Africana de Nações.

25/06 Portugal x Brasil - Moses Mabhida

Ter caído como cabeça de chave do Grupo G garantiu ao Brasil uma mordomia que pode ser importante para a sequência na Copa: ao lado da Argentina, a seleção brasileira fará as duas primeiras partidas em Johanesburgo, deixando a maior cidade da África do Sul apenas na terceira rodada, quando enfrentará Portugal no belíssimo Moses Mabhida Stadium.

Um dos quatro estádios construídos do zero para a Copa, tem capacidade para 70 mil pessoas e um arco sobressaindo-se na cobertura, representando, em uma visão aérea, a bandeira da África do Sul e a união dos povos que constituem o país em sua paixão pelo esporte. Os dois mastros do arco no lado sul do estádio se unem para formar uma única base no lado norte, simbolizando a nova unidade de uma nação anteriormente dividida. O curioso é que existe uma espécie de teleférico, que leva a uma plataforma de observação no topo do enorme arco de 350 metros de extensão, mais de 100 metros acima do gramado. A cobertura é ligada ao arco por cabos de aço com 95 mm de diâmetro.

A arena foi construída a poucos metros da praia, no local do antigo Estádio Kings Park, e foi nomeada em homenagem a um dos mais famosos militares do país. Moses Mabhida recebeu o convite de desenvolver o grupo armado do partido ANC, o Umkhonto we Sizwe (MK). Ele passou por treinamento militar e se tornou o principal instrutor político dos novos recrutas. Posteriormente, foi comandante do MK. Será sede de uma das semifinais, mas o Brasil só jogará lá de novo se chegar à semi como segundo lugar do Grupo G.

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