segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brasileirão: 60%

O Brasileirão tem um novo líder! Chegamos à primeira análise após o início do segundo turno - pois é, já se foram quatro rodadas - e os números mostram que o fator setembro, com o acúmulo de rodadas no meio de semana, cobra seu preço. E o Fluminense é o principal atingido, caindo de produção, somando apenas quatro pontos no período (venceu apenas uma das últimas sete partidas) e vendo o Corinthians assumir a liderança, mesmo com um jogo a menos.

O Timão mostrou força e, quando mais precisava, corrigiu os defeitos de jogar mal fora de casa, vencendo o confronto direto com autoridade no Engenhão para abrir uma vantagem de dois pontos que pode se transformar em cinco, casa vença o Vasco na partida adiada do primeiro turno. Foram onze rodadas de liderança ininterrupta do time de Muricy Ramalho, que enfrenta o dilema de escolher entre dois goleiros instáveis e decidir a melhor posição para Deco - sua entrada no time coincidiu com a queda de rendimento.

Destaques: Jonas, Washington e Montillo, goleadores do período

Perebas: Fernando Henrique e suas falhas, Vasco e as dormidas em São Januário, sofrendo empates em jogos fáceis, e Neymar e seus pitis

Tamanha é a instabilidade do Fluminense no momento que outra equipe já aparece com mais força como adversária do Corinthians na briga pelo título: o Cruzeiro, maior pontuador do segundo turno até aqui (10 em 12 disputados). Cuca tem contado com a sorte que lhe faltou no Rio de Janeiro, e cada mudança sua na equipe parece dar ainda mais certo. Montillo tem tido tardes e noites abençoadas, o time joga com muita fluência e já está invicto há oito jogos. É o time a ser batido no momento.

Curioso notar a divisão de forças deste campeonato: cinco dos sete melhores pontuadores do segundo turno estão entre os sete primeiros colocados. Além do Cruzeiro (3º), também fora bem Corinthians (1º), Internacional (4º), Botafogo (5º) e Atlético-PR (7º), somando sete pontos cada.

Chama a atenção a manutenção do foco Colorado na competição, diferente de outros clubes que, ao vencerem a Libertadores ou mesmo chegarem à decisão, não conseguiram repetir as boas campanhas no Brasileirão. Vale lembrar que em 2006, quando o Inter foi campeão continental pela primeira vez, a história se repetiu e o time foi vice nacional. O apetite por títulos talvez se explique pelo fato de o Colorado não ganhar o Brasileiro desde 1979.

Jonas puxa o Grêmio para cima; quarteto nada fantástico não sai do zero

A ascensão é azul não só por causa do Cruzeiro, mas também graças ao Grêmio, segundo maior pontuador do período (nove pontos, três vitórias) e time que mais subiu na tabela no segundo turno: foram cinco posições, da 16ª à 11ª. A grnade vitória sobre o Corinthians em pleno Pacaembu com gol de Douglas, mais os gols decisivos de Jonas, foram fundamentais para a reação do time de Renato Gaúcho.

O camisa 7 marcou na derrota em casa para o Palmeiras, mas fez dois na vitória em Florianópolis sobre um decadente Avaí para assumir a liderança isolada da artilharia com 11 gols. Curiosamente, Jonas também era o artilheiro do campeonato no ano passado com os mesmo 11 gols (veja números ao final do post), mas acabou o torneio com 14.

Se o Grêmio foi quem mais subiu, o Vasco foi quem mais desceu: quatro posições, do 8ºpara o 12º lugar. A invencibilidade de PC Gusmão, sem derrotas desde quando ainda estava no Ceará, passou a fazer mal para a equipe, que empatou dois jogos em casa, contra fracos Atlético-MG e Avaí, após abrir o placar e recuar em demasia. A derrota para o Inter acabou com uma série estranha, de 15 jogos sem derrota (a maior do campeonato), mas de apenas uma vitória nas últimas sete partidas - os empates fizeram do Vasco um time preso ao medo de perder.

E por falar em empates, o recorde vascaíno não é solitário: foram 11 até aqui, mais de meio turno, empatado com o...Palmeiras. Coincidência ou não, nas duas partidas entre as equipes, as redes não foram balançadas. Esta é, aliás, outra curiosidade deste campeonato: as mesmas equipes sondam a região da melhor defesa e do pior ataque. São os times do zero a zero.

Vasco, Palmeiras, Ceará e Flamengo. Dos 25 jogos que terminaram sem gols até aqui, 15 tiveram a participação de uma destas equipes: foram 5 de Palmeiras, Ceará e Vasco, e três do Flamengo, contando os jogos entre essas equipes (dois empates tenebrosos entre Vasco e Palmeiras e mais um entre Flamengo e Vasco).

O Ceará, por exemplo, tem no momento a melhor defesa (20 gols) e o pior ataque (19). O Vasco aparece em segundo: sofreu 21 e marcou 21. Curiosamente, são as duas equipes treinadas por PC Gusmão neste campeonato. Mas não é exclusividade deles, já que o Flamengo marcou os mesmos 21 gols do Vasco e sofreu 23. Não à toa, este é o Brasileirão com pior média de gols da história dos pontos corridos.

A dança dos técnicos e o destempero de Neymar

Nem bem o returno começou e outros três técnicos foram demitidos. No Ceará, Mário Sérgio foi convidado a se retirar após oito rodadas, tendo assumido o time na terceira colocação e entregando na 11ª. No Grêmio Prudente, a fase anda horrível: lanterna, três derrotas consecutivas e três partidas sem vencer. Resultado? Antônio Carlos Zago, trazido na 13ª rodada após a ida de Toninho Cecílio para o Vitória, caiu da 14ª posição para a vice-lanterna, e foi substituído por Marcelo Rospide na 20ª rodada. Finalmente, o próprio Toninho Cecílio não aguentou o tranco em Salvador, oscilando na parte de baixo da tabela e saindo também na 20ª rodada, para a entrada do interino Ricardo Silva.

Finalmente, o início do returno marcou também as confusões envolvendo Neymar, que arranjou briga na derrota do Santos para o Ceará em Fortaleza, discutiu rispidamente com os companheiros e Dorival Júnior na virada sobre o Atlético-GO em casa e, por isso, ficou de fora do empate com o Guarani em Campinas. Longe de ser produtivo como era no primeiro semestre, Neymar desfalca o Santos e faz com que o Peixe oscile, rondando o G-4 mas permanecendo na mesma posição, longe de sonhar com o título.

23ª rodada

Melhor ataque
2010: Corinthians, Fluminense (40 gols)
2009: Barueri (43)
2008: Grêmio, Palmeiras (40)
2007: Cruzeiro (54)
2006: Grêmio, São Paulo (37)

Melhor defesa
2010: Ceará (20 gols)
2009: Palmeiras (20)
2008: Grêmio (16)
2007: São Paulo (7)
2006: Santos, Internacional (22)

Pior ataque
2010: Ceará (19 gols)
2009: Fluminense (22)
2008: Ipatinga (22)
2007: América-RN (18)
2006: Flamengo (21)

Pior defesa
2010: Atlético-MG e Goiás (44 gols)
2009: Náutico (42)
2008: Portuguesa (47)
2007: América-RN (55)
2006: Ponte Preta (43)

Gols e média
2010: 568 (2,49, em 228 partidas)
2009: 656 (2,89)
2008: 617 (2,68)
2007: 649 (2,84)
2006: 605 (2,63)

Artilheiros
2010: Jonas (Grêmio) - 11 gols
2009: Jonas (Grêmio), Marcelinho Paraíba (Coritiba), Roger (Vitória) e Val Baiano (Barueri) - 11 gols
2008: Alex Mineiro (Palmeiras) e Kléber Pereira (Santos) - 15 gols
2007: Josiel (Paraná) - 15 gols
2006: Soares e Schwenck (Figueirense) e Souza (Goiás) - 10 gols

Série de vitórias atual: Atlético-PR, Corinthians, Internacional (2)
Série invicta atual: Cruzeiro (8)
Série de derrotas atual: Grêmio Prudente (3)
Série sem vencer: Grêmio Prudente (8)

3 comentários:

Luciana Bois disse...

Muito boa sua análise!
Mas lembrando que muitos times estão com um jogo a menos, ai fica dificil de fazer um paralelo com os outros anos.

Abraços!

Anônimo disse...

Hi there

Great share, thanks for your time

Anônimo disse...

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