O futebol ficou chato. É uma pena, afinal nunca tivemos tantos campeonatos disponíveis - e talvez até por isso tenha perdido um pouco a graça, afinal tudo que é demais enjoa.
Mas é certo que não se pode mais provocar, ousar, desafiar. Tanto é verdade que Vampeta virou um oásis para os jornalistas, em meio a um imenso deserto de declarações enlatadas. E não cola o argumento de que "as respostas são sempre as mesmas porque as perguntas não mudam". Afinal, se as perguntas não mudam, porque as respostas antigamente eram melhores?
Fato é que não apenas os jogadores tentam ser mais "politicamente corretos", ainda que de político ou correto o futebol em sua essência não tenha nada. E é por isso talvez que muitas vezes tentem deixar os treinamentos mais rígidos: acabando com o improviso, pode-se (ao menos na teoria) eliminar falhas e tornar o imprevisível, previsível.
Hoje o drible da foca, ontem a embaixadinha, amanhã a declaração que "incentiva o adversário e inflama as torcidas a brigarem". Tudo parece proibido, errado, anti-ético.
E só piora quando os personagens - os jogadores - deixam de tentar. Um pouco pelo discurso, mas muito pela falta de qualidade. Tudo bem, ainda existem os que tentam, e sempre há de haver. Mas eles deixaram de ser regra para tornarem-se exceção.
Enfim, o futebol ficou chato. Ou pelo menos perdeu um pouco da graça. Você concorda?
Mas é certo que não se pode mais provocar, ousar, desafiar. Tanto é verdade que Vampeta virou um oásis para os jornalistas, em meio a um imenso deserto de declarações enlatadas. E não cola o argumento de que "as respostas são sempre as mesmas porque as perguntas não mudam". Afinal, se as perguntas não mudam, porque as respostas antigamente eram melhores?
Fato é que não apenas os jogadores tentam ser mais "politicamente corretos", ainda que de político ou correto o futebol em sua essência não tenha nada. E é por isso talvez que muitas vezes tentem deixar os treinamentos mais rígidos: acabando com o improviso, pode-se (ao menos na teoria) eliminar falhas e tornar o imprevisível, previsível.
Hoje o drible da foca, ontem a embaixadinha, amanhã a declaração que "incentiva o adversário e inflama as torcidas a brigarem". Tudo parece proibido, errado, anti-ético.
E só piora quando os personagens - os jogadores - deixam de tentar. Um pouco pelo discurso, mas muito pela falta de qualidade. Tudo bem, ainda existem os que tentam, e sempre há de haver. Mas eles deixaram de ser regra para tornarem-se exceção.
Enfim, o futebol ficou chato. Ou pelo menos perdeu um pouco da graça. Você concorda?
6 comentários:
Maurício, hoje o jogador é treinado para fazer o previsível. E talvez o excesso de imagens tenha tirado um pouco a poesia do futebol. Além disso, há muita preocupação com a imagem. Ah os tempos do rei Dadá, q fazia o gol e atravessava o campo para abraçar-se com o Manga na máquina colorada dos anos 70.
No meu blog fiz um comentário em cima do teu comentário
Abraço
Robinho surgiu com suas belas jogafdas e trataram de dar um chega prá lá no garoto.
Foquinha ao fazer uma bela jogada quase foi lançado para fora do estádio.
É o futebol brasileiro seguindo padrões europeu. Seco, sem brilho e cada vez mais robotizado.
Chatíssimo.
Melindres, não-me-toques e não-podes.
O futebol está virando a terra da hipocrisia.
Imagina um Mourinho técnico da Seleção, falando o que fala?
Não sei se ficou chato, mas estão tentando torná-lo assim.
Culpa do tal de "código de ética". Que não é regra, pelo jeito é só empirismo. Se é tão interessante pro futebol se perder neste código, que a FIFA o aprove logo e coloque em seu caderninho. Aí sim vai estar tudo em seu lugar. Pra estragar o futebol, nada melhor que a suprema FIFA.
[]'s
Não acho que tenha ficado tão chato assim. Os jogos Náutico x Sport, Palmeiras x Coritnhians e Atlético x Inter tiveram surpresas que fazem do futebol um esporte especial.
Abraços,
A pior parte da imprensa também tem uma parcela de culpa, seja por distorcer o que diz o jogador para criar polêmica barata, seja por superdimensionar lances bobos e ingênuos como o tal "drible da foca", que não tem nada de arte nem de provocativo.
Abraço, Maurício!
Postar um comentário