A temporada regular da NFL chegará à sua metade no próximo final de semana, mas após a semana 7 já se pode ter uma ideia de quem é quem na corrida rumo ao Superbowl XLV. Enquanto o cenário na AFC parece bem delineado, com algumas equipes claramente superiores a outras, na NFC permanece tudo bastante nebuloso. O equilíbrio desta temporada já ficou nítido quando nenhuma equipe conseguiu atingir 4-0, algo que não acontecia desde 1970.
Confira hoje como está a corrida pelos playoffs na AFC, e amanhã falaremos da NFC:
A vitória do New Orleans Saints no último Superbowl não foi surpreendente apenas por ter sido conquistada em cima dos Indianapolis Colts de Peyton Manning. Na verdade, aquela foi apenas a terceira conquista de times da NFC na década, e as outras duas também foram grandes zebras: o burocrático e defensivo Tampa Bay Buccaneers bateu o Oakland Raiders de Rich Gannon e Jerry Rice em 2003 e, na maior surpresa da história recente, em 2008, o despretensioso time do New York Giants derrotou o até então invicto New England Patriots, do melhor ataque da história, composto por Tom Brady e Randy Moss.
Por tudo isso, não será surpresa se a década de ‘10 começar com outra vitória da AFC. Os melhores times da liga estão aqui: o New York Jets (5-1) começou a temporada com uma grande interrogação sobre a cabeça do ainda jovem quarterback Mark Sanchez, mas graças principalmente às muitas jardas corridas por LaDainian Tomlinson, que finalmente voltou a produzir, e por Shonn Greene, os Jets serão um nome certo nesta pós-temporada – e eles vêm fortes como nunca.
O problema dos Jets é fazer parte da mesma divisão da equipe mais vitoriosa da história recente do futebol americano. O New England Patriots (5-1) chegou à temporada em baixa, com uma defesa jovem e apostando apenas no entrosamento entre Tom Brady e Randy Moss. Quando Moss, pouco acionado nas primeiras partidas, voltou para Minnesota, a torcida dos Pats chegou a jogar a toalha. Mas a diretoria do NE, que normalmente monta seus times a partir do draft, percebeu o perigo e tirou o escorpião do bolso para trazer de volta Deion Branch. O desempenho do time melhora a cada rodada e a briga será intensa até o fim para vermos quem será o campeão da divisão.
Considerado pela maioria o time mais consistente e “copeiro” da NFL, o Pittsburgh Steelers também tem uma campanha de 5-1 como os rivais supracitados, mas é aquela coisa de sempre: não brilha, baseia-se na defesa e nos erros dos adversários. Ainda assim, ganhou dois Supebowls de 2006 pra cá, para se tornar o maior vencedor da história. Com vantagem de campo nos playoffs, é um time duríssimo.
Também na divisão norte, o Baltimore Ravens (5-2), outro time baseado na forte defesa, é nome quase certo nos playoffs. Entretanto, a linha defensiva não parece tão sólida na temporada passada (chegou a ter dez pontos de vantagem sobre os Patriots, mas deixou a vitória escapar e ainda conseguiu levar 34 pontos do Buffalo) e Joe Flacco tem tido dificuldade para completar seus passes – tanto que já correu 22 vezes com a bola em sete jogos.
Na divisão sul, a briga esquenta e deve ser definida apenas na última rodada. O Tennessee Titans (5-2) é um dos times mais quentes de outubro – Chris Jonhson já correu 662 jardas e a média de pontos é a segunda melhor da liga, com 28,4 por jogo. Isso sem poder contar com os QBs Vince Young e Kerry Collins, machucados. O Houston Texans (4-2) parece finalmente ter chegado à maturidade, estabelecendo ótimos números com o jogo corrido de Arian Foster. A prova final acontecerá nesta segunda, quando enfrentará os rivais de divisão Indianapolis Colts (4-2) no Lucas Oil Stadium. O início de temporada dos Colts, com derrota na estreia exatamente para os Texans, em Houston, e também para o Jacskonville Jaguars (ouch!), não pode ser levado em conta. Peyton Manning é Peyton Manning e, com uma lista de opções como Reggie Wayne, Austin Collie, Joseph Addai e Pierre Garcon (Dallas Clark se machucou e não joga mais esta temporada), a final de divisão é o mínimo para os Colts neste ano. Não, a VITÓRIA no Superbowl é o mínimo para este time.
Finalmente, na prima pobre da AFC, a divisão oeste, o momento parece ser mais de “quem pegar primeiro leva a vaga aos playoffs”. Considerado um dos favoritos até mesmo para o Superbowl, o San Diego Chargers (2-5) decepciona a cada rodada, mas isso é normal – todo ano eles começam devagar e acabam chegando aos playoffs. O problema é ter tido uma tabela fácil no início e mesmo assim acumulado cinco derrotas quando ainda se tem pela frente Tennessee, Denver e Indianapolis. O Denver Broncos (2-5), sempre candidato, até tinham algum respeito e expectativa, mas após levarem de 59 a 14 EM CASA do Oakland Raiders (3-4, melhor que SD e Denver!), é bom começar a pensar na próxima temporada.
Quem aproveita o vacilo dos favoritos é o Kansas City Chiefs (4-2), que teve um começo avassalador, mas perdeu duas seguidas. Matt Cassell sempre foi bom no passe, e com o melhor ataque terrestre da liga (Thomas Jones e Jamaal Charles já correram, juntos, 950 jardas), a vaga nos playoffs parece palpável. A tabela é bem favorável (os jogos mais difíceis são fora de casa contra Seattle e Denver).
Cenário dos playoffs
Só uma grande reviravolta tira NY Jets, New England, Pittsburgh e Indianapolis da pós-temporada – provavelmente, com as melhores campanhas. Como campeão de divisão o Kansas City tem tudo para ficar com uma das vagas restantes (lembrando que San Diego e Denver não estão mortos, mas dificilmente a conferência oeste classificará dois). Por fim, Baltimore e Tennessee brigam pela última vaga, com ligeira vantagem para os Ravens – os torcedores do Houston terão de esperar por mais um ano.
Confira hoje como está a corrida pelos playoffs na AFC, e amanhã falaremos da NFC:
A vitória do New Orleans Saints no último Superbowl não foi surpreendente apenas por ter sido conquistada em cima dos Indianapolis Colts de Peyton Manning. Na verdade, aquela foi apenas a terceira conquista de times da NFC na década, e as outras duas também foram grandes zebras: o burocrático e defensivo Tampa Bay Buccaneers bateu o Oakland Raiders de Rich Gannon e Jerry Rice em 2003 e, na maior surpresa da história recente, em 2008, o despretensioso time do New York Giants derrotou o até então invicto New England Patriots, do melhor ataque da história, composto por Tom Brady e Randy Moss.
Por tudo isso, não será surpresa se a década de ‘10 começar com outra vitória da AFC. Os melhores times da liga estão aqui: o New York Jets (5-1) começou a temporada com uma grande interrogação sobre a cabeça do ainda jovem quarterback Mark Sanchez, mas graças principalmente às muitas jardas corridas por LaDainian Tomlinson, que finalmente voltou a produzir, e por Shonn Greene, os Jets serão um nome certo nesta pós-temporada – e eles vêm fortes como nunca.
O problema dos Jets é fazer parte da mesma divisão da equipe mais vitoriosa da história recente do futebol americano. O New England Patriots (5-1) chegou à temporada em baixa, com uma defesa jovem e apostando apenas no entrosamento entre Tom Brady e Randy Moss. Quando Moss, pouco acionado nas primeiras partidas, voltou para Minnesota, a torcida dos Pats chegou a jogar a toalha. Mas a diretoria do NE, que normalmente monta seus times a partir do draft, percebeu o perigo e tirou o escorpião do bolso para trazer de volta Deion Branch. O desempenho do time melhora a cada rodada e a briga será intensa até o fim para vermos quem será o campeão da divisão.
Considerado pela maioria o time mais consistente e “copeiro” da NFL, o Pittsburgh Steelers também tem uma campanha de 5-1 como os rivais supracitados, mas é aquela coisa de sempre: não brilha, baseia-se na defesa e nos erros dos adversários. Ainda assim, ganhou dois Supebowls de 2006 pra cá, para se tornar o maior vencedor da história. Com vantagem de campo nos playoffs, é um time duríssimo.
Também na divisão norte, o Baltimore Ravens (5-2), outro time baseado na forte defesa, é nome quase certo nos playoffs. Entretanto, a linha defensiva não parece tão sólida na temporada passada (chegou a ter dez pontos de vantagem sobre os Patriots, mas deixou a vitória escapar e ainda conseguiu levar 34 pontos do Buffalo) e Joe Flacco tem tido dificuldade para completar seus passes – tanto que já correu 22 vezes com a bola em sete jogos.
Na divisão sul, a briga esquenta e deve ser definida apenas na última rodada. O Tennessee Titans (5-2) é um dos times mais quentes de outubro – Chris Jonhson já correu 662 jardas e a média de pontos é a segunda melhor da liga, com 28,4 por jogo. Isso sem poder contar com os QBs Vince Young e Kerry Collins, machucados. O Houston Texans (4-2) parece finalmente ter chegado à maturidade, estabelecendo ótimos números com o jogo corrido de Arian Foster. A prova final acontecerá nesta segunda, quando enfrentará os rivais de divisão Indianapolis Colts (4-2) no Lucas Oil Stadium. O início de temporada dos Colts, com derrota na estreia exatamente para os Texans, em Houston, e também para o Jacskonville Jaguars (ouch!), não pode ser levado em conta. Peyton Manning é Peyton Manning e, com uma lista de opções como Reggie Wayne, Austin Collie, Joseph Addai e Pierre Garcon (Dallas Clark se machucou e não joga mais esta temporada), a final de divisão é o mínimo para os Colts neste ano. Não, a VITÓRIA no Superbowl é o mínimo para este time.
Finalmente, na prima pobre da AFC, a divisão oeste, o momento parece ser mais de “quem pegar primeiro leva a vaga aos playoffs”. Considerado um dos favoritos até mesmo para o Superbowl, o San Diego Chargers (2-5) decepciona a cada rodada, mas isso é normal – todo ano eles começam devagar e acabam chegando aos playoffs. O problema é ter tido uma tabela fácil no início e mesmo assim acumulado cinco derrotas quando ainda se tem pela frente Tennessee, Denver e Indianapolis. O Denver Broncos (2-5), sempre candidato, até tinham algum respeito e expectativa, mas após levarem de 59 a 14 EM CASA do Oakland Raiders (3-4, melhor que SD e Denver!), é bom começar a pensar na próxima temporada.
Quem aproveita o vacilo dos favoritos é o Kansas City Chiefs (4-2), que teve um começo avassalador, mas perdeu duas seguidas. Matt Cassell sempre foi bom no passe, e com o melhor ataque terrestre da liga (Thomas Jones e Jamaal Charles já correram, juntos, 950 jardas), a vaga nos playoffs parece palpável. A tabela é bem favorável (os jogos mais difíceis são fora de casa contra Seattle e Denver).
Cenário dos playoffs
Só uma grande reviravolta tira NY Jets, New England, Pittsburgh e Indianapolis da pós-temporada – provavelmente, com as melhores campanhas. Como campeão de divisão o Kansas City tem tudo para ficar com uma das vagas restantes (lembrando que San Diego e Denver não estão mortos, mas dificilmente a conferência oeste classificará dois). Por fim, Baltimore e Tennessee brigam pela última vaga, com ligeira vantagem para os Ravens – os torcedores do Houston terão de esperar por mais um ano.
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