Ainda pouco valorizado no Brasil, o Mundial Sub-20 que começa no sábado, no Canadá, é considerado pela própria Fifa como a segunda competição de seleções mais importante depois da Copa do Mundo. O torneio já revelou inúmeros talentos - Messi, da campeã Argentina em 2005, é só um exemplo. Considerando as revelações sobem cada vez mais cedo aos times principais, é pertinente prestarmos (muita) atenção no que acontece em gramados canadenses durante este mês. Afinal, o mínimo que se pode dizer é que a geração brasileira que disputa esse Mundial é uma das melhores desde a primeira edição, em 1977.
Seguem apresentações dos grupos, dois por dia, até sexta. Cravar palpites é difícil nesta categoria, ainda mais quando a cobertura da mídia é pequena. Mas é possível apontar, sempre considerando a margem de erro, favoritos aqui e ali.
Seguem apresentações dos grupos, dois por dia, até sexta. Cravar palpites é difícil nesta categoria, ainda mais quando a cobertura da mídia é pequena. Mas é possível apontar, sempre considerando a margem de erro, favoritos aqui e ali.
São seis grupos de quatro times, com os dois primeiros de cada chave, mais os quatro melhores terceiros, avançando às oitavas. A partir daí, mata-mata até a final. Aponto, portanto, meus dois maiores candidatos à vaga em cada chave. (Confira a tabela completa da competição no site da Fifa.)
Grupo A
Canadá
É costume apontar os países-sede, quando eles não têm muita tradição, como candidatos a surpresa apenas devido ao fato de jogar com a torcida. Mas o Canadá disputou quatro dos últimos cinco Mundiais Sub-20 – fruto de um investimento pesado nas categorias de base do esporte no país, que faz com que dez dos 21 convocados já atuem na Europa (especialmente Inglaterra e Alemanha). Em 2003, nos Emirados Árabes, os canadenses caíram apenas na prorrogação das quartas-de-final para a Espanha, que ficaria com o vice-campeonato. Em 2005 na Holanda foram eliminados na primeira fase. Mas uma vitória por 3 a 1 sobre o Brasil em um amistoso no ano passado mostra que o time tem potencial.
Olho nele: David Edgar (1,90m, 78kg, 20 anos) Zagueiro do Newcastle, esteve presente nas campanhas de 2003 e 2005 e já participa da seleção principal. Bom nas bolas aéreas e sabe atacar – marcou um gol no empate de 2 a 2 com o Manchester United nesta temporada.
Áustria
Assim como para outras equipes, a simples classificação para o Mundial já é motivo de comemoração para a Áustria, que participou pela última vez da competição em 1983, no México (pra se ter uma idéia, Polster fazia parte daquele time). A falta de experiência internacional da equipe ainda pesa: apenas o meia-atacante Martin Harnik joga fora do país (acaba de assinar um contrato com o Werder Bremen após uma temporada na equipe B). Ainda assim, o conjunto austríaco se mostrou sólido no europeu sub-19 da Polônia, que serviu de qualificatório. Uma vitória de 4 a 1 sobre a Bélgica carimbou o passaporte para o Canadá, mas uma derrota por 5 a 0 para os espanhóis na semifinal mostrou que o time é, sim, limitado. O grupo é complicado, mas um terceiro lugar e uma eventual classificação às oitavas seria excelente.
Olho nele: Erwin Hoffer (1,76m, 72kg, 20 anos) Considerada a principal promessa do país, o atacante do Rapid Vienna marcou quatro gols em três jogos na primeira fase do europeu sub-19. Possui boa precisão e força nos chutes, o que compensa a estatura abaixo dos padrões para a posição.
Chile
É fato que o futebol chileno tenta se renovar desde aquele time da Copa de 1998. Entretanto, por mais que o país tenha participado de duas das últimas três edições do Mundial Sub-20 (2001 e 2005), esta geração sim parece ser mais promissora. A safra é boa e além da estrela principal da companhia, Alexis Sanchez, outros jogadores fizeram uma boa campanha no Sul-Americano Sub-20 do Paraguai, em que o quarto lugar assegurou a vaga ao Mundial: o meia Arturo Vidal e o atacante Nicolas Medina apareceram entre os principais artilheiros da competição e Nicolas Larrondo é garantia de segurança na defesa. A superação no empate em 2 a 2 arrancado do Brasil na fase final, com um homem a menos, é uma demonstração de que essa equipe pode ir além das oitavas-de-final de dois anos atrás.
Olho nele: Aléxis Sanchez (1,68m, 70kg, 19 anos) Revelado pelo Cobreloa, Aléxis Sanchez é jogador da Udinese, mas está emprestado ao Colo-Colo. Meia extremamente habilidoso, já possui rodagem internacional: disputou Libertadores e faz parte de todas as seleções de base do Chile desde os 16 anos.
Congo
Sede do Africano Sub-20 que serviu de classificatório, Congo foi campeão continental batendo a vice-campeã mundial Nigéria e fará no Canadá sua estréia na categoria. A Federação Congolesa possui laços estreitos com o Auxerre, da primeira divisão francesa: quatro jogadores atuam pelo clube e o técnico, Eddie Hudanski, foi recomendado pelo vice-presidente da equipe, Gerard Bougoin. A base é a mesma que assegurou a vaga em fevereiro dentro de casa, com uma defesa vulnerável mas um trio de ataque interessante, formado por Nkounga, Tchilimbou e Fabrice Ondama, o astro da companhia.
Olho nele: Fabrice Nguessi Ondama (1,75m, 75kg, 19 anos) Melhor jogador do Africano Sub-20, Ondama (ou Nguessi, como deve aparecer na camisa durante a competição) é bastante veloz, o que já lhe rendeu comparações com o nigeriano John Utaka.
Grupo A
Canadá
É costume apontar os países-sede, quando eles não têm muita tradição, como candidatos a surpresa apenas devido ao fato de jogar com a torcida. Mas o Canadá disputou quatro dos últimos cinco Mundiais Sub-20 – fruto de um investimento pesado nas categorias de base do esporte no país, que faz com que dez dos 21 convocados já atuem na Europa (especialmente Inglaterra e Alemanha). Em 2003, nos Emirados Árabes, os canadenses caíram apenas na prorrogação das quartas-de-final para a Espanha, que ficaria com o vice-campeonato. Em 2005 na Holanda foram eliminados na primeira fase. Mas uma vitória por 3 a 1 sobre o Brasil em um amistoso no ano passado mostra que o time tem potencial.
Olho nele: David Edgar (1,90m, 78kg, 20 anos) Zagueiro do Newcastle, esteve presente nas campanhas de 2003 e 2005 e já participa da seleção principal. Bom nas bolas aéreas e sabe atacar – marcou um gol no empate de 2 a 2 com o Manchester United nesta temporada.
Áustria
Assim como para outras equipes, a simples classificação para o Mundial já é motivo de comemoração para a Áustria, que participou pela última vez da competição em 1983, no México (pra se ter uma idéia, Polster fazia parte daquele time). A falta de experiência internacional da equipe ainda pesa: apenas o meia-atacante Martin Harnik joga fora do país (acaba de assinar um contrato com o Werder Bremen após uma temporada na equipe B). Ainda assim, o conjunto austríaco se mostrou sólido no europeu sub-19 da Polônia, que serviu de qualificatório. Uma vitória de 4 a 1 sobre a Bélgica carimbou o passaporte para o Canadá, mas uma derrota por 5 a 0 para os espanhóis na semifinal mostrou que o time é, sim, limitado. O grupo é complicado, mas um terceiro lugar e uma eventual classificação às oitavas seria excelente.
Olho nele: Erwin Hoffer (1,76m, 72kg, 20 anos) Considerada a principal promessa do país, o atacante do Rapid Vienna marcou quatro gols em três jogos na primeira fase do europeu sub-19. Possui boa precisão e força nos chutes, o que compensa a estatura abaixo dos padrões para a posição.
Chile
É fato que o futebol chileno tenta se renovar desde aquele time da Copa de 1998. Entretanto, por mais que o país tenha participado de duas das últimas três edições do Mundial Sub-20 (2001 e 2005), esta geração sim parece ser mais promissora. A safra é boa e além da estrela principal da companhia, Alexis Sanchez, outros jogadores fizeram uma boa campanha no Sul-Americano Sub-20 do Paraguai, em que o quarto lugar assegurou a vaga ao Mundial: o meia Arturo Vidal e o atacante Nicolas Medina apareceram entre os principais artilheiros da competição e Nicolas Larrondo é garantia de segurança na defesa. A superação no empate em 2 a 2 arrancado do Brasil na fase final, com um homem a menos, é uma demonstração de que essa equipe pode ir além das oitavas-de-final de dois anos atrás.
Olho nele: Aléxis Sanchez (1,68m, 70kg, 19 anos) Revelado pelo Cobreloa, Aléxis Sanchez é jogador da Udinese, mas está emprestado ao Colo-Colo. Meia extremamente habilidoso, já possui rodagem internacional: disputou Libertadores e faz parte de todas as seleções de base do Chile desde os 16 anos.
Congo
Sede do Africano Sub-20 que serviu de classificatório, Congo foi campeão continental batendo a vice-campeã mundial Nigéria e fará no Canadá sua estréia na categoria. A Federação Congolesa possui laços estreitos com o Auxerre, da primeira divisão francesa: quatro jogadores atuam pelo clube e o técnico, Eddie Hudanski, foi recomendado pelo vice-presidente da equipe, Gerard Bougoin. A base é a mesma que assegurou a vaga em fevereiro dentro de casa, com uma defesa vulnerável mas um trio de ataque interessante, formado por Nkounga, Tchilimbou e Fabrice Ondama, o astro da companhia.
Olho nele: Fabrice Nguessi Ondama (1,75m, 75kg, 19 anos) Melhor jogador do Africano Sub-20, Ondama (ou Nguessi, como deve aparecer na camisa durante a competição) é bastante veloz, o que já lhe rendeu comparações com o nigeriano John Utaka.
Palpite do Grupo A: Canadá e Chile.
3 comentários:
caramba cara, sensacional.
sei bem pouco sobre os times, muito pouco mesmo.
parabéns pela iniciativa!
abraço
Muito bom saber mais sobre as seleções sub-20, cara, parabéns pela iniciativa.
Comentário maldoso: se o Congo tem laços com o Auxerre, isso quer dizer que não passa da primeira fase.
ola parabens pelo blog, estava procurando outra coisa quando achei esta tua materia, muito interessante.
ja que toquei no assunto gostaria de saber se tu tens o logo da mundial de clubes 2006 da fifa, em tamanho grande?
obrigado e mais uma vez parabens
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