quinta-feira, 28 de junho de 2007

Mundial Sub-20 - Canadá 2007 [parte 4 de 6]

Grupo D

Brasil

É difícil fugir dos clichês quando se fala do Brasil, mas fato é que a seleção é sim favorita ao título. E muito. A campanha no Sul-Americano não começou muito boa, mas o time cresceu no momento necessário, mostrando que tem capacidade de produzir sob pressão. A virada do grupo se deu na vitória por 3 a 1 sobre o Uruguai, com grande partida de Alexandre Pato. Há quem diga que é a melhor geração em muito tempo, e realmente parece ser. O grupo tem três adversários bem diferentes, o que pode ser ideal para esta equipe embalar, afinal experiência não falta – a maioria é titular em seus times.
Olho nele: Alexandre Pato (1,79m, 71kg, 18 anos) Ok, não dá pra falar “olho nele” no Brasil, afinal todo mundo conhece os jogadores. Lucas também seria um nome a apontar, mas foi cortado às vésperas da estréia por contusão. Portanto, é de Pato que se espera muito. O garoto não deve sentir a pressão e também é forte candidato a estrela do torneio.

Coréia do Sul
Presença constante nos Mundiais Sub-20, a Coréia do Sul dificilmente passa da primeira fase. E, embora o time de Dong Hyun Cho possa render alguns bons frutos para os profissionais nos próximos anos, ainda falta rodagem para os jogadores. As atenções no país se voltam mais para a geração do Sub-17, que sediará o Mundial deste ano, e apesar de uma campanha irrepreensível na primeira fase do qualificatório, os coreanos foram eliminados pelo Japão na semifinal, após disputa de pênaltis.
Olho nele: Young Sung Shim (1,78m, 70kg, 20 anos) Artilheiro do time no Asiático Sub-20 com cinco gols em cinco jogos. A expectativa sobre este atacante é grande, e ele ainda nem marcou seu primeiro gol como profissional no Jeju United. Outra aposta é Tae Goon Ha, um parrudo atacante de 1,87m que estreou bem no time do Suwon Bluewings nesta temporada.

Polônia
A Polônia sediou o Campeonato Europeu Sub-19 no ano passado, que serviu de qualificatório para o Mundial. Mesmo assim, sequer passou da primeira fase e só garantiu a vaga no Canadá por ter ficado em terceiro lugar no grupo. Olhando por este panorama, os poloneses poderiam ser considerados meros figurantes. Mas alguns dos comandados de Michal Globisz já despertaram interesse de grandes times da Europa: o atacante Krzysztof Krol já é do Real Madri e o goleiro Wojciech Szczesny possui contrato com o Arsenal. Dá pra sonhar com uma vaga nas oitavas.
Olho nele: Dawid Janczyk (1,81m, 80kg, 19 anos) É quase unanimidade que Janczyk é o astro da companhia. Campeão polonês com o Legia Varsóvia, marcou três gols na única vitória polonesa no Europeu Sub-19 (4 a 1 sobre a Bélgica). Seu posicionamento e habilidade de finalização já o renderam comparações à lenda polonesa Boniek e uma convocação para amistoso na seleção principal já em março de 2006.

Estados Unidos
Já é chover no molhado dizer que o futebol estadunidense evoluiu. Mas o fato é que, nos últimos anos, os resultados das categorias de base são extremamente animadores. No que pese a pouca experiência internacional (que aos poucos vai sendo ampliada, com alguns jogadores já aparecendo na Europa), os Estados Unidos ficaram em primeiro em suas chaves na primeira fase dos Mundiais Sub-17 e Sub-20 de 2005, desbancando times como Itália e Argentina. Falta o passo adiante, pois ambas caíram no primeiro mata-mata. Mas boa parte da equipe do Sub-17 vai para o Canadá, além da eterna promessa Freddy Adu, que aos 18 anos chega para disputar, acreditem, o seu terceiro Mundial Sub-20 – um recorde. Time pra avançar, o técnico Thomas Rongen tem. Resta saber até onde vai.
Olho nele: Freddy Adu (1,72m, 66kg, 18 anos) Brincadeiras à parte, Adu é o jovem mais veterano do futebol mundial. A expectativa em cima do garoto é enorme desde seus 15 anos, e de candidato a estrela os holofotes quase o transformaram em eterna promessa. Adu definitivamente ainda não “estourou”, é muito garoto e sua habilidade é proporcional à expectativa e à cobrança impostas a ele, chegando ao absurdo de o Sub-20 do Canadá ser considerado a última chance de um garoto de apenas 18 anos, que normalmente deveria estar iniciando a carreira.

Palpite do Grupo D: Brasil e Estados Unidos

2 comentários:

Arthur Virgílio disse...

Já li alguma coisa em cima desse Addu, onde ele está jogando. O Brasil está repleto de craques, resta saber se o hononimo do grande escritor brasileiro conseguirá montar uma forte equipe.

Anônimo disse...

O Adu deve ser gato, não é possível! O cara é mais novo que eu e, mesmo assim, eu SEMPRE escutei falar dele.

O Brasil tem tudo para fazer um belo Mundial, mas a ausência de Lucas diminui um pouco a qualidade do time.