segunda-feira, 19 de julho de 2010

Jabulani - a bola mais famosa de todos os tempos


A Jabulani já parou de rolas em gramados sul-africanos. Ela atrapalhou a vida de muitos goleiros, foi criticada por quase todos os jogadores e ficou mais famosa que muitos deles, e já deixa saudades. Ela já é, de fato, a bola mais famosa da história - a única a entrar para a eternidade conhecida por seu nome. Não é uma bola, é A bola, a JABULANI.

Em 2014, a Adidas, fabricante da pelota, fará outro modelo para a Copa do Brasil - que pode até se chamar SAMBA, por que não? Em 1978, a bola da Copa da Argentina foi a Tango, e eles venceram. Mas em breve, Jabulani virará até um apelido que se incorporará ao vocabulário do futebol. Uma bola inalcançável, um chute indefensável, uma falha imperdoável - tudo isto será JABULANI.

Nós já vimos muito bem o que a Jabulani faz e do que ela é capaz. Mas, afinal, o que faz da Jabulani esta bola com personalidade própria? Como se faz, afinal, uma Jabulani?



Nomeada no idioma Bantu isiZulu, com o significado de "celebrar" o modelo apresenta design com inspiração sul-africana e tecnologia radicalmente nova. O recém-desenvolvido perfil “Grip’n’Groove” oferece uma bola que permite um vôo excepcionalmente estável e perfeita aderência em todas as condições climáticas.

Composta por apenas oito gomos em 3-D, soldados termicamente, que pela primeira vez foram moldados esfericamente, a bola é perfeitamente redonda e mais precisa do que nunca - ao menos é o que a Adidas diz. Os círculos do perfil Grip’n’Groove ao redor de toda a bola produzem uma perfeita forma aerodinâmica.

As ranhuras integradas proporcionam características de vôo inigualável, tornando a bola mais estável e mais precisa. "A inovadora característica de performance foi confirmada em testes de informação e comparação global da Universidade de Loughborough, na Inglaterra, em inúmeros controles de túnel de vento e no laboratório de futebol da adidas em Scheinfeld, Alemanha", afirma a fabricante.

Para a produção de uma bola, são utilizados gomos 3D em EVA, uma câmara laranja com válvula, materiais de poléster, algodão e TPU, além das tintas, cola e compostos de látex.

No total, são 34 processos, divididos em cinco etapas: a primeira corresponde à armação, algo como a fabricação do "chassi" da Jabulani. A tela é mecanizada através de estiramento, laminação com látex e secagem. Os painéis são cortados automaticamente e a armação é costurada e virada, antes da introdução da câmara. Há então a pesagem de controle, cobertura de látex adesivo na armação e secagem da armação em canal quente.

Separadamente, os gomos 3D em EVA são preparados. São quatro tripés e quatro triângulos, cortados no molde, limpos e colados.

Em outro processo, o TPU, que é a película transparente que reveste a bola, conferindo-lhe características aerodinâmicas e de impermeabilidade únicas, é cortado e recebe as impressões do logo da Copa, das cores e do desenho da bola. Há então o recorte no formato dos gomos e a colagem de alta frequência em vácuo com os painéis de EVA, que dão o visual externo da bola.

O encaixe final da bola é feito parte manualmente, parte em máquinas. Funcionários pegam as metades formadas pelos painéis de EVA+TPU e colocam em máquinas-molde, junto com a parte interna da bola, que contém a armação e a câmara.

A máquina então faz a soldagem térmica dos moldes com pressão de ar, e as bolas estão prontas. Elas ficam ainda armazenadas em um túnel por 24 horas para esfriamento, antes de serem inspecionadas para conferência de peso, circunferência, pressão, inspeção visual de colagem, textura, ranhuras e gráficos. As dimensões finais da Jabulani são de 69 cm de circunferência e 440 gramas de peso.


Veja no vídeo abaixo como funciona todo o processo:



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