Passada a euforia da Copa, entre Jabulanis, polvos adivinhos e modelos paraguaias (com tudo original, la garantia soy yo), é hora de olharmos para trás e vermos como foi a 19ª Copa do Mundo - seus destaques, heróis, vilões, surpresas e decepções.
De cara, a impressão que fica do primeiro mundial em solo africano é que a nova ordem mundial chegou de fato ao futebol. Foi uma Copa de tabus quebrados: a primeira sem os quatro grandes (Alemanha, Argentina, Brasil e Itália) na final; a primeira em que o anfitrião não passou da primeira fase (Parreira feelings); a primeira que um time europeu venceu fora de seu continente; e a primeira conquista espanhola, entrando para o seleto clube de campeões mundiais, expandido agora a oito integrantes.
Foi uma Copa de poucos gols: 145 em 64 partidas, uma média de 2,27, a segunda pior dos Mundiais, atrás apenas da fatídica Copa de 90. De fato, a média de gols vem caindo a cada Copa após o aumento do número de seleções para 32, o que pode ser entendido como fruto do defensivismo exagerado de seleções fracas que agora conseguem um lugar na Copa e que, por medo de serem goleadas, acabam se fechando.
Mas a média de gols baixa foi culpa principalmente da primeira rodada, quando ocorreram seis empates (dois em 0 a 0) e, excluindo a Alemanha, nenhuma seleção fez mais de dois gols. Foram jogos fracos, sem graça e com muita cautela, em que ninguém queria perder na estreia. No total, 25 gols em 16 jogos, na pior primeira rodada da história dos Mundiais - apenas 1,56 gol por jogo.
Vamos então ao início desta retrospectiva, falando dos grupos A a D:
Grupo A
Jogos
11/06 –África do Sul 1x1 México (Tshabalala / Márquez)
11/06 –Uruguai 0x0 França
16/06 –África do Sul 0x3 Uruguai (Forlán (2), A. Pereira)
17/06 –França 0x2 México (Hernandez, Blanco)
22/06 –França 1x2 África do Sul (Malouda / Khumalo, Mphela)
22/06 –México 0x1 Uruguai (Suárez)
Tido como a chave mais imprevisível da primeira fase, o Grupo A mostrou seu equilíbrio logo na rodada inaugural, com dois empates. Havia muita expectativa sobre a classificação ou não do time de Parreira, e a África do Sul fez um jogo interessante e muito movimentado com o México, na abertura (de fato, um dos melhores da enfadonha primeira rodada). Por outro lado, Uruguai e França fizeram uma partida sem grandes oportunidades e de nível muito baixo, mas que após várias outras partidas fracas até que não pareceu tão ruim assim.
O Uruguai começou a mostrar sua força na segunda rodada, dominando a partida contra a África do Sul. O técnico Oscar Tabárez alterou a escalação da equipe, desistindo do esquema com três zagueiros e recuando Forlán pra a posição de "enganche", fazendo a ligação com o ataque. O resultado foi favorável e a vitória por 3 a 0 praticamente colocou os uruguaios na segunda fase, e os anfitriões fora da disputa, principalmente porque o México, dominando toda a partida, venceu com tranquilidade a perdida França, envolta em brigas internas.
Na última rodada, apenas um milagre classificaria os Bafana Bafana, e por pouco ele aconteceu: a África do Sul vencia a França por 2 a 0, em uma performance surpreendente, e o Uruguai derrotava o México por 1 a 0. Mais um gol em cada partida selaria uma classificação histórica, mas ela não veio. Ao final, avançaram os dois times mais bem organizados, e o time de Parreira foi aplaudido pelo esforço.
Melhor jogador: Diego Forlán (URU)
Pior jogador: Patrice Evra (FRA)
Artilheiro: Diego Forlán (URU) - 2 gols
Momento inesquecível: A festa sul-africana no jogo de abertura, com a entrada do time em campo e a dança após o gol de Tshabalala.
Momento esquecível: Raymond Domenech recusando o aperto de mão a Parreira após a derrota que eliminou a França na primeira fase.
Grupo B
Jogos
12/06 - Coreia do Sul 2x0 Grécia (Lee Jung-So, Park Ji-Sung)
12/06 - Argentina 1x0 Nigéria (Heinze)
17/06 - Argentina 4x1 Coreia do Sul (Park Chu-Young (C), Higuain (3) / Lee Chung-Yong)
17/06 - Grécia 2x1 Nigéria (Salpigidis, Torosidis / Uche)
22/06 - Grécia 0x2 Argentina (Demichelis, Palermo)
22/06 - Nigéria 2x2 Coreia do Sul (Uche, Yakubu / Lee-Jung So, Park Chu-Young)
Pela forma recente de seus jogadores e pelos resultados dos amistosos, se esperava pouca resistência ao time argentino no Grupo B, e foi o que realmente aconteceu: três vitórias tranquilas, sem o time ser ameaçado em nenhum momento, e classificação tranquila com a melhor campanha da primeira fase. A sensação é de que Messi ficou devendo, por não ter marcado nenhum gol, mas algumas jogadas de efeito foram suficientes para que ele fosse o destaque do Grupo.
Na briga direta pela segunda vaga, houve muito equilíbrio, como esperado. A Coreia do Sul surpreendeu gregos e nigerianos, supostamente favoritos, com um futebol rápido e de qualidade, graças especialmente aos habilidosos Park Ji-Sung, meia do Manchester United, e Park Chu-Young, atacante do Monaco. Eles foram os destaques na vitória sobre a Grécia e, ainda que o time tenha sido goleado pela Argentina, o empate com a Nigéria foi suficiente e fez justiça com a segunda melhor equipe do grupo.
A Nigéria, de quem se esperava muito por ser do continente africano, mostrou um futebol pobre em ideias, e foi derrotada até mesmo pela excessivamente defensiva Grécia, que precisando vencer a Argentina para se classificar, permaneceu na retranca, graças à teimosia do técnico Otto Rehhagel. Foi o grupo com mais gols marcados na primeira fase, ao lado do Grupo G, com 17.
Melhor jogador:Lionel Messi (ARG)
Pior jogador: Demichelis (ARG)
Artilheiro: Higuaín (ARG) - 3 gols
Momento inesquecível: A vibração grega pelo primeiro gol e a primeira vitória na história das Copas.
Momento esquecível: O incrível gol perdido por Yakubu na partida contra a Coreia do Sul, o gol mais perdido dos Mundiais.
Grupo C
Jogos
12/06 – Inglaterra 1x1 Estados Unidos (Gerrard / Dempsey)
13/06 - Argélia 0x1 Eslovênia (Koren)
18/06 – Inglaterra 0x0 Argélia
18/06 – Eslovênia 2x2 Estados Unidos (Birsa, Ljubijankic / Donovan, Bradley)
23/06 – Eslovênia 0x1 Inglaterra (Defoe)
23/06 – Estados Unidos 1x0 Argélia (Donovan)
Era pra ser um grupo fácil, apenas para cumprir tabela. Era. Basta lembrar os grupos em que a Inglaterra era cabeça de chave nos últimos Mundiais para se lembrar dos tropeços e jogos sem graça: em 2006, 10 gols marcados em 6 jogos; em 1998, 11 gols; e em 1990, o grupo dos cinco empates, sete gols em seis partidas e classificação decidida na moedinha. De fato, a Inglaterra enfeia a Copa do Mundo.
Na estreia, uma partida até movimentada contra o bom time dos Estados Unidos, mas num frangaço do goleiro Green veio o empate. Depois, um desempenho deprimente contra a fraca e retrancada Argélia terminou em um enfadonho 0 a 0. Precisando vencer para se classificar, o English Team foi com tudo para cima da Eslovênia e consegui apenas uma magra vitória por 1 a 0. Fato: de 90 pra cá, os ingleses marcaram três gols num jogo de Copa apenas nas quartas de final na Itália e nas oitavas, em 2002.
Com isso, o caminho ficou aberto para os Estados Unidos, que demonstraram um futebol rápido, de toque de bola, copiando o estilo brasileiro. Os reis da recuperação buscaram o empate com a Eslovênia e venceram a Argélia no finzinho, para vencerem o grupo e chegarem com moral às oitavas, com Donovan sendo talvez o melhor jogador da primeira fase. A Eslovênia bem que tentou, e após vitória sobre a Argélia em jogo fraquíssimo chegou à última rodada precisando de um empate para se classificar, mas deu tudo errado. Aos argelinos, o consolo de terem segurado os ingleses na Cidade do Cabo.
Melhor jogador: Landon Donovan (EUA)
Pior jogador: Faouzi Chaouchi (ALG)
Artilheiro: Landon Donovan (EUA) - 2 gols
Momento inesquecível: O gol norte-americano nos acréscimos, valendo a vitória e a classificação às oitavas.
Momento esquecível: Os frangos de Green e Chaouchi, bem como todo o jogo entre Argélia e Eslovênia.
Grupo D
Jogos
13/06 - Sérvia 0x1 Gana (Gyan)
13/06 - Alemanha 4x0 Austrália (Podolski, Klose, Müller, Cacau)
18/06 - Alemanha 0x1 Sérvia (Jovanovic)
19/06 - Gana 1x1 Austrália (Gyan / Holman)
23/06 - Gana 0x1 Alemanha (Özil)
23/06 - Austrália 2x1 Sérvia (Cahill, Holman / Pantelic)
Muito se falava do Grupo G, mas o Grupo D foi verdadeiramente o grupo da morte: jogos parelhos e com quatro equipes que chegaram à ultima rodada com chances reais de classificação - e, ao analisar friamente, as quatro mereciam estar nas oitavas. De fato, foi uma chave tão forte que conseguiu ser a única a colocar seus dois classificados nas quartas de final.
A Alemanha demonstrou um futebol ofensivo e veloz na goleada sobre a Austrália, mas acabou derrotada para a Sérvia graças à expulsão de Klose e ao pênalti perdido por Podolski. Os jogos entre Alemanha, Gana e Sérvia foram bastante equilibrados, com cada time vencendo um por 1 a 0. As partidas contra a Austrália foram determinantes para a classificação: a Alemanha goleou e terminou em primeiro; Gana empatou e ficou em segundo; e a Sérvia perdeu e acabou em quarto lugar.
Gana mereceu a classificação por ser um time forte fisicamente mas muito aplicado taticamente, mesmo sendo o elenco mais jovem do Mundial. A Sérvia baseou-se no tradicional 4-4-2, com muita marcação e pouca criatividade - um futebol dispensável, jogado pela maioria das seleções europeias de segundo escalão. E a Austrália arriscou-se contra a Alemanha, foi goleada e pagou o preço, ficando de fora mesmo após boas exibições.
Melhor jogador: Thomas Müller (ALE)
Pior jogador: Harry Kewell (AUS)
Artilheiro: Gyan (GAN) e Holman (AUS) - 2 gols
Momento inesquecível: A comemoração de Jovanovic no gol que garantiu a vitória sobre os alemães, pulando o fosso e literalmente indo para a galera, e a gravata do técnico Milovan Rajevac, nas berrantes cores da bandeira de Gana.
Momento esquecível: Atuação alemã na derrota para Sérvia: Klose expulso com dois amarelos em 37 minutos e Podolski perdendo um pênalti. Foi a primeira derrota da Alemanha na primeira fase desde a Copa de 86.
De cara, a impressão que fica do primeiro mundial em solo africano é que a nova ordem mundial chegou de fato ao futebol. Foi uma Copa de tabus quebrados: a primeira sem os quatro grandes (Alemanha, Argentina, Brasil e Itália) na final; a primeira em que o anfitrião não passou da primeira fase (Parreira feelings); a primeira que um time europeu venceu fora de seu continente; e a primeira conquista espanhola, entrando para o seleto clube de campeões mundiais, expandido agora a oito integrantes.
Foi uma Copa de poucos gols: 145 em 64 partidas, uma média de 2,27, a segunda pior dos Mundiais, atrás apenas da fatídica Copa de 90. De fato, a média de gols vem caindo a cada Copa após o aumento do número de seleções para 32, o que pode ser entendido como fruto do defensivismo exagerado de seleções fracas que agora conseguem um lugar na Copa e que, por medo de serem goleadas, acabam se fechando.
Mas a média de gols baixa foi culpa principalmente da primeira rodada, quando ocorreram seis empates (dois em 0 a 0) e, excluindo a Alemanha, nenhuma seleção fez mais de dois gols. Foram jogos fracos, sem graça e com muita cautela, em que ninguém queria perder na estreia. No total, 25 gols em 16 jogos, na pior primeira rodada da história dos Mundiais - apenas 1,56 gol por jogo.
Vamos então ao início desta retrospectiva, falando dos grupos A a D:
Grupo A
Jogos
11/06 –África do Sul 1x1 México (Tshabalala / Márquez)
11/06 –Uruguai 0x0 França
16/06 –África do Sul 0x3 Uruguai (Forlán (2), A. Pereira)
17/06 –França 0x2 México (Hernandez, Blanco)
22/06 –França 1x2 África do Sul (Malouda / Khumalo, Mphela)
22/06 –México 0x1 Uruguai (Suárez)
Tido como a chave mais imprevisível da primeira fase, o Grupo A mostrou seu equilíbrio logo na rodada inaugural, com dois empates. Havia muita expectativa sobre a classificação ou não do time de Parreira, e a África do Sul fez um jogo interessante e muito movimentado com o México, na abertura (de fato, um dos melhores da enfadonha primeira rodada). Por outro lado, Uruguai e França fizeram uma partida sem grandes oportunidades e de nível muito baixo, mas que após várias outras partidas fracas até que não pareceu tão ruim assim.
O Uruguai começou a mostrar sua força na segunda rodada, dominando a partida contra a África do Sul. O técnico Oscar Tabárez alterou a escalação da equipe, desistindo do esquema com três zagueiros e recuando Forlán pra a posição de "enganche", fazendo a ligação com o ataque. O resultado foi favorável e a vitória por 3 a 0 praticamente colocou os uruguaios na segunda fase, e os anfitriões fora da disputa, principalmente porque o México, dominando toda a partida, venceu com tranquilidade a perdida França, envolta em brigas internas.
Na última rodada, apenas um milagre classificaria os Bafana Bafana, e por pouco ele aconteceu: a África do Sul vencia a França por 2 a 0, em uma performance surpreendente, e o Uruguai derrotava o México por 1 a 0. Mais um gol em cada partida selaria uma classificação histórica, mas ela não veio. Ao final, avançaram os dois times mais bem organizados, e o time de Parreira foi aplaudido pelo esforço.
Melhor jogador: Diego Forlán (URU)
Pior jogador: Patrice Evra (FRA)
Artilheiro: Diego Forlán (URU) - 2 gols
Momento inesquecível: A festa sul-africana no jogo de abertura, com a entrada do time em campo e a dança após o gol de Tshabalala.
Momento esquecível: Raymond Domenech recusando o aperto de mão a Parreira após a derrota que eliminou a França na primeira fase.
Grupo B
Jogos
12/06 - Coreia do Sul 2x0 Grécia (Lee Jung-So, Park Ji-Sung)
12/06 - Argentina 1x0 Nigéria (Heinze)
17/06 - Argentina 4x1 Coreia do Sul (Park Chu-Young (C), Higuain (3) / Lee Chung-Yong)
17/06 - Grécia 2x1 Nigéria (Salpigidis, Torosidis / Uche)
22/06 - Grécia 0x2 Argentina (Demichelis, Palermo)
22/06 - Nigéria 2x2 Coreia do Sul (Uche, Yakubu / Lee-Jung So, Park Chu-Young)
Pela forma recente de seus jogadores e pelos resultados dos amistosos, se esperava pouca resistência ao time argentino no Grupo B, e foi o que realmente aconteceu: três vitórias tranquilas, sem o time ser ameaçado em nenhum momento, e classificação tranquila com a melhor campanha da primeira fase. A sensação é de que Messi ficou devendo, por não ter marcado nenhum gol, mas algumas jogadas de efeito foram suficientes para que ele fosse o destaque do Grupo.
Na briga direta pela segunda vaga, houve muito equilíbrio, como esperado. A Coreia do Sul surpreendeu gregos e nigerianos, supostamente favoritos, com um futebol rápido e de qualidade, graças especialmente aos habilidosos Park Ji-Sung, meia do Manchester United, e Park Chu-Young, atacante do Monaco. Eles foram os destaques na vitória sobre a Grécia e, ainda que o time tenha sido goleado pela Argentina, o empate com a Nigéria foi suficiente e fez justiça com a segunda melhor equipe do grupo.
A Nigéria, de quem se esperava muito por ser do continente africano, mostrou um futebol pobre em ideias, e foi derrotada até mesmo pela excessivamente defensiva Grécia, que precisando vencer a Argentina para se classificar, permaneceu na retranca, graças à teimosia do técnico Otto Rehhagel. Foi o grupo com mais gols marcados na primeira fase, ao lado do Grupo G, com 17.
Melhor jogador:Lionel Messi (ARG)
Pior jogador: Demichelis (ARG)
Artilheiro: Higuaín (ARG) - 3 gols
Momento inesquecível: A vibração grega pelo primeiro gol e a primeira vitória na história das Copas.
Momento esquecível: O incrível gol perdido por Yakubu na partida contra a Coreia do Sul, o gol mais perdido dos Mundiais.
Grupo C
Jogos
12/06 – Inglaterra 1x1 Estados Unidos (Gerrard / Dempsey)
13/06 - Argélia 0x1 Eslovênia (Koren)
18/06 – Inglaterra 0x0 Argélia
18/06 – Eslovênia 2x2 Estados Unidos (Birsa, Ljubijankic / Donovan, Bradley)
23/06 – Eslovênia 0x1 Inglaterra (Defoe)
23/06 – Estados Unidos 1x0 Argélia (Donovan)
Era pra ser um grupo fácil, apenas para cumprir tabela. Era. Basta lembrar os grupos em que a Inglaterra era cabeça de chave nos últimos Mundiais para se lembrar dos tropeços e jogos sem graça: em 2006, 10 gols marcados em 6 jogos; em 1998, 11 gols; e em 1990, o grupo dos cinco empates, sete gols em seis partidas e classificação decidida na moedinha. De fato, a Inglaterra enfeia a Copa do Mundo.
Na estreia, uma partida até movimentada contra o bom time dos Estados Unidos, mas num frangaço do goleiro Green veio o empate. Depois, um desempenho deprimente contra a fraca e retrancada Argélia terminou em um enfadonho 0 a 0. Precisando vencer para se classificar, o English Team foi com tudo para cima da Eslovênia e consegui apenas uma magra vitória por 1 a 0. Fato: de 90 pra cá, os ingleses marcaram três gols num jogo de Copa apenas nas quartas de final na Itália e nas oitavas, em 2002.
Com isso, o caminho ficou aberto para os Estados Unidos, que demonstraram um futebol rápido, de toque de bola, copiando o estilo brasileiro. Os reis da recuperação buscaram o empate com a Eslovênia e venceram a Argélia no finzinho, para vencerem o grupo e chegarem com moral às oitavas, com Donovan sendo talvez o melhor jogador da primeira fase. A Eslovênia bem que tentou, e após vitória sobre a Argélia em jogo fraquíssimo chegou à última rodada precisando de um empate para se classificar, mas deu tudo errado. Aos argelinos, o consolo de terem segurado os ingleses na Cidade do Cabo.
Melhor jogador: Landon Donovan (EUA)
Pior jogador: Faouzi Chaouchi (ALG)
Artilheiro: Landon Donovan (EUA) - 2 gols
Momento inesquecível: O gol norte-americano nos acréscimos, valendo a vitória e a classificação às oitavas.
Momento esquecível: Os frangos de Green e Chaouchi, bem como todo o jogo entre Argélia e Eslovênia.
Grupo D
Jogos
13/06 - Sérvia 0x1 Gana (Gyan)
13/06 - Alemanha 4x0 Austrália (Podolski, Klose, Müller, Cacau)
18/06 - Alemanha 0x1 Sérvia (Jovanovic)
19/06 - Gana 1x1 Austrália (Gyan / Holman)
23/06 - Gana 0x1 Alemanha (Özil)
23/06 - Austrália 2x1 Sérvia (Cahill, Holman / Pantelic)
Muito se falava do Grupo G, mas o Grupo D foi verdadeiramente o grupo da morte: jogos parelhos e com quatro equipes que chegaram à ultima rodada com chances reais de classificação - e, ao analisar friamente, as quatro mereciam estar nas oitavas. De fato, foi uma chave tão forte que conseguiu ser a única a colocar seus dois classificados nas quartas de final.
A Alemanha demonstrou um futebol ofensivo e veloz na goleada sobre a Austrália, mas acabou derrotada para a Sérvia graças à expulsão de Klose e ao pênalti perdido por Podolski. Os jogos entre Alemanha, Gana e Sérvia foram bastante equilibrados, com cada time vencendo um por 1 a 0. As partidas contra a Austrália foram determinantes para a classificação: a Alemanha goleou e terminou em primeiro; Gana empatou e ficou em segundo; e a Sérvia perdeu e acabou em quarto lugar.
Gana mereceu a classificação por ser um time forte fisicamente mas muito aplicado taticamente, mesmo sendo o elenco mais jovem do Mundial. A Sérvia baseou-se no tradicional 4-4-2, com muita marcação e pouca criatividade - um futebol dispensável, jogado pela maioria das seleções europeias de segundo escalão. E a Austrália arriscou-se contra a Alemanha, foi goleada e pagou o preço, ficando de fora mesmo após boas exibições.
Melhor jogador: Thomas Müller (ALE)
Pior jogador: Harry Kewell (AUS)
Artilheiro: Gyan (GAN) e Holman (AUS) - 2 gols
Momento inesquecível: A comemoração de Jovanovic no gol que garantiu a vitória sobre os alemães, pulando o fosso e literalmente indo para a galera, e a gravata do técnico Milovan Rajevac, nas berrantes cores da bandeira de Gana.
Momento esquecível: Atuação alemã na derrota para Sérvia: Klose expulso com dois amarelos em 37 minutos e Podolski perdendo um pênalti. Foi a primeira derrota da Alemanha na primeira fase desde a Copa de 86.
Nenhum comentário:
Postar um comentário