terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brasil de Mano joga como gente grande, vence EUA e inicia resgate do bom futebol


Com uma exibição que, além de sorrisos, despertou um enorme "SE" na cabeça do torcedor, a seleção brasileira venceu os Estados Unidos por 2 a 0, em New Jersey, na estreia de Mano Menezes como técnico. Afinal, quantos não pensaram, após o futebol bem apresentado, que a história do Brasil na Copa de 2010 poderia ser muito diferente se jogadores como estes estivessem no grupo?

Primeiro tempo

Brasil no 4-2-3-1 quase 4-3-3; EUA no 4-4-2 da Copa

Como esperado, o time brasileiro começou a partida ansioso e nervoso - natural para uma equipe que tinha quatro estreantes. Entrosados por conterem no elenco 15 participantes da boa campanha na Copa do Mundo, os Estados Unidos começaram pressionando, com Donovan atuando mais à frente, como atacante (diferente do meia aberto pela direita que foi na África do Sul), e em um momento de hesitação de David Luiz, por pouco não abriu o placar nos minutos iniciais.

Aos poucos, o Brasil se acalmou na partida e a troca de passes, pedida constantemente por Mano Menezes, começou a fluir. Lucas e Ramires acertaram a marcação no meio e os Estados Unidos passaram a ter mais dificuldades em criar jogadas. Outro ponto que parece ser característica deste time do ex-técnico do Corinthians é a constante troca de posições: inicialmente mal, David Luiz foi para a direita, enquanto Thiago Silva passou para a esquerda.

A dupla inverteu bastante durante a primeira etapa, assim como Neymar e Robinho, abertos pelos lados. E foi pelos lados que saiu o primeiro gol, aos 27, em boa assistência de André Santos, que cruzou na medida para Neymar - na direita, exatamente após troca com Robinho. Mais emblemático para a "era Mano Menezes", impossível.

Após o gol, o Brasil passou a dominar e só não ampliou com Pato quatro minutos depois porque o atacante do Milan empurrou Howard na dividida final. Contudo, o gol viria mais tarde: Já nos acréscimos, Ganso toca para Ramires, que lança na medida para o ex-marido de Stephany Brito driblar Howard e tocar para o fundo das redes. Vitória parcial mais que merecida.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, os Estados Unidos promoveram três mudanças (inclusive no gol), mas o jogo pouco se alterou nos primeiros quinze minutos: domínio brasileiro, com ainda mais velocidade nas trocas de passes, e até mesmo aumento na dificuldade da seleção norte-americana de chegar à área brasileira.

Aos 14, Ramires, que pareceu sentir alguma pequena lesão, deu lugar a Hernanes. O Brasil tirou um pouco o pé e tocou mais a bola, e Hernanes avançou mais que Ramires fazia. Em determinado momento, a seleção brasileira trocava passes com oito jogadores no campo de ataque, e todo o time estadunidense marcava atrás da linha da bola.

Com muitas mudanças, o Brasil passou a cadenciar o jogo, e por pouco não ampliou em chutes de Ganso e Robinho na trave, além de chance incrível perdida por Carlos Eduardo. A nota triste ficou pela contusão de Ederson, que jogou apenas trinta segundos e saiu. Daniel Alves, muito mal tanto defensiva quanto ofensivamente, era o único a destoar do restante.

Ao final, fica um saldo imensamente positivo da vontade de vencer da equipe, do resgate do bom futebol e, principalmente, da certeza de que este time ainda pode evoluir muito, por ser um time extremamente jovem e que ainda sequer entrosou completamente.

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