O Brasileirão ainda nem engrenou e já chegamos praticamente a um terço do campeonato. Por isso, nada melhor que analisar o desempenho das equipes nas últimas rodadas e traçar um panorama do que pode acontecer na virada de turno. Com muitas novidades nos elencos após a pausa da Copa do Mundo e a abertura da janela de transferências internacionais, os times vêm bastante alterados e o equilíbrio de forças pode mudar.
A nota negativa é a escassez de gols: temos, a esta altura, a pior média desde 2006, com apenas 300 gols e 2,5 por partida. Os artilheiros estão modestos, e com seis gols, é o menor índice de artilharia também dos últimos cinco anos. Apenas como comparação, enquanto Avaí e Corinthians têm os melhores ataques do certame com 21 tentos anotados, os mesmos 21 gols confeririram a eles apenas a sexta colocação entre os ataques mais produtivos no ano passado.
Como de costume desde 2007, nossa análise se baseia no período de quatro rodadas. Entretanto, como o calendário ficou dividido, faremos uma revisão excepcional de cinco rodadas desta vez, da 8ª à 12ª. Quem aparece com força é o Fluminense de Muricy Ramalho, que não parece ter sentido o peso de dizer "não" à seleção e manteve seu sólido trabalho no Tricolor. O Flu é hoje um time coeso, que possui uma estrutura definida, de velocidade e forte marcação. Ainda que Muricy precise corrigir a enorme dependência de Conca e atentar às limitações do lento André Luís, a equipe assume a liderança com 26 pontos, a melhor pontuação dos últimos cinco anos (empatado com o São Paulo'06 e o Fla'08), já abre sete pontos para o primeiro time fora da zona de classificação para a Libertadores e vai acumulando gordura.
Com campanha similar, mas em queda de produção nos últimos jogos, o Corinthians vem logo um ponto atrás. O time que vinha vencendo mesmo sem jogar bem não teve tanta sorte em Goiânia, e foi o último invicto a cair, na 10ªrodada. Com a saída de Mano para a seleção e a chegada de Adílson Batista, o grupo que já era muito entrosado precisará de algum tempo para se adaptar ao estilo do novo comandante, que já alterou levemente o sistema de jogo, do 4-2-3-1 para o 4-3-1-2.
Outra equipe que aproveitou muito bem a pausa da Copa do Mundo foi o Inter: a chegada de Celso Roth levantou muitas dúvidas no Beira Rio, mas o rei do primeiro turno venceu quatro partidas e empatou um Gre-Nal em que o foco estava na Libertadores, conquistando 13 de 15 pontos possívels no período e a melhor campanha do retorno. O Inter subiu da 16ª posição antes da Copa para um consolidado terceiro lugar, num momento importante em que outras equipes abdicaram do campeonato, em anos recentes.
Grandes preocupações
Por outro lado, a pausa do Mundial não foi benéfica a algumas equipes: o Guarani, que vinha em quinto lugar, viu o artilheiro Roger ser negociado e não mais venceu desde então, caindo para 12º lugar. Da mesma forma, o Goiás sofreu com os problemas psicológicos de seu elenco e seu instável treinador, acumulou duas derrotas seguidas nas últimas rodadas e despencou do 7º para o 17º lugar.
Pior mesmo, só o Grêmio, que segue com a maior série de jogos sem vitória do campeonato até aqui: já são seis, desde o triunfo sobre o Atlético-MG na 6ª rodada. O time de Silas, que segue muito pressionado, caiu da 13ª para a 18ª posição e já não tem mais o mesmo desempenho da Copa do Brasil, em que construiu resultados sólidos dentro de casa e até se aventurou a vencer como visitante, como fez contra o Fluminense - Flu que será o adversário da próxima rodada.
Outra equipe que preocupa é o Atlético-MG: assim como no período pré-Copa, o Galo não consegue emplacar boas atuações, sofre com os problemas defensivos e já amarga a vice-lanterna. Mesmo com um dos elencos mais interessantes do país no papel, Luxemburgo não consegue resultados e a torcida já cobra, após novo revés em clássico.
Dança das cadeiras
A pausa para a Copa do Mundo rendeu quatro trocas de técnicos, e mais duas foram realizadas desde então: Celso Roth aceitou o convite de substituir Jorge Fossatti, demitido na quarta rodada, e deixou o Vasco sem treinador. O time da Colina buscou PC GUsmão no Ceará, que por sua vez assinou com Estevam Soares. Contratado pelo Al-Arabi, do Catar, Péricles Chamusca deixou o Avaí, que manteve sua boa campanha mesmo com a chegada de Antônio Lopes. E o lanterna Atlético-GO mudou de novo: Geninho havia pedido o boné e veio Roberto Fernandes, que após quatro rodadas e uma vitória sobre o Corinthians foi mandado embora, já que René Simões aceitou o convite da diretoria. No total, já foram onze trocas até agora.
Destaques: Fernando Prass, que garantiu empates vascaínos com Goiás e Flamengo; Alecsandro, que alcançou a artilharia; e Bruno César, que também chegou aos seis gols.
Perebas: Jéfferson, goleiro botafoguense convocado para a seleção, mas que entregou um gol para o Fluminense; zaga do Goiás, que sofreu nove gols em cinco partidas.
12ª rodada
Melhor ataque
2010: Avaí, Corinthians (21)
2009: Barueri (28)
2008: Flamengo (25)
2007: Cruzeiro (27)
2006: Paraná (27)
Melhor defesa
2010: Ceará (6)
2009: Atlético-MG, Palmeiras (12)
2008: Grêmio (10)
2007: São Paulo (4)
2006: Cruzeiro (8)
Pior ataque
2010: Ceará (10)
2009: Cruzeiro, Fluminense, Náutico (11)
2008: Santos (9)
2007: América-RN e São Paulo (9)
2006: Fortaleza (8)
Pior defesa
2010: Atlético-PR (23)
2009: Náutico, Santos (26)
2008: Ipatinga (25)
2007: Náutico (26)
2006: Ponte Preta (27)
Gols e média
2010: 300 (2,5)
2009: 346 (2,88)
2008: 313 (2,6)
2007: 324 (2,79 em 116 jogos)
2006: 312 (2,6)
Artilheiros
2010: Roger (GUA), Alecsandro (INT), Bruno César (COR): 6 gols
2009: Felipe (GOI), Roger (VIT), Val Baiano (BAR): 8
2008: Alex Mineiro (PAL), Cleiton Xavier (FIG), Marcinho (FLA): 7
2007: Josiel (PAR): 12
2006: Dodô (BOT): 9
Séries
Série de vitórias atual: Santos (2)
Série invicta atual: Fluminense (6)
Série de derrotas atual: Goiás (2)
Série sem vencer: Grêmio (6)
A nota negativa é a escassez de gols: temos, a esta altura, a pior média desde 2006, com apenas 300 gols e 2,5 por partida. Os artilheiros estão modestos, e com seis gols, é o menor índice de artilharia também dos últimos cinco anos. Apenas como comparação, enquanto Avaí e Corinthians têm os melhores ataques do certame com 21 tentos anotados, os mesmos 21 gols confeririram a eles apenas a sexta colocação entre os ataques mais produtivos no ano passado.
Como de costume desde 2007, nossa análise se baseia no período de quatro rodadas. Entretanto, como o calendário ficou dividido, faremos uma revisão excepcional de cinco rodadas desta vez, da 8ª à 12ª. Quem aparece com força é o Fluminense de Muricy Ramalho, que não parece ter sentido o peso de dizer "não" à seleção e manteve seu sólido trabalho no Tricolor. O Flu é hoje um time coeso, que possui uma estrutura definida, de velocidade e forte marcação. Ainda que Muricy precise corrigir a enorme dependência de Conca e atentar às limitações do lento André Luís, a equipe assume a liderança com 26 pontos, a melhor pontuação dos últimos cinco anos (empatado com o São Paulo'06 e o Fla'08), já abre sete pontos para o primeiro time fora da zona de classificação para a Libertadores e vai acumulando gordura.
Com campanha similar, mas em queda de produção nos últimos jogos, o Corinthians vem logo um ponto atrás. O time que vinha vencendo mesmo sem jogar bem não teve tanta sorte em Goiânia, e foi o último invicto a cair, na 10ªrodada. Com a saída de Mano para a seleção e a chegada de Adílson Batista, o grupo que já era muito entrosado precisará de algum tempo para se adaptar ao estilo do novo comandante, que já alterou levemente o sistema de jogo, do 4-2-3-1 para o 4-3-1-2.
Outra equipe que aproveitou muito bem a pausa da Copa do Mundo foi o Inter: a chegada de Celso Roth levantou muitas dúvidas no Beira Rio, mas o rei do primeiro turno venceu quatro partidas e empatou um Gre-Nal em que o foco estava na Libertadores, conquistando 13 de 15 pontos possívels no período e a melhor campanha do retorno. O Inter subiu da 16ª posição antes da Copa para um consolidado terceiro lugar, num momento importante em que outras equipes abdicaram do campeonato, em anos recentes.
Grandes preocupações
Por outro lado, a pausa do Mundial não foi benéfica a algumas equipes: o Guarani, que vinha em quinto lugar, viu o artilheiro Roger ser negociado e não mais venceu desde então, caindo para 12º lugar. Da mesma forma, o Goiás sofreu com os problemas psicológicos de seu elenco e seu instável treinador, acumulou duas derrotas seguidas nas últimas rodadas e despencou do 7º para o 17º lugar.
Pior mesmo, só o Grêmio, que segue com a maior série de jogos sem vitória do campeonato até aqui: já são seis, desde o triunfo sobre o Atlético-MG na 6ª rodada. O time de Silas, que segue muito pressionado, caiu da 13ª para a 18ª posição e já não tem mais o mesmo desempenho da Copa do Brasil, em que construiu resultados sólidos dentro de casa e até se aventurou a vencer como visitante, como fez contra o Fluminense - Flu que será o adversário da próxima rodada.
Outra equipe que preocupa é o Atlético-MG: assim como no período pré-Copa, o Galo não consegue emplacar boas atuações, sofre com os problemas defensivos e já amarga a vice-lanterna. Mesmo com um dos elencos mais interessantes do país no papel, Luxemburgo não consegue resultados e a torcida já cobra, após novo revés em clássico.
Dança das cadeiras
A pausa para a Copa do Mundo rendeu quatro trocas de técnicos, e mais duas foram realizadas desde então: Celso Roth aceitou o convite de substituir Jorge Fossatti, demitido na quarta rodada, e deixou o Vasco sem treinador. O time da Colina buscou PC GUsmão no Ceará, que por sua vez assinou com Estevam Soares. Contratado pelo Al-Arabi, do Catar, Péricles Chamusca deixou o Avaí, que manteve sua boa campanha mesmo com a chegada de Antônio Lopes. E o lanterna Atlético-GO mudou de novo: Geninho havia pedido o boné e veio Roberto Fernandes, que após quatro rodadas e uma vitória sobre o Corinthians foi mandado embora, já que René Simões aceitou o convite da diretoria. No total, já foram onze trocas até agora.
Destaques: Fernando Prass, que garantiu empates vascaínos com Goiás e Flamengo; Alecsandro, que alcançou a artilharia; e Bruno César, que também chegou aos seis gols.
Perebas: Jéfferson, goleiro botafoguense convocado para a seleção, mas que entregou um gol para o Fluminense; zaga do Goiás, que sofreu nove gols em cinco partidas.
12ª rodada
Melhor ataque
2010: Avaí, Corinthians (21)
2009: Barueri (28)
2008: Flamengo (25)
2007: Cruzeiro (27)
2006: Paraná (27)
Melhor defesa
2010: Ceará (6)
2009: Atlético-MG, Palmeiras (12)
2008: Grêmio (10)
2007: São Paulo (4)
2006: Cruzeiro (8)
Pior ataque
2010: Ceará (10)
2009: Cruzeiro, Fluminense, Náutico (11)
2008: Santos (9)
2007: América-RN e São Paulo (9)
2006: Fortaleza (8)
Pior defesa
2010: Atlético-PR (23)
2009: Náutico, Santos (26)
2008: Ipatinga (25)
2007: Náutico (26)
2006: Ponte Preta (27)
Gols e média
2010: 300 (2,5)
2009: 346 (2,88)
2008: 313 (2,6)
2007: 324 (2,79 em 116 jogos)
2006: 312 (2,6)
Artilheiros
2010: Roger (GUA), Alecsandro (INT), Bruno César (COR): 6 gols
2009: Felipe (GOI), Roger (VIT), Val Baiano (BAR): 8
2008: Alex Mineiro (PAL), Cleiton Xavier (FIG), Marcinho (FLA): 7
2007: Josiel (PAR): 12
2006: Dodô (BOT): 9
Séries
Série de vitórias atual: Santos (2)
Série invicta atual: Fluminense (6)
Série de derrotas atual: Goiás (2)
Série sem vencer: Grêmio (6)
Um comentário:
Qualquer análise futura do Brasileirão, só arrisco após o fechamento da janela...
Por enquanto, atentemos ao quadro atual, nada de perspectivas, afinal, muita coisa pode acontecer!
Abraços,
Futebol – Paixão e Profissão
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