sábado, 7 de julho de 2007

Copa América: Chegou a hora da verdade

Terminou a primeira fase da Copa América. Foram 18 jogos e 50 gols, boa média de 2,77 por jogo. Não fosse o regulamento amigo, que permite a classificação de oito entre doze equipes para a primeira fase, a última rodada teria sido mais emocionante: à exceção de Peru e Bolívia, que ainda valia alguma coisa, as outras partidas foram extremamente sonolentas, bem diferente da empolgante primeira rodada.
A única surpresa dentre os eliminados é o Equador, que jogou mais que o Chile, mas acabou perdendo as três partidas. A Bolívia, de quem não se esperava nada, engrossou o caldo e chegou à ultima rodada com chances de classificação - e quase conseguiu. Ao menos fica a certeza de que deveremos ter as eliminatórias mais equilibradas desde que o sistema de pontos corridos foi adotado.
Analisando as quartas-de-final, que começam hoje, a Venezuela demonstrou um futebol mais solto que o Uruguai, e combinada à força da torcida, é favorita para chegar às semifinais (um feito histórico se considerarmos o que o futebol representa no país). Mas basta um empate e a decisão nos pênaltis para os uruguaios, ainda que sem brilho, possam fazer valer a força da camisa.
O Brasil enfrenta o Chile repleto de incertezas e desconfiança, mas ainda assim é mais forte e vai, mais uma vez, depender de Robinho. Por que não escalar Anderson e Diego na armação? A resposta, que não virá, cabe a Dunga. Certo é que, caso avance, o Brasil pode pegar uma Venezuela inspirada e, se perder, as conseqüências podem ser devastadoras.
México e Paraguai fazem o duelo mais parelho: o Paraguai mostrou bastante poder ofensivo, mas o México pareceu um time mais equilibrado. Qualquer prognóstico é puro achismo e será, sem dúvida, um jogo muito interessante. A mim, interessa particularmente ver como a seleção paraguaia vai se livrando de uma vez por todas dos fantasmas da geração de 98, que parecem ter feito mais mal do que bem ao futebol do país, atrasando a renovação que finalmente chega agora.
E a Argentina é franca favorita diante do Peru. Em 2004, um jogo duro também nas quartas: 1 a 0, gol de Tevez. Mas os peruanos tinham a força da torcida e agora a Argentina tem uma equipe mais forte. Não que vá ser extremamente fácil, mas os hermanos são os favoritos não só para esse jogo, mas também para a conquista do título.
Brasil x Venezuela, Argentina x México ou Paraguai. Seja no futebol apresentado, ou na base da camisa, essas prováveis semifinais colocam, de fato, os melhores times da competição frente a frente. Chegou a hora da verdade.

2 comentários:

Braitner Moreira disse...

Não começou bem, Maurício. Se bem que eu também tinha certeza que o Uruguai cairia pra Venezuela... equilíbrio nenhum hoje, duas seleções levaram boas nabas. Espero que os jogos de amanhã sejam bem melhores.

Se bem que é isso o que espero desde a estréia =P

Abraço

Anônimo disse...

O meu achismo pendia para o México contra o Paraguai. Mas o pênalti e a expulsão no começo do jogo facilitaram muito o trabalho dos mexicanos. Daí não dá para saber como o jogo seria em condições normais.

Meu palpite para a final? Brasil e México. Puro achismo.