terça-feira, 24 de julho de 2007

Mundial Sub-20: análise final


Chegamos ao final do Mundial Sub-20 do Canadá, com a vitória da Argentina - a sexta conquista no total e a quinta em sete edições do torneio. Foram 135 gols em 52 partidas, uma média apenas regular de 2,59 gols por jogo. O torneio registrou também recorde de público para um Sub-20, com média de 22 mil pessoas por partida. Sérgio Aguero, da Argentina, foi o artilheiro com seis gols e eleito o melhor jogador do torneio com méritos, ainda que Moralez tenha sido de fundamental importância para o hexa argentino.

A Argentina chegou como principal favorita, jogou como tal e fez por merecer o título. Jogadores mais conhecidos, como Aguero e Banega, tiveram o auxílio de outros nem tão baladados, como Piatti e Di Maria. O golaço de Aguero contra a Polônia, nas oitavas, foi só uma mostra do futebol envolvente que os meninos de Tocalli demonstraram.

A República Tcheca chegou à final graças a um futebol extremamente coletivo - tanto que nenhum jogador entra na seleção elaborada em conjunto com o amigo Dassler Marques, do Papo de Craque. Futebol de marcação e contra-ataque que só chega longe em regulamentos com mata-mata, como esse.

Melhor que os tchecos foram os chilenos, que se não puderam contar muito com a estrela Alexis Sanchez, provaram que a safra é realmente muito boa ao revelar Vidangossy, Vidal e, principalmente, o bom goleiro Toselli, que quebrou o recorde de minutos sem sofrer gol (levou o primeiro aos 10 do primeiro tempo da semifinal).

A Áustria foi a maior zebra do torneio: eliminou os Estados Unidos em uma ótima partida do multinacional Rubin Okotie. Paquistanês filho de nigeriano com austríaca, o garoto do Austria Vienna é, a meu ver, a revelação do campeonato (se é que existe revelação em um torneio onde TODOS são, em tese, revelações). O time tem bons valores como o defensor Proedl e o atacante Hoffer, e pode render frutos para a seleção principal que sedia a Eurocopa no ano que vem.

Favoritos pelo caminho

México, Estados Unidos e Espanha também chegaram muito bem cotados ao Mundial, mas caíram todos nas quartas-de-final. A seleção mexicana, que teve a melhor campanha da primeira fase, sucumbiu diante dos argentinos, que viriam a se sagrar campeões. Os Estados Unidos, ainda que com uma atuação inspirada de Adu no primeiro tempo, caíram de produção e viram uma Áustria gigante na segunda etapa e na prorrogação merecer a classificação. E a Espanha, que protagonizou uma virada espetacular sobre o Brasil nas oitavas, parou diante da muralha tcheca, ainda que tenha merecido a vitória.

Fiasco

Muito já se falou sobre o Brasil, e só resta ratificar: uma das melhores gerações de todos os tempos na mão de um dos piores técnicos de todos os tempos. Erros na convocação, na escolha dos titulares e no treinamento tático (?) da equipe foram cruciais para a pior campanha da história do país na competição: uma vitória e três derrotas.

Outros times

A Nigéria, vice-campeã em 2005, não tinha a mesma força mas ainda assim chegou às quartas. Segurou o 0 a 0 com o Chile por noventa minutos, mas sofreu quatro gols na prorrogação em um jogo que entrou para a história. Os africanos, aliás, avançaram todos à segunda fase, mas Congo, Zâmbia e Gâmbia não brilharam em nenhum momento e ficaram pelo caminho.

Os asiáticos decepcionaram: o Japão até apareceu bem na primeira fase, mas caiu diante da República Tcheca. A Coréia do Norte, uma aposta pessoal e candidata à zebra, não venceu um jogo.

O Uruguai tinha um bom time, Cardaccio foi bem mas marcou um gol contra e a equipe não resistiu ao forte time norte-americano. E times como Jordânia, Nova Zelândia e Panamá cumpriram seu papel: fazer número.

Por fim, duas decepções: o Canadá, time da casa, teve a pior campanha do torneio e não marcou um gol sequer. E a Escócia, vice-campeã européia, somou três derrotas.

Segue a seleção do campeonato, elaborada em conjunto com o amigo Dassler Marques, do Papo de Craque:

Toselli (Chile)

Proedl (Áustria)
Cahais (Argentina)
Martínez (Chile)
Insúa (Argentina)

Banega (Argentina)
Isla (Chile)
Maximiliano Moralez (Argentina)
Freddy Adu (EUA)

Aguero (Argentina)
Adrián López (Espanha)

Em tempo: Agüero ganhou a Bola de Ouro da Fifa de melhor jogador. Moralez levou a bola de prata e Giovanni dos Santos, do México, a bola de bronze.

3 comentários:

Gerson Sicca disse...

Outro bom jogador argentino é o Zárate. MOstrou futebol no Vélez.

Dassler Marques disse...

boa poio!
falou bem demais do mundial e tá de parabéns, mais que toda a Argentina.

hahaha

concordo em tudo
e tbm citaria o Cavani e o Altidore :)

abraço!

Sidarta Martins disse...

O Brasil precisa dar uma benzida na sua molecada.