segunda-feira, 23 de abril de 2007

Davi e Golias no futebol II – A vitória de Davi!

Como na semana passada, abro o espaço das segundas-feiras para mais um amigo. Companheiro de comentários nos 1440 kHz da Azul Celeste, Paulo Piedade, o Paulinho Filé, fala sobre a acachapante vitória do São Caetano sobre o São Paulo. Acompanhemos:

Davi e Golias no futebol II – A vitória de Davi!

Por Paulo Filé

camisasete@yahoo.com.br

O estádio Cïcero Pompeu de Toledo foi a arena escolhida pela Federação Paulista de Futebol. Os protagonistas do espetáculo vinham à campo para ratificar uma barbada, ou seja, o São Paulo, extremamente superior ao adversário, faria o resultado quando bem entendesse. Ao São Caetano, cabia a fama de “aprontar com os grandes” e a esperança de ser uma zebra de fato. Uma vitória por um golzinho a zero estaria ótimo!

Novamente, comparamos os times com a parábola da discrepância de forças entre duas partes, vencida pela mais frágil. O São Paulo, tão onipotente em seu majestoso estádio, jamais poderia esperar uma virada, histórica e indiscutível, aplicada pelo Azulão do eficiente Dorival Júnior, sob o comando em campo do surpreendente maestro Douglas.

Por falar em técnico, talvez no primeiro jogo, quando teve o São Caetano “aos seus pés”, o time do São Paulo deixou passar a grande oportunidade em resolver sua participação nas finais do Paulistão 2007. Mesmo após o gol do Azulão (contra, abatendo muito o jogador Richarlysson), Muricy Ramalho continuou com sua formação inicial, como se estivesse esperando que, num passe de mágica, seus pupilos apresentassem um futebol digno de um time vencedor.

Da mesma forma, encarou o São Paulo o segundo jogo como uma festa. Depois do gol então, tudo ficou maravilhoso, lindo... como bem definiu Ulisses Costa, narrando pela Rádio Bandeirantes. Mas, havia um copo de água para cada copo de chopp do São Paulo, que vinha do ABC dentro de “cavalos de tróia”, vestidos em azul, com muita garra e ignorando ao oponente. Passaram por cima, massacraram, foram cruéis na dose!

Difícil redigir palavras tão duras para um elenco tão completo. Porém, o futebol não premia o quase. Quando as coisas quase acontecem... elas perdem para as que acontecem. E, motivado pela apatia do Tricolor no primeiro jogo, quem aconteceu foi o São Caetano. Complementando, consideramos a omissão do técnico Muricy, não procedendo qualquer alteração e abrindo mão de valores que poderiam ter resolvido os seus problemas daquele jogo e, por conseqüência, os do segundo.

Da mesma forma, considero o placar um exagero da fatalidade, mas, inquestionável sob o aspecto do merecimento no jogo. Não houve um senão em relação ao árbitro. Os lances foram limpos e legítimos. E “Davi foi perfeito e certeiro na pedrada”, deixando o gigante Golias, desfalecido. Sem próximo round... Vitória!

E o São Caetano vai à final... novamente para ser o “Davi”, contra um Santos esperto e com Luxemburgo no comando, que, apesar das dificuldades para a almejada classificação, também o fez de forma digna, por ter melhor elenco e a tradição da camisa do Santos F.C., em relação ao bravo Bragantino, de gratas revelações de alguns valores e do técnico Marcelo Veiga sob a “batuta” dos Chedid.

2 comentários:

Maurício disse...

Foi mesmo daqueles dias em que nada dá certo para um lado e TUDO dá certo para o outro, Filé.

Abraços

THIAGO A FELIPPE disse...

O problema do SP é deixar jogadores como Souza, Leandro e Jadilson se sentire titulares absolutos. Não há esforço por parte desses três na grande maioria dos jogos e os mesmos pouco são substituidos, a nao ser qdo Muricy quer fazer média com o junior e o coloca na lateral esquerda. O crescimento de jorge Wagner e a chegada de Dagoberto podem ajudar o SP a resolver esse problema. O SP não é tão bom como muitos pintam, mas nao é tao ruim como falam apos o jogo de sabado..

Parabéns ao autor pelo excelente texto