O Comitê Organizador do Pan anunciou esta semana as cidades que participarão do revezamento da tocha pan-americana. A chama, que será acesa em 4 de junho, em Teotihuacan, na Cidade do México, segue diretamente para o Brasil e passará por 53 cidades.
Além das 27 capitais, o CO-Rio justificou a escolha das demais cidades como locais que possuem "representatividade econômica, histórica, ecológica e turística". Aí é que começa o problema. É o famoso critério subjetivo tão utilizado pelos dirigentes e políticos brasileiros. Quem aferiu essa representatividade? Quem definiu os parâmetros?
Correto que Campinho da Independência, no Rio, um antigo quilombo, e Campo Novo de Parecis, no Mato Grosso, uma comunidade indígena, recebam a tocha. Mas o que faz uma cidade como Americana, no interior de São Paulo, merecedora da tocha? Sou da cidade e posso falar bem.
Qual a importância turística de Americana? Nenhuma. Ecológica? É um dos menores municípios em território do país e é quase todo formado por área urbana. Histórica? A cidade não fez parte de nenhum grande acontecimento da história do país. Econômica? Até pode ser, afinal é uma cidade industrial e outrora foi o maior pólo têxtil da América Latina. Esportiva? O Rio Branco, time da cidade, é mais um dentre tantos do interior. A cidade revelou jogadores medianos como Macedo e Gléguer e, no máximo, pode-se destacar o tenista Flávio Saretta.
Agora, a principal importância é a política. E aí eu volto para o ponto de partida. O critério subjetivo a que me referi é exatamente esse: as cidades são escolhidas sem critério e, aí, criam-se justificativas que se apliquem a todas. É um processo inverso. Porque manda mesmo quem tem influência política para colocar a cidade na trajetória da tocha.
E isso é apenas um exemplo da "organização" do Pan. Se fizeram isso com a tocha, imaginem nos orçamentos das obras, multiplicados várias vezes. Onde há fumaça, há fogo.
Além das 27 capitais, o CO-Rio justificou a escolha das demais cidades como locais que possuem "representatividade econômica, histórica, ecológica e turística". Aí é que começa o problema. É o famoso critério subjetivo tão utilizado pelos dirigentes e políticos brasileiros. Quem aferiu essa representatividade? Quem definiu os parâmetros?
Correto que Campinho da Independência, no Rio, um antigo quilombo, e Campo Novo de Parecis, no Mato Grosso, uma comunidade indígena, recebam a tocha. Mas o que faz uma cidade como Americana, no interior de São Paulo, merecedora da tocha? Sou da cidade e posso falar bem.
Qual a importância turística de Americana? Nenhuma. Ecológica? É um dos menores municípios em território do país e é quase todo formado por área urbana. Histórica? A cidade não fez parte de nenhum grande acontecimento da história do país. Econômica? Até pode ser, afinal é uma cidade industrial e outrora foi o maior pólo têxtil da América Latina. Esportiva? O Rio Branco, time da cidade, é mais um dentre tantos do interior. A cidade revelou jogadores medianos como Macedo e Gléguer e, no máximo, pode-se destacar o tenista Flávio Saretta.
Agora, a principal importância é a política. E aí eu volto para o ponto de partida. O critério subjetivo a que me referi é exatamente esse: as cidades são escolhidas sem critério e, aí, criam-se justificativas que se apliquem a todas. É um processo inverso. Porque manda mesmo quem tem influência política para colocar a cidade na trajetória da tocha.
E isso é apenas um exemplo da "organização" do Pan. Se fizeram isso com a tocha, imaginem nos orçamentos das obras, multiplicados várias vezes. Onde há fumaça, há fogo.
Um comentário:
Coisas de Brasil né poio?
eu mesmo nem me preocupo com Panamericano, sinceramente.
grande abraço!
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