Enquanto muitos campeonatos estaduais chegam à suas retas finais, teço aqui alguns comentários acerca do calendário do futebol brasileiro, a possível adequação ao calendário europeu e onde os estaduais se encaixam - ou não - nesse calendário.
Antes de mais nada, sou contra a mudança do calendário nacional simplesmente porque as temporadas são como são na Europa devido ao clima, e isso todo mundo sabe. Mudar os campeonatos no Brasil sob a alegação de que diminuiria o êxodo de jogadores durante os campeonatos é uma falácia, já que os campeonatos sempre foram nessas datas e sempre houve negociação de atletas. O que acontece é que nos últimos anos o número de transferências subiu vertiginosamente, muito graças à tão discutida globalização que chegou ao futebol. Afinal, basta voltar dez anos atrás para pensar o que seria de um jogador que fosse para a Turquia, a Rússia ou o Japão.
Fato é que esse argumento é muito fraco para que comecemos a ter campeões com barra. Não gosto disso de temporada 2006/07. O que começa em um ano deve terminar no mesmo. Engraçado que em 2000 a Copa JH acabou em 2001 e ninguém achou estranho. Tudo bem, são outras circunstâncias, mas não me agrada.
Agora, já que apontei o problema, é esperada uma sugestão para a solução, correto? Pois vamos lá. O principal é o mais difícil: descentralizar o poder dos cartolas. A CBF recebe quantias vultuosas de patrocínio (o dinheiro que recebeu para que a seleção se hospedasse na Suíça antes da Copa é prova disso) e para onde vai essa grana? Deveria ser repassada às federações e essas deveriam utilizá-la de maneira adequada, fomentando o futebol nos estados, pois é na pelada do chão de terra que surge o craque.
Mas o que quero dizer com tudo isso? Acredito que os campeonatos estaduais já estão em sua sobrevida. Não deveriam mais existir. Podemos dizer de repente que não se pode acabar com campeonatos tão charmosos, com a rivalidade estadual. Seria o fim dos pequenos. Pois bem. Se queremos adequar o calendário com vista à globalização, o charme de outrora deve dar lugar à organização e profissionalismo. O mais engraçado é que parte da imprensa que critica os campeonatos estaduais por serem deficitários, de nível técnico fraco e causadores do inchaço do calendário são os primeiros a se posicionarem contrários à sua extinção, alegando que são “o charme e o diferencial do Brasil".
Em vez dos estaduais, deveríamos ter mais divisões nacionais, não só até a C, quem sabe uma série D, regionalizada e arcada pelos cofres das federações, que só sugam a grana que vem graças ao trabalho árduo dos clubes. Com três divisões nacionais de 20 clubes cada, teríamos 60 times em atividade o ano todo e com a quarta divisão regionalizada, seria como um estadual. O campeão de cada região disputa uma fase final para X vagas à série C. Mais ou menos como acontece em todos os países europeus, que tanto queremos copiar.
A Copa do Brasil continua e deve acontecer no segundo semestre, enquanto a Libertadores e a Sulamericana sejam disputadas no primeiro e simultaneamente, nos mesmos moldes da Champions League e da Copa da Uefa. Se vamos copiar algo dos europeus, copiemos o que é bom. Afinal, não faz sentido um clube que disputa a Libertadores ser punido com a exclusão da Copa do Brasil.
Um futebol organizado não só de cima para baixo com imposições e pouca transparência não tem mais lugar hoje em dia, pois infelizmente já teve e continua tendo.
Antes de mais nada, sou contra a mudança do calendário nacional simplesmente porque as temporadas são como são na Europa devido ao clima, e isso todo mundo sabe. Mudar os campeonatos no Brasil sob a alegação de que diminuiria o êxodo de jogadores durante os campeonatos é uma falácia, já que os campeonatos sempre foram nessas datas e sempre houve negociação de atletas. O que acontece é que nos últimos anos o número de transferências subiu vertiginosamente, muito graças à tão discutida globalização que chegou ao futebol. Afinal, basta voltar dez anos atrás para pensar o que seria de um jogador que fosse para a Turquia, a Rússia ou o Japão.
Fato é que esse argumento é muito fraco para que comecemos a ter campeões com barra. Não gosto disso de temporada 2006/07. O que começa em um ano deve terminar no mesmo. Engraçado que em 2000 a Copa JH acabou em 2001 e ninguém achou estranho. Tudo bem, são outras circunstâncias, mas não me agrada.
Agora, já que apontei o problema, é esperada uma sugestão para a solução, correto? Pois vamos lá. O principal é o mais difícil: descentralizar o poder dos cartolas. A CBF recebe quantias vultuosas de patrocínio (o dinheiro que recebeu para que a seleção se hospedasse na Suíça antes da Copa é prova disso) e para onde vai essa grana? Deveria ser repassada às federações e essas deveriam utilizá-la de maneira adequada, fomentando o futebol nos estados, pois é na pelada do chão de terra que surge o craque.
Mas o que quero dizer com tudo isso? Acredito que os campeonatos estaduais já estão em sua sobrevida. Não deveriam mais existir. Podemos dizer de repente que não se pode acabar com campeonatos tão charmosos, com a rivalidade estadual. Seria o fim dos pequenos. Pois bem. Se queremos adequar o calendário com vista à globalização, o charme de outrora deve dar lugar à organização e profissionalismo. O mais engraçado é que parte da imprensa que critica os campeonatos estaduais por serem deficitários, de nível técnico fraco e causadores do inchaço do calendário são os primeiros a se posicionarem contrários à sua extinção, alegando que são “o charme e o diferencial do Brasil".
Em vez dos estaduais, deveríamos ter mais divisões nacionais, não só até a C, quem sabe uma série D, regionalizada e arcada pelos cofres das federações, que só sugam a grana que vem graças ao trabalho árduo dos clubes. Com três divisões nacionais de 20 clubes cada, teríamos 60 times em atividade o ano todo e com a quarta divisão regionalizada, seria como um estadual. O campeão de cada região disputa uma fase final para X vagas à série C. Mais ou menos como acontece em todos os países europeus, que tanto queremos copiar.
A Copa do Brasil continua e deve acontecer no segundo semestre, enquanto a Libertadores e a Sulamericana sejam disputadas no primeiro e simultaneamente, nos mesmos moldes da Champions League e da Copa da Uefa. Se vamos copiar algo dos europeus, copiemos o que é bom. Afinal, não faz sentido um clube que disputa a Libertadores ser punido com a exclusão da Copa do Brasil.
Um futebol organizado não só de cima para baixo com imposições e pouca transparência não tem mais lugar hoje em dia, pois infelizmente já teve e continua tendo.
3 comentários:
Acho que é possível organizar um calendário humano e equilibrado sem eliminar os campeonatos estaduais.
O problema é realizar um estadual com 20 clubes, 23 datas e que desequilibra todo o calendário.
Ao contrário do teu ponto de vista, até bem justificado, defendo a unificação do calendário brasileiro, não só ao europeu, mas como é em todo o mundo.
Defendo Sul-Americana e Libertadores como competições paralelas, como funciona na Europa, mas ao longo de toda a temporada, intercalando seus jogos com os da Copa do Brasil e do Brasileirão.
Defendo tbm uma Copa do Brasil com jogos de ida apenas, mas com todos os clubes grandes em ação, reforçando o efetivo com algumas fases eliminatórias que elvolvam os clubes menores, assim como deveria acontecer nesse hipotético estadual com 12 clubes.
Para o Brasileirão, sou favorável ao formato atual, sem tirar nem por.
E por fim, vejo vários problemas no futebol brasileiro que giram em torno de um calendário mau estruturado.
abraço poio!
ler todo o blog, muito bom
joshi hazel bhatiya considerably solving coefficient fooj chefs generals imitates abode
semelokertes marchimundui
Postar um comentário