A escolha da sede da Copa de 1958 recebeu a mesma justificativa de quatro anos antes: por ter ficado neutra na Segunda Grande Guerra, a Suécia não sofreu muitos danos estruturais e poderia receber a competição com condições excelentes. A cada Copa, o número de seleções inscritas para participar aumentava e dessa vez não foi diferente. 53 países demonstraram à FIFA o interesse de disputar a primeira Copa sem seu idealizador, Jules Rimet, que havia morrido dois anos antes. Como de costume, o país sede e o atual campeão classificaram-se diretamente. O Brasil enfrentou dificuldades pela primeira vez, mas venceu o Peru e carimbou o passaporte rumo à Suécia, junto com Paraguai e Argentina, que voltava finalmente a disputar uma Copa depois de 24 anos.
Na Europa, a Hungria tinha um time desfigurado após a formação da União Soviética e, embora tenha conseguido se classificar, não passou da primeira fase. Talvez a ausência mais sentida foi a da seleção espanhola, com jogadores como Di Stefano, Kubala e Suárez, craques do Real Madrid que venceu três vezes a Copa dos Campeões da Europa na década de 50. Além dos espanhóis, a Itália ficou de fora da Copa pela primeira vez, ao ser eliminada pela Irlanda do Norte, e a Inglaterra não conseguiu se classificar desfalcada que estava de oito jogadores do Manchester United que morreram em um acidente de avião em fevereiro do mesmo ano.
Primeira fase
O regulamento da Copa do Mundo se estabilizou em 58, mudando apenas em 74. Os 16 times eram divididos em quatro grupos de quatro, passando os dois melhores para as quarta-de-final, indo no mata-mata até a decisão. O Brasil, apontado pelos jornalistas suecos como favorito à conquista do título junto com a União Soviética e a Argentina, não teve dificuldades em sua estréia, vencendo a Áustria por 3 a 0, ainda que não tenha produzido tanto quanto se esperava. O segundo jogo, contra a Inglaterra, era muito esperado por todos, prometendo um belo espetáculo. O jogo, entretanto, foi tenso até o apito final, que ao soar registrou o primeiro 0 a 0 da história das Copas. A partida contra a União Soviética tornara-se crucial: se perdesse, o Brasil estaria eliminado.
Antes da partida, diz a lenda que alguns jogadores se reuniram com o técnico Vicente Feola e pediram mudanças no time. Garrincha, Pelé e Zito entraram, então, nos lugares de Joel, Dida e Dino Sani. Seria a primeira participação em Copas de um menino de apenas 17 anos, o mais jovem até então a disputar uma Copa. O time soviético era muito forte, mas o Brasil pressionou no início e marcou 1 a 0 com Vavá. O jogo foi se equilibrando, mas Garrincha, um mané botafoguense de pernas tortas, complicou a vida dos adversários e ajudou a construir a fama do goleiro Lev Yashin, obrigando-o a desempenhar grandes defesas. No segundo tempo, Vavá ampliou para a festa dos brasileiros, especialmente de um garoto que começaria a brilhar a partir dali.
A União Soviética venceu a partida-desempate contra a Inglaterra e também se classificou no Grupo 4. No Grupo 1, zebra atrás de zebra. A Irlanda do Norte derrotou a Tchecoslováquia, que aplicou uma goleada de 6 a 1 nos argentinos. Eliminados no saldo de gols, os argentinos que eram favoritos voltaram para casa mais cedo e viram a Irlanda do Norte vencer os tchecos novamente para garantir o segundo lugar do grupo, atrás da Alemanha, que venceu os argentinos e empatou os dois jogos restantes.
No Grupo 2, a França apresentava ao mundo seu atacante, Just Fontaine, que marcou 3 na goleada de 7 a 3 sobre o Paraguai. França e Iugoslávia classificaram-se às quartas-de-final, ao passo que Paraguai e Escócia voltaram para casa com um ponto cada. Finalmente, no grupo 3, a Hungria, enfraquecida pelo bloqueio comunista, não foi nem sombra do time de quatro anos antes, sendo eliminada pelo País de Gales no jogo-desempate. A Suécia, anfitriã, desempenhou bem o seu papel a vencer dois jogos e empatar um.
Estavam definidas as quartas-de-final: Alemanha x Iugoslávia, França x Irlanda do Norte, Suécia x União Soviética e Brasil x País de Gales.
Na Europa, a Hungria tinha um time desfigurado após a formação da União Soviética e, embora tenha conseguido se classificar, não passou da primeira fase. Talvez a ausência mais sentida foi a da seleção espanhola, com jogadores como Di Stefano, Kubala e Suárez, craques do Real Madrid que venceu três vezes a Copa dos Campeões da Europa na década de 50. Além dos espanhóis, a Itália ficou de fora da Copa pela primeira vez, ao ser eliminada pela Irlanda do Norte, e a Inglaterra não conseguiu se classificar desfalcada que estava de oito jogadores do Manchester United que morreram em um acidente de avião em fevereiro do mesmo ano.
Primeira fase
O regulamento da Copa do Mundo se estabilizou em 58, mudando apenas em 74. Os 16 times eram divididos em quatro grupos de quatro, passando os dois melhores para as quarta-de-final, indo no mata-mata até a decisão. O Brasil, apontado pelos jornalistas suecos como favorito à conquista do título junto com a União Soviética e a Argentina, não teve dificuldades em sua estréia, vencendo a Áustria por 3 a 0, ainda que não tenha produzido tanto quanto se esperava. O segundo jogo, contra a Inglaterra, era muito esperado por todos, prometendo um belo espetáculo. O jogo, entretanto, foi tenso até o apito final, que ao soar registrou o primeiro 0 a 0 da história das Copas. A partida contra a União Soviética tornara-se crucial: se perdesse, o Brasil estaria eliminado.
Antes da partida, diz a lenda que alguns jogadores se reuniram com o técnico Vicente Feola e pediram mudanças no time. Garrincha, Pelé e Zito entraram, então, nos lugares de Joel, Dida e Dino Sani. Seria a primeira participação em Copas de um menino de apenas 17 anos, o mais jovem até então a disputar uma Copa. O time soviético era muito forte, mas o Brasil pressionou no início e marcou 1 a 0 com Vavá. O jogo foi se equilibrando, mas Garrincha, um mané botafoguense de pernas tortas, complicou a vida dos adversários e ajudou a construir a fama do goleiro Lev Yashin, obrigando-o a desempenhar grandes defesas. No segundo tempo, Vavá ampliou para a festa dos brasileiros, especialmente de um garoto que começaria a brilhar a partir dali.
A União Soviética venceu a partida-desempate contra a Inglaterra e também se classificou no Grupo 4. No Grupo 1, zebra atrás de zebra. A Irlanda do Norte derrotou a Tchecoslováquia, que aplicou uma goleada de 6 a 1 nos argentinos. Eliminados no saldo de gols, os argentinos que eram favoritos voltaram para casa mais cedo e viram a Irlanda do Norte vencer os tchecos novamente para garantir o segundo lugar do grupo, atrás da Alemanha, que venceu os argentinos e empatou os dois jogos restantes.
No Grupo 2, a França apresentava ao mundo seu atacante, Just Fontaine, que marcou 3 na goleada de 7 a 3 sobre o Paraguai. França e Iugoslávia classificaram-se às quartas-de-final, ao passo que Paraguai e Escócia voltaram para casa com um ponto cada. Finalmente, no grupo 3, a Hungria, enfraquecida pelo bloqueio comunista, não foi nem sombra do time de quatro anos antes, sendo eliminada pelo País de Gales no jogo-desempate. A Suécia, anfitriã, desempenhou bem o seu papel a vencer dois jogos e empatar um.
Estavam definidas as quartas-de-final: Alemanha x Iugoslávia, França x Irlanda do Norte, Suécia x União Soviética e Brasil x País de Gales.
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