Ainda em formação, Botafogo encontra no uruguaio a referência para chegar à final da Taça Guanabara
A torcida botafoguense elegeu o jovem atacante Caio como talismã - em três partidas que saiu do banco, marcou gols decisivos como o da virada sobre o Flamengo na semifinal. Mas a classificação para a decisão da Taça Guanabara tem nome, sobrenome e apelido: Sebástian "El Loco" Abreu. Ainda que apareça menos que Dodô, Fred, Vágner Love e Adriano, ele foi o jogador mais importante para seu clube dentre os quatro grandes.
Em sete jogos como titular (trabalhando a parte física, estreou na terceira rodada), marcou cinco gols e deu uma assistência. Destes gols, foram quatro de cabeça e um de direita, três da grande área e um da pequena. A assistência foi exatamente de cabeça, um toque para o gol de Herrera na vitória sobre o Tigres por 2 a 1.
A importância de qualquer jogador é relativizada pelo esquema tático, e aí entra a prancheta de Joel. Assistindo à goleada sofrida para o Vasco e acompanhando o interino Jair Ventura contra o Tigres, Joel definiu o esquema de três zagueiros que fez sucesso com o Flamengo como o ideal, fazendo de Abreu a referência para a qual o time joga. A bola aérea é a principal jogada, e os treinos secretos na véspera da semifinal provaram-se valiosos. Desde então, a recuperação botafoguense é clara.
Abreu deu assistência na vitória sobre o Tigres; marcou seu primeiro gol - de cabeça - na goleada sobre o Madureira; fez três - o único até agora com o pé - na outra goleada, sobre o Resende; e veio a semifinal contra o Flamengo.
Abreu não marcou e não concedeu assistência, mas mostrou sua importância para o time: foi dele o toque de cabeça para Herrera chutar, Bruno rebater e Marcelo Cordeiro rematar, empatando o jogo.
No gol da virada, ele atraiu a marcação de Álvaro, mais alto da zaga flamenguista (1,82m contra 1,77m de Ronaldo Angelim); não encosta na bola, mas Angelim, preocupado com a bola aérea, dá espaço para Herrera tocar para o gol de Caio.
No gol da virada, ele atraiu a marcação de Álvaro, mais alto da zaga flamenguista (1,82m contra 1,77m de Ronaldo Angelim); não encosta na bola, mas Angelim, preocupado com a bola aérea, dá espaço para Herrera tocar para o gol de Caio.
Por tudo isso, se alguém é responsável pela chegada do Botafogo, mesmo ainda em construção, à final da Taça Guanabara, este é Loco Abreu. Pode por na conta dele.
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