Graças à Internet, garoto brasileiro chegou à seleção austríaca sub 18
A Internet revolucionou, dentre tantos outros segmentos, também o futebol: pelo PC, partidas de quase todos os campeonatos do mundo podem ser acompanhadas ao vivo, informações de quaisquer jogadores podem ser compiladas e, principalmente, vídeos e mais vídeos podem ser assistidos em sites e redes sociais. A antiga expressão “jogador de videotape”, que se transformara em “jogador de DVD”, evoluiu nos últimos anos para “jogador de Youtube” – o caso do garoto Vitor Flora, já retratado aqui no Olheiros, é um dos mais emblemáticos.
Esse avanço tecnológico do futebol (ao menos fora das quatro linhas) ocorreu de forma mais perceptível com a popularização da Web 2.0 – ferramentas interativas atreladas à Internet banda larga. E foi graças a elas que um jovem jogador brasileiro chegou, na última semana, à seleção sub 18 da Áustria.
Rafhael Domingues, atacante de 18 anos do Toledo Colônia Work (TCW), da primeira divisão paranaense (que acabou rebaixado nesta temporada), é neto de austríacos – seu avô materno, Franz Joseph Schweighofer, nasceu na região do Tirol. Graças à dupla cidadania, Rafinha, como é conhecido, foi atrás do sonho de atuar na Europa.
E foi através do site de relacionamentos Facebook que a “convocação” aconteceu: Rafinha entrou em contato com membros das categorias de base da federação austríaca contando de sua ascendência, enviando vídeos de suas atuações pelo TCW e colocando-se à disposição da equipe sub 18. “Pensei que eles não iriam dar bola para mim. Um mês depois de ter entrado em contato, recebi a convocação por e-mail. No começo não acreditei, mas quando eles pediram o contato do Toledo para me levarem para o amistoso, vi que era verdade mesmo”, contou um surpreso atacante ao jornal Gazeta do Povo.
Chegando a Viena com seu pai, Rafinha encontrou língua e cultura diferentes, que dificultaram a adaptação à seleção. “No primeiro treino o treinador falava, eu esperava um pouco e olhava o que os outros jogadores faziam, para depois repetir”, lembra. Ainda assim, a estreia diante da República Tcheca não poderia ter sido melhor. Diante de 1300 torcedores no pequeno estádio municipal da cidade de Laa an der Thaya, no noroeste austríaco, o paranaense de Marechal Cândido Rondon jogou pela primeira vez com a camisa preta da Áustria – um país tão novo quanto seus companheiros de time.
Logo aos três minutos, os tchecos abriram o placar após cobrança de escanteio, mas a partir daí Rafinha provou-se fundamental: empatou aos 34, após boa jogada pela direita, e virou o jogo aos 10 do segundo, chutando de bico cara a cara com o goleiro. Substituído aos 25, foi aplaudido pela torcida e, nos vestiários, virou o centro das atenções, tentando – como podia – responder às perguntas dos curiosos companheiros sobre o futebol brasileiro.
Elogiado pelo técnico Hermann Stadler – “ele é rápido, ágil e habilidoso” –, Rafinha ganhou destaque na imprensa local e já aprendeu uma ou outra palavra em alemão durante sua estadia. Contudo, por mais que seu futebol tenha impressionado, Stadler deixou claro que outros fatores pesam muito em futuras convocações – especialmente a questão do idioma. “Sem dúvida, ele é talentoso e especial. Esportivamente falando, não há problema algum, mas há outras circunstâncias a serem avaliadas”, sentenciou o ex-atacante do Áustria Salzburg. De fato, trazer um jogador de outro continente para atuar em amistosos e competições sub 18 de seleções demanda muitos ajustes operacionais. Períodos maiores de treinamento e adaptação mais profunda ao futebol e aos costumes do país ficariam prejudicados pela distância, transformando Rafinha quase que em um ente separado do restante do time.
Para solucionar este problema, o garoto está disposto a enfrentar todos os desafios. “Quero começar a aprender inglês e alemão”, conta, acrescentando os próximos e inevitáveis passos para se concretizar o sonho. “Acho que no futuro seria melhor eu jogar na Áustria ou na Alemanha, para ser observado e poder ser convocado de novo”, reflete. A vontade, Rafinha garante, é mesmo atuar pela seleção européia no futuro – a própria busca pela dupla cidadania já foi com essa intenção.
Caso a aventura austríaca não dê certo, o atacante promete não desanimar. “Não sei o que vai acontecer. Se surgisse uma oportunidade de jogar nos grandes do estado, eu aceitaria com certeza”, afirma. O primeiro contrato profissional com o TCW foi assinado recentemente e vale até 2013. Até lá, Rafinha terá tempo para provar se tem realmente talento ou se é, apenas, mais um fruto da geração Web 2.0.
Esse avanço tecnológico do futebol (ao menos fora das quatro linhas) ocorreu de forma mais perceptível com a popularização da Web 2.0 – ferramentas interativas atreladas à Internet banda larga. E foi graças a elas que um jovem jogador brasileiro chegou, na última semana, à seleção sub 18 da Áustria.
Rafhael Domingues, atacante de 18 anos do Toledo Colônia Work (TCW), da primeira divisão paranaense (que acabou rebaixado nesta temporada), é neto de austríacos – seu avô materno, Franz Joseph Schweighofer, nasceu na região do Tirol. Graças à dupla cidadania, Rafinha, como é conhecido, foi atrás do sonho de atuar na Europa.
E foi através do site de relacionamentos Facebook que a “convocação” aconteceu: Rafinha entrou em contato com membros das categorias de base da federação austríaca contando de sua ascendência, enviando vídeos de suas atuações pelo TCW e colocando-se à disposição da equipe sub 18. “Pensei que eles não iriam dar bola para mim. Um mês depois de ter entrado em contato, recebi a convocação por e-mail. No começo não acreditei, mas quando eles pediram o contato do Toledo para me levarem para o amistoso, vi que era verdade mesmo”, contou um surpreso atacante ao jornal Gazeta do Povo.
Chegando a Viena com seu pai, Rafinha encontrou língua e cultura diferentes, que dificultaram a adaptação à seleção. “No primeiro treino o treinador falava, eu esperava um pouco e olhava o que os outros jogadores faziam, para depois repetir”, lembra. Ainda assim, a estreia diante da República Tcheca não poderia ter sido melhor. Diante de 1300 torcedores no pequeno estádio municipal da cidade de Laa an der Thaya, no noroeste austríaco, o paranaense de Marechal Cândido Rondon jogou pela primeira vez com a camisa preta da Áustria – um país tão novo quanto seus companheiros de time.
Logo aos três minutos, os tchecos abriram o placar após cobrança de escanteio, mas a partir daí Rafinha provou-se fundamental: empatou aos 34, após boa jogada pela direita, e virou o jogo aos 10 do segundo, chutando de bico cara a cara com o goleiro. Substituído aos 25, foi aplaudido pela torcida e, nos vestiários, virou o centro das atenções, tentando – como podia – responder às perguntas dos curiosos companheiros sobre o futebol brasileiro.
Elogiado pelo técnico Hermann Stadler – “ele é rápido, ágil e habilidoso” –, Rafinha ganhou destaque na imprensa local e já aprendeu uma ou outra palavra em alemão durante sua estadia. Contudo, por mais que seu futebol tenha impressionado, Stadler deixou claro que outros fatores pesam muito em futuras convocações – especialmente a questão do idioma. “Sem dúvida, ele é talentoso e especial. Esportivamente falando, não há problema algum, mas há outras circunstâncias a serem avaliadas”, sentenciou o ex-atacante do Áustria Salzburg. De fato, trazer um jogador de outro continente para atuar em amistosos e competições sub 18 de seleções demanda muitos ajustes operacionais. Períodos maiores de treinamento e adaptação mais profunda ao futebol e aos costumes do país ficariam prejudicados pela distância, transformando Rafinha quase que em um ente separado do restante do time.
Para solucionar este problema, o garoto está disposto a enfrentar todos os desafios. “Quero começar a aprender inglês e alemão”, conta, acrescentando os próximos e inevitáveis passos para se concretizar o sonho. “Acho que no futuro seria melhor eu jogar na Áustria ou na Alemanha, para ser observado e poder ser convocado de novo”, reflete. A vontade, Rafinha garante, é mesmo atuar pela seleção européia no futuro – a própria busca pela dupla cidadania já foi com essa intenção.
Caso a aventura austríaca não dê certo, o atacante promete não desanimar. “Não sei o que vai acontecer. Se surgisse uma oportunidade de jogar nos grandes do estado, eu aceitaria com certeza”, afirma. O primeiro contrato profissional com o TCW foi assinado recentemente e vale até 2013. Até lá, Rafinha terá tempo para provar se tem realmente talento ou se é, apenas, mais um fruto da geração Web 2.0.
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