A Alemanha, sede da Copa de 74, havia sido escolhida como organizadora do evento pela primeira vez em 1942, mas por causa da II Grande Guerra, só sediou a competição 28 anos depois, aproveitando os investimentos feitos para as Olimpíadas de 1972, em Munique, da mesma maneira que o México fizera anos antes.
Após a Copa de 70, uma nova taça deveria ser feita para substituir o Troféu Jules Rimet, que ficou sob posse definitiva do Brasil (mas não por muito tempo, pois foi roubado da sede da CBD e nunca mais achado. Diz-se que o troféu foi derretido pelos ladrões e transformado em peças de ouro, ao passo que a FIFA cedeu uma réplica, dessa vez somente banhada a ouro, para a sala de troféus brasileira). A nova Taça, chamada de Taça FIFA, foi esculpida pelo italiano Silvio Gazzaniga e marcou novas transformações no futebol mundial, com a eleição do brasileiro João Havelange, então presidente da CBD, como novo chefe da entidade.
A novidade começava no modo de disputa. Em vez do tradicional sistema de quartas de final, os 8 classificados se dividiriam novamente em dois grupos, cujos vencedores fariam a final. Outro fator interessante para os brasileiros é que essa foi a primeira Copa a ser transmitida totalmente ao vivo e em cores para o país tricampeão do mundo.
O Brasil novamente não teve de disputar as eliminatórias. Seus vizinhos Argentina e Uruguai juntaram-se ao Chile e foram os representates da América do Sul, enquanto que o Haiti protagonizou uma incrível surpresa ao derrotar o México, conquistando a vaga. O Zaire ficou com a vaga africana e a Austrália derrotou a Coréia do Sul para garantir a vaga disputada entre Oceania e Ásia.
Na Europa, algumas surpresas: a Inglaterra foi eliminada pela Polônia, Portugal pela Bulgária e a Espanha pela Iugoslávia. A Alemanha Oriental classificou-se pela primeira vez, justamente para a Copa que queria ajudar a sediar, mas não houve acordo. Após anos de brigas desde a separação que ocorreu depois da Segunda Guerra, uma trégua permitiu que os `orientais` acompanhassem os jogos e entrassem na Alemanha Ocidental. A surpresa foi enorme quando, no sorteio das chaves, ambas as seleções caíram no mesmo grupo. Um encontro tenso e aguardado estava marcado.
A preparação do Brasil para a Copa de 74 foi tensa. Carlos Alberto, Pelé, Tostão e Gérson haviam se aposentado e Jairzinho e Rivelino tomaram a frente de uma seleção que mesclava velhos craques com jovens talentos. Os resultados não agradaram e a seleção chegou desacreditada.
A Copa de 74 inaugurou uma tradição que foi abolida na última Copa, exatamente na Alemanha: o campeão passou a fazer o jogo de abertura. Coube ao Brasil estrear essa honra, porém o resultado foi decepcionante: 0 a 0 contra a Iugoslávia. Até a Copa de 2002, a última em que o jogo de abertura foi dessa forma, apenas a Alemanha em 94 e o Brasil em 98 venceram seus jogos. Mas zebras à parte, o Brasil também não saiu do zero em sua segunda partida, contra a Escócia, resultado do futebol defensivo adotado por Zagallo.
Apenas na terceira e última rodada da primeira fase, precisando desesperadamente de uma vitória por 3 a 0 para não depender do resultado do jogo entre Iugoslávia e Escócia para se classificar, o Brasil foi para o ataque contra a frágil seleção do Zaire e venceu exatamente por 3 a 0, com gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro, este a 11 minutos do fim. No sufoco, o Brasil passava para a próxima fase em segundo, atrás dos iugoslavos.
Nos outros grupos, a Alemanha Ocidental perdeu para a Alemanha Oriental num jogo muito esperado, ficando em segundo lugar, atrás dos orientais. Na época, rumores davam conta de que os alemães ocidentais perderam o jogo para escapar do grupo da Holanda na próxima fase, que àquela altura já era considerava favorita ao título.
E por falar na Holanda, apesar do empate em 0 a 0 com a Suécia, o time do técnico Rinus Michels fez história na Alemanha. Com um futebol envolvente chamado pelo técnico de futebol total, os holandeses ganharam os apelidos de "carrossel holandês", já que nenhum jogador possuía posição fixa no campo, e "laranja mecânica", pela facilidade com que os envolventes ataques estraçalhavam as zagas adversárias. Foi assim contra o Uruguai na estréia (vitória por 2 a 0) e contra a Bulgária (4 a 1). Os holandeses assumiam o posto de principais favoritos ao título.
Finalizando, no grupo 4 a Itália deu vexame e foi eliminada ainda na primeira fase. Após vencer a fraca seleção haitiana na estréia por 3 a 1, empatou com a Argentina em um gol e perdeu para a Polônia, voltando para casa mais cedo. Os poloneses tinham um time forte, cujo expoente era o atacante Lato, que se tornaria artilheiro da Copa, e venceram as três partidas da primeira fase, incluindo a goleada de 7 a 0 sobre o Haiti.
Ficariam, então, assim definidos os grupos da segunda fase: no grupo A, Brasil, Alemanha Oriental, Holanda e Argentina; no grupo B, Alemanha, Polônia, Suécia e Iugoslávia. Os times jogariam entre si e os vencedores fariam a final.
Após a Copa de 70, uma nova taça deveria ser feita para substituir o Troféu Jules Rimet, que ficou sob posse definitiva do Brasil (mas não por muito tempo, pois foi roubado da sede da CBD e nunca mais achado. Diz-se que o troféu foi derretido pelos ladrões e transformado em peças de ouro, ao passo que a FIFA cedeu uma réplica, dessa vez somente banhada a ouro, para a sala de troféus brasileira). A nova Taça, chamada de Taça FIFA, foi esculpida pelo italiano Silvio Gazzaniga e marcou novas transformações no futebol mundial, com a eleição do brasileiro João Havelange, então presidente da CBD, como novo chefe da entidade.
A novidade começava no modo de disputa. Em vez do tradicional sistema de quartas de final, os 8 classificados se dividiriam novamente em dois grupos, cujos vencedores fariam a final. Outro fator interessante para os brasileiros é que essa foi a primeira Copa a ser transmitida totalmente ao vivo e em cores para o país tricampeão do mundo.
O Brasil novamente não teve de disputar as eliminatórias. Seus vizinhos Argentina e Uruguai juntaram-se ao Chile e foram os representates da América do Sul, enquanto que o Haiti protagonizou uma incrível surpresa ao derrotar o México, conquistando a vaga. O Zaire ficou com a vaga africana e a Austrália derrotou a Coréia do Sul para garantir a vaga disputada entre Oceania e Ásia.
Na Europa, algumas surpresas: a Inglaterra foi eliminada pela Polônia, Portugal pela Bulgária e a Espanha pela Iugoslávia. A Alemanha Oriental classificou-se pela primeira vez, justamente para a Copa que queria ajudar a sediar, mas não houve acordo. Após anos de brigas desde a separação que ocorreu depois da Segunda Guerra, uma trégua permitiu que os `orientais` acompanhassem os jogos e entrassem na Alemanha Ocidental. A surpresa foi enorme quando, no sorteio das chaves, ambas as seleções caíram no mesmo grupo. Um encontro tenso e aguardado estava marcado.
A preparação do Brasil para a Copa de 74 foi tensa. Carlos Alberto, Pelé, Tostão e Gérson haviam se aposentado e Jairzinho e Rivelino tomaram a frente de uma seleção que mesclava velhos craques com jovens talentos. Os resultados não agradaram e a seleção chegou desacreditada.
A Copa de 74 inaugurou uma tradição que foi abolida na última Copa, exatamente na Alemanha: o campeão passou a fazer o jogo de abertura. Coube ao Brasil estrear essa honra, porém o resultado foi decepcionante: 0 a 0 contra a Iugoslávia. Até a Copa de 2002, a última em que o jogo de abertura foi dessa forma, apenas a Alemanha em 94 e o Brasil em 98 venceram seus jogos. Mas zebras à parte, o Brasil também não saiu do zero em sua segunda partida, contra a Escócia, resultado do futebol defensivo adotado por Zagallo.
Apenas na terceira e última rodada da primeira fase, precisando desesperadamente de uma vitória por 3 a 0 para não depender do resultado do jogo entre Iugoslávia e Escócia para se classificar, o Brasil foi para o ataque contra a frágil seleção do Zaire e venceu exatamente por 3 a 0, com gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro, este a 11 minutos do fim. No sufoco, o Brasil passava para a próxima fase em segundo, atrás dos iugoslavos.
Nos outros grupos, a Alemanha Ocidental perdeu para a Alemanha Oriental num jogo muito esperado, ficando em segundo lugar, atrás dos orientais. Na época, rumores davam conta de que os alemães ocidentais perderam o jogo para escapar do grupo da Holanda na próxima fase, que àquela altura já era considerava favorita ao título.
E por falar na Holanda, apesar do empate em 0 a 0 com a Suécia, o time do técnico Rinus Michels fez história na Alemanha. Com um futebol envolvente chamado pelo técnico de futebol total, os holandeses ganharam os apelidos de "carrossel holandês", já que nenhum jogador possuía posição fixa no campo, e "laranja mecânica", pela facilidade com que os envolventes ataques estraçalhavam as zagas adversárias. Foi assim contra o Uruguai na estréia (vitória por 2 a 0) e contra a Bulgária (4 a 1). Os holandeses assumiam o posto de principais favoritos ao título.
Finalizando, no grupo 4 a Itália deu vexame e foi eliminada ainda na primeira fase. Após vencer a fraca seleção haitiana na estréia por 3 a 1, empatou com a Argentina em um gol e perdeu para a Polônia, voltando para casa mais cedo. Os poloneses tinham um time forte, cujo expoente era o atacante Lato, que se tornaria artilheiro da Copa, e venceram as três partidas da primeira fase, incluindo a goleada de 7 a 0 sobre o Haiti.
Ficariam, então, assim definidos os grupos da segunda fase: no grupo A, Brasil, Alemanha Oriental, Holanda e Argentina; no grupo B, Alemanha, Polônia, Suécia e Iugoslávia. Os times jogariam entre si e os vencedores fariam a final.
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