quarta-feira, 2 de maio de 2007

Uma final merecida


A final entre Milan e Liverpool não era esperada no início da temporada (como todo ano, praticamente), mas é merecida.

Merecida porque o Liverpool teve a segunda melhor campanha da primeira fase, atrás apenas do Lyon, em um grupo fraco, é verdade. Mas que passou a ser provável após a - muito - surpreendente vitória em pleno Camp Nou que culminou com a eliminação do super-favorito Barcelona. Outra vitória inquestionável frente ao PSV (adversário da primeira fase) na Holanda por 3 a 0 levou os Reds à semifinal, vencida brilhantemente por Rafa Benitez em mais um duelo tático contra José Mourinho.

Rafa Benitez que foi campeão em 2005 frente ao mesmo Milan, com a mesma filosofia: jogadores pouco baladados e que brilham muito mais pelo conjunto que pela individualidade. Mas ao contrário da final de Istambul, os Reds chegam com um leve favoritismo. Favoritismo que estava do lado do Milan naquela final, e que parecia justificado após os 3 a 0 do primeiro tempo em uma atuação de gala de Shevchenko. Mas veio o segundo tempo e todos sabem o final.

Mas a final também é merecida pela chegada do Milan, que se chegou com a camisa, esta foi a 22 de Kaká. Artilheiro da competição com 10 gols, o brasileiro parece ter ultrapassado Cristiano Ronaldo como o melhor jogador da atualidade. No duelo entre os dois na semifinal, deu Kaká disparado. Foi ele quem marcou o gol da classificação nas oitavas, contra o Celtic, na prorrogação. E para não se cansar de levar o time nas costas, tem a companhia de Seedorf, que voltou a jogar bem no decisivo jogo contra o Bayern, nas quartas.

Uma final merecida, com duas equipes cujos técnicos se preocupam antes em defender e, só depois, em atacar. Se o Liverpool é melhor taticamente, o Milan tem a genalidade e a imprevisibilidade de Kaká, que pode acabar com qualquer sistema tático. Uma final que não era esperada no início da temporada, mas que é muito esperada após as atuações das equipes ao longo da temporada.

2 comentários:

Unknown disse...

O Milan joga naquele esquema árvore de natal, o 4-3-2-1. E por mais incrível que isto possa parecer tem sido primordial a presença de Ambrosini, pois assim Seedorf pode apoiar com mais liberdade e quando o time está sem a bola este recua e forma uma linha de 4 no meio, fazendo o esquema virar um 4-4-1-1. Kaká dispensa comentários, é genial.

O Liverpool desta vez não vem como zebra e muitos do elenco já contam com a vivência de disputar uma final de UCL. É impressionante o que Benítez faz com o time de muitos jogadores medianos, os fazendo render ao máximo nos jogos decisivos. A disposição tática dos Reds é outra coisa interessantíssima, pois existe uma variação enorme.

Será um jogaço e não arrisco prognósticos!
Abraço Maurício. ;]

Anônimo disse...

Um jogaço, como não poderia deixar de ser. Não há como negar que a rivalidade é o maior atrativo, ainda que Liverpool e Milan deixem algumas lições de planejamento e organização tática.


abraço poio!