O ciclo de preparação da seleção brasileira para a Copa de 2010 encerrou-se nesta terça-feira, com a vitória sobre a Irlanda por 2 a 0. Mais uma vez, o Brasil não jogou um futebol bonito como se espera, mas venceu e ampliou seu ótimo retrospecto sob o comando de Dunga.
Energicamente criticado durante todo seu tempo de comando, Dunga chegou como solução para o fiasco de 2006, um ex-jogador da confiança de Ricardo Teixeira que poderia acabar com as mordomias e farras do Mundial anterior, eleitas razões pelo fracasso da Alemanha. No início do trabalho, o que se imaginava era um Dunga subserviente, que pouco entendia de formação tática ou padrão de jogo e que estava quase que como um "laranja" no comando da seleção. Era, acima de tudo, uma resposta da CBF: "vocês criticaram isso e aquilo, vamos fazer exatamente o oposto".
Difícil imaginar influência tão grande da imprensa no trabalho da seleção. Até mesmo na década de 60, quando João Saldanha tanto criticou que acabou virando técnico, percebia-se um Brasil tão preocupado com o que o jornal vai dizer no dia seguinte ao jogo. Entretanto, ás vésperas da Copa, a imprensa só faz criticar por criticar.
A crítica que se faz incessantemente a Dunga é pelo fato de, dados os critérios que adotou desde o início, jogadores considerados acima da média como Ronaldinho e Pato estarem de fora. Fosse ele totalmente sem critério e incoerente em cada convocação, mas chamasse quem a imprensa quer, todos aplaudiriam - foi o que Parreira fez em 2006 e deu no que deu. Mas, dadas as circunstân cias e os resultados que alcançou sem Ronaldinho, não há como dizer que Dunga esteja errado em seu pensamento - por mais que soe inconcebível que Gaúcho fique de fora.
Não gosto do time, nunca gostei de Dunga mas de fato é preciso se render aos resultados. Não há, na história recente da seleção, treinador tão coerente com seus pensamentos e que faça as coisas de maneira mais regrada. Foi assim, afinal, que Dunga conduziu toda sua carreira como jogador - de incrível aplicação tática e disciplinar, mas sem qualquer lampejo de técnica.
Por isso, e lembrando tudo o que a imprensa cobrou em 2006, Dunga está coberto de razão. Quando ele diz que "a imprensa cobrou comprometimento em 2006 e agora critica em 2010", está novamente certo.
Se isso será suficiente para ganhar a Copa, veremos em quatro meses. Mas ninguém poderá dizer que ele não fez o que se esperava de um treinador: barrar os "festeiros", premiar quem rendeu e chamar os jogadores que corresponderam às chances.
Energicamente criticado durante todo seu tempo de comando, Dunga chegou como solução para o fiasco de 2006, um ex-jogador da confiança de Ricardo Teixeira que poderia acabar com as mordomias e farras do Mundial anterior, eleitas razões pelo fracasso da Alemanha. No início do trabalho, o que se imaginava era um Dunga subserviente, que pouco entendia de formação tática ou padrão de jogo e que estava quase que como um "laranja" no comando da seleção. Era, acima de tudo, uma resposta da CBF: "vocês criticaram isso e aquilo, vamos fazer exatamente o oposto".
Difícil imaginar influência tão grande da imprensa no trabalho da seleção. Até mesmo na década de 60, quando João Saldanha tanto criticou que acabou virando técnico, percebia-se um Brasil tão preocupado com o que o jornal vai dizer no dia seguinte ao jogo. Entretanto, ás vésperas da Copa, a imprensa só faz criticar por criticar.
A crítica que se faz incessantemente a Dunga é pelo fato de, dados os critérios que adotou desde o início, jogadores considerados acima da média como Ronaldinho e Pato estarem de fora. Fosse ele totalmente sem critério e incoerente em cada convocação, mas chamasse quem a imprensa quer, todos aplaudiriam - foi o que Parreira fez em 2006 e deu no que deu. Mas, dadas as circunstân cias e os resultados que alcançou sem Ronaldinho, não há como dizer que Dunga esteja errado em seu pensamento - por mais que soe inconcebível que Gaúcho fique de fora.
Não gosto do time, nunca gostei de Dunga mas de fato é preciso se render aos resultados. Não há, na história recente da seleção, treinador tão coerente com seus pensamentos e que faça as coisas de maneira mais regrada. Foi assim, afinal, que Dunga conduziu toda sua carreira como jogador - de incrível aplicação tática e disciplinar, mas sem qualquer lampejo de técnica.
Por isso, e lembrando tudo o que a imprensa cobrou em 2006, Dunga está coberto de razão. Quando ele diz que "a imprensa cobrou comprometimento em 2006 e agora critica em 2010", está novamente certo.
Se isso será suficiente para ganhar a Copa, veremos em quatro meses. Mas ninguém poderá dizer que ele não fez o que se esperava de um treinador: barrar os "festeiros", premiar quem rendeu e chamar os jogadores que corresponderam às chances.
Um comentário:
Futebol é momento ou resultado?
Os chavões são sábios.
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