O futebol chileno atravessa uma nova fase administrativa que começou a dar frutos com o histórico retorno à Copa do Mundo depois de 12 anos de ausência. Desde que Marcelo Salas e Iván Zamorano deixaram as suas marcas na França em 1998, o Chile via frustradas as tentativas de voltar à elite, mas esse período parece ter ficado para trás. O grupo atual, muito bem conduzido pelo argentino Marcelo Bielsa, conta com material humano para repetir o feito daquela seleção que em 1998 surpreendeu os chilenos e o resto do mundo.
Tendo em vista a facilidade com que o Chile se classificou, as expectativas no país são enormes. Principalmente depois das eliminatórias para 2002 e 2006, nas quais os chilenos ficaram em penúltimo e depois em sétimo lugar. Os tempos mudaram e, já sem a famosa dupla de atacantes, a seleção chilena está de cara nova e volta a sonhar com uma atuação de destaque.
O caminho à África do Sul
A seleção chilena assegurou uma vaga na África do Sul graças à segunda colocação nas Eliminatórias, apenas um ponto atrás do Brasil. A campanha do grupo de Bielsa, que teve a menor média de idade da competição, foi a melhor na história do país desde que o atual sistema de classificação foi adotado no continente. A passagem foi carimbada com uma rodada de antecedência, no dia 10 de outubro de 2009, quando os chilenos venceram a Colômbia por 4 a 2 e mais uma vez mostraram a sua força fora de casa, condição em que somaram 16 dos seus 33 pontos.
Outra prova clara do bom momento que atravessa o selecionado de Marcelo Bielsa é a personalidade de sair para o ataque dentro e fora de casa. O Chile teve o maior número de gols nas eliminatórias (32), venceu o maior número de jogos (dez) e teve o artilheiro da competição, Humberto Suazo, com dez gols.
As estrelas
Em um grupo compacto e de inquestionável vocação ofensiva, é preciso destacar o ataque chileno. É nesse setor que atuam Matías Fernández, Alexis Sánchez e Humberto Suazo, trio que fez os torcedores do Colo Colo delirarem na temporada de 2006 e que agora abrilhanta o futebol em diferentes latitudes. O dois primeiros pertencem a uma nova geração de jogadores chilenos que foram levados ainda jovens para o Velho Continente. Fernández é o cérebro da seleção, Sánchez é a explosão pelas laterais e Suazo, mais experiente, o implacável artilheiro que conclui as jogadas.
O técnico
É possível que o argentino Marcelo Bielsa seja lembrado pelos torcedores como o treinador que dirigiu a seleção argentina eliminada ainda na primeira fase da Copa de 2002. Mas também é verdade que, à frente do Chile, o técnico tem uma oportunidade histórica de dar a volta por cima.
Nascido em Rosário, Bielsa é chamado de "El Loco" por causa do seu jeito particular de viver o futebol e recebe reconhecimento assíduo de jogadores, colegas e jornalistas. Os motivos são a seriedade, a dedicação e a ética que ele mostra na hora de trabalhar. Apaixonado por tática e pelo futebol ofensivo, este treinador que teve uma rápida passagem como jogador profissional atingiu índices recordes de popularidade na sociedade chilena, que sonha em tê-lo no comando da seleção por muito mais tempo.
"Não vejo esta oportunidade como uma chance de redimir o que aconteceu comigo em 2002. Nenhuma alegria futura fará com que aquela tristeza desapareça. Em uma Copa do Mundo, o mais importante é atingir a forma ideal dos jogadores e isso passa por inúmeros fatores. É possível administrar o desempenho de alguns, mas outros são o resultado do que vivenciaram nos últimos dez meses. Tomara que tudo aconteça de forma positiva para o Chile", afirmou.
Participações anteriores
Esta será a oitava participação do Chile em uma Copa do Mundo. A melhor atuação aconteceu em 1962, ano em que o país sediou a competição e acabou em terceiro lugar. Guillermo Subiabre (1930), Leonel Ramírez (1962) e Marcelo Salas (1998) são os maiores goleadores chilenos em Copas, com quatro gols cada. Na última participação, em 98, ficaram em segundo no Grupo B, após empates com Itália e Áustria e vitória sobre Camarões, para depois serem goleados pelo Brasil nas oitavas de final.
Time-base
Bravo; Medel, Ponce, Vidal; Millar, Carmona, Beausejour; Fernández; Sánchez, Suazo e González.
Jogos
16/06 - 08h30 - Honduras x Chile (Mbombela)
21/06 - 11h - Chile x Suíça (Nelson Mandela Bay)
25/06 - 15h30 - Chile x Espanha (Loftus Versfeld)
Lista final de convocados
Tendo em vista a facilidade com que o Chile se classificou, as expectativas no país são enormes. Principalmente depois das eliminatórias para 2002 e 2006, nas quais os chilenos ficaram em penúltimo e depois em sétimo lugar. Os tempos mudaram e, já sem a famosa dupla de atacantes, a seleção chilena está de cara nova e volta a sonhar com uma atuação de destaque.
O caminho à África do Sul
A seleção chilena assegurou uma vaga na África do Sul graças à segunda colocação nas Eliminatórias, apenas um ponto atrás do Brasil. A campanha do grupo de Bielsa, que teve a menor média de idade da competição, foi a melhor na história do país desde que o atual sistema de classificação foi adotado no continente. A passagem foi carimbada com uma rodada de antecedência, no dia 10 de outubro de 2009, quando os chilenos venceram a Colômbia por 4 a 2 e mais uma vez mostraram a sua força fora de casa, condição em que somaram 16 dos seus 33 pontos.
Outra prova clara do bom momento que atravessa o selecionado de Marcelo Bielsa é a personalidade de sair para o ataque dentro e fora de casa. O Chile teve o maior número de gols nas eliminatórias (32), venceu o maior número de jogos (dez) e teve o artilheiro da competição, Humberto Suazo, com dez gols.
As estrelas
Em um grupo compacto e de inquestionável vocação ofensiva, é preciso destacar o ataque chileno. É nesse setor que atuam Matías Fernández, Alexis Sánchez e Humberto Suazo, trio que fez os torcedores do Colo Colo delirarem na temporada de 2006 e que agora abrilhanta o futebol em diferentes latitudes. O dois primeiros pertencem a uma nova geração de jogadores chilenos que foram levados ainda jovens para o Velho Continente. Fernández é o cérebro da seleção, Sánchez é a explosão pelas laterais e Suazo, mais experiente, o implacável artilheiro que conclui as jogadas.
O técnico
É possível que o argentino Marcelo Bielsa seja lembrado pelos torcedores como o treinador que dirigiu a seleção argentina eliminada ainda na primeira fase da Copa de 2002. Mas também é verdade que, à frente do Chile, o técnico tem uma oportunidade histórica de dar a volta por cima.
Nascido em Rosário, Bielsa é chamado de "El Loco" por causa do seu jeito particular de viver o futebol e recebe reconhecimento assíduo de jogadores, colegas e jornalistas. Os motivos são a seriedade, a dedicação e a ética que ele mostra na hora de trabalhar. Apaixonado por tática e pelo futebol ofensivo, este treinador que teve uma rápida passagem como jogador profissional atingiu índices recordes de popularidade na sociedade chilena, que sonha em tê-lo no comando da seleção por muito mais tempo.
"Não vejo esta oportunidade como uma chance de redimir o que aconteceu comigo em 2002. Nenhuma alegria futura fará com que aquela tristeza desapareça. Em uma Copa do Mundo, o mais importante é atingir a forma ideal dos jogadores e isso passa por inúmeros fatores. É possível administrar o desempenho de alguns, mas outros são o resultado do que vivenciaram nos últimos dez meses. Tomara que tudo aconteça de forma positiva para o Chile", afirmou.
Participações anteriores
Esta será a oitava participação do Chile em uma Copa do Mundo. A melhor atuação aconteceu em 1962, ano em que o país sediou a competição e acabou em terceiro lugar. Guillermo Subiabre (1930), Leonel Ramírez (1962) e Marcelo Salas (1998) são os maiores goleadores chilenos em Copas, com quatro gols cada. Na última participação, em 98, ficaram em segundo no Grupo B, após empates com Itália e Áustria e vitória sobre Camarões, para depois serem goleados pelo Brasil nas oitavas de final.
Time-base
Bravo; Medel, Ponce, Vidal; Millar, Carmona, Beausejour; Fernández; Sánchez, Suazo e González.
Jogos
16/06 - 08h30 - Honduras x Chile (Mbombela)
21/06 - 11h - Chile x Suíça (Nelson Mandela Bay)
25/06 - 15h30 - Chile x Espanha (Loftus Versfeld)
Lista final de convocados
Goleiros
Claudio Bravo (Real Sociedad/ESP)
Miguel Pinto (U. de Chile)
Luis Marín (U. Española)
Defensores
Pablo Contreras (PAOK/GRE)
Ismael Fuentes (U. de Chile)
Mauricio Isla (Udinese/ITA)
Gonzalo Jara (West Bromwich/ING)
Gary Medel (Boca Juniors/ARG)
Waldo Ponce (U. Católica)
Arturo Vidal (Bayer Leverkusen/ALE)
Marco Estrada (U. de Chile)
Meias
Rodrigo Millar (Colo Colo)
Matías Fernandez (Sporting/POR)
Jorge Valdivia (Al Ain/EAU)
Carlos Carmona (Reggina/ITA)
Gonzalo Fierro (Flamengo/BRA)
Rodrigo Tello (Besiktas/TUR)
Atacantes
Alexis Sánchez (Udinese/ITA)
Humberto Suazo (Monterrey/MEX)
Mark González (CSKA Moscou/RUS)
Fabián Orellana (Xerez/ESP)
Jean Beausejour (América/MEX)
Esteban Paredes (Colo Colo)
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