quarta-feira, 9 de junho de 2010

Apresentação das seleções - Honduras

A seleção de Honduras se classificou pela segunda vez na história para uma Copa depois de uma trajetória dramática nas eliminatórias, já que terminou a sua última partida sem saber o que o futuro lhe reservava. A torcida hondurenha só pôde celebrar a vaga quando os Estados Unidos, que jogavam a milhares de quilômetros de distância, empataram o jogo contra a Costa Rica no último minuto dos acréscimos. A seleção de Reinaldo Rueda espera ser mais do que uma simples coadjuvante na competição.

O caminho à África do Sul
Honduras trabalhou duro desde a primeira fase das eliminatórias, quando encarou com humildade a seleção de Porto Rico, eliminada por 6 a 2 na soma dos placares. Depois, mesmo no grupo mais complicado da fase semifinal, os hondurenhos conseguiram avançar ao hexagonal final à frente do México, eliminando Jamaica e Canadá.

A última fase, porém, não poderia ter começado pior para os jogadores de Reinaldo Rueda. Uma derrota fora de casa para a arquirrival Costa Rica por 2 a 0 foi o prenúncio de uma batalha épica entre os dois países, que não se resolveria até o último suspiro. Um empate em um gol com Trinidad e Tobago e uma vitória em casa por 3 a 1 sobre o México garantiram a recuperação dos hondurenhos, mesmo com uma derrota fora para os Estados Unidos pelo placar de 2 a 1.

Os triunfos diante de El Salvador (1 x 0), Costa Rica (4 x 0) e Trinidad e Tobago (4 x 1) foram seguidos por um revés no México por 1 a 0, resultado que não impediu Honduras de chegar à penúltima rodada com tudo pronto para se classificar em casa contra os americanos. No entanto, a derrota em San Pedro Sula por 3 a 2 obrigou a seleção a vencer a última partida em El Salvador e ainda esperar um resultado favorável no jogo entre Estados Unidos e Costa Rica.

Superado o obstáculo em San Salvador pelo placar de 1 a 0, o selecionado de Honduras aguardou com angústia o dramático gol de empate dos americanos no último minuto, que garantiu a vaga na Copa do Mundo após 28 anos.

As estrelas
Apesar de o país contar com alguns jogadores em grandes clubes europeus, o principal nome de Honduras nas eliminatórias foi Carlos Pavón. Matador como sempre, o atacante de 36 anos marcou o gol decisivo em San Salvador e classificou a sua seleção para a Copa. Em companhia dos talentosos David Suazo, Wilson Palacios, Julio de León e Amado Guevara, Pavón deve fechar com chave de ouro na África do Sul a sua brilhante passagem pelo selecionado nacional.

"Ninguém mais acreditava. Terminamos a partida e tínhamos perdido as esperanças, mas aí vimos a agitação da torcida e então percebemos que os Estados Unidos tinham empatado com a Costa Rica. Estamos felizes com a vaga na África do Sul e não vamos decepcionar a todos que confiaram em nós", disse o jogador.

O técnico
Para Honduras, as eliminatórias tinham se transformado em uma tortura interminável. Sempre favoritos, os hondurenhos acabavam morrendo na praia nos momentos decisivos. O homem que mudou essa história foi Reinaldo Rueda, um colombiano de 52 anos. O treinador assumiu o cargo no começo de 2007 e, com a sua seriedade, impressionou de cara os dirigentes locais, que lhe deram mais tempo que os seus antecessores tiveram para trabalhar. Rueda retribuiu a confiança ao levar ao maior torneio do futebol mundial uma seleção eficiente no ataque e sólida na defesa.

Participação anterior

- Honduras volta a uma Copa do Mundo depois de 28 anos de ausência. A única vez em que os hondurenhos participaram do evento foi na Espanha 1982.

- Naquele torneio, a seleção dirigida por José de la Paz surpreendeu o mundo ao empatar em 1 a 1 com a anfitriã e com a Irlanda do Norte antes de ser eliminada pela antiga Iugoslávia nos minutos finais de jogo pela contagem mínima.

- Héctor Zelaya e Antonio Laing marcaram os gols hondurenhos contra os espanhóis e os irlandeses, respectivamente, naquela competição.

Números

- Jogando em casa, a seleção de Honduras conseguiu uma sequência de oito partidas sem perder nas eliminatórias para a África do Sul 2010, até ser derrotada pelos Estados Unidos por 3 a 2.

- Os hondurenhos tiveram a melhor defesa do hexagonal final da CONCACAF, com apenas 11 gols sofridos.

Time-base
Valladares; Sabillón, Osman Chávez, Figueroa e Izaguirre; Núñez (De León), Palacios, Guevara e Turcios (Thomas); Suazo e Pavón.

Jogos

16/06 - 08h30 - Honduras x Chile (Mbombela)
21/06 - 15h30 - Espanha x Honduras (Ellis Park)
25/06 - 15h30 - Suíça x Honduras (Free State)

Lista final de convocados

Goleiros
Noel Valladares (Olimpia)
Donis Escober (Olimpia)
Ricardo Canales (Motagua)

Zagueiros
Osman Chávez (Platense)
Maynor Figueroa (Wigan-ING)
Johnny Palacios (Olimpia)
Sergio Mendoza (Motagua)
Emilio Izaguirre (Motagua)
Mauricio Sabillón (Hangzhou Greentown-CHI)
Víctor Bernárdez (Anderlecht-BEL)
Bonieck García (Olimpia)

Meio-campistas
Hendry Thomas (Wigan-ING)
Wilson Palácios (Tottenham-ING)
Danilo Turcios (Olimpia)
Edgar Alvarez (Bari-ITA)
Amado Guevara (Motagua)
Ramón Núñez (Olimpia)
Julio César León (Torino-ITA)
Roger Espinoza (Kansas City Wizard-EUA)

Atacantes
David Suazo (Genoa-ITA)
Carlos Pavón (Deportivo España)
Walter Martínez (Marathón)
Georgie Welcome (Motagua)

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