domingo, 6 de junho de 2010

Apresentação das seleções - Nova Zelândia

Depois de uma desastrosa campanha quatro anos atrás, a Nova Zelândia se reabilitou sob o comando do técnico Ricki Herbert e se classificou para a Copa do Mundo quase três décadas depois da estreia, na edição da Espanha em 1982. Herbert e seu auxiliar Brian Turner foram figuras importantes naquela campanha e agora dirigem a seleção do país. A dupla armou uma defesa compacta que o Bahrein, quinto colocado das eliminatórias asiáticas, não foi capaz de superar durante os 180 minutos da repescagem.

Quatro anos depois de serem eliminados pelas Ilhas Salomão, os neozelandeses venceram a Copa das Nações da Oceania e garantiram assim a vaga na Copa das Confederações de 2009, quando tiveram uma apresentação respeitável após a estreia fraca diante da campeã europeia Espanha. A dramática vitória sobre o Bahrein na decisão da vaga para a África do Sul uniu o país do rúgbi em torno da seleção de futebol como nunca antes na história, resultando no recorde de público nacional para o jogo decisivo na capital Wellington. Almejar qualquer coisa além de uma participação honrosa, entretanto, já seria sonhar demais.

O caminho à África do Sul
A Nova Zelândia venceu os cinco primeiros jogos do seu grupo nas eliminatórias da Oceania e conquistou o inquestionável primeiro lugar. A derrota para Fiji aconteceu sem a maioria dos jogadores que vinham ocupando a titularidade e não teve maiores consequências. Depois disso, veio a espera de 11 meses até o confronto decisivo diante do quinto colocado da Ásia. O Bahrein havia eliminado a Arábia Saudita e conquistado a vaga na repescagem, fase na qual fora eliminado por Trinidad e Tobago quatro anos antes.

Sob um calor exaustivo, os neozelandeses lutaram bravamente durante os primeiros 90 minutos e seguraram um empate sem gols em Manama. O jogo de volta foi disputado com muita tensão e a seleção da casa conseguiu o gol da vitória no último minuto do primeiro tempo, numa cabeçada de Rory Fallon. O representante asiático ainda teve a chance de empatar com um pênalti marcado aos cinco minutos da segunda etapa, mas quem se consagrou foi o goleiro Mark Paston, que certamente será lembrado por sua defesa decisiva.

As estrelas
O capitão e zagueiro central Ryan Nelsen é sem sombra de dúvidas o nome de maior destaque e com mais credenciais do elenco. O jogador é presença constante nos jogos do Blackburn da Inglaterra há vários anos, sendo o único neozelandês a atingir tal longevidade na Premier League. Os All Whites, como são conhecidos, contam com diversas opções no ataque também, começando pelo produtivo Shane Smeltz. O atacante foi considerado o Jogador do Ano da Oceania, além de ter sido o artilheiro do Campeonato Australiano, a A-League. A sua principal característica é a qualidade na finalização, enquanto o jovem e alto Chris Wood se destaca ao lado de Rory Fallon no jogo aéreo.

O técnico
Ricki Herbert é um dos maiores nomes do futebol neozelandês e marcou época no grupo que disputou o Mundial de 1982, tornando-se mais tarde o primeiro jogador do país a atuar na Inglaterra, defendendo o Wolverhampton. Alguns anos depois de assumir o comando da seleção nacional, em 2005, Herbert passou a treinar também o Wellington Phoenix, clube neozelandês que disputa a A-League. Visto com bons olhos tanto no país quanto na vizinha Austrália, o treinador transformou os All Whites em um time regular e homogêneo.

Participação anterior
O país participou apenas uma vez do maior evento do futebol mundial, quando se classificou para a Copa da Espanha, naquela que seria considerada uma das maiores conquistas do esporte nacional. A seleção obteve resultados impressionantes contra Austrália, Arábia Saudita e China, chegando à marca de 15 jogos sem derrota nas eliminatórias, um recorde na época. Contando com o jovem Wynton Rufer, que viria a ser o jogador neozelandês mais conhecido atuando fora do país, os All Whites perderam os três jogos no Mundial, o que não desmereceu a participação do país, que enfrentou as fortes seleções do Brasil, União Soviética e Escócia.

Time-base
Paston; Sigmund, Nelsen e Vicelich; Bertos, Brown, Elliott e Lochhead; Smeltz, Fallon e Killen.

Jogos
15/06 - 08h30 - Nova Zelândia x Eslováquia (Royal Bafokeng)
20/06 - 11h - Itália x Nova Zelândia (Mbombela)
24/06 - 11h - Paraguai x Nova Zelândia (Peter Mokaba)

Lista final de convocados

Goleiros
James Bannatyne (Team Wellington)
Glen Moss (Melbourne Victory-AUS)
Mark Paston (Wellington Phoenix)

Defensores
Andy Boyens (New York Red Bulls-USA)
Tony Lochhead (Wellington Phoenix)
Ryan Nelsen (Blackburn Rovers-ING)
Winston Reid (FC Midtjylland-DIN)
Ben Sigmund (Wellington Phoenix)
Tommy Smith (Ipswich-ING)
Ivan Vicelich (Auckland City)

Meias
Andy Barron (Team Wellington)
Leo Bertos (Wellington Phoenix)
Tim Brown (Wellington Phoenix)
Jeremy Christie (FC Tampa Bay Rowdies-USA)
Aaron Clapham (Canterbury United)
Simon Elliott (sem clube)
Michael McGlinchey (Motherwell-ESC)
David Mulligan (sem clube)

Atacantes
Jeremy Brockie (Newcastle Jets-AUS)
Rory Fallon (Plymouth-ING)
Chris Killen (Middlesbrough-ING)
Shane Smeltz (Gold Coast United-AUS)
Chris Wood (West Bromwich Albion-ING)

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